Sporting 3 - Moreirense 0: no altar de Alvalade os cónegos não celebraram missa
Talvez poucos tenham levado a sério o aviso deixado por Amorim no lançamento do jogo com o Moreirense, mas a verdade é que a equipa minhota vinha com a lição muito bem estudada, como ficou demonstrado nos primeiros minutos da partida.
Com três jogadores a pressionarem logo na nossa saída de bola o Sporting revelou algum atordoamento, não conseguindo ligação com qualidade com os sectores mais adiantados. Pelo contrário, os primeiros remates visando as balizas foram do Moreirense, um defendido por Adán, outro pelo poste esquerdo.
O aviso resultou e foi então que Morita e Hjulmand arregaçaram as mangas e, cada um ao seu jeito, começaram por a pôr ordem na mesa, leia-se relvado. A primeira parte terminaria porém ainda com o marcador em branco e duas bola no mesmo poste da baliza do Moreirense, precisamente com os dois jogadores como autores.
De forma a não prolongar o sofrimento e talvez para não convocar os espíritos funestos que os ventos trazem por vezes a Alvalade, a equipa entrou na segunda parte resoluta a esconjurar empate. As oportunidades sucederam-se e quem melhor que Hjulmand para desfazer o nulo? Ele, que nos últimos dois jogos viu dois golos anulados por puro azar.
A cabeçada certeira de Gyokeres, na sequência de uma excelente incursão do tantas vezes ignorado Nuno Santos, terminou com a resistência dos homens de Moreira de Cónegos que, ainda assim, pela sua postura positiva na forma como abordaram o jogo é merecedora de elogios.
Antes de terminar esta pequena crónica, que mais não serve do que assinalar a nossa permanência no comando da Liga, não posso deixar de fazer referências individuais a Inácio, que mais uma vez fez um enorme jogo, tão enorme como discreto. Claro que Gyokeres e Hjulmand, e mesmo Morita e Diomande estiveram em grande plano, mas a qualidade e a discrição de Gonçalo Inácio são absolutamente deliciosas.
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