A Bola hoje escolhe para “teaser” da crónica semanal de MST a frase “no Sporting é tudo feito ao Deus dará” e coloca-a na primeira página. Dou com o título na minha revista de imprensa diária e hesito em trocar o pequeno almoço pela resposta adequada. Pondero se vale a pena fazê-lo, se isso não seria dar importância, como soe dizer-se, “a quem não a tem”. As minhas conclusões deram origem ao post de hoje, alterando até o que me tinha já proposto.
Começo por dizer que estranho porque o Sporting possa merecer a atenção de Miguel Sousa Tavares. O seu clube teve uma das mais brilhantes épocas desportivas, nas mais diversas modalidades, ao contrário do Sporting. Fosse ao contrário, não estou a ver nenhum Sportinguista a dedicar 2 sílabas ou um pingo de tinta sobre o clube azul e branco. Já não o fazemos por norma, a menos que salte para a actualidade as misérias que saem debaixo dos cobertores que, pela dimensão e volume, ou sentimento de impunidade dos seus dirigentes, se tornam impossíveis conter.
Creio que MST não está até nada preocupado com o Sporting, nem com o que se faz em Alvalade, tem apenas o ego ferido pelo banho que levou de Diogo Quintela. E digo banho em sentido figurado, sem sucumbir à tentação fácil do “diz que diz” sobre a sua higiene pessoal. Mais concretamente a falta dela.
Também não vou pensar, como pensariam muitos, que o artigo de hoje de MST teve como musa uma refeição bem regada, ou um fígado impertinente que, ao cair da noite, e sem loja de conveniência por perto, deu de caras com o stock de gin a zero. Prefiro encarar a realidade.
E o que realidade me diz é que MST é um comentador de sucesso, um opinion maker, que o jornal onde escreve é um dos mais lidos a nível nacional e que, por essas razões, a frase que constitui o título do post de hoje vai ser lida por milhares de pessoas. E não adianta escamotear a realidade: quase todos nós, Sportinguistas, fomos levados a pensar, no passado recente ao longínquo, que por vezes “no Sporting é tudo feito ao Deus dará”. Não sei até se alguma vez aqui o escrevi literalmente, mas devem ter sido muitas as ocasiões que, crendo ter razão para o fazer, escrevi algo equivalente e sem receio de ser desmentido.
Podemos reagir das mais diversas formas ao que diz MST. Desde logo com repúdio por não o crer à altura para nos dar lições. Mas como adeptos que somos TODOS, dos anónimos, como eu, aos dirigentes, prefiro olhar para o que diz o escritor como um desafio. Não podemos alterar o passado. Nem o devemos esquecer, pela lição que constitui sobre os erros que não precisamos de cometer.
Colemos então na testa a frase de MST, coloquemo-la nos PDA´s, telemóveis, carteiras e espelhos de forma a lembrarmo-nos que, todos os dias, TODOS podemos fazer um pouco melhor pelo Sporting. Essa é a única via de deixar o MST ser ainda mais ridículo do que, sem qualquer esforço, consegue ser. Mas, acima de tudo a fórmula mais certa para devolvermos ao Sporting a grandeza que merece.
PERFEITO
ResponderEliminarEsses destaques são feitos pela direcção editorial do jornal, não só no caso do MST mas de todos os cronistas.
ResponderEliminarNesta situação, e caso tivessem lido a crónica, seria possível ver que esse destaque não representa o(s) tema(s) da crónica e que esse destaque é retirado e uma frase, cuja ideia, é frequentemente reproduzida nos blogues sportinguistas.
Carlos,
ResponderEliminarEu li a crónica e por isso escrevi o que escrevi.
Não leio esse jornal e portanto não sigo as cronicas do MST nem do ZDQ. E assim quero continuar, sem dar importância nenhuma a quem não a merece.
ResponderEliminarSofro do mesmo mal do Mike, só conheço a capa e a contra-capa da Bola. Sobre MST e o seu talento visionário como opinion maker concordo com o post.
ResponderEliminarNunca percebi como era possivel ouvir falar um portista de um sistema monárquico de dinastias no Sporting, mas a quantidade de vezes que ouço Sportinguistas a defender ou transmitir essa ideia fico com a certeza de que foi bem vendida.
Só nos resta gravar bem na testa esse dizer e destaque feito "por quem nos quer bem" e ir para a luta.
Eu li de través,num café em que o dito pasquim anda de mesa em mesa ao sabor dos clientes,o escrito pelo pseudo-convencido fazedor de opiniões.A conclusão que tirei deixou-me a nitída ideia de peso na conciência pelo tema abordado na audiência do Sr.Presidente da Republica ao nosso Presidente.Em caso algum quem tem a conciência limpa reage da forma como este fulano reagiu.Bem diz o Pôvo que quem não deve,não teme!E ainda,deixai os cães ladrar enquanto a caravana passa!!!
ResponderEliminarO MST já deu provas inequivocas de que não vê um boi de bola...
ResponderEliminarPara parceiro de comédia do ZDQ no pasquim da travessa da (inteligência) queimada serve perfeitamente. É assim uma espécie de duo dinâmico de palhaços: o palhaço rico e o palhaço pobre... O MST faz o papel daquele que apanha sp na 'corneta'. E a malta diverte-se a vê-lo apanhar. :D
Abraço!
Como leio e escrevo sobre a actualidade de outros clubes que não o meu (tal como MST mas com as devidas diferenças de mediatização) deparo-me muitas das vezes com a dificuldade de apontar certos defeitos nas suas gestões.
ResponderEliminarDou-me por muitas vezes a pensar, porque raio algo que muitos sportinguistas pensam e apontam não poderá ser dito por um portista?
Nunca escolheria a frase 'no Sporting tudo é feito ao Deus dará', mas provavelmente no presente esta frase não andará longe da verdade. O clube tem muito mais história que este (mau) presente e isso deve ser sempre ressalvado sempre que critica.
Também penso que quando algum representante de outro clube pede 'verdade desportiva', esse facto não deve ofender nenhum portista. Mas como sabemos, MST enfiou, hoje, a carapuça.
Acho simplesmente que não deve 'aquecer' nem 'arrefecer' que se critiquem gestões e actos. E a forma de se defender delas está muito bem apontada, no post, pelo Leão de Alvalade. É aliás algo que o FCP tem feito muito bem ao longo dos tempos.
Bom post.