Primeira volta dejas-vu
Terminou a 1ª volta que de 1ª teve muito pouco: as velhas polémicas com as arbitragens desviam a maior parte dos olhares e discussões do futebol jogado para o futebol falado. O problema da arbitragem está ao nível da credibilidade e, enquanto esta não for restaurada, dificilmente as falhas dos juízes poderão ser vistas ao mesmo nível que um mau remate ou um golo na própria baliza. È a velha questão: a mulher de César tem de ser e parecer séria. Infelizmente nenhuma das premissas é satisfeita hoje. Ajuda pouco ver as mesmas figuras de sempre, os mesmos procedimentos opacos, as mesmas falhas. E ajuda menos a falta de bom senso dos mais altos responsáveis na hora de comunicar: ou falam demais ou não dizem nada.
Ontem o JN publicou um artigo onde se analisa superficialmente a 1ª volta do campeonato, recorrendo a um quadro comparativo, mais alguns dados estatísticos e que pode ser visto na nossa mediateca. Olhando mais de perto para a carreira da nossa equipa parecem-me estes os aspectos mais importantes:
Somos os piores dos 3 grandes em casa e é precisamente em Alvalade que temos comprometido as nossas aspirações, com 8 pontos perdidos. O resultado com o Leixões e Académica “nunca” deviam ter acontecido. O mesmo se pode dizer da deslocação a Paços de Ferreira. Os jogos entre os grandes podem sempre cair para qualquer lado, mas o grosso dos pontos ganham-se com os restantes.
Nunca fomos 1º´s isolados, apenas ex-aequo. É um argumento de ordem psicológica, porque o fundamental é terminar nessa posição. O Leixões, que já foi líder isolado, não será campeão.
É a desvantagem mais curta com que Paulo Bento dobra a época.
Posto isto, estas são as questões que me inquietam:
A principal vantagem que nos advinha de termos sido, dos 3 grandes, o que menos mexeu, parece estar esgotada sem grande proveito. Devemos por isso esperar maiores dificuldades para a 2ª volta, sobretudo porque o Fcp parece ter conseguido estabilizar os seus níveis exibicionais e ter melhor calendário?
A equipa, nos jogos com os adversários mais difíceis, tem revelado dificuldades em resolver os jogos a seu favor. Parece-me que o famigerado losango não beneficia as nossas pretensões porque, na maioria dos casos, a equipa tende a controlar o jogo antes de demonstrar que o quer vencer. E como todos os jogos começam empatados acabamos por controlar um resultado que não nos interessa. Da resolução ou não desta dificuldade parece-me que estará a nossa sorte nesta Liga.
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