Futebol de rua a caminho de Alvalade
Não me canso de dizer que foi conseguido por Rúben Amorim - e todos os que, do staff aos corpos sociais que com ele trabalharam - no ano do título é algo de extraordinário e será recordado seguramente como um dos títulos mais importantes da nossa história, pelo contexto em que foi conseguido e pelo significado que teve, tem e terá.
A limitação de opções no plantel então à disposição de RA (Rúben Amorim) era evidente quer em termos absolutos, e mais ainda quando comparado com o da concorrência. Só um grupo coeso e liderado exemplarmente conseguiria atingir o titulo e sobrepor-se aos rivais. Estes - ou este, o FCP, porque o SLB mal chegou a entrar na corrida - quando acordaram já era tarde. As dificuldades aumentaram (e nem todas dentro das quatro linhas...) mas onde ia um foram todos e, dessa forma, a força da equipa foi inquebrantável.
Olhando para o plantel de então era evidente a falta de "artistas" que só a boa mecanização superava, à mistura com a dose certa de sorte que parece ter faltado esta época. Esse problema parece ter sido bem identificado e por isso se fez a incorporação de Edwards. Antes dele chegaria Pablo Sarabia, admissão coroada de sucesso. Com a confirmação de Francisco Trincão, bem como, a outro nível, de Rochinha, o Sporting vai à procura do que tanto falta ao futebol de hoje: um pouco do futebol de rua onde abunda o improviso, o inesperado, a surpresa, o lance fulminante e imprevisto que só talento permite.
Francisco Trincão vem na hora certa para ele e para o Sporting. Vai encontrar a estabilidade que procura num clube que regressou de uma longa travessia do deserto para o lugar de incontornável candidato a disputar todos os títulos internos. Em Rúben Amorim encontra a sabedoria e a paciência do artesão, capaz de lapidar o talento e devolver o brilho ao seu futebol. E certamente um grupo coeso que o receberá de braços abertos e onde pontificam vários jogadores que com ele já partilharam o balneário.
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