O Sporting anunciou ontem o regresso do basquetebol como modalidade oficial do clube. Num primeiro momento não prestei grande atenção, só tendo lido o titulo da noticia. Na altura pensei estar a ser anunciado algo semelhante ao que já havíamos assistido com o hóquei em patins, com o clube a chamar a si a responsabilidade que é sua, mas havia sido assumida por alguns carolas que, por paixão ao clube e à modalidade, a haviam reerguido da extinção.
O espanto foi grande perante o absurdo da decisão: afinal o clube vai chamar a si apenas alguns dos escalões de formação (até sub-14, não sendo explicado se aproveita os já criados pela Associação) e, sem se comprometer com calendarizações ou objectivos definidos, aponta de forma vaga para a abertura progressiva de novos escalões "até se atingir os escalões competitivos mais elevados". Desta forma é alienado o trabalho empregue na formação dos atletas (masculinos e femininos) que atingiriam agora o escalão sub-16. Um decisão que deveria ser antes de mais explicada aos atletas e pais que confiaram no clube.
Ainda mais inexplicável é a extinção do protocolo com a Associação Basquetebol SCP, cuja equipa feminina sénior havia subido a pulso à principal divisão nacional, onde completou agora o sempre difícil ano de estreia. Quando o mais difícil parecia estar finalmente alcançado e o esforço de todos os envolvidos esperava pelo apoio do clube na consolidação da modalidade, de forma a que esta se mantivesse ao mais alto nível, este cortar abrupto de pernas é pelo menos absurdo. Mais ainda quando se espera que em breve o clube possa fazer uso do tão desejado pavilhão.
Anunciar desta forma o regresso do basquetebol é legitimo, mas que não deixa de encerrar em si uma profunda contradição, com a extinção do escalão que estava em melhores condições de representar o clube. Duvido que tal venha a suceder, mas o clube tem ainda tempo de reconsiderar aquilo que é claro tratar-se de uma má decisão ou pelo menos dar uma explicação cabal do que a sustentou, para que esta possa ser entendida e aceite.
Só posso dizer que já nem sequer consigo ver/ouvir elementos desta direção do Sporting. Estou mais do que farto, e só não deixo de pagar quotas porque estes individuos que por lá andam irão passar (espero que brevemente), e o grande Sporting Clube de Portugal continuará. Este triste espectáculo do basquetebol é apenas mais um que já afectou ou vai afectar todas as modalidades do clube. E porquê? Porque se tem um presidente que dobrou o seu salário há poucos meses, e porque se tem um treinador que se achava que ganhava pouco (5M/ano) para o nada que conquistou, e vai daí tratou de se lhe aumentar (6M/ano) também o ordenado. Resultado: parece que as modalidades (só falta mesmo o futsal, que é a única que luta por títulos, sentir o mesmo) atrapalham o funcionamento destes ordenados princípescos. É urgente acordar!!!
ResponderEliminarSó posso dizer que antigamente era melhor, acabaram com as modalidades amadoras, acabaram com os pavilhões, e quase que acabaram com o clube, antigamente é que era bom!!!!
EliminarSó posso dizer que antigamente é que era bom, acabaram com os pavilhões, acabaram com quase todas as modalidades amadoras , até tivemos de votar, e quase que acabaram com o clube, mas antigamente é que era bom !!!!
EliminarBoa tentativa. Esqueceu-se do recente anúncio do presidente relativo ao aumento de investimento nas modalidades? Ou "esqueceu-se"?
EliminarO investimento das modalidades está a aumentar. Isto é factual.
EliminarAs movimentações no mercado, no futsal e no hóquei, são prova disso. No andebol não tem havido notícias, sabemos só que o Svensson foi despachado e que o Carol foi renovado. O ciclismo regressou. O futebol feminino (é considerado modalidade?) regressa na próxima época.
O basket vai reiniciar o projecto, como modalidade oficial. Também acho que deveria haver uma explicação mais detalhada sobre o desenrolar do processo todo, a não ser que essa explicação seja prejudicial ao Clube. Exemplo de explicações que sejam prejudiciais, se tornadas públicas: falta de confiança mútua/desavenças entre os anteriores responsáveis pelo projecto autónomo, e a nossa Direcção. Não faço ideia se foi isso que aconteceu, mas a ter acontecido o Clube não ganharia nada com a exposição dessa situação, quem sofreria com isso, nessa situação hipotética, seriam as jogadoras. Mas a vida é feita de escolhas.
Só falta o regresso do vólei e penso que fica completo o pleno de modalidades, pelo menos das colectivas com maior projecção em Portugal. Ou estarei a esquecer-me de alguma?
Considero a forma que agora foi escolhida para o regresso do Basquetebol a melhor a utilizar, seja para esta modalidade, seja para outras no futuro. A forma como termina a ligação à AB SCP não será a mais correcta mas desconfiei desde inicio deste projecto, aconteceu algo similar com o hóquei, se a memória não me falha houve projectos iniciais geridos pelo núcleo de Tomar, também à partida com uma equipa de seniores, que acabaram por ser extintos até à fórmula final ter viabilidade.
ResponderEliminarNuma fase de (re)arranque ter uma equipa de seniores sem um suporte financeiro grande é o pré-anuncio da inviabilidade do projecto, as competições não são nenhum modelo de organização e a nível sénior são sorvedouros financeiros para uma estrutura jovem e sem fundo de maneio sólido.
Percebo com facilidade que o Sporting, ou outro qualquer clube da sua dimensão desportiva, não tenha num determinado momento da sua história equipas competitivas seniores numa ou noutra modalidade, tenho muita dificuldade em entender que não tenha escalões de formação, sempre! A matriz desportiva do Sporting "obriga" o clube a esta função social, oferecer desporto de formação de elite à população, se depois isso gera uma equipa competitiva a nível sénior é uma conversa completamente diferente, já não depende exclusivamente do valor da formação mas da capacidade financeira autónoma de cada secção ou modalidade.
A Federação de Basquetebol tem andado a mudar constantemente o modelo competitivo sénior com grave prejuízo para os clubes (logo, para a modalidade) pela quebra de confiança, falta de correcto planeamento e custos astronómicos assumidos ou a assumir.
Para finalizar, qualquer projecto de retorno das modalidades extintas e já agora manutenção das actuais, dependerá sempre da massa critica de sócios que adiram verdadeiramente à iniciativa. Arrisco dizer que se existirem no universo de sócios do Sporting 1000 que queiram ver o basquetebol de volta, dos quais 5% com tempo e capacidade de garantir o trabalho corrente, com um trabalho de formação a iniciar agora com um horizonte de 4/5 anos de trabalho pela frente para executar e corrigir, não há problema financeiro que os limite para findo esse prazo o Sporting regressar à competição sénior.
Plenamente de acordo com este comentário.
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