A consagração de Ronaldo como melhor jogador do Mundo é acima de tudo um feito pessoal. O seu trajecto meteórico imparável é conseguido à custa de muito querer, de uma dedicação exemplar à profissão que sempre quis ter, uma lição de vontade. Para ser quem é hoje Ronaldo teve que ser ainda mais implacável que o destino que contrariou.
Desde 2007 que Ronaldo se tornou um nome incontornável na eleição dos melhores do mundo, estando quase sempre entre os 2 melhores. Consegui-lo partilhando palcos com jogadores notáveis como Ibrahimovic, Iniesta, Xavi, Rooney, Torres, Ribery, ou mesmo Nistelrooy e Thierry Henry, com quem se cruzou já no ocaso, é ainda mais notável. O facto de ter secundado em várias ocasiões um jogador do outro mundo como Messi em nada o menoriza. Só existência de ambos na mesma geração é que se tem oposto à a um domínio único e imperial de um nome só. Só Ronaldo tem ofuscado Messi bem como o seu contrário.
É também uma consagração nacional. Um país pequeno em área e números como o nosso coleccionar 4 troféus de melhor jogador do mundo é absolutamente notável e torna estranho que tal não tenha sido já objecto de análise e estudo. Significa também a consagração muito particular para um clube notável como é o Sporting Clube de Portugal. Notável não apenas porque tem o seu nome ligado a 3 desses quatro troféus. Mas também notável por tudo o que já deu ao desporto, nas suas mais variadas vertentes e cujo palmarés testemunha de forma irrefutável.
É muito provável que jogadores como Ronaldo, Figo, e tantos outros, fossem sempre muito bons com ou sem o Sporting no seu caminho. Mas, entrando no imenso campo das probabilidades, não se pode por de lado a possibilidade de o destino deles ter sido igual ao de tantos outros que com eles partilharam percursos mas que nunca se conseguiram livrar do
triste fado.
Não é por acaso que o Sporting tem formado o maior número de jogadores das diversas selecções nacionais. Isso corresponde ao resultado de uma estratégia e indiscutível bom resultado, mesmo que dele o clube não tenha retirado tantos proveitos como poderia e deveria.
Por isso dizer que o Ronaldo nunca seria o que é hoje se não tivesse saído tão cedo para o Manchester United parece-me correcto e até muito aceitável. Mas também o é afirmar que Ronaldo não teria chamado à atenção do mundo futebolístico se não tivesse beneficiado do trabalho realizado pelo clube que o formou e lhe deu o palco imprescindível para essa visibilidade.
Negá-lo é tão mesquinho como negar a categoria de Messi para promover Ronaldo. Devia ser precisamente o contrário: afirmar a categoria de Messi é o melhor elogio que se pode fazer a Ronaldo, ele não ganha a um qualquer mas a um dos melhores de sempre, que Ronaldo também é.
Para completar o título faltam apenas os emplastros. Aqueles que de forma parasita se esforçam para, à boleia de Ronaldo, aparecer sob as luzes da ribalta que sobre ele incidem.
Só queria deixar um apontamento para o facto de quando o Eusébio ganhou o troféu este não elegia o melhor do Mundo mas o melhor jogador europeu a jogar na Europa. Apenas em 1995 passou a poder incluir jogadores de fora do velho continente, mas ainda assim apenas os que actuassem em clubes europeus. Só em 2007 é que se tornou um troféu para todos os jogadores, elegendo a partir dai o melhor jogador do mundo.
ResponderEliminarOs melhores estão sempre na Europa por isso não tens escapatória.
EliminarEstão? Então em que clube jogou Pélé e outros craques sul americanos?!
Eliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=dqdhivrnYVk
ResponderEliminarQuem o formou futebolisticamente, quase na sua totalidade, e numa idade crucial foi o Sporting Clube de Portugal. O que se pode dizer com toda a certeza é que se ele não tivesse anos a "beber" os ensinamentos dos profissionais competentes do Sporting, jamais seria o fenómeno que hoje é! Quando foi para o MU já era jogador, já lá estava tudo como demonstrou no jogo de estreia do Estádio José Alvalade contra o MU, em que brilhou tanto que segundo consta os jogadores do MU no avião pediram Fergusson que contratasse C.Ronaldo. Claro que em Inglaterra se aprimorou, limou arestas, ganhou jogos nas pernas que geram o aperfeiçoamento de quem tem talento. Fica claro, para mim, que grande parte do que é hoje, essencialmente, é graças a si, ao seu talento natural, ao seu trabalho, e ao Sporting Clube de Portugal pela sua formação futebolística e humana. Uma pequena parte deve-se ao MU que lhe deu palco, (porque ele merecia, ele foi logo para a 1ª equipa e ganhou o seu espaço, não foi para equipas b ou emprestado, prova evidente do seu valor já naquela altura) e aprimorou o seu jogo. O seu a seu dono. SL
ResponderEliminarJa alguem tinha visto isto?
ResponderEliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=G7COMJJ4mpY