Braga 1 - Sporting 1: Oportunidade perdida
O sentimento de desperdício é ainda mais aguçado quando se verifica que o adversário, pese embora todo o esforço, não conseguiu mais do que avançar perante um recuo consentido. Das duas uma ou até ambas: faltou ao Sporting força e/ou "killer instintic", como diria Sir Bobby Robson, para vencer o jogo. E depois do golo consentido não mais conseguiu criar lances de verdadeiro perigo, o que não se estranha. E isto não é a primeira vez que se verifica este ano. Ou no ano passado...
É muito dificil uma equipa voltar a dominar um jogo quando se auto-condicionou a aceitar o domínio adversário e esperar. Ainda por cima quando as substituições, ao invés de darem consistência e reorganizarem a equipa, ainda provocaram um maior afundamento e incapacidade de ligar o jogo. Nesse sentido, a quantidade de bolas perdidas e especialmente de más definições e últimos passes falhados foram um dos registos mais evidentes e preocupantes, uma vez que é algo que vem já de jogos anteriores. Isso e a não menos preocupante constatação de que estamos a sofrer um golo por jogo, algo que vem ainda da época passada.
Este jogo ajudou também a adensar as dúvidas aqui expressas no post anterior, relativamente à valia e sobretudo o equilíbrio do plantel, face ás necessidades. Falta ainda saber se Hjulmand tem o perfil e as pernas necessárias para a função, não se vislumbrando quem possa, em alternativa fazer o lugar. Gyokeres tem sido marcado de forma impiedosa, muitas vezes à margem da lei e com total beneplácito dos árbitros, o que pode inevitavelmente redundar em lesões e sobretudo, como se viu ontem, perda de objectividade e discernimento. Do banco ficamos demasiado dependentes da inspiração e falta de consistência de Edwards e Trincão, na maior parte das vezes, quando chamados, se revelam totalmente incapazes de agitarem o jogo e a mais valia que representam é que mais valia terem continuado sentados.
Estamos ainda no inicio e apesar dos pesares estamos na liderança do campeonato. É pena que a interrupção que se segue não possa ser melhor aproveitada para consolidar ideias, melhorar os indices físicos e processos colectivos, por força da ausência dos internacionais estrangeiros nos compromissos das respectivas selecções.
Uma nota final para o golo anulado. Subsistem muitas dúvidas relativamente à justiça da decisão, como se pode ver pela imagem abaixo. Mas ainda assim não resisto a perguntar o que levou Paulinho e Pote a estarem estacionados quase na pequena área do adversário quando a bola há muito tinha já rodado para o centro do terreno.
A COERÊNCIA DE DUARTE GOMES SOBRE O GOLO ANULADO AO SPORTING E AO GOLO VALIDADO AO PORTO
ResponderEliminarTIREM AS VOSSAS CONCLUSÕES
GOLO ANULADO AO SPORTING
38’ - Excelente intervenção do VAR, em lance muito difícil de avaliar em campo: quando Hjulmand rematou em zona frontal à baliza de Matheus, Pedro Gonçalves estava em zona frontal, em posição de fora de jogo e em frente ao campo de visão do guarda-redes adversário, perturbando a sua ação e acompanhamento de todo a trajetória da bola. A interferência foi ativa e bem punida com fora de jogo. Golo bem anulado.
GOLO VALIDADO AO PORTO
90+19’ - Golo legal de Evanilson, apesar de dúvidas iniciais quanto à posição de Navarro. O avançado espanhol pareceu estar em posição irregular (à frente da linha da bola) quando Gonçalo Borges cruzou da esquerda. A questão é que em nenhum momento o jogador interferiu no jogo ou impactou na ação dos adversários. Quer isso dizer que Navarro nunca tomou parte ativa na jogada. Foi bem validado o golo do empate.
As únicas palavras para avaliar a coerência do antigo árbitro, seriam para o insultar. Felizmente ainda sou bem educado. Como dizia alguém na nossa história: É Fartar Vilanagem!
EliminarBoa noite.