Se houvesse decência e pudor ficariam pelo menos 40 anos em silêncio
Haveria muito a dizer sobre o jogo de Vila da Aves, mas há pouca vontade de o fazer face ao resultado e à forma como foi obtido. Assim, ficam apenas algumas considerações genéricas sobre o encontro e, no final, sobre alguns aspectos com ele relacionado:
- O Sporting teve o jogo controlado até aos setenta minutos, quando o VAR recorreu á lupa para ver o penalty do Diomande.
- Podemos discutir se a equipa devia ou não ter recuado as linhas. A mim parece-me que o recuo foi excessivo e que Rui Borges tem dificuldades em, a partir do banco, fazer a equipa reagir às alterações dos colegas adversários. Agora é seguramente mais difícil, com as limitações impostas por lesões e castigos.
- Mas talvez mais importante parece ser a incapacidade de alterar a disposição dos jogadores, o que até se afigura difícil, face ao cansaço competitivo e condicionamento psicológico que os resultados têm imposto
- A expulsão do Diomande resulta de uma chamada fora- do que o protocolo prevê sobre a matéria, como é reconhecido unanimemente.
- Como também é reconhecido unanimemente que o lance era merecedor de cartão amarelo, pelo que acaba por ser feita justiça.
- Assim sendo, não se percebe porque desataram os nossos rivais numa vozearia inqualificável. De que se queixam eles afinal?
- Quando for feita a história deste campeonato a única coisa que garantidamente se poderá dizer é que o Sporting foi levado ao colo. A menos que se esse colo fosse de alguém que se atirasse de um precipício e nos levasse com ele.
- Relativamente aos nossos rivais, e no que diz respeito a questões de legalidade e arbitragem se tivessem alguma decência e pudor ficariam pelo menos quarenta anos em silêncio, por idêntico período em que dividem entre si as nódoas gordurosas resultantes do domínio dos bastidores do nosso futebol.
- Essa seria também o tempo para que se extinguisse a memória do que foram estes últimos mais de quarenta anos de casos, casinhos e casões, que resultaram na divisão de poderes no futebol nacional.
- A súbita prodigalidade dos nossos adversários pode muito bem estar relacionada com recente entrevista de Frederico Varandas. Não deixa de ser estranho, porque se tratou declarações mais ao jeito de contenção danos, que para muitos é já tardia face ao que se vai, sobretudo desde o jogo com o Santa Clara, em casa. Talvez devesse então falar mais vezes.
- Somos assim levados a concluir que para os nossos rivais andarem satisfeitos e calados é necessário continuarmos a ser prejudicados e eles beneficiados como aconteceu nas jornadas recentes.
- O sucedido no jogo a equipa B (expulsão inclassificável) este sábado e ontem nas Aves pode muito bem tratar-se novamente de uma reacção corporativa, que se acha acima do escrutínio.
- Esse “cuidado extremoso” significa que, apesar dos nossos erros e dificuldades, os nossos adversários nos consideram o principal adversário. Isso são boas notícias, obviamente.
- É necessário do nosso lado maior cuidado. O Diomande ontem não teve, o que nem sequer é uma estreia, uma desculpa como a juventude nem sequer é admissível. Ou já se teria esquecido do sucedido no dragão? Já percebemos que nada nos será oferecido, é a hora de reunir esforços para um último folego, faltam onze jornadas para sermos felizes outra vez.
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