Acaba por ser o destaque talvez mais saliente do resultado do jogo desta noite: o Sporting tem, na próxima jornada, a possibilidade de chegar à liderança do campeonato. Talvez tão ou mais surpreendente como a forma abrupta e inesperada como nos deixamos ficar para trás, a partir da quarta jornada.
Curiosamente, não foi a capacidade goleadora de Slimani a deixar mais saudades. Neste momento o Sporting tem mais ou menos os mesmos golos da época passada, mas sofreu o dobro (!) dos golos e isso certamente explicará os cinco pontos a menos, parecendo ter trocado de lugar com o seu próximo anfitrião. E não era bom que no final assim se mantivesse, não era?
Ora a exibição hoje, a somar às mais recentes, funciona de forma auto-explicativa para a situação a que o Sporting chega ao dérby: o Sporting regressa paulatina mas de forma segura e sustentada ao seu melhor nível, aquele que todos esperamos. Hoje foi mais uma exibição sólida, em particular a registada na primeira parte, onde ao inicio poderia ter correspondido o imediato inaugurar do marcador.
Sufoco total para os setubalenses durante esse primeiro perído, que estiveram quase sempre sem espaço nem tempo para jogar. A mesma dinâmica usada na recuperação da bola, com rápidas compensações era depois replicada nas movimentações céleres para o ataque. Era permanente a preocupação em oferecer apoios e linhas de passe ao portador da bola era, registando entendimento e movimentações de grande qualidade. O resultado poderia ter sido outro se o árbitro assim o tivesse permitido, não anulando dois golos que me pareceram totalmente legítimos.
Destaques individuais para William, Adrien (impecável!), Bruno César (grande nível toda a época e grande estreia a marcar) e um Gélson diabólico a jogar e a assistir. Dost pareceu desistir a partir de determinada altura, certamente pelos golos anulados, mas é um avançado de primeira água. Boa entrada de Campbell.
Uma nota final para o minuto de palmas que substituiu o minuto de silêncio, na homenagem a todos os que ligados ao Chapecoense desapareceram tragicamente esta semana. Não sei quando é que o barulho das palmas se substituiu em valor e importância ao silêncio. É uma daquelas coisas que nunca vou conseguir perceber e acho que quem bate as palminhas também não.
Com a ressalva de que o Vitória jogou com dois centrais a laterais (provando que uma política inteligente de empréstimos também ajuda a fazer campeões... dentro das regras), acho que é justo destacar a exibição do Marvin Zeegelar, que, pela primeira vez, pareceu um jogador ao nível do SCP. PS: lamento as palmas, mas ao menos não se ouve um ou outro palerma que, infelizmente, aproveita o silêncio respeitoso de quarenta mil para exprimir o que lhe vai na alma. SL! JPT
ResponderEliminarMais vale um palerma identificado do que muitos milhares, anónimos, a fazer uma palermice. Essas palmas são uma parvoíce profunda.
ResponderEliminarE agora basta esperar por domingo e "arrebentar" com os lampiões, que ou muito me engano ou estão borradinhos de todo.
ResponderEliminarAs homenagens aos jogadores do Chapecoense (com ou sem palmas) até seriam valorizadas, se não fossem feitas pelos mesmos que andam semana após semanaa, nos estádios ou nos pavilhões, a insultar ex jogadores do rival já falecidos, como ainda neste jogo de futsal se percebeu...