O resultado de ontem assim o dita: o Sporting fez o melhor resultado da primeira jornada e isso já não nos podem roubar. Há por isso razões para entusiasmo, não se pode pedir aos adeptos que não o sintam porque isso é negar a natureza da sua ligação ao clube, que é essencialmente pautada pelas emoções, pela paixão desmedida. Queriam o quê, que estivéssemos hoje todos tristes, como se tivéssemos entrado pela Madeira dentro?
Mas o título não se deve à vitória de ontem porque contém 2 afirmações que não posso comprovar: por não ter visto a totalidade dos restantes jogos não sei fomos a melhor equipa até agora. E é ainda cedo para sabermos se somos difíceis de bater. Há ainda alguns pormenores a deixar algumas dúvidas na nossa organização defensiva que o Arouca só muito ao de leve conseguiu expor. Mas a resposta positiva ao infortúnio de sofrer primeiro e partir daí para uma boa exibição dá boas razões para acreditar.
Acreditar é dizer presente e a razão deste post é precisamente os outros artistas deste jogo que, para o serem, nem precisam de subir ao relvado. Não têm empresários, não são detidos e passados de mão em mão como mercadoria porque só são dali, daquelas bancadas ou onde o Sporting jogar e estão sempre lá, faça chuva ou faça sol. O seu sucesso não se mede pela fotos nas primeiras páginas dos jornais ou pelas cilindradas dos seus bólides. As medalhas ao peito são os inúmeros triunfos testemunhados na primeira pessoa, lado a lado com os imensos sacrifícios, desgostos e atribulações ganhos à custa da abdicação de uma outra vida. Gente que acredita sempre, mesmo até quando já é impossível e ao invés de receber paga para estar lá. Falo, como é óbvio, dos adeptos.
Agora que as claques se juntaram na Curva Sul a voz dos adeptos no estádio é mais nítida, mais forte, por oposição à cacafonia que durava já há demasiado tempo. Alvalade é assim mais, muito mais, a casa do Sporting e isso é o que os adversários podem voltar a recear. O tal 12º jogador que, não jogando, é decisivo a empurrar a equipa para frente.
Em matéria de apoio e dedicação, neste inicio de época, os Sportinguistas, tal como no passado, voltaram a liderar e a pôr a fasquia mais alta para os demais. E o mais notável, digno de registo e orgulho é fazê-lo apesar dos oráculos da desgraça. Sabemos que não vamos ganhar sempre, que eventualmente não ganharemos já o suficiente para honrar o passado glorioso. Mas não deixamos as nossas camisolas sozinhas e tal é afirmar que acreditamos, que não desistimos de fazer um Sporting maior.
Estamos noutra dimensão em termos de dedicação e amor ao clube. O que mais me arrepia nesta música é que me parece que ao ser cantada em uníssono personifica o clima de união da família sportinguista que há tanto tempo tinha desaparecido. Ainda estamos numa fase muito prematura da nossa recuperação como clube mas se tivermos a felicidade de manter este espírito e acreditarmos que vamos conseguir ultrapassar a fase mais negra da nossa histórias poderemos voltar a ser gigantes.
ResponderEliminarSL
Acho que não deve existir nenhum Sportinguista que se tenha deslocado ontem ao estádio e com um telemóvel com capacidade de gravação que não tenha um registo similar a este! Quer dizer, eu por acaso não tenho... em compensação tenho dois do jogo com a Fiorentina, lá para o fim do mês faço o upgrade! O problema vai ser que para gravar tenho de estar calado e não sei se consigo!
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