L'Indesiderata (a indesejada)
O discurso do Presidente tem andado algo descuidado, quiçá ainda não refeito da visão do inferno. Não o de Dante, mas uma muito própria, que teria sido a nossa eliminação ante o Twente. JEB compreende bem os Sportinguistas: perder esta eliminatória, com uma equipa sem pergaminhos e sobretudo praticando tão mal futebol teria sido uma afronta infernal. Ele sabe que os Sportinguistas são generosos e não regateiam apoio quando sentem que se trabalha com rigor e afinco. O contrário também é verdade: a irritação é sonora quando se vê desperdiçar os recursos de que se dispõe.
O outro “lapsus linguae” do presidente acabou premiado. O sorteio foi caprichoso ao presentear-nos com a equipa indesejada por Bettencourt: a Fiorentina. Estima-se agora ambição, uma vez conhecido o adversário. A admissão ao clube restrito com direito a disputar a prova de clubes mais mediática é exigente e que perigos corremos com os italianos que não correríamos com espanhóis, escoceses ou até romenos, que acabaram de despachar a última vencedora da Taça UEFA? Continuo a pensar que o Sporting, para este ou qualquer encontro, não se deve preocupar excessivamente com o adversário, mas sim concentrar-se nos problemas que lhe pode criar.
A equipa indesejada por JEB acabou o campeonato italiano em 4º lugar, o que lhe garantiu o direito a entrada directa para o Play-off, não estando obrigada, como nós a uma pré-eliminatória. Cesare Prandelli é um técnico feliz na bela cidade toscana. Propuseram-lhe um trabalho de longo prazo que vem dando os seus frutos. Alimentou quase até final do campeonato transacto a possibilidade de ficar no pódio da série A, objectivo que transita para este ano.
Apesar de ter perdido Filipe Melo para a Vechia Signora de Turim, e ainda não lhe ter encontrado substituto, a Squadra Viola que atracará em Alvalade terá argumentos para tornar a nossa passagem difícil. Jogando habitualmente num 4x2x3x1, e ainda à procura de alguns reforços – fala-se em Luisão, o que seria uma boa noticia para Liedson…- manterá uma estrutura defensiva sólida, difícil de expugnar, e que tem no experiente no guarda-redes Frey a última e difícil fronteira. Kuzmanovic e Montolivo são os sapadores e o nosso meio-campo vai-se cansar de os ver correr. Vargas é um peruano que chamará a atenção. A chegada de Marchionni, ex-Juve, demonstra que Prandelli gosta de ocupar toda a largura do campo. O ataque tem em Mutu e Gilardino 2 peças de artilharia móvel e oportuna. O romeno ex-Chelsea, teve uma época pontuada por lesões mas em condições normais é temível. As suas ausências abriram a janela à nova estrela de Montenegro, Jovetic. O compatriota de Vukcevic tem já sobre si a atenção de gente com vontade de abrir as bolsas. Gilardino é o melhor de todos e vive as graças da ressurreição, após uma passagem pelo decrépito Milan. O fulgor perdido não lhe afectou as qualidades.
Os jogadores do Sporting têm nesta eliminatória a oportunidade que todos os jogadores esperam: luzes da ribalta, grandes palcos, plateias vibrantes, adversários difíceis, com pergaminhos. Afinal que mais querem para querer ganhar?
O outro “lapsus linguae” do presidente acabou premiado. O sorteio foi caprichoso ao presentear-nos com a equipa indesejada por Bettencourt: a Fiorentina. Estima-se agora ambição, uma vez conhecido o adversário. A admissão ao clube restrito com direito a disputar a prova de clubes mais mediática é exigente e que perigos corremos com os italianos que não correríamos com espanhóis, escoceses ou até romenos, que acabaram de despachar a última vencedora da Taça UEFA? Continuo a pensar que o Sporting, para este ou qualquer encontro, não se deve preocupar excessivamente com o adversário, mas sim concentrar-se nos problemas que lhe pode criar.
A equipa indesejada por JEB acabou o campeonato italiano em 4º lugar, o que lhe garantiu o direito a entrada directa para o Play-off, não estando obrigada, como nós a uma pré-eliminatória. Cesare Prandelli é um técnico feliz na bela cidade toscana. Propuseram-lhe um trabalho de longo prazo que vem dando os seus frutos. Alimentou quase até final do campeonato transacto a possibilidade de ficar no pódio da série A, objectivo que transita para este ano.
Apesar de ter perdido Filipe Melo para a Vechia Signora de Turim, e ainda não lhe ter encontrado substituto, a Squadra Viola que atracará em Alvalade terá argumentos para tornar a nossa passagem difícil. Jogando habitualmente num 4x2x3x1, e ainda à procura de alguns reforços – fala-se em Luisão, o que seria uma boa noticia para Liedson…- manterá uma estrutura defensiva sólida, difícil de expugnar, e que tem no experiente no guarda-redes Frey a última e difícil fronteira. Kuzmanovic e Montolivo são os sapadores e o nosso meio-campo vai-se cansar de os ver correr. Vargas é um peruano que chamará a atenção. A chegada de Marchionni, ex-Juve, demonstra que Prandelli gosta de ocupar toda a largura do campo. O ataque tem em Mutu e Gilardino 2 peças de artilharia móvel e oportuna. O romeno ex-Chelsea, teve uma época pontuada por lesões mas em condições normais é temível. As suas ausências abriram a janela à nova estrela de Montenegro, Jovetic. O compatriota de Vukcevic tem já sobre si a atenção de gente com vontade de abrir as bolsas. Gilardino é o melhor de todos e vive as graças da ressurreição, após uma passagem pelo decrépito Milan. O fulgor perdido não lhe afectou as qualidades.
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