O Sporting apresentou-se no Bessa de forma autoritária, dominando o jogo e o adversário, construindo jogo e oportunidades em quantidade e qualidade para ter resolvido a partida logo na primeira etapa. Uma entrada de muito bom nível colectivo, com destaques individuais para:
William a fazer de maestro, a marcar os ritmos na forma como decidia jogar curto ou em lançamentos longos.
Adrien, pelo nervo e pelo exemplo no inconformismo e reacção.
Campbel, pela criatividade e improviso e pela forma inteligente como ia ligando Bas Dost à equipa, pena foi que fosse desaparecendo, até descer ao balneário.
Bruno César, talvez o jogador mais constante de toda a temporada e, à semelhança de Adrien, dos mais importantes a gerar equilíbrios e a criar superioridade em espaços e pontos decisivos do jogo.
Gélson pela criatividade e pela forma rápida e quase constante como arrasta a equipa para a frente, fazendo de uma recuperação de bola da equipa constantes lances de perigo para o adversário. "The Assistant", já com seis serviços perfeitos para golo e só contabilizando a Liga, servem para demonstrar a preponderância do miúdo no nosso jogo.
Bas Dost, não só pela eficácia (marcou um e não se pode considerar de todo um falhanço a bola que, de primeira, envia ao poste) mas por finalmente demonstrar que a inteligência nas desmarcações nas costas dos defesas também pode ser usada para descer linhas para ajudar a equipa a subir, oferencendo-se mais ao jogo, com ganhos evidentes para a ligação do nosso jogo ofensivo.
A segunda parte acabaria por ser um outro filme, não tão agradável à vista como os primeiros quarenta e cinco minutos. Algum cansaço certamente, alguma reacção boavisteira, mas sobretudo muita passividade e, à medida que os minutos iam decorrendo, aquela sensação incapacitante de, não resolvendo o jogo, estar à mercê de um golpe de azar ou de inspiração individual. O que se sentiu com mais acuidade a partir da bola na barra de Bruno César e que provocou o efeito inverso na equipa adversária.
Foi então que o jogo entrou numa fase nada agradável, mas onde o Sporting soube ir buscar a frieza e inteligência que terá faltado noutros jogos (Madrid e Guimarães, por exemplo) e que tantas vezes reclamamos. Quando ganhamos perdemos muita da legitimidade para reclamar. Mas é inevitável considerar que com este Boavista podíamos ou devíamos ter podido e sabido gerir melhor as emoções e sobretudo a gestão da posse de bola.
Com maior ou menor dificuldade lá obtivemos os indispensáveis três pontos, que não apenas nos permitem pensar que, na pior das possibilidades, mantemos a distância à frente da tabela. Tão bom como isso, como acabamos por regressar a um lugar, o segundo, que deve ser sobretudo encarado como moralizador para um Dezembro terrível que temos pela frente.
Se uns perdoam tudo ao presidente outros ainda conseguem ser menos exigentes com o treinador mais caro do futebol português. O Boavista, com um 1/10 do orçamento e com metade da equipa titular de fora consegue refrescar o meio-campo e no Sporting... o Adrien até de gatas tem que jogar?! Para acabarmos o jogo no Bessa como se tivéssemos numa final da Champions com o Real Madrid... E não sei se com o mesmo resultado com o olho de falcão.
ResponderEliminarTudo serve para criticar o presidente ou o treinador?
EliminarBolas, a equipa demonstrou o pragmatismo necessário para aguentar a vantagem escassa (não por falta de oportunidades) em perigo mais pela dualidade de critérios do lampioníssimo Fábio do que do Boavista.
Hehehe
EliminarO Boavista jogou sem 5 ou 6 titulares, o scp, jogou na máxima força!
Houve um penalty não assinalado a favor do Boavista e um lance duvidoso de golo não validado a favor do Boavista...
Que mais dizer? É tudo e só -"os árbitros"!
Hehehehe