quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Niculae e Sporting: um casamento que não foi abençoado

O verão tinha-me trocado as voltas e fui apanhado em viagem quando o Sporting se estreou a ganhar em Alvalade, tendo como adversário o FCP. Golo de Marius Nicolae, um jovem jogador romeno promissor, de estampa física impressionante, acabado de chegar e que de imediato se converteria num dos ídolos de bancada, com direito a banda sonora. Começava a escrever-se a bonita história da época 2001/02.

Os Sportinguistas conhecem bem este sentimento, seja qual for o plantel e qualquer que tenha sido o trajecto do ano anterior: ir a Alvalade ou deslocarmo-nos por esse País fora  atrás da equipa tem um carácter tão mandatório que talvez só alguns animais, impelidos às longas migrações pelo instinto de sobrevivência, nos compreendam. Esse ano a esperança de sucesso, a sustentada por um dos melhores plantéis da história recente do clube (Nélson, André Cruz, Beto, Rui Jorge, César Prates, Dimas, Paulo Bento, Quaresma, João Vieira Pinto, Nicolae e... Jardel) conferia a esse impulso telúrico um carácter de urgência.

E assim foi uma praia de ananases às couves e lá estava eu, no jogo seguinte, no Restelo, sozinho, no meio de muitos Sportinguistas, como quase sempre na altura. O jogo não podia começar melhor, com um penalty a nosso favor. O menino Nicolae lá foi tratar de casar a bola com as redes, mas o casamento ficaria por consumar. Marco Aurélio era à época um imperador na baliza pastel e o Sr. Marinho Peres acabaria a rir-se 3 vezes de um atónito Lazlo Bolóni.

Passaram 10 anos e se alguém lhe dissesse que um jogador acabado de contratar por um clube era o jogador do plantel com mais troféus ganhos com a camisola desse clube ia-lhe parecer uma brincadeira ou até uma charada. Mas é verdade, Marius Nicolae tem no seu palmarés 1 titulo de campeão nacional, uma Taça de Portugal e uma Supertaça. Só por isso merece o meu respeito, que acresce à imagem que deixou no tempo em que serviu o clube e à reiterada vontade, tantas vezes expressa, de voltar a vestir a nossa camisola.

Não me sinto habilitado para me pronunciar sobre o seu valor, perdi-lhe o rasto e a forma como hoje vejo o futebol é radicalmente diferente de há 10 anos. Mas percebo-lhe a vontade, Niculae não foi feliz em Alvalade. Não porque não fosse benquisto, não porque não tivesse conhecido sucesso, mas porque repetidas lesões desde muito cedo o desviaram do destino que, de forma quase unânime, lhe era atribuído. É natural que Nicolae queira hoje verter nas páginas da história do nosso clube toda a tinta que foi forçado pelo infortúnio a conter. Lembrar o seu calvário e hoje ver o seu nome associado a mais uma embrulhada jurídica faz pensar que o jogador e clube não nasceram para serem felizes juntos.

Podia começar por dizer que o regulamento de transferências da FIFA se presta muito a estes imbróglios, pelo seu arcaísmo face à realidade - com tantas possibilidades de transferências e com datas tão díspares num mundo cada vez mais globalizado - mas sobretudo pela falta da clareza que deve presidir a este tipo de articulados.

Faz algum sentido que um jogador possa ser inscrito por 3 clubes diferentes mas só possa jogar por 2? Mas que se esse jogador for proveniente de diferente confederação ( o caso de Liedson) já pode jogar e um profissional nas mesmas condições (o caso de Niculae), mas da mesma confederação, fique impedido de exercer a sua profissão?

A única e remota possibilidade de Niculae voltar a vestir a camisola do Sporting ainda esta época em jogos oficiais reside precisamente aí, no emaranhado do regulamento que permite senão várias interpretações, pelo menos várias dúvidas. O último e ténue fio reside no que é a definição de época. O regulamento de transferências da FIFA define que "Season: the period starting with the first official match of the relevant national league championship and ending with the last offi cial match of the relevant national league championship." 

Isto é, contaria apenas para Niculae os jogos feitos pelo Vaslui, uma vez que o do Dínamo foi no âmbito da Supertaça da Roménia. Argumento que é contrariado porque também se fala de jogos oficiais: Official matches: matches played within the framework of organised football, such as national league championships, national cups and international championships for clubs, but not including friendly and trial matches.

Sim, podia começar por aí. Mas inevitavelmente haveria de acabar de concluir o óbvio: alguém no Sporting tinha que saber isto e se o sabia ontem (como diz o comunicado) porque foi hoje anunciada a contratação do jogador sem fazer referência ao facto? Pode estar eminente mais uma nova entrada para o anedotário nacional e ver o nome do Sporting envolvido é de uma tristeza e incredulidade indefinível.

Há coisas que só parecem ser possíveis no Sporting. Na época em curso então os exemplos não faltam. A contratação de um avançado é uma terrível ilustração entre o que pode ser a conjunção do azar e da incompetência, que se juntam, como urubus, à extrema necessidade e turbulência. Razões que explicam muito do insucesso do clube nos últimos tempos. Azar ao jogo é inevitável, a incompetência é "opcional".

Paulo Henrique, que parecia ser um jogador interessante, não veio porque, quando o negócio estava perto do seu desfecho, a equipa muda de treinador. Poder-se-á dizer que se podia realizar mais cedo, creio que tal não aconteceu porque estava dependente da confirmação do alivio da folha salarial. Terá sido com a saída de Ínsua que o negócio ficou viabilizado.

Aceito que não se pudesse prever a chicotada psicológica no Trabzonsport, que contribuiu para o desfecho. É aí que entra - ou devia entrar... - Nicolae. Como se chega a ele sem se perceber a granada que ia despoletar é que parece indesculpável. Veremos agora quem se atirará para cima dela se ela deflagrar com todo o estrondo...

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Pereirinha (grande negócio) addio e buona fortuna

Isto foi à menos de um ano...
São diversas as noticias sobre a saída de Pereirinha para a Lázio. Sabe-se apenas que rescindiu (e isso era obrigatório, uma vez que o contrato expirava em Junho) mas há fontes que relatam que o clube romano desembolsará algo "menos que 2 milhões" e outras que dão contam que o Sporting receberá uma percentagem de uma futura venda. A hipótese mais plausível é a segunda, face à situação contratual do jogador.

Para grande parte dos adeptos este tem que ser visto como um grande negócio, caso se confirme o recebimento de qualquer verba, ou pelo menos de um alivio por se tratar de um jogador de quem se diz muitas vezes "sem valor para representar o Sporting". Na Lázio ninguém percebe nada de futebol...

Não é essa a minha opinião e vejo a partida do jogador com alguma resignação mas sobretudo com pena. Resignação porque me parece melhor para ele procurar uma saída para um clube onde se possa crescer e afirmar as suas qualidades. Com pena por ver mais uma vez um jogador promissor sair não conseguindo mais do que apenas isso: uma promessa por confirmar e sua inteligência e qualidade de decisão deviam e podiam ter sido melhor potenciadas e muito melhor aproveitadas.

Pereirinha é bem o exemplo de o quão necessário é a programação de carreiras desde a formação e uma ilustração dos efeitos que pode ter na carreira de um jogador a estabilidade e o caos. Chegou aos seniores do clube resgatado a meio da época ao Olivais e Moscavide, onde era titular para jogar apenas 617 minutos numa das melhores épocas de Paulo Bento a de 2006/07. Na época seguinte jogaria 1663 m, valor que cresceria para 1838m em 2008/09 e 1078m em 2009/10. 

À chegada de Costinha e Paulo Sérgio equivaleu à ruptura com uma afirmação progressiva, atirando-o primeiro para o Vitória de Guimarães de Manuel Machado, seguido do desterro num qualquer Kavala grego. Bem vistas as coisas não é de surpreender a dispensa de Alvalade, a rápida e infeliz passagem por Guimarães, se atendermos aos mentores e/ou actores nestes processos e a sua forma de ver o futebol.

Os anos de regresso de regresso não foram felizes para o clube e muito menos para Pereirinha, apoquentado por lesões em períodos cruciais, que impediram de uma sequência minimamente desejável e, a meu ver, mais do que merecida. Assim foi depois de um dos seus melhores jogos de sempre, na histórica eliminação do City ou no inicio desta época, que praticamente o afastou toda a primeira metade da corrente época. 

Addio e buona fortuna Pereirinha. Estou certo que voltaremos a "vermo-nos" e a ouvir falar de ti!

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Rui Fonte e Diogo Rosado, breve reflexão sobre a formação

É com pena que hoje olho para as primeiras páginas dos jornais e constato os possíveis ingressos de jogadores formados pelo Sporting no "outro lado" da segunda circular. E julgo que esse sentimento é partilhado pela generalidade dos Sportinguistas. Por essa razão acabei por substituir o post de hoje, cujo tema pode ser abordado em qualquer outra altura.

Diogo Rosado era tido como um dos mais talentosos jogadores da sua geração e o seu grande golo nos últimos minutos do último jogo com FCP, que acabaria por decidir um campeonato, parecia abrir-lhe as portas para a afirmação no futebol profissional.


Os empréstimos sucessivos pouco cuidados - lembro-me o empréstimo ao Penafiel, onde estava tapado por Michel, hoje no SLB, via Paços de Ferreira - e a fama deixada em Penafiel e Vila da Feira de profissional diletante parecem estar na raiz do adiamento da sua afirmação. 

Como se costuma dizer "se um não quer dois não dançam" e sem a atitude adequada é muito difícil  que Rosado dê e receba do futebol tudo o que está ao seu alcance e que não é pouco. Mas casos como o dele parecem-me requerer um maior cuidado ou pelo menos uma abordagem diferente que o Sporting não tem sabido dar ou pelo menos não tem sido muito feliz. Era bom para o futebol que casos como o Fábio Paim não fossem mais do que dolorosas excepções.

Rui Fonte ainda sem completar a formação já tinha passado pelo Arsenal de Wenger, emprestado ao Cristal Palace. No seu curto regresso ao Sporting foi emprestado ao Setúbal e acabaria por sair para o Espanhol de Barcelona de onde sai também sem conhecer mais do que alguns minutos pela equipa principal. Ao contrário de Rosado, não é a sua atitude profissional a obstar à afirmação mas, parece-me, são as suas características físicas que obstam a uma afirmação plena. Rui Fonte vive um momento de transição em que ainda é um miúdo - é-o de facto pelo seu 1,80 e pouco peso - à frente de defesas que lhe devem parecer mastodônticas.

Nem um nem outro poderiam acrescentar nada ao que o Sporting já dispõe na sua equipa sénior e já devem ter vencimentos que fazem deles pouco aconselháveis para um projecto como a equipa B, num momento de contenção. Mas atendendo ao seu trajecto na formação, onde acumularam internacionalizações, é forçoso acreditar que, sabendo superar aquele que é talvez o momento mais difícil na carreira de um profissional de futebol - só superado pelas lesões - que voltem a ser dos melhores entre os melhores.

Podíamos também falar de Baldé. Não porque o ache capaz de disputar um lugar na equipa principal, e isso ficou bem patente no último jogo, mas cuja dispensa para Guimarães me pareceu precipitada, tendo em conta o seu percurso, a sua idade e as possibilidades de evolução.

Obviamente que um clube como o Sporting, que todos os anos vê chegar a seniores praticamente uma equipa de futebol, não consegue segurar todos os jogadores, mesmo possuindo já uma equipa B. Mas, e precisamente por essa razão, de ser um clube formador, que deveria assumir a construção de um projecto onde as malhas fossem ainda mais estreitas. Se é natural perder o rasto a um jogador como Ricardo, que vimos jogar pelo Guimarães este fim-de-semana, já deixar sair jogadores com o passado prometedor de Rosado e Fonte deve merecer interrogação e reflexão.

Obviamente que não podemos ficar com todos os jogadores. Clubes como Barcelona e Real Madrid, tendo sentido os mesmos problemas, já usaram soluções como a da cláusula de recompra, como a que detêm sobre Jeffren e Rodrigo, respectivamente. O que mesmo assim não pôs o Barcelona "a salvo" de desembolsar 17 milhões para recuperar o seu ex-formando Jordi Alba. 

Fonte e Rosado são jogadores pré-equipa B. A criação deste patamar à saída da formação ajudará com certeza a evitar situações semelhantes, assim se o saiba gerir bem. Nessas contas entram também em jogo expectativas dos adeptos que, mais do que resultados imediatos e  títulos neste escalão, devem olhar para o crescimento dos jogadores com esperança e o carinho indispensável.

domingo, 27 de janeiro de 2013

(Des)conquistadores

Foto MaisFutebol
O futebol tem destas coisas: no jogo anterior o Sporting venceu quando jogou muito mal e esteve a um passo de perder. Hoje esteve melhor no jogo e acabou perdendo 2 preciosos pontos, mercê de 1 autogolo e sem permitir grandes oportunidades ao adversário. E isso, a forma como controlou grande parte do jogo, é a melhor noticia deste jogo porque continua a haver muito trabalho por fazer, em especial na construção do jogo ofensivo. Isto não invalida a constatação de que,com um ponta-de-lança que tivesse bom jogo de cabeça - o que não é nitidamente o caso de Wolfswinkel - tínhamos comseguido aproveitar muitos cruzamentos de qualidade de Joãozinho - estreia razoável -e Capel. Se os "noves" esperassem todos que a bola lhes caísse no lugar onde estão as equipas precisavam de jogar com 3 em cada jogo.


sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Putas há muitas, seu palerma

As minhas desculpas se ofendo os leitores habituais do blogue. As minhas desculpas às mulheres que, por qualquer razão, pertencem à classe de uma das antigas profissões do mundo, as prostitutas. Este post não é para elas.

Este post fala de uma classe ainda mais antiga, as putas, cuja actividade não está directamente relacionada com a troca de sexo pelo dinheiro. Falará do oportunismo, o carreirismo, dos que se vendem ao momento, para sair a ganhar, mesmo que ao arrepio da memória, da sorte dos outros ou da gratidão. Os que para quem vencer, ou o simples tirar vantagem é tudo, a quem não importa o que ficou para trás. Este post falará dos Liedson´s desta vida. Dos que dizem o que é mais conveniente para si num preciso momento.

Não está em causa o direito de um qualquer profissional decidir dar o que lhe parece ser o melhor curso à sua carreira. Mesmo que tal signifique assinar por um clube que é rival e, em muitos momentos dos últimos 30 anos, se tem comportado como inimigo do clube que o atleta representou durante muitos anos e lhe deu tudo. Nesse sentido Liedson podia ir para onde quisesse.

Obviamente que também reconheço o direito a qualquer profissional de, ao chegar ao dito clube rival, de proferir as afirmações que bem entender, faz parte do direito que me é muito querido, que é a liberdade de expressão.

Mas é quando um individuo fala (e age) que revela a sua natureza. E Liedson, nas declarações que proferiu, não foi o Levezinho que muitos sportinguistas idolatravam, foi apenas pequenino. 

Faltou-lhe a grandeza ao não se lembrar de si mesmo, do que disse e sobretudo por se esquecer dos que lhe deram tudo , o carinho, a veneração, a gratidão e até a merecida posição no topo da sua folha salarial. Faltou-lhe também a humildade de perceber que o tempo joga contra ele e não lhe permitirá fazer sequer metade do que conseguiu de leão ao peito. Ao tempo não se marcam golos.

O fellatio verbal - "Era um desejo de há alguns anos mas apenas se concretizou agora" - com que Liedson decide marcar a sua entrada no FCP é  feio e indecoroso e remetem os têm memória para as suas últimas palavras: "Não me via a jogar com outra camisola, quando se fala em Liedson pensa-se em Sporting." (na última página da entrevista) E isso percebem-no até os adeptos do seu novo clube. Feio e desnecessário. 

Putas há muitas Liedson! E por 6 meses de contrato valia a pena seres mais uma delas para muitos dos que te idolatraram?

Mas este triste episódio não podia deixar de ser aproveitado por alguns como arma de arremesso na disputa interna em que o clube mergulhou. O que em si também é revelador de que a saúde do Sportinguismo já viveu melhores dias. A esses lembro que o Sporting não é apenas o momento, ou sequer esta ou aquela direcção. 

A esses, e a Liedson, lembro o que dizia Agostinho da Silva:


O oportunismo é, porventura, a mais poderosa de todas as tentações;(...)

(...) é muito difícil lutar contra uma tendência que anda inerente ao homem, à sua pequenez, à sua fragilidade ante o universo e que rompe através dos raciocínios mais fortes e das almas mais bem apetrechadas(...)

(...)tempo virá na Humanidade - para isso trabalham os melhores - em que só hão-de brilhar os puros valores morais, em que todos se voltarão para os que não quiseram vencer, para os que sempre estacaram ante o meio que lhes pareceu menos lícito; eis a hora dos grandes; para ela desejaríamos que se guardassem, isentos de qualquer mancha de tempo, os que mais admiramos pela sua inteligência, pela sua compreensão do que é ser homem, os que mais destinados estavam a não se apresentarem diminuídos aos olhos do futuro. 

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Que Rumo dará ao Sporting uma A.G.?

Guerra aberta entre CD e MAG
A decisão de dar provimento à realização da AG solicitada pelo movimento Dar Rumo ao Sporting é apenas mais uma batalha na guerra entre a MAG e o CD e, por isso, dificilmente constituirá uma surpresa. Mas significa também uma escalada e a passagem de uma fase de guerrilha para uma guerra aberta e declarada. 

A uma direcção claramente descredibilizada e a viver o seu momento mais baixo junto dos sócios e até da opinião pública, junta-se uma MAG claramente comprometida com um dos muitos lados. (Só alguém muito ingénuo pode pensar que as declarações de um dos promotores da AG e a marcação de uma conferência de imprensa de Bruno de Carvalho antes de ser tornado público que ia ser dado provimento ao requerimento, foi fruto do acaso e não correspondeu ao seu conhecimento prévio). Ambos os factos e o desenvolvimento da própria guerra estão a magoar profundamente a imagem do Sporting.

Dar Rumo ao Sporting
Desde o seu lançamento que manifestei a minha oposição à oportunidade da realização da AG por razões que aqui fui explicitando e que não me parece tenham deixado de existir. A situação da equipa de futebol no campeonato está longe de estar consolidada num patamar mais seguro, como o último jogo deixou bem claro. A abertura do período de transferências vem encontrar uma direcção, já de si considerada inábil a negociar, ameaçada de destituição perante o mercado. E já nem me refiro à tão falada renegociação do passivo bancário em curso, porque esta nunca foi assumida oficialmente, embora, a realizar-se nos termos até agora conhecidos, poderia fazer o Sporting respirar muito melhor ao final de cada mês. Por si só os dois factos previamente aduzidos constituiriam motivos que deveriam merecer ponderação relativamente à oportunidade da realização da iniciativa.

Mas do meu ponto de vista há algo ainda de mais grave.


Que solução nos oferece este movimento para que um sócio, de forma responsável, vote a destituição da direcção? 

Como serão os meses que se seguirão e quanto tempo levará até o Sporting ter novamente uma direcção mandatada pelos sócios? 

Há quem esteja disposto a integrar uma comissão administrativa ou órgão equiparado?

Faz sentido apear uma direcção que "já não se considera legitimada" - por força das muitas peripécias e por ter perdido alguns dos elementos tidos como fulcrais na sua eleição - para sermos geridos por uma comissão que não é eleita?

E, não menos importante, é não levar em linha de conta o potencial disruptivo de uma refrega como esta, num seio de um clube já estilhaçado e cujos sinais são cada vez mais óbvios em cada argumento ou discussão. 

Estas questões parecem-me óbvias e necessárias à ponderação individual na horas que antecederem a tomada de uma decisão.



Nós ou o caos
Não deixa de ser caricato que muitos dos que muitas vezes invoquem o argumento da "exigência" e agora pugnem por este autêntico tiro no escuro. As perguntas acima fazem todo o sentido e espelham o meu receio pelas consequências de um acto de que cujas consequências não foram devidamente avaliadas. Colocá-las não é a "teoria do nós ou caos", não significa "cegueira" ou "conformismo" pela situação em que o Sporting se encontra. Significa a preocupação de ver o clube atirado para uma situação ainda bem pior. Há quem diga que pior não pode ser, o que é desmentido até pela história do próprio clube.

Cumprimento dos estatutos
Parece estar agora aberta uma disputa legal pela realização da AG. Os argumentos invocados de falta de respeito pelos estatutos e de manobras dilatórias são, em si mesmos contraditórios. Não duvidando que aquelas possam existir, é bom lembrar que os estatutos não têm que se cumprir apenas porque um número de sócios requer uma AG. Os mesmos estatutos têm normas que estabelecem as regras para o fazer e a sua não observação constitui também um desrespeito passível de contestação. De facto o Sporting é dos sócios mas é de todos e todos merecem ser tratados por igual. 

P.S.- Não faltará quem, lendo o que aqui escrevo, me cole todo o tipo de etiquetas com insultos incluídos. Se estivesse preocupado com isso já há muito teria deixado de o fazer. Não votei na direcção actual e, por razões exporei em tempo oportuno, se sentir necessidade de o fazer, não votarei em GL, caso ele se recandidate. 

Preocupa-me essencialmente, mais do que lamentos e queixas, contribuir para uma discussão da qual o Sporting retire algum proveito ou, na sua impossibilidade, esta seja inócua. Não me parece que, sob o pretexto de "ouvir os Sportinguistas" se esteja a empurrar o Sporting para uma situação pelo menos dúbia e, quanto a mim, bem pior do que a que se encontra actualmente.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Um enorme privilégio

O meu obrigado ao Tiago (@imago_route) pelo privilégio de poder partilhar aqui este momento de sublime de inspiração com raiz "smithsoniana":


Past the pub that wrecks your body
And the church, all they want is your money
The Queen is dead, boys
And it's so lonely on a limb
Life is very long, when you're lonely
The Queen is Dead

Vivido com maior ou menor fervor, grassa entre muitos este sentimento de monarquia moribunda. Nos últimos anos, mas particularmente nesta época futebolística interminável, que só agora e inexplicavelmente chega a meio, a falta de alegria e de futebol tem sido a pior das solidões. O sportinguismo, herdeiro de uma mitologia de nobrezas e partido pela inevitável pluralidade de classe e culturas, hesita sobre o regicídio. Morra ou não a rainha, o luto é inevitável.

Frankly, Mr. Shankly, I'm a sickening wreck
I've got the twenty first century breathing down my neck
I must move fast, you understand me
I want to go down in celluloid history, Mr. Shankly
Frankly Mr.Shankly

O internacional brasileiro, o centrocampista português do futuro, o fantasma pós-soviético do último terço, a todos bafeja no pescoço a felicidade de uma alternativa, longe desta equipa estagnada. Formados e fortalecidos à base de promessas e do crédito da academia, pedem compreensão e respeito por não olharem para trás quando partirem. O caminho para o êxito próprio é um passeio na fronteira entre o compromisso com o clube e a confiança no desconhecido; frequentemente uma escolha medida em euros.

I know it's over
And it never really began
But in my heart it was so real
I know it’s over

Sá Pinto perdido em Székesfehérvár, no enterro de algo que acabou sem ter realmente chegado a começar. No Verão, a única opção parecia também a que tinha mais sentido e cada saída ao campo trazia mais terra para cobrir o caixão. É preciso ter coragem para ser gentil, para ser bom. Nas exéquias húngaras, culminou essa transformação mas acabou o jogo.

When you walk without ease
On these
Streets where you were raised
I had a really bad dream
It lasted twenty years, seven months, and twenty seven days
I never, I'm alone, and I
Never, ever oh, had no one ever
I never had no one ever

Conhecer tão bem as escadas, os torniquetes, os portões verdes, aquele não-lugar de terraço sobre o descampado, memorial ao antigo estádio. Ou sobre a segunda circular, lá em cima, descomunal face ao adepto errante, impossível de atravessar como os anos, meses, dias que dura a desilusão. Crescer nas ruas do clube e arrastar esta solidão, mas continuar a percorrê-las, confiantes, até ao fim do pesadelo.

A dreaded sunny day
So I meet you at the cemetry gates
Keats and Yeats are on your side
While Wilde is on mine
Cemetery gates

Tarde solarenga, infecta, e entramos juntos no Jamor. Tu com as odes a um futebol sensível e a insinuar rupturas com o passado, e nós entregues à beleza da equipa, a um retrato que veríamos envelhecer e definhar com o passar das horas. Cada ida ao Jamor é também um passeio pelas campas de caídos e elegias a glórias passadas, exercício de recordar e reviver. Nessa tarde, nessa ida ao cemitério, ficou algo enterrado que não voltaria a renascer.

Bigmouth strikes again
And I've got no right to take my place
With the Human race
Bigmouth strikes again

Muitas vozes na ronda, disparos incessantes de projectos, idéias e certezas na ebulição ruidosa do clube. Num festim de herdeiros por jus sanguini e jus soli, todos são demasiado importantes para não serem mártires. E entretanto, as paredes de vidro de um clube aberto, continuam a embaciar-se.

The boy with the thorn in his side
Behind the hatred there lies
A plundering desire for love
How can they see the Love in our eyes
And still they don't believe us?
The boy with the thorn in his side  


Odeia-se a si próprio quando falha e às vezes parece que falha por odiar-se. Só agora começa a recuperar um pouco o fôlego, a sacudir o incómodo com a cara bem alta quando vê a bola dentro da baliza. À procura desse amor das bancadas que nunca parece incondicional, ou totalmente correspondido, enquanto cresce, Ricky van Wolfswinkel. É duro o ofício de manter o desejo, mas vale a pena, absolutamente.

It was worthwhile living a laughable life
To set my eyes on the blistering sight
Of a Vicar in a tutu
He's not strange
He just wants to live his life this way
Vicar in a tutu

O pavor ao ridículo, à exposição à humilhação, é outra metástase do fracasso desportivo. Quando acaba o jogo, começa o desafio que dura dias: marcação homem a homem à vergonha, goleadas na mesa do café e cada manchete amarga como um penalty falhado no último minuto. E no meio do pânico, da desconfiança, perde-se muito atrevimento. Há uma audácia à espera que se quebre a paralisia.

To die by your side
Well, the pleasure - the privilege is mine
There is a light that never goes out

Falamos do fim como uma prova de amor, deste vínculo quase matrimonial de tão quotidiano na saúde e na doença. Porque o clube é um privilégio e se há coisa que as séries de derrotas têm em comum com as grandes vitórias é a intensidade. Uma pulsão vital que, virada do avesso, redescobre o sportinguismo, essa luz ao fundo do túnel que parece sempre mais longo do que pensamos conseguir aguentar.

From the ice-age to the dole-age
There is but one concern
I have just discovered :
Some girls are bigger than others
Some girls are bigger than others

Há muitas medidas de grandeza e as mais importantes costumam parecer objectivas: os troféus, a altura, os quilómetros percorridos, os passes acertados, os preços preços preços dos jogadores e dos bilhetes e das camisolas, mais as viagens e a cerveja sem álcool, micrometáfora da bancada da bola moderna. Costumam parecer, dizíamos, mas lá no fundo sabemos, pelo menos alguns, que não são. O maior quer dizer melhor e o melhor é sempre o nosso.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Ínsua por Joãozinho e outros negócios

O esperado está a acontecer. Face ao fracasso desportivo da presente época, cujas consequências ainda não se conhecem na totalidade - o acesso às provas europeias está longe de estar garantido - era inevitável o adequar das despesas ao que podem ser as futuras receitas. Por isso vimos já partir Elias, Gélson Fernandes, Izmailov e, ao que tudo indica, Ínsua e Pranjic.

Elias foi um alívio e não apenas na folha salarial. Pranjic, que gostei de ver numa fase inicial da época, também não justificará muitas lágrimas e Gélson era demasiado caro para aquilo que podia dar, embora me tivesse parecido tratar-se de uma boa pessoa e bom profissional.

Izmailov já marca golos no dragão o que não pode surpreender ninguém. É ainda cedo, com o pouco tempo de residência, para aquilatar qual era realmente o(s) problema(s) de que padecia o russo. Mas para a ferida supurar ainda mais e tornar ainda mais incompreensível o negócio, foi-nos posto diante dos olhos, nesta jornada, a inevitável comparação de categoria entre os jogadores trocados. O russo inventa um golo no meio de uma floresta de pernas e o lateral-direito inventa um penalty no final de um jogo atribulado, depois de ter andado muitas vezes muito longe do exigido a um internacional. Melhores dias terão que vir para justificar a opção de interromper a afirmação de Cedric e até de Árias.

Ínsua ao que tudo indica estará também de saída. E embora não se conheçam ainda em definitivo todos os pormenores, os primeiros indícios revelam que, nas actuais circunstâncias, o negócio que se adivinha é dos melhores dos últimos tempos. Detendo o Sporting apenas 35% do passe vendê-lo por uma verba aproximada de 3 milhões - que remete para um valor total do passe para perto de 9 milhões - está longe de ser mau. Se o parâmetro for as últimas vendas (Matias e João Pereira) é até óptimo. É inevitável perceber, que, com mais ou menos habilidade negocial, o Sporting não fará os negócios do FCP ou SLB sem subir o seu nível futebolístico e a entrar no mercado com um letreiro na testa: "desesperado para vender".

Joãozinho será o seu substituto e não parece que percamos muito com a troca, apesar da grande diferença de estatuto a  separar os jogadores. Mas o estatuto não joga e Ínsua não tem cumprido o que muito prometeu o ano passado. Joãozinho é um jogador interessante, é o máximo que consigo dizer. Por que me lembro de o ano passado a sua actuação me ter chamado atenção, para tentar perceber porque não jogava Thuran no Beira-Mar. 

Para que não haja equívocos, Ínsua tem muitas características para fazer dele um lateral-esquerdo de referência, ainda mais do que a sorte de fazer parte do lote de internacionais de uma selecção como a Argentina. E, se estivesse inserido num projecto estável, poderia não só ter aprimorado essas características como apresentado alguma evolução, o que não sucedeu. A haver culpas, estará longe de ser o principal responsável. Nesse sentido só lhe apontaria a falta de cuidado com que se apresentou depois das férias, nitidamente fora de peso. A perda é muito maior, parece-me, do lado emocional, por ser um jogador querido dos adeptos, do que pelo valor que verte para o colectivo.

Talvez só no final do período de transferências se possa fazer uma avaliação dos movimentos de entrada e saída de jogadores do plantel, tentando perceber se o aliviar dos compromissos salariais mensais vão equivaler a uma perda significativa de valor. É bem provável, mas não é uma inevitabilidade, como me parece ser o exemplo da troca Ínsua / Joãozinho. 

Se houver inteligência e sensatez o Sporting pode perfeitamente reduzir os seus custos sem reduzir salários, não significando isso a perda de competitividade que lhe reduza a ambição. O que o Sporting não pode é gastar tanto dinheiro para ficar abaixo do terceiro lugar pelo segundo ano consecutivo. 

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Jesualdo tem estrelinha?

Jesualdo tem estrelinha? Se não tem parece. Por muito menos que o que aconteceu hoje já perdemos várias vezes pontos.

O que Jesualdo tem com certeza é ainda muito trabalho pela frente, como não podia deixar de ser.

Mas tem um grande, um enorme Patrício pela frente (naquelas centrais de Alvalade deve haver por estes dias muita gente engasgada com os assobios...).

Tem muito talento para burilar em Carrillo, Labyad e Viola, por exemplo.

Carreiras promissoras para voltar a meter nos carris, como as de, Adrien Capel e Jeffren.

Muito para ensinar a Rojo, Rinaudo e Ínsua, Wolfswinkel.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Liedson e o futuro

Surpreender-me-á pouco se o desfecho do rumor do momento acabar por se confirmar e Liedson acabar equipado de azul-e-branco. Aliás, não é a primeira vez que o rumor circula, estamos apenas a regressar a mais ou menos há um ano, quando aqui falei dessa possibilidade. Nessa altura dizia:

A possibilidade de representar o FCP dependerá, (...) do lugar que quiser ocupar na história do Sporting e sobretudo na memória daqueles que o idolatravam.

Nunca foi o meu caso, pese a minha admiração pelas suas qualidades futebolísticas e pelo que representa na história recente do nosso clube. Para o idolatrar, isto é, para o considerar mais do que apenas um profissional que representou bem o clube, teria que sentir como genuíno o sentimento de que o Sporting lhe era muito especial, como ele foi para muitos de nós

Nunca o senti, sem saber explicar muito bem porquê, percebendo por isso que até posso estar a ser injusto na minha avaliação. Mas tem um pouco a ver com algumas "peripécias" no decurso da sua passagem, especialmente ao tempo de Peseiro. Sensação essa que se acentuou no dia seguinte a uma despedida cheia de emoção, com o jogador a declarar estar a chegar "à sua casa", quando o imaginávamos ter-se ele acabado de despedir dela. Ajudou pouco também a sua naturalização, que me pareceu mais oportunista que sentida.

Há muito que não espero muito mais de um jogador, mesmo que oriundo da formação, mais do que  um rigoroso profissionalismo e há muito que não acrescento companhia a Damas e Manuel Fernandes à minha galeria de culto.

Não sei se a minha avaliação estava então correcta, mas esta é sem dúvida nenhuma daquelas coisas que preferimos nunca vir a ter razão. Não só pela referida importância que Liedson teve junto de uma franja muito importante da bancada, mas por entre esses estarem alguns dos meus amigos, a quem hoje será difícil explicar a eles mesmos (e sobretudo aos seus filhos) como é que foi possível ver também Liedson com as cores do "inimigo". 

Tempos muito dolorosos estes que nos estavam reservados. Não nos sendo comum o sentimento relativamente ao jogador, o incómodo e até a dor de o ver de azul e branco será com toda a certeza partilhada.

Tratada a questão emocional debruço-me agora sobre a questão prática. 

Devia o Sporting fazer tudo ao seu alcance para travar e até inverter o rumo agora apontado a Liedson?  

E se o FCP vê nele um reforço ou pelo menos um complemento a Jackson, porque não o podia ser também para o Sporting, relativamente a Wolfswinkel?

Apoiando-me nos lugares comuns, o regresso aos lugares onde fomos felizes raras vezes é compensatório até porque a mesma água não passa duas vezes debaixo da mesma ponte. Preferia uma solução que tivesse os olhos postos no futuro que, além de representar uma boa possibilidade de reforço técnico, possa significar uma futura realização de mais-valias. 

Acresce a esta preferência o facto de, para o que falta da época e para as actuais condições económico-financeiras, não me parecer que seja sensato concorrer com os valores que o  FCP oferece a um jogador da idade dele.

Boa sorte a Liedson? Oh pá, isso já é pedir muito. Por alguma razão a imagem que ilustra o post é a que é.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Quem com ferros mata...

Soube-se ontem (pelo menos foi quando tomei conta da noticia) que foram expostos os contactos pessoais dos funcionários do Sporting encarregues da verificação da conformidade das assinaturas que subscreveram o requerimento a solicitar a AG. 

Antes de mais convém lembrar que os  referidos funcionários, por inerência de funções, não lhes é dado a escolher as tarefas a realizar e, entre eles, até podem estar elementos que concordam com o proposto no requerimento, o que ainda torna mais inclassificável uma acção deste tipo. Veremos se este comportamento ignóbil também vai gerar uma procissão de indignados...

Não duvido que este é um exemplo extremo e creio que isolado. Mas serve como amostra de uma realidade crescente e que se torna omnipresente em quase todas a discussões. E nelas há quase sempre um pretensiosismo totalitário e insultuoso, que começa por considerar que "quem não pense como eu" não só "está errado", como "está satisfeito", "tem uma agenda escondida" ou é "peão de brega" de alguém. Ou pior, emite opinião no seu próprio interesse, "à procura de tacho" ou com o objectivo de manter o que já tem.

Isto merece-me 3 comentários:

1- Sobre a "agenda", "o tacho", etc, veremos o que o futuro próximo nos reserva. Veremos como muitos dos que hoje fazem estas acusações não se apresentarão eles próprios a um qualquer cargo numa futura lista concorrente a eleições. Estarão eles próprios à procura de tacho? Ou acham que podem ficar abrigados dos pingos da chuva caluniadora que reservam aos outros?

2- A forma como reagimos às contrariedades e às crises em geral é em si mesma reveladora da nossa própria natureza e por isso mesmo tem uma vantagem clarificadora. E se isto é válido a nível individual é-o também ao nível colectivo. Nesse sentido, o que têm sido os últimos meses - ou anos?.. - da vida do Sporting, é pouco reconfortante para quem gostaria de ver um Sporting saudável e pujante.

3 -Este discurso é profundamente divisionista e, por isso mesmo, é em si mesmo responsável por um afunilar de opções. É que se a mim, muitas vezes aqui visado, isso me faz pouca impressão, duvido que haja alguém que tenha uma vida profissional e pessoal pelo menos satisfatória e que, face a isto, se disponha a perder tudo isso por não se sabe muito bem o quê, mas que não é nada de bom. Isso é o que deve estar pensar que neste momento quem equacione ser dirigente no Sporting.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Quem representam Daniel Sampaio e Eduardo Barroso?

Daniel Sampaio, vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral, saltou agora para o centro das noticias sobre o Sporting, embora antes já fosse evidente um protagonismo a que não estávamos habituados de alguém que tivesse exercido funções iguais. 

O protagonismo não é um problema, desde que ele corresponda ao exercício das funções conforme estas estão previstas nos estatutos. Mas que tem a seu cargo representação de todo o universo leonino e não apenas parte dele está obrigado à equidistância e a isso ajudaria muito ser discreto nos actos e nas palavras. 

Ora andar a pedir a demissão do CD, ainda por cima invocando motivos circunstanciais (“está em risco de descer de divisão") insere-se em que artigo das suas competências? Ou Daniel Sampaio também faz declarações à EB, uma frase como adepto, outra como cronista da Bola, outra como paineleiro, outra como PMAG e quem o lê e ouve que descodifique?

Daniel Sampaio, agora também defendido por Eduardo Barroso, diz que está a ser alvo de um ataque e nega as acusações de que foi alvo. E que acusações são essas?

Primeiro foi a acusação da Juve Leo, que denunciava o aliciamento feito pelo referido vice-presidente da MAG, a troco de bom comportamento na AG que se avizinha. O facto da claque dar conta do seu inequívoco apoio à direcção e por se tratar de uma claque retira credibilidade à afirmação. Mas a conversa, que não foi negada, mas sim o referido aliciamento,  não foi apenas testemunhada pelo Nuno Vieira e pelo próprio Daniel Sampaio, e pode não ser apenas a palavra de um contra o outro...

Ontem foi a acusação do Conselho Directivo, dando conta que "Daniel Sampaio convidou várias pessoas para integrarem uma comissão administrativa para entrar em funções a seguir à Assembleia-Geral que visa demitir o Conselho Directivo, à revelia do presidente da Mesa, Eduardo Barroso". E ao que parece Daniel Sampaio foi ainda mais longe ao convidar elementos do CD a apresentarem a sua demissão, procurando que aquele caisse por falta de quórum. 

Daniel Sampaio tem já desmentiu. Mas tem dois problemas:

Primeiro tem um amigo desbocado. Em declarações ao DN, EB na mesma frase deixa um desmentido "Essa notícia é inacreditável." e a afirmação implícita de que algo está já em curso "É preciso sabermos quem poderá estar disponível para essa comissão de gestão, que até pode governar o Sporting por seis meses antes de se provocar eleições, temos de ver os cenários todos". 

Como nota adicional e, se preciso fosse, para aferir a razoabilidade EB, atente-se na preciosidade desta afirmação, ainda nas mesmas declarações:  "Quero tranquilizar os adeptos do Sporting, porque os problemas estão a atingir um ponto em que começo a ter medo, isto está a atingir as raias do inqualificável."

Mas o principal problema de Daniel Sampaio, e do seu desbocado amigo, é que estão a agir para lá do que lhes é pedido para o exercício dos cargos que ocupam. No cumprimento do que está nos estatutos a principal preocupação de ambos devia estar na reunião de condições para dar cumprimento ao requerimento que lhes foi apresentado para a realização de uma AG, o que já não pouco para fazer. 

Neste sentido porque razão a MAG tem de ouvir "sportinguistas anónimos e notáveis, entre eles as claques" voltando a arremessar de forma parcialmente indecorosa que "poucos ou quase nenhuns eram favoráveis à permanência da actual direcção."?

Esta é a forma que encontram para estar à altura de representar todos os associados leoninos, até os que não partilham das suas ideias e dos seus métodos?

Mas a pergunta mais importante, muito mais importante que estas tricas, é saber se no caso de concretização da queda da actual direcção quem é que dormirá tranquilo sabendo que o Sporting pode ficar entregue seis meses a estes senhores ou a uma comissão administrativa?

 Há quem pense que o Sporting não pode ficar pior do que está. Pois talvez fosse clarificador, apesar de doloroso, constatar que não é bem assim.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Conheça e discuta a reestruturução financeira avançada pelo Expresso


Há já algumas semanas que a noticia circulava em alguns meios mas o Expresso deste fim-de-semana encarregou-se de a por no topo da actualidade. Falo da  reestruturação da dívida aos bancos (BCP e BES) que se cifra em 230 milhões.

Isto leva-me, no imediato, a interrogar a razão da noticia ser conhecida quando ainda não há qualquer acordo firmado. Tal pode prejudicar a posição negocial do clube, que não está sozinho neste mercado especifico das SAD´s em aflição e já anteriormente se viu prejudicado por causa de fugas de informação.

- 130 milhões ficariam cobertos por um empréstimo de 40 anos, a uma taxa de (fabulosos!) 1, dando como garantia as quotizações dos associados.

- Dos restantes 100 milhões 60 seriam perdoados se o clube entregar 40 milhões aos mesmos bancos.

Isto é, com toda a certeza, apenas uma parte do que devem ser negociações muito complexas, atendendo aos montantes em jogo e à própria conjuntura. E pode nem merecer a qualificação de noticia mas de um rumor, atendendo a que as partes não fizeram qualquer confirmação do avançado pelo Expresso.

2 observações avulso:

Para se poder fazer uma avaliação da importância da operação em causa seria muito interessante saber o que são hoje as verbas despendidas com o serviço de divida e quais passariam a ser depois da realização da mesma.

Estarão os sócios dispostos a discutir sem tabus uma matéria desta importância, nesta altura ?

Ainda assim, procurando satisfazer os muito pedidos que me foram feitos durante o fim-de-semana, aqui fica cópia do que avançou o semanário Expresso: 




domingo, 13 de janeiro de 2013

Que jeito dá ter um treinador!



A vitória de hoje, normal para um Sporting normal, ajudará a entender que não ganhávamos porque os jogadores não queriam mas porque não podiam.  Jesualdo pôs os jogadores a jogar nos seus lugares, aproximou as linhas e sobretudo os jogadores criando com isso o patamar mínimo para se lutar por mais do que um empate ou sofrer mais uma derrota.


Ficha de jogo

I Liga: 14ª jornada
Estádio José Arcanjo, em Olhão
Árbitro: Hugo Pacheco (AF Porto)

Olhanense: Bracali, François D’Onofrio, Vasco Fernandes, André Micael, Jander, Rui Duarte, Nuno Piloto, Targino, Fernando Alexandre, Abdi, Yontcha.
Suplentes: Ricardo, Djalmir, Evandro Brandão, Rafael, Fábio, Betinho, Pedro Paz.

Sporting: Rui Patrício, Miguel Lopes, Boulahrouz, Rojo, Insua, Adrien, Rinaudo, Labyad , Jeffren, Capel e Wolfswinkel.
Suplentes: Marcelo Boeck, Pereirinha, Zézinho, Carrillo, Xandão, Eric Dier, Viola.

Golos de Labyad e Adrien

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

O grande Elias uma breve reflexão sobre os fundos de jogadores

O titulo do post remete-nos para um filme português dos anos 50, protagonizado por António Silva,  e outros nomes grandes do cinema português. O enredo tinha no centro uma família portuguesa  que contornava as dificuldades em que estava emergida graças às remessas de uma abastada tia brasileira que julgava terem os seus parentes lusos iguais condições.

Uma relação equívoca, algo semelhante à que uniu o Sporting a Elias. Este, como muitos outros que chegaram com ele, viu  no Sporting um meio para projectar a sua carreira e o Sporting viu no brasileiro um jogador de qualidade, um investimento seguro e rentabilizar e até um líder, oferendo-lhe a braçadeira de capitão. Ambas as expectativas saem frustradas.

No inicio da época passada poucas contratações me entusiasmaram tanto como a de Elias. Conhecia o jogador, contemporâneo de Ronaldo, o Fenómeno, no Corinthians, e a sua ascensão até à selecção brasileira. Conhecido como "o guerreiro", as suas características de jogador técnico qb, mas que se devotava com grande intensidade ao jogo, parecia cair na perfeição no que era identificado como o modelo típico nas equipas de Domingos. Os quase nove milhões não pareciam, em condições normais, difíceis de rentabilizar num curto/médio prazo.

Hoje todos sabemos que as tais condições, entendidas como normais, nunca se proporcionaram e a contratação de Elias foi um fracasso. As causas desse fracasso compreendem-se entre as que dizem respeito ao insucesso desportivo consubstanciado no falhanço da aposta em Domingos, e do desmoronamento de todo o edifício desportivo que se seguiu este ano com Sá Pinto, após um começo prometedor que terminou numa das tardes mais inglórias e frustrantes no Jamor.

Mas, no caso de Elias, não há apenas "culpas" no falhanço do projecto desportivo que veio encontrar no Sporting.  Há também muita responsabilidade pessoal. Há poucos dias, o jogador dava conta que não se sentia feliz no Sporting, que gostava de lutar por títulos. Se essa vontade for a que demonstrava em campo, em particular nos últimos jogos, completamente descomprometido da sorte da equipa, sem qualquer esforço pela procura da bola, resguardando-se do jogo, Elias nunca lutará por títulos, com sorte ganhá-los-á por inércia.

Elias foi entretanto cedido ao Flamengo, certamente inserido numa estratégia de contenção de custos mais do que necessária tendo em conta o actual contexto e o vislumbre do que podem ser as receitas futuras. Ao contrário do que parece ser o entendimento maioritário, é uma boa decisão. A sua permanência, no contexto actual do clube e do próprio jogador, só equivaleria a uma desvalorização ainda maior. A sua venda, neste momento, seria, isso sim, um mau negócio porque dificilmente deixaria de ser feita abaixo do preço de custo. O seu regresso ao Brasil pode equivaler a uma valorização, até porque é feito para um clube com pergaminhos e com visibilidade para proporcionar o regresso à montra que é a selecção brasileira.

Para os que sempre se opuseram ao recurso aos fundos, que, como tudo na vida têm vantagens e inconvenientes, talvez percebam agora melhor que o Sporting, ao alienar a percentagem do passe deste jogador, não alienou apenas parte dos lucros de uma futura venda. Partilhou também o risco do investimento feito e, correndo tudo pelo pior, tem pelo menos asseguradas as verbas que já recebeu, isto é, 50% do passe.

O problema para o Sporting nunca foram os fundos, como também não são as comissões. Esta tem sido a solução adoptada e com o sucesso conhecido no FCP e, menos, no SLB. A virtude deste modelo não é apenas a de partilhar riscos. Está também na possibilidade de proporcionar aos clubes a quem eles recorrem o acesso a jogadores cujo preço seria proibitivo. A falta de transparência obrigou já a UEFA preparar legislação para lhes por termo, demonstrando um parcialidade condenável, quando nada faz para impedir a meia batota que é a compra de clubes por magnatas, cujo dinheiro não é digno de menos suspeita.

O problema para o Sporting é e sempre foi a gestão desportiva. O looping permanente entre o recomeço e um novo fracasso impede o Sporting de alcançar os da frente. O consequente afundamento económico e financeiro e as convulsões que daí resultam fazem o resto. A entrada de Elias para o polémico compêndio do "jogador mais caro do Sporting" e dos fracassos a ele associado, é capaz de nos fazer manter por muito tempo longe do acesso a jogadores de qualidade que nos permitam encurtar o fosso que nos separa dos nossos rivais. O pior é que eles, a par dos treinadores, são os que ditam muita da nossa sorte e do nosso azar ao jogo.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Desejo comum em Jesualdo e Ronaldo com alguns números em análise

É preciso recuar ao 11 de Novembro de 2012, na 9ª jornada, jogo em casa com o SCBraga, para encontrar um jogo em que o Sporting não tenha sofrido um golo. Jogos em que a mesma situação tenha ocorrido - não ter sofrido golos - eram até ontem apenas 3 (Horsens (V) Basileia  (E) e Académica(E) e talvez não seja por acaso que só tenhamos conseguido ficar incólumes perante apenas uma equipa portuguesa...). Ontem, na estreia de Jesualdo, conseguimos finalmente voltar a terminar um jogo com a baliza inviolável.

Antes de ir propriamente ao assunto do post deixo ficar aqui também alguns dados estarrecedores: em todas as competições oficiais o Sporting tem uma relação de golos marcados/golos sofridos negativa:

Liga ZON Sagres            11-16
Taça de Portugal              2-3
Taça da Liga                    3-5
UEFA Europa League    10-11

Mas não é tudo. Se a posição na classificação geral do actual campeonato é a que se sabe - 12º lugar, a um ponto dos lugares de descida - as classificações parciais indicam-nos que se houvesse um campeonato dos jogos em casa estaríamos em 6º lugar com 8 pontos. No campeonato dos jogos fora seríamos penúltimos com apenas mais um ponto que o modesto recém-promovido Moreirense.

Estes dados, somados às exibições, dizem-nos praticamente tudo sobre a qualidade do trabalho desenvolvido até agora e da tarefa ciclópica que espera Jesualdo Ferreira. A questão técnica, da qualidade do treino, da responsabilidade de Sá Pinto a Vercauteren, é a que deve ser tida em linha de conta antes de se colocar em causa o valor dos jogadores. 

Quando oiço grande parte dos comentadores e analistas (com ou sem aspas) a falar de ´"entrega" normalmente isso é um bom indicador de desconhecimento da importância diferenciadora do treino no futebol actual. Foi a a sua falta de qualidade a origem da actual situação a que se juntam agora muitos outros factores acessórios, que tornam os nossos jogadores aparentemente iguais ou inferiores ao de adversários muito inferiores. 

Advinham-se momentos ainda mais conturbados e provavelmente ainda mais fracturantes do que os que vivemos. Julgo ser de importância crucial que no que aí venha, onde quase tudo será esmiuçado, que se perceba o quão importante é  a posição de treinador para o sucesso ou o fracasso de um clube onde o futebol tem importância primordial. 

Não sou propriamente um fã de Jesualdo Ferreira mas não deixo de lhe reconhecer a competência técnica que talvez faça dele o melhor treinador português disponível. Acresce que JF é também um homem com tarimba suficiente para viver as tão frequentes crises exestencias tão sportinguistas quando, ao primeiro desaire, tudo é posto em causa.

Parece-me por isso importante que o saibamos resguardar das tricas politicas em que nos consumiremos nos próximos tempos. Assim como seria importante que tivesse tempo para que o seu trabalho tivesse continuidade. No que à organização do nosso futebol diz respeito está tudo ou quase tudo por fazer e quanto mais tarde começarmos mais angústias e sofrimentos seremos obrigados a coleccionar.

E não apenas a ele mas também à equipa. Parece-me muito importante destacar o que disse ontem depois do jogo:

«Esta equipa precisa de suporte psicológico, confiança, sucesso e apoio. Precisa de acreditar que tem capacidade para seguir em frente e chegar a níveis mais altos. Isso só se consegue com tempo e trabalho.

«Há jogadores muito melhores do que aquilo que apresentam em campo.»

«Quando não há apoio ninguém se sente bem. As pessoas têm de decidir se apoiam ou não, nós vamos fazer o nosso trabalho. Para mim é-me indiferente, mas para os jogadores é importante, porque são eles que jogam.»

A questão do apoio da equipa não pode ser confundida com o apoio ou o protesto contra a situação vigente. A equipa no relvado não é a de Godinho Lopes, é a equipa do Sporting e são os pontos que perde e ganha que se constrói a nossa história.

Não se pense que esta é uma questão acessória para os jogadores. Se preciso for  atente-se no que disse ontem Ronaldo depois do jogo no Bernabéu:

«Já chega de críticas, temos de estar juntos»

Pelo menos à hora dos jogos. Após os jogos as diferenças de opinião podem voltar a ser as de sempre, ninguém é assim tão tolo para negar o direito de cada um pensar pela sua cabeça.

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