Entre a surpresa e a serenidade
Após a surpresa – quem não ficou? – impõe-se uma reacção. Desde já a primeira lembrança vai inteirinha para o Conselho Leonino: mais uma vez foi dali que saíram as noticias para as 1ª´s páginas dos média. Mais um mau serviço prestado ao Sporting da parte de um órgão a merecer profunda reflexão sobre a sua utilidade.
Não é o momento adequado para fazer o balanço do mandato de FSF, até porque ainda não acabou e há decisões que, sendo tomadas ou não, o marcarão decisivamente. Provavelmente FSF terá compreendido que “dificilmente poderá trazer ao Sporting a comunhão de objectivos que se desejam para o nosso clube. Por culpa dele e dos que fazem dele uma guerra pessoal.” Percebeu que a actual cisão entre sportinguistas tenderia mais a agravar-se com ele do que a acabar. Se assim foi prestou um bom serviço ao clube. Espero que os que fizeram dele uma guerra pessoal também tirem as suas conclusões. Que esta oportunidade seja aproveitada para os sportiguistas se reconciliarem consigo e com o clube.
Sendo coerente com o artigo aqui colocado hoje, a saída de FSF de cena baixa as exigências de quem a seguir se perfilar, por todos os motivos anteriormente aduzidos e tem a virtude de pôr ao mesmo nível todos os candidatos que se apresentem às urnas. Os que temiam os elevados valores percentuais que FSF vinha conseguindo até agora nos plebiscitos, vêm agora uma janela de oportunidade. Esta talvez seja, neste sentido, uma má noticia, pois, como dizia hoje, para se ser presidente do Sporting é necessária uma soberba e férrea vontade e já agora coragem. Aguardo com curiosidade a reacção dos que diziam que FSF se recandidatava por causa das pressões dos bancos, para ocultar atitudes menos próprias, dele e de outros e, como sabemos, coisas muito piores.
Espero que, refeitos da surpresa, os sportinguistas encarem a situação com serenidade. Podemos estar surpresos, mas não estamos órfãos, nem de luto. É hora de pensar o futuro.
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