Rúben Amorim arranjou um 31 para o Algarve
Rúben Amorim juntou um lote de 31 jogadores para o estágio de pré temporada no Algarve. Abaixo seguem os respectivos nomes, bem como alguns apontamentos pessoais. Antes há que salientar como nota de relevo que o Sporting tem uma percentagem muito elevada do seu plantel já definido à entrada para o estágio inicial, o que, mais do que uma boa noticia, é um sinal de organização que se saúda.
Guarda-redes:
Antonio Adán, Franco Israel, André Paulo, Diego Calai.
Não há nenhuma surpresa no lote de guarda-redes, onde Adan será o titular indiscutível, lugar que conquistou com todo o mérito nas duas épocas que leva de leão ao peito e que faz dele talvez o melhor jogador na posição da nossa Liga. Contrasta com a juventude e ausência de experiência ao mais alto nível dos seus companheiros de posição, o que lança a dúvida sobre o que significaria a sua ausência em caso de lesão prolongada.
Defesas:
Jeremiah St. Juste, Matheus Reis, Gonçalo Inácio, Pedro Porro, Hevertton Santos, Luís Neto, Sebastián Coates, Nuno Santos, Ricardo Esgaio, Flávio Nazinho, José Marsà.
Protagonismo e expectativa para o que representará a incorporação de St. Juste, por quem o Sporting achou que merecia esticar bem os cordões da bolsa. Ficaria surpreso que a incorporação de Marsá venha a significar muitos minutos a titular, devendo alternar na convocatórias com a equipa B. Veremos se Nuno Santos será mesmo o eleito para defesa-esquerdo, que no esquema habitual de Rúben Amorim por definição é mais um ala. Dependerá certamente das caracteriscas que os adversários pedirem. Mas não será de todo surpreendente que o trio titular ao centro sejam Jeremiah St. Juste - Sebastián Coates - Gonçalo Inácio. Ficarão de fora Matheus Reis e Nuno Santos? Uma dúvida muito interessante e que diz muito do que cresceu em qualidade o nosso plantel.
Médios:
Diogo Travassos, Matheus Nunes, Hidemasa Morita, Manuel Ugarte, Mateus Fernandes, Dário Essugo, Renato Veiga.
A saída de Palhinha deixa uma grande dúvida: como e com quem irá Rúben Amorim construir o meio-campo. Resulta claro a ausência de um "6" tradicional, ficando por saber se o Sporting ainda irá ao mercado e se mantém uma posição ainda conservadora por saber que Matheus Nunes recolhe muita atenção de várias equipas. A dolorosa noticia da lesão de Daniel Bragança vem acrescentar ainda mais dúvidas, porque dificilmente Mateus Fernandes, Diogo Travassos, Renato Veiga e até mesmo Dário Essugo se assumirão como alternativa aos titulares Matheus Nunes, Morita e Ugarte. É verdade que Ugarte pode ser o tal "6", embora pareça ser mais fiável a "8". E que Rúben Amorim tem revelado coragem na hora de promover jogadores da formação. Tirará algum leãozinho da cartola?
Avançados:
Rochinha, Bruno Tabata, Marcus Edwards, Pedro Gonçalves, Fatawu, Paulinho, Rodrigo Ribeiro, Luís Gomes e Youssef Chermiti.
As surpresas são indubitavelmente a aquisição de Rochinha e a presença de Chermiti. Este estará a ter um prémio, antes do seu regresso à equipa B. O ex-Vitória vive agora a momento - a entrada num plantel de equipa grande - que se chegou a vaticinar ser o seu destino numa fase precoce da sua carreira. A grande expectativa dos adeptos está concentrada em Fatawu, o jovem ganês que já é internacional do seu país e que Portugal irá encontrar no Catar, e de quem se diz possuir um canhão no lugar do pé esquerdo. A lesão de Bragança poderá fazer recuar Tabata. O recuo de Pote para funções no meio-campo também não é de descurar, atendendo à riqueza - leia-se qualidade e quantidade - de soluções para os extremos, onde a chegada de Trincão é grande novidade. Faltará talvez, pelo menos assim parece, alguém a concorrer com Paulinho. Amorim recorreu a uma linha avançada mais móvel, sem a referência habitual, por lesão do nosso 9, mas espera-se que a subida de Coates não volte a ser o último recurso. Já se viu no ano passado que a estrelinha goleadora não só empalideceu como significou um aumento da exposição da equipa aos golos adversários. O tempo de Rodrigo Ribeiro chegará certamente mas não deverá ser mais que algumas incorporações no imediato. O talento está lá, o futuro também parece ser dele.
Parece-me interessante e refrescante esta política de sucessão, onde há sempre jogadores em patamares de desenvolvimento diferentes mas que começam cedo a treinar com o plantel principal. Isso parece agora acontecer em quase todas as posições e em algumas há até tolerância para erro. Até a opção de fazer rodar Esteves e Hevertton substituir o seu lugar de terceira opção no plantel (podendo na próxima época também ele rodar). Opções interessantes de gestão do futuro que eram raras…
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