Sem preconceitos
Ontem foi dia gordo para quem gosta do Sporting. Na TVI falou Bettencourt, na SIC Cristóvão. Não é costume darem-nos tanto tempo de antena, quase apetece dizer o mesmo que dizemos quando vemos obras feitas a rodos pelas nossas autarquias: devia haver eleições todos os meses!
Vi em directo a entrevista de Bettencourt na TVI, e em diferido a de Cristóvão na SIC. Começando pelo fim estranho a postura de Dias Ferreira, ao ausentar-se da sala. A intenção pode ter sido a melhor, embora me custe a perceber porquê. Gostei francamente da postura de PPC e sobretudo do conteúdo. Directo e objectivo, manifestamente sem punhos de renda. Não me lembro de, nos últimos tempos, ouvir alguém do meu clube ter um discurso tão claro. E como não gosto de meias-tintas, deixo bem claro aqui os pontos com que me identifico (citando de memória):
A questão do treinador: também acho que se deve apostar num treinador experiente, com méritos demonstrados, até para compensar a inexperiência de um plantel de um clube que aposta na formação.
Também acho que a dedicação de PB merece toda nossa gratidão. Pela forma como nos defendeu, embora entenda, como PPC, que esse não é trabalho dele.
Também acho que se deve defender melhor o nosso produto: não gostei de ver PB, mais uma vez, no Domingo, deixar cair Veloso, puxando o lustro a Moutinho. Para mim estiveram os 2 mal, ambos têm reincidentes atitudes de ingratidão. E eu, como PB, também gosto mais de Moutinho.
A velha questão do modelo da formação que não tem paralelo nos séniores: fabricamos os melhores extremos para os outros ganharem jogos e dinheiro à nossa custa.
Concordo plenamente que não precisamos de imitar nenhum modelo, muito menos o do Fcp, cujo mérito está muito para lá de uma boa organização do dep. de futebol. Não temos que nos envergonhar do nosso passado e, quando fazemos bem, à Sporting, somos compensados.
Concordo com a postura relativamente aos rivais: não há alianças estratégicas com nenhum deles, ambos disputam connosco os mesmos troféus.
O ecletismo é para manter e a competitividade para ser reforçada, porque é essa a nossa matriz. Em muitos anos foi o ecletismo e não apenas o futebol que fez do nosso clube um clube sem igual no País.
Já Bettencourt, personagem de que gosto, esteve demasiado vago, culpa que deve ser repartida pelos seus interlocutores. Mas começa mal com o arranjo para a mesa da AG, a fazer lembrar as jogadas dos que pretende suceder: não reconheço a Dias Ferreira a postura de um presidente regulador e moderador, como exige o cargo, embora deseje ser desmentido pela sua actuação, caso seja eleito. Reconheço-lhe um sportinguismo ferrenho, sim, o que faz dele um entre muitos.
Do resto muitas generalidades. Concordo com JEB quando diz que PB pode ser a melhor solução, tendo em conta o calendário apertado. Reconheço o risco de mudar com compromissos tão importantes à porta, mas manter um treinador tem que ter um argumento muito mais forte que o receio de mudar. Pareceu-me notar em JEB uma descontracção própria de quem parece estar a contar com o ovo no cu da galinha. Normalmente dá mau resultado.
Espero que os Sportinguistas olhem sem preconceitos para as 2 candidaturas. Esse é o bom serviço que temos obrigação de prestar ao nosso clube. E não me venham com o fantasma de Jorge Gonçalves, referindo-se a PPC e à lista SerSporting. Sejamos sérios. E lembremo-nos que quando o homem dos bigodes saiu o nosso passivo era uma gota, comparado com o oceano onde hoje navegamos. Afinal quantos Jorges Gonçalves já sucederam ao original?
Vi em directo a entrevista de Bettencourt na TVI, e em diferido a de Cristóvão na SIC. Começando pelo fim estranho a postura de Dias Ferreira, ao ausentar-se da sala. A intenção pode ter sido a melhor, embora me custe a perceber porquê. Gostei francamente da postura de PPC e sobretudo do conteúdo. Directo e objectivo, manifestamente sem punhos de renda. Não me lembro de, nos últimos tempos, ouvir alguém do meu clube ter um discurso tão claro. E como não gosto de meias-tintas, deixo bem claro aqui os pontos com que me identifico (citando de memória):
A questão do treinador: também acho que se deve apostar num treinador experiente, com méritos demonstrados, até para compensar a inexperiência de um plantel de um clube que aposta na formação.
Também acho que a dedicação de PB merece toda nossa gratidão. Pela forma como nos defendeu, embora entenda, como PPC, que esse não é trabalho dele.
Também acho que se deve defender melhor o nosso produto: não gostei de ver PB, mais uma vez, no Domingo, deixar cair Veloso, puxando o lustro a Moutinho. Para mim estiveram os 2 mal, ambos têm reincidentes atitudes de ingratidão. E eu, como PB, também gosto mais de Moutinho.
A velha questão do modelo da formação que não tem paralelo nos séniores: fabricamos os melhores extremos para os outros ganharem jogos e dinheiro à nossa custa.
Concordo plenamente que não precisamos de imitar nenhum modelo, muito menos o do Fcp, cujo mérito está muito para lá de uma boa organização do dep. de futebol. Não temos que nos envergonhar do nosso passado e, quando fazemos bem, à Sporting, somos compensados.
Concordo com a postura relativamente aos rivais: não há alianças estratégicas com nenhum deles, ambos disputam connosco os mesmos troféus.
O ecletismo é para manter e a competitividade para ser reforçada, porque é essa a nossa matriz. Em muitos anos foi o ecletismo e não apenas o futebol que fez do nosso clube um clube sem igual no País.
Já Bettencourt, personagem de que gosto, esteve demasiado vago, culpa que deve ser repartida pelos seus interlocutores. Mas começa mal com o arranjo para a mesa da AG, a fazer lembrar as jogadas dos que pretende suceder: não reconheço a Dias Ferreira a postura de um presidente regulador e moderador, como exige o cargo, embora deseje ser desmentido pela sua actuação, caso seja eleito. Reconheço-lhe um sportinguismo ferrenho, sim, o que faz dele um entre muitos.
Do resto muitas generalidades. Concordo com JEB quando diz que PB pode ser a melhor solução, tendo em conta o calendário apertado. Reconheço o risco de mudar com compromissos tão importantes à porta, mas manter um treinador tem que ter um argumento muito mais forte que o receio de mudar. Pareceu-me notar em JEB uma descontracção própria de quem parece estar a contar com o ovo no cu da galinha. Normalmente dá mau resultado.
Espero que os Sportinguistas olhem sem preconceitos para as 2 candidaturas. Esse é o bom serviço que temos obrigação de prestar ao nosso clube. E não me venham com o fantasma de Jorge Gonçalves, referindo-se a PPC e à lista SerSporting. Sejamos sérios. E lembremo-nos que quando o homem dos bigodes saiu o nosso passivo era uma gota, comparado com o oceano onde hoje navegamos. Afinal quantos Jorges Gonçalves já sucederam ao original?
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