Como Sportinguista a vitória no campeonato nacional de futsal enche-me de alegria. A alegria simples de mais um titulo de Campeão Nacional para o nosso Clube. Uma alegria mais robusta por ser obtida sobre o nosso eterno rival, que, como é seu lema, utiliza armas legais e não legais, e sempre bem suportados pela 3ª equipa em campo.
Mas se estas já eram duas excelentes razões para estar eufórico, havia uma terceira razão que muito me fazia sofrer pela vitória: o despedimento de Cardinal.
Não por ser portista.
Não por não ser bom jogador.
Não por não ser um profissional cumpridor.
Não por ter alguma antipatia pessoal contra a pessoa Cardinal
Apenas, e só, pela falta de respeito e camaradagem que demonstrou para os seus antigos companheiros de equipa. E pela coragem da medida tomada por quem manda no (futsal do) Sporting.
Quando uma equipa pretende ganhar algo, são condições indispensáveis a disciplina e o respeito mútuo entre todos os elementos do grupo. E Cardinal, com a sua viagem a Dublin, demonstrou tudo o que é falta de respeito por quem confiava no seu valor desportivo, por quem lhe pagava, e por quem a seu lado se batia pela conquista do galardão máximo da modalidade em Portugal. E aí, só uma coisa poderia repor o equilíbrio do grupo: a disciplina.
E desta vez, felizmente, quem mandava fez o que devia ser feito. Para salvaguardar a coesão do grupo que queria ganhar, nada mais havia a fazer que expurgar o elemento que à frente dos interesses do grupo pôs os seus caprichos pessoais. Se não fosse tomada a medida correcta, no dia seguinte, possivelmente, qualquer outro atleta não iria treinar porque a prima fazia anos, ou a vizinha do lado o tinha desafiado para ir ao cinema. E qual seria, então, a moral dos dirigentes para tomarem as medidas disciplinares que se impunham?
Infelizmente, no nosso Clube nos últimos anos, a tomada de medidas disciplinares sobre as “prima donas”, não são penalizadoras o suficiente para castigar comportamentos que são altamente prejudiciais ao Clube. Isso só destrói o grupo por dentro, abala o espírito de equipa e mina a liderança de treinadores e dirigentes.
Por tudo isto, os meus parabéns, e agradecimentos pelo titulo conquistado, aos brilhantes jogadores que, com um espírito indomável, levaram de vencida os seus adversários, mas também à equipa técnica e aos dirigentes que souberam tomar as decisões certas na hora certa. Só espero que, no futebol do Clube, atletas, treinadores e dirigentes ponham os olhos neste grupo do futsal.
Concordo com quase tudo 8.
ResponderEliminarMas se estivessemos a falar dum jogador de futebol com o passe avaliado em €20M não me parece que o tivessem despedido. Provavelmente teriam tentado vende-lo por um bom preço. Conseguiram faze-lo com o Cardinal porque os valores envolvidos são baixos.
Mike
ResponderEliminar"medidas disciplinares sobre as “prima donas”, não são penalizadoras o suficiente", não implica obrigatoriamente rescisão do contrato.
Há varias medidas, quer financeiras quer outras, fáceis para mostrar às “prima donas” que não são tão imprescindíveis tanto como pensam, e que se querem ser importantes dentro do grupo, têm de ser parte integrante dele, e cumprir as suas regras a 100%.
Até porque quem não é bom profissional não pode ser um jogador fundamental dentro de qualquer equipa, por muitos golos que marque, ou penalties que defenda.
8,
ResponderEliminarConcordo. Mas a dispensa do Cardinal resultou perfeitamente por dois motivos. O primeiro referido aí pelo Mike (valores envolvidos), e o segundo que consiste na equipa em que ele estava integrado. É uma equipa que joga como um colectivo e não socorrendo-se das individualidades (como aliás é quase obrigatório no futsal), e o plantel do Sporting continua recheado de estrelas mesmo com a saída do melhor marcador (Benedito, Alex, Divanei, Marcelinho, Caio Japa, são jogadores de top mundial). Basta veres a diferença para o Benfica que depende muito da inspiração do Joel e do César Paulo.
Mas sim, é preciso por as princesas na ordem, seja em que modalidade for.
8,
ResponderEliminarCuriosamente também me lembrei disso. Era importante vencer e mostrar que o Sporting é "muito mais que um clube" é uma forma de viver o desporto com respeito pelo colectivo: pelos colegas, pelos adeptos, pelo clube. Seja no futsal, seja no futebol de 11, no hóquei, ou em qualquer outra modalidade há que agir dentro e fora do terreno de jogo com dignidade e respeito. Quem não tem, não merece usar o Leão ao peito. Por isso gostei particularmente que tivéssemos sido campeões sem o "andrade".
SL
Pedro S
ResponderEliminarTodos os desportos de equipa têm de viver graças ao colectivo do grupo, por mais que as individualidades desequilibrem (ou ajudem a equilibrar, como no caso dos lamps).
10A
Por isso é que a minha alegria é maior. Recompensou quem, podendo pôr em risco os resultados desportivos, impôs a disciplina e o respeito pelo Clube. Tenho a certeza, para mais com o Capitão que a equipa tem, que a decisão de afastar Cardinal, deixou os restantes elementos da equipa mais responsáveis e mais unidos, percebendo que dentro da equipa não há filhos nem enteados.
Para mais quando ainda na passada sexta feira numa entrevista no Jogo o portuense dizia que “se por acaso, o Sporting não for campeão, se calhar vão lembrar-se de mim e dizer que teria feito falta”. Não fez falta…
8,
ResponderEliminarGrande post. A mim também me deu gozo ganhar o título por tudo o que referes no post, especialmente o facto de o termos feito sem o Cardinal.
Já quando tinha ido à luz com os superdragões, o tinha criticado por essa atitude. Quando fez o que fez na final da Liga Europa, novamente o critiquei. Acho que a decisão foi a melhor para reforçar o espírito de grupo e passar a mensagem que ninguém está acima da equipa. O resultado está à vista!
8:
ResponderEliminar"Tenho a certeza, para mais com o Capitão que a equipa tem, que a decisão de afastar Cardinal, deixou os restantes elementos da equipa mais responsáveis e mais unidos, percebendo que dentro da equipa não há filhos nem enteados."
Esta frase concentra td aquilo que eu penso do episódio cardinal.
Recordo-me do inicio desse episódio que, ao contrário do que se possa pensar, se deu na luz. Os paninhos quentes usados então, foram contraproducentes, como o são quase sempre. O JVL foi dos pcs que condenou essa atitude.
Esta vitória foi realmente mt saborosa. Mais ainda pelo facto de ter sido alcançado contra tudo e contra todos. Contra a trapaça e jogo sujo adversário acobertado por duplas (triplas) de arbitragens nojentas no primeiro e terceiro jogos; contra comentários sem isenção e lastimáveis da rtp2, que terminaram numa atitude incompreensível e desrespeituosa para com o SCP e os sportinguistas, ao não permitirem que pudessemos assistir em directo à entrega da Taça de campeões... Isto por causa de um programa de tourada gravado... A pergunta que fica é se o jogo tem demorado mais tempo (seguir para penaltys, p.e.) se as "obrigações de programação" impunham a interrupção do jogo sem se conhecer o vencedor... Não hajam dúvidas: esta atitude foi uma vergonha.
Foi tb por td isso: de termos que combater contras um adversário cheio de ranço, uma arbitragem manhosa e comentários ranhosos, que a vitória final com um 3 a ZERO sem espinhas) SOUBE AINDA MELHOR.
SL