Rakow 1 - Sporting 1: ter o borrego na mão e deixá-lo fugir

O Sporting perdeu uma oportunidade de matar um novo borrego, e de forma consecutiva, depois de ter conseguido a primeira vitória na Áustria. Desta feita a estreia a ganhar na Polónia ficou a sensivelmente dez minutos de distância.

Há muito pouco a dizer quando um jogo fica marcado por uma expulsão tão precoce. A equipa que fica em inferioridade numérica pouco mais pode fazer que contenção de danos. Mas o Sporting até logrou um pouco mais do que isso, quando Coates inaugura o marcador. 

Daí em diante o Sporting controlou o jogo até ao momento em que, numa falha colectiva  que foi um misto de falta de concentração, displicência e atrapalhação, acaba por abrir mão de dois preciosos pontos. 

Não foi só o Esgaio a falhar, ele foi apenas o último. Porque desde logo se pode questionar porque é que se optou por fazer subir toda a equipa para um livre frontal longe da baliza, quando o jogo corria para o final e se poderia ter optado pelo controlo da posse de bola, ganhando preciosos minutos.

A sensação de desperdício acentuou-se quando, chegado o final de jogo, se constata que a Atalanta havia empatado na Áustria, curiosamente depois de ter ficado a jogar com mais um jogador.

É muito fácil especular relativamente ao desfecho do jogo, o que poderia ter sido “se” e o que poderia ter sido feito. Os factos parecem, contudo, demonstrar que a estratégia adoptada face às circunstâncias foi a adequada e apenas contrariada por um erro colectivo perfeitamente evitável com menos precipitação e mais concentração.

Do borrego ficou apenas o cheiro e uma boa oportunidade para encurtar para um ponto a distância aqueles que parecem ser o nosso principal obstáculo para uma qualificação directa para a fase seguinte da competição.