The show must go on
No rescaldo do passado jogo contra o Twente em Alvalade encontrei esta frase do João na caixa de comentários do SectorB32 onde ele é editor, “Lá está, estamos em crise em Julho.”, infelizmente discordo, estamos em crise há dezenas de anos.
Um dos factores que me faz ser pouco crítico é exactamente este, tenho a noção que por um conjunto de factores que se arrastam no tempo o Sporting vive em permanente crise há longos anos. Durante curtos períodos verifica-se alguma paz, invariavelmente coincidindo com boas prestações da equipa principal de futebol, ou de um qualquer troféu conquistado.
As descrições dos erros e problemas estão exaustivamente feitas e são transversais a todo o clube, não há ninguém que esteja isento de culpas ou de crítica.
O falhanço do tão maltratado projecto Roquette foi um rude golpe para o Sporting. Nem antes, nem depois vi qualquer proposta de viabilização e crescimento do clube tão sustentável como aquele apresentado por José Roquette. Mesmo assim falhou, como aliás falharam todos os outros, as razões para essa falha já as abordei aqui e na sua essência o projecto Roquette não mais poderá ser reabilitado porque o que lhe dava sustento já não existe (património imobiliário).
Na minha avaliação estamos reféns de dois factores:
1 – Recuperação económica do Sporting. Há absoluta necessidade de recuperar a nossa capacidade de investimento, neste momento de cada vez que algum Sportinguista sonha aparece uma prestação para liquidar que lhe limpa os cofres. A folga de tesouraria que devia permitir ao clube reagir a desequilíbrios da equipa, lesões, liderar o mercado por sua iniciativa, não existe, ficamos assim numa posição de espectador, incapacitados de executar qualquer politica que julguemos correcta e tentando aproveitar franjas do mercado onde o risco de cada investimento é muito maior.
2 – Sucesso desportivo. Nunca o Sporting esteve tão dependente do sucesso da sua equipa de futebol, não que daqui venha a solução directa para os nossos problemas mas como disse em cima a tranquilidade só surge quando os resultados o permitem. Muitas das falhas de detecto na nossa equipa actualmente não têm propriamente que ver com posicionamentos, rendimentos, etc..
Aquilo de grave que encontro é falta de confiança e ansiedade. Julgo que não deve existir nenhum outro plantel com uma noção tão profunda do que implica para a estabilidade do clube um qualquer jogador falhar um penalty, é um erro profundo colocar nos artistas os problemas (ou as realidades) dos gestores.
Não é amanhã que os nossos problemas vão ser resolvidos, também não será amanhã o dia da nossa salvação, quanto muito amanhã jogamos um bocadinho da nossa ambição, do nosso querer, da nossa qualidade. Aquilo que gostava mesmo era que os onze jogadores do Sporting que vão jogar contra o Twente entrassem em campo só com isto na cabeça, “Vamos jogar à bola! Vamos divertir-nos e mostrar a estes cepos como se trata a redondinha na nossa terra!”
Para resolver os nossos problemas vai ser preciso mais tempo, muito mais tempo, nem daqui a um ano se pintarmos de novo este País de verde e branco, os nossos problemas estarão acabados.
Feliz ou infelizmente no desporto, ou no espectáculo, não há tempo para ficar triste ou deprimido, só há tempo para recuperar as pernas e a cabeça e enfrentar de novo o público e a critica.
Amanhã é dia de jogar à bola! Amanhã joga o Sporting!
Que bom, quem me dera lá estar e ser um deles!
Um dos factores que me faz ser pouco crítico é exactamente este, tenho a noção que por um conjunto de factores que se arrastam no tempo o Sporting vive em permanente crise há longos anos. Durante curtos períodos verifica-se alguma paz, invariavelmente coincidindo com boas prestações da equipa principal de futebol, ou de um qualquer troféu conquistado.
As descrições dos erros e problemas estão exaustivamente feitas e são transversais a todo o clube, não há ninguém que esteja isento de culpas ou de crítica.
O falhanço do tão maltratado projecto Roquette foi um rude golpe para o Sporting. Nem antes, nem depois vi qualquer proposta de viabilização e crescimento do clube tão sustentável como aquele apresentado por José Roquette. Mesmo assim falhou, como aliás falharam todos os outros, as razões para essa falha já as abordei aqui e na sua essência o projecto Roquette não mais poderá ser reabilitado porque o que lhe dava sustento já não existe (património imobiliário).
Na minha avaliação estamos reféns de dois factores:
1 – Recuperação económica do Sporting. Há absoluta necessidade de recuperar a nossa capacidade de investimento, neste momento de cada vez que algum Sportinguista sonha aparece uma prestação para liquidar que lhe limpa os cofres. A folga de tesouraria que devia permitir ao clube reagir a desequilíbrios da equipa, lesões, liderar o mercado por sua iniciativa, não existe, ficamos assim numa posição de espectador, incapacitados de executar qualquer politica que julguemos correcta e tentando aproveitar franjas do mercado onde o risco de cada investimento é muito maior.
2 – Sucesso desportivo. Nunca o Sporting esteve tão dependente do sucesso da sua equipa de futebol, não que daqui venha a solução directa para os nossos problemas mas como disse em cima a tranquilidade só surge quando os resultados o permitem. Muitas das falhas de detecto na nossa equipa actualmente não têm propriamente que ver com posicionamentos, rendimentos, etc..
Aquilo de grave que encontro é falta de confiança e ansiedade. Julgo que não deve existir nenhum outro plantel com uma noção tão profunda do que implica para a estabilidade do clube um qualquer jogador falhar um penalty, é um erro profundo colocar nos artistas os problemas (ou as realidades) dos gestores.
Não é amanhã que os nossos problemas vão ser resolvidos, também não será amanhã o dia da nossa salvação, quanto muito amanhã jogamos um bocadinho da nossa ambição, do nosso querer, da nossa qualidade. Aquilo que gostava mesmo era que os onze jogadores do Sporting que vão jogar contra o Twente entrassem em campo só com isto na cabeça, “Vamos jogar à bola! Vamos divertir-nos e mostrar a estes cepos como se trata a redondinha na nossa terra!”
Para resolver os nossos problemas vai ser preciso mais tempo, muito mais tempo, nem daqui a um ano se pintarmos de novo este País de verde e branco, os nossos problemas estarão acabados.
Feliz ou infelizmente no desporto, ou no espectáculo, não há tempo para ficar triste ou deprimido, só há tempo para recuperar as pernas e a cabeça e enfrentar de novo o público e a critica.
Amanhã é dia de jogar à bola! Amanhã joga o Sporting!
Que bom, quem me dera lá estar e ser um deles!
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