"Um clube, um presidente" vale a pena ler
Artigo no Futebol a 3:
Vamos por pontos, porque este é talvez o mais sério e relevante post que escrevo neste blog desde que por aqui comecei a debitar atoardas:
1. Para muitos sportinguistas, o Sporting viveu 17 anos num regime, citando Luís Filipe Menezes, "sulista, elitista e liberal" (os mais novos terão que googlar isto para perceber onde quero chegar). Um regime fechado sobre si mesmo, onde os mesmos iam rodando entre si a cadeira do poder, numa pura lógica de continuidade.
2. Para esses sportinguistas, o sportinguismo afere-se em função do momento em que "acordámos para a realidade":
a) uns, os (supostos) "grandes sportinguistas", viram logo (génios...) que o "projeto Roquette" ia levar o clube para o abismo;
b) outros apenas acordaram com a saída de Dias da Cunha, são bons sportinguistas;
c) outros, ainda, após a saída de Soares Franco (onde me incluo, serei um sportinguista de meia-tigela);
d) os que apenas acordaram para a realidade com JEB são um pouco otários, "mas ainda bem que viram a luz";
e) os que ainda votaram Godinho são os "lambuças" (que apoiavam os "croquetes").
3. Esta forma de analisar e viver o Sporting e o sportinguismo repugna-me. Mais: enoja-me. É típica de quem não percebe o Sporting enquanto clube e o futebol em particular. É típica dos que não percebem que a paixão por um clube vai muito para além de vitórias e conquistas, é um sentimento de paixão, de comunidade, de valores que vai muito para além disso. Diria que é típica dos adeptos dos nossos rivais (e não incluo aqui os meus companheiros de blog, razão pela qual, aliás, tenho a honra de com eles partilhar este espaço) que continuam sem perceber porque carga de diabos um clube que nada ganha continua a ter 3 milhões de adeptos e simpatizantes.
4. Para mim, que entendo que o Sporting precisa de novas ideias e novas estratégias pelo menos desde 2009 (razão pela qual não votei nessas eleições, JEB vs PPC), o presidente eleito foi sempre o "meu" presidente. Sim, JEB foi o "meu" presidente. Sim, Godinho Lopes foi o "meu" presidente. E, claro está, BC é o "meu" presidente. Presidentes esses que fui sempre criticando, claro está, porque nenhum deles esteve ou está imune à crítica. E porque nem sempre me revi na postura, na estratégia ou na política desportiva. Mas desejei sempre o sucesso de cada um, porque o sucesso de cada um seria, em qualquer caso, o meu sucesso.
5. Esta postura dos sportinguistas que acima descrevi agudizou-se nos últimos meses do mandato de Godinho Lopes. E agudizou-se, tristemente, em função dos resultados da equipa de futebol profissional. Porque ninguém se lembrou dos "lambuças" e dos "croquetes" quando arrumámos o City. Aí, todos estavam felizes. Já este vosso amigo, apesar de feliz, escreveu isto em Março de 2012, por razões apenas relacionadas com a estratégia desportiva. Ou seja, critiquei, e muito, a direção de Godinho Lopes. Disse que não acreditava nele. Disse que não acreditava em Sá Pinto, aliás disse-o várias vezes. Mas uma coisa é criticar, outra bem diferente é julgar os outros por parvos só porque apoiam. Aí é que está o grande problema.
6. A partir de Outubro de 2012, o clube partiu-se em 2 blocos: os "lambuças" e os "brunistas". Os primeiros acusados pelos segundos de apenas quererem manter a dinastia do "croquete", os segundos acusados pelos primeiros de quererem a revolução a todo o custo. E fomos para eleições.
7. Ganhou Bruno de Carvalho. A partir daí, pensava eu, o Sporting unir-se-ia à volta do novo presidente, de novas ideias e de novas estratégias. Mas nada disso aconteceu. E porque não aconteceu? Essencialmente, por 3 motivos:
(i) com muita pena minha (porque, apesar de não ser um entusiasta, simpatizo com BC e porque já lhe disse que lhe darei todo o apoio de que precisar), não posso deixar de responsabilizar BC em primeiro lugar. O presidente do Sporting mantém uma linha de discurso que não tem como prioridade alcançar todos os sportinguistas mas apenas manter a sua base de apoio. Se não é assim, é o que parece. O discurso de BC, sinceramente, faz lembrar o de um político a trabalhar para as próximas eleições. Não se lhe ouve palavras de um "presidente de todos os sportinguistas". Ouve-se "o Sporting é nosso outra vez". Se é "nosso", significa que já não é "deles"? Quem somos nós? Quem são eles? Enfim, deixemo-nos de brincadeiras: compete a BC fomentar um discurso de união, tão apregoado durante a campanha eleitoral. O atual discurso de BC não está apenas a por de lado quem geriu os últimos 17 anos de Sporting: está a alienar quem, no seu pleno direito, apoiou essa gestão (e se sente insultado, magoado e esquecido por BC). É urgente um virar de agulhas para um discurso unificador, pacificador e agregador.
(ii) o segundo relaciona-se com a postura dos "vencedores". Os "brunistas", a cada intervenção positiva de BC, não se regozijam com o facto de o clube estar a ser gerido como eles querem. Nada disso. Regozijam-se com o facto de "finalmente" termos um presidente, ao contrário do que diziam os "lambuças" e ao contrário do que faziam os "croquetes". E a cada intervenção menos feliz de BC, temos a histeria dos "brunistas" perante aqueles que se limitam a dizer, cordatamente, que não concordam. Podem ver diversos exemplos aqui, nas caixas de comentários, ou neste post, em que o insupeito blogger, para não variar, é acusado de ser (guess what?) "lambuças". Em suma, atiram à cara dos "lambuças" o que BC faz de bom; e acusam de ser... "lambuças" todo aquele que simplesmente diga que não concorda com BC, ainda que o faça de forma séria e construtiva (...). Aos "vencedores" recomendaria, apenas, que percebam que não ganharam nada. Só ganham quando o Sporting ganhar. Que é o que desejam eles, mas é também o que desejam todos os sportinguistas. Todos.
(iii) o terceiro relaciona-se com a postura dos "vencidos". Poucos aceitaram a derrota com fair-play, é verdade, e alguns não se conformam com a postura de BC e dos brunistas. No entanto, os "vencidos", a meu ver, reagem pior aos brunistas do que ao próprio BC. É que BC, apesar de tudo, limita-se a não os "procurar". Já os brunistas procuram os vencidos para lhes atirarem à cara o que de mau foi feito antes e o que de bom se faz agora. E isso gera a revolta dos "vencidos". Aos vencidos recomendo, apenas, que esqueçam os brunistas e se concentrem no Sporting. Não é preciso apoiar tudo o que faz BC ou sequer deixar de criticar as suas palavras ou as suas ações. Basta que percebam que a estratégia "anti-brunistas", como qualquer estratégia que tenha como único móbil o "antiqualquercoisismo", não pode trazer nada de bom.
Enfim, fica aqui o meu modesto contributo, com uma nota zandingueira: enquanto os sportinguistas não derem a volta a isto, vamos continuar a assistir, com tristeza, a uma luta desigual: um Sporting dividido contra um Benfica muito próximo da união e um Porto cada vez mais unido. Eu nunca deixarei de criticar BC ou quem quer que seja porque penso pela própria cabeça. Mas fá-lo-ei numa lógica construtiva e não para derrubar BC. Tenho dito."
Nem mais!
ResponderEliminarEu sempre apoiei (até ao limite...)todos os presidentes eleitos para o Sporting, porque simplesmente cada um deles foi o "meu presidente", como o é agora Bruno de Carvalho...
ResponderEliminarNesse caso fui..: "croquete", fui "lambuças" e serei agora "brunista", mas acima de tudo e de todos, fui e sou sportinguista...!
E por isso apoiei os outros, na plena convicção de que eles fariam o melhor pelo Sporting e por isso também...apoio agora Bruno de Carvalho, por estar não só convencido de que ele vai fazer o Sporting (com a ajuda de todos os sportinguistas...) voltar a mostrar o seu real valor, mas mais do que isso...convencido que não termos nova oportunidade, para recolocar o Sporting no seu devido lugar...!
Por isso...deixem-se de "lambuzices", "croquetices", ou de " brunhices" e agarrarem-se à última hipótese de salvar o Sporting...!!
Sporting Sempre...!
Acho que vai demorar muito tempo até termos essa chamada união.
ResponderEliminarÉ claro que o discurso de BC pode não ajudar, mas não nos podemos esquecer que o Sporting esteve ou ainda está em risco de fechar portas.
É normal que uma facto destes "fractrure" o clube entre aqueles que o levaram a este estado e aqueles que não queriam que o Sporting seguisse este rumo.
Para o Sporting conseguir alguma união precisam-se de vitórias e que este passado recente fique na história do clube como o "momento do quase estivemos para acabar".....
Continua o mito do projecto Roquette quando até os lampiões já deixaram de falar no Vale e Azevedo. Já dou de barato continuar-se a respeitar a patente de um projecto mais que aprovado pelos associados e que dá certo até nos rivais, com menos encargos e todos sabem bem porquê. Infraestruturas condignas ao nível do futebol, um estádio, uma academia e uma SAD. Eu próprio não concordei com muita coisa de Dias da Cunha para cá, inclusive com o comportamento de muitos adeptos, cada vez piores e para quem o Sporting já é desde há muito o pior clube do mundo dirigido por uma cáfila de incompetentes. E sobre quem nos lixa verdadeiramente nem uma palavra. No mínimo é tudo culpa de uma gestão desportiva danosa. E depois cada nova direcção uma profissão de fé no tal projecto Roquette e a solução passa sempre por vender mais uns putos todas as épocas. Quem é que manda verdadeiramente nas duas SADs mais competitivas do futebol português? Os associados dos clubes ou alguém e há quanto tempo?
ResponderEliminarA divisão existente é muito difícil de esbater em pouco tempo. Mais do que nas últimas eleições, as de 2011 abriram um fosso gigante e acentuaram facções. De um lado e de outro se ouviu o discurso (errado) do "ou eu ou o Sporting acaba".
ResponderEliminarNunca escondi que votei BdC em ambas as eleições. Também nunca segui o fanatismo estúpido que vejo em muitos que gostam do actual presidente, algo que também é extensível aos que dele não gostam. Concordo com algumas coisas que a direcção tem feito, discordo de outras. Acho, por exemplo, que o discurso de BdC deveria ser mais geral, mais abrangente, tentar trazer para junto dele os que mais discordam das suas acções. Talvez pretenda fazer isso no futuro, talvez se esteja completamente a borrifar para esses. Se for pela segunda via, creio que comete um erro crasso.
Sinceramente não acho que esta falta de união seja um problema que se resolva com uma ou outra medida mais popular e abrangente. Esta união só se conseguirá com muitas vitórias do motor do futebol. Basta olhar para os nossos rivais. Onde há hegemonia ninguém questiona modalidades que são fechadas, ordenados em atraso a funcionários. Onde ela não existe tudo é questionado, inclusivamente o melhor treinador de futebol do clube nos últimos 20 anos.
Espero, como esperei da anterior direcção, que o rumo que for escolhido seja o certo, mais do que pela união entre Sportinguistas, mas pelo futuro do Sporting. Se o rumo for bom, creio que a união chegará como consequência.
Eu pergunto: é por sermos sportinguistas que devemos apoiar qualquer direcção?
ResponderEliminarAs últimas direcções estavam a levar-nos à ruína e tínhamos de apoiá-los porque somos sportinguistas?
É exactamente por ser Sportinguista que não apoiei o que esses malandros andavam a fazer. Pelo bem do Sporting, que no meu entender, colidia com a presença de godinhos e afins.
Enfim.
ResponderEliminarEssa tentativa de psicologia de divã com laivos de conclusões sociológicas, por parte dos cúmplices de dirigentes criminosos e/ou incompetentes e que levaram o Sporting perto do abismo é triste. Escondida sob a capa do "equilíbrio" e da "moderação", de forma pouco corajosa, para ser simpático.
Eu não sei se as pessoas estão comprometidas com o passado, se não estão parece.
Para quem não está, é tempo de olhar verdadeiramente para o estado actual do Sporting e para as negociatas pouco transparentes e tirar conclusões. Que não podem ser outras diferentes da responsabilidade que os dirigentes dos últimos anos tiveram em fazer do Sporting uma instituição à beira da extinção.
NÃO FOI AZAR. NÂO FOI O DESTINO. FOI A INCOMPETÊNCIA E A DEFESA DE INTERESSES QUE NÂO OS DO CLUBE.
Santa paciência para estas tentativas de, perante uma ou duas declarações, extrapolar todo um discurso de BdC e postura. Santa paciência para os que fecham os olhos e tentam, de forma vil, responsabilizar uma direcção com pouco mais de 2 meses de mandato, de todo um percurso insano em termos de gestão, que dura anos. Santa paciência para esta tentativa de passar entre os pingos de chuva perante opções erradas, apoios a medidas catastróficas e para a comichão que muitos sentem perante um discurso e postura de convicções de um presidente com CORAGEM.
Creio que isto só pode ser mentira.
ResponderEliminarhttp://www.abola.pt/nnh/ver.aspx?id=410489
Mas não era o PLF que dizia que com o Sá Pinto é que era? Que finalmente tinhamos alguem que pensava futebol?
ResponderEliminarNão foi ele que para impedir que a direcção caisse foi propor o Congresso?
Não foi ele que sempre disse que não achava possivel uma direcção ter contratado tanta qualidade e tanto futuro?
Agora passou a ser um critico do passado e quer carta branca para continuar a criticar?
Entendi.
PedroC,
ResponderEliminarBons tempos, em que havia gestão profissional feita por elementos credíveis.
André,
ResponderEliminarEntendeu mal. Ou melhor, não sei o que entendeu, mas a única coisa que lhe posso dizer é que não escrevi o post que aqui está transcrito.
Acreditava que com o Sá Pinto o Sporting tinha encontrado uma óptima ideia de jogo. E errei. Acreditava (e acredito) que os jogadores que foram contratados nestes 2 últimos anos, na sua esmagadora maioria, têm muita qualidade. E parece-me que - para grande parte deles - é com pena que os sportinguistas os verão partir.
Mas engana-se quando afirma que quero "carta branca para continuar a criticar". Não quero. E não o farei. Posso garantir-lhe que não verá uma única crítica minha ao presente ou no futuro. Não o farei porque há pessoas como o André que pretendem sonegar-me de qualquer dos meus 25 anos de associado, a que lhe acrescenta a minha liberdade de expressão.
No que é mais triste, parece-me que não compreendeu o conteúdo do post. Triste para a ideia de um Sporting agregador, plural, vivo ou dinâmico. Que não é de caras o Sporting que temos hoje, persecutório, censório e revanchista. Triste para uma ideia de futuro no Sporting, porque o saneamento que se pretende fazer dos "ditos sportinguistas" (ou dos pseudo-sócios, como lhes chamou o Director do Jornal do Sporting e membro do Conselho Directivo José Quintela) poderá afastar apenas dos sportinguistas, mas não me parece que sejam assim tantos que qualquer deles seja dispensável (às contas das últimas eleições eram cerca de 30.000 com capacidade electiva).
Veremos o resultado do arianismo leonino. Só espero que não lhe façam o que acabou de me fazer, porque me entristeceu bastante aqui há umas semanas (agora já é indiferente). Boa sorte!
Excelente e acutilante texto; Sporting Sempre, Nosso desde Sempre.
ResponderEliminarFiquem bem.
À margem, PLF agradecia que me disponibilizasse o acesso ao seu blog, que aprecio desde há largos anos.
Peço desculpa PLF.
ResponderEliminarEntendi mal, pensei que o artigo tinha sido escrito por si, e o futebol a 3 tinha reproduzido.
Compreendi mal e por isso peço as minhas desculpas. Não concordo com muito do que escreve mas não posso ficar de consciencia tranquila por ter lhe acusado de uma incoerencia que afinal não a teve.
Lamento o sucedido.
Não é preciso saber quase nada de futebol para perceber que mais esta novela, agora com o Miguel Lopes, não tem ponta por onde se pegue, o Sporting detém a totalidade dos direitos desportivos do atleta e só para Inglaterra as transferências implicam a totalidade dos direitos económicos. É montado um esquema para cada jogador a dispensar, não é muito complicado perceber porquê, o que a fonte da notícia pretende mais uma vez é misturar alhos com bugalhos.
ResponderEliminarE também era bom que isto fosse igualmente mentira, só confirma a disputa eleitoral entre dois órgãos sociais que se querem sempre solidários, durante o mandato anterior. http://www.record.xl.pt/Futebol/Nacional/1a_liga/Sporting/interior.aspx?content_id=829144
É pena porque há realmente um sistema para derrubar mas é exterior ao clube. No período referido no post fomos campeões nacionais em 1999/00 e 2001/02. E roubaram-nos claramente o titulo pelo menos em 2004/05 e 2006/07, quase ano sim ano não. Só campeonatos nacionais faziam deste período um dos melhores da história do Sporting pós 5 violinos, já para não falar de outros proveitos que tinham arrastado estes títulos mais recentes. Até parece que estou a contar alguma novidade a algum estrangeiro que não conhece o Sporting. O pior começou mesmo com a desunião que grassa desde a saída de Paulo Bento mas a desunião não deve ter importância nenhuma, aliás o novo presidente até já fez questão de dizer que o Sporting não precisa de união nenhuma, vamos de certeza voltar a lutar pelo título outra vez daqui para a frente.
Caro LdA, muito obrigado pela referência, espero estar à altura do seu magnífico blogroll.
ResponderEliminarSL para todos
Paulo Guerra,
ResponderEliminartens razão quando dizes que nos roubaram os campeonatos de 2004/05 e 2006/07, mas então vamos lá ver uma coisa...
Quem é que nos roubou esses campeonatos ?
O Sistema, a arbitragem, o compadrio de benfica e de porto com os poderes do futebol... certo ?
Certo.
Então e porque raio é que os nossos dirigentes continuaram a ser uns "conas-moles" a esse respeito ?! Porque raio tivemos depois o Soares Franco de boas relações com o Pinto da Costa (depois do "arrufo" inicial) ?
Porque raio tivemos o Bettencourt a lamber os pés ao Pinto da Costa e sempre a elogiar a gestão dele ?!
Então quer dizer, fomos escandalosamente roubados, mas assistimos aos nossos dirigentes pacificamente a "deixarem andar", e tornando este clube cada vez mais submisso aos outros.
Isto aqui é que não bate certo! E foi um dos motivos que levou uma com que a maioria dos Sportinguistas se sentissem humilhados e envergonhados por quem nos liderava...
Só que depois no tempo do Paulo Bento, como fica vamos à frente do carnide, parecia que estava tudo "nas mil maravilhas".