Que mais pode dizer um simples adepto?
A 15 dias do inicio de um compromisso vital para afirmação internacional da marca “Sporting” são uma vez mais maiores as dúvidas que as certezas a marcar o presente do Sporting. 2 jogos de preparação em 2 semanas de trabalho mostraram o mais temido Sporting para grande parte dos Sportinguistas: um compromisso com uma continuidade de futebol mal definido, sem espectacularidade nem eficácia. Isto perante adversários muito mais fracos do que os que nos esperam, quer nos compromissos nacionais quer internacionais. Tenho dúvidas, que, em 2 semanas, se possa desentranhar, tal como dizia o Hugo abaixo, maus hábitos adquiridos ao longo de 3 anos e muitos meses. Mas a verdade é que, ao contrário do que muitos pensam ou afirmam, não serão as minhas dúvidas a afectar o trabalho na Academia e resta esperar que no próximo jogo, o da apresentação em Alvalade, seja possível apresentar futebol mais adequado às expectativas dos adeptos e dos pergaminhos do clube. Que mais pode dizer um simples adepto como eu?
E é como adepto que volto ao jogo de sábado. O até agora único reforço o chileno Matias Fernandez, era o objecto de curiosidade de todos e justificadamente. O primeiro registo deixado foi uma imagem desfocada com a fama que o precedeu. A dúvida é saber se o que pesou mais foi uma má ligação com equipa, pelo pouco tempo de trabalho conjunto, ou se resulta de um equívoco na sua colocação ao centro, sem apoios directos e com a bola sempre longe dos pés. Veremos as cenas dos próximos capítulos.
Saliente-se a boa forma física e pelos vistos mental de Veloso, deixando claro que é o que melhor garante o lugar de 6. Rochemback parece continuar com opção e, ou muito me engano, será a 1ª de PB. Ficaríamos bem servidos se a ocupação do espaço fosse feita em função do volume. O pior é quando for necessário correr, como se viu. O mesmo se pode dizer de Pedro Silva. O tamanho XXL tem nestes 2 jogadores clientes para os próximos tempos. Na defesa Carriço prossegue o seu caminho de forma discreta, mas quase imperial. A discussão de um lugar na equipa é, neste momento entre Polga e Tonel. Gostei de rever André Marques, não suportei o suplicio de voltar a ver Caneira à esquerda, o pior lugar para desempenhar no quarteto defensivo.
Moutinho é um caso à parte. O desperdício a que é votado à esquerda é de arrepiar, mesmo tendo em conta que não sabe jogar mal. No panorama actual do futebol do Sporting o seu lugar é a 10, indiscutivelmente. Quando se volta falar no Real Madrid digo sem desassombro mas com pena que compreendo perfeitamente que Moutinho queira sair deste atoleiro em que parece ter caído o nosso futebol. Ele precisa de mais e merece melhor.
Na frente não há muito a dizer quando as bolas não chegam ou chegam mal. De Liedson diria o mesmo que disse de Moutinho: merece mais e melhor. Yanick, com a sua rapidez, pode ter um papel importante em alguns jogos, mas não será titular. O mesmo serve para Pereirinha, embora creia que a titularidade para ele esteja longe de ser uma miragem. Vukcevik e Izmailov, por razões diferentes, continuam deixar dúvidas se o seu talento poderá alguma vez reverter em plenitude para a equipa.
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