Sporting 3 - Roma 2: O amigável em que só não valeu arrancar olhos
Foi rasgadinho o encontro com o Roma de Mourinho. Foi por demais evidente que os jogadores italianos usaram o recurso ás pernas dos jogadores do Sporting como meio de travar a equipa leonina. A fase ligeiramente mais adiantada da preparação dos comandados de Amorim não pode servir de desculpa para o jogo trauliteiro dos italianos.
A forma como a equipa reagiu é a primeira nota a reter deste jogo de preparação: o compromisso e entrega dos jogadores, bem como o forte espírito de equipa, expondo-se até fisicamente, num momento em que uma lesão num momento tão precoce da época pode significar perder o comboio à partida.
A segunda nota de relevo foi a superioridade colectiva: no computo geral o Sporting foi uma equipa mais esclarecida, demonstrando dominar melhor os vários momentos do jogo. Ao contrário do adversário que defendeu melhor do que atacou. Mourinho tem ainda muito trabalho pela frente, uma vez que os dois golos marcados resultaram de ofertas / azares nossos do que de uma ideia coerente na procura do golo.
Terceira nota para a arrancada de Edwards, que dá o penalty do primeiro golo, bem como para um movimento muito semelhante de Trincão. Uma dupla que é bem capaz de ensaboar o juízo aos defensores adversários e de lhes partir rins. A promessa de um maior caudal de jogo ofensivo a chegar ao último terço com grande qualidade, assim como a de inúmeros lances a resultar em faltas perigosas fazem crescer água na boca.
Quarta nota para a ausência de uma referência atacante mais fixa, implementando uma espécie de carrossel. Algo que vem já da época transacta, mas que este ano parece vir a ser uma das imagens de marca do nosso jogo. As chegadas de Rochinha e Trincão aumenta a disponibilidade, onde já existia Pote, que parece regressado ao que melhor vimos dele e de Edwards. Tal obrigará os jogadores, nomeadamente os alas, a reconfigurar as suas opções à chegada ao último terço, uma vez que recorrer ao cruzamento não deverá ser o mais recomendável na maior parte das ocasiões.
Quinta nota vai para a qualidade do plantel à disposição de Rúben Amorim. O trabalho feito no seu apetrechamento tem sido notável. São muito reduzidos os chamados "erros de casting", há uma procura evidente por jogadores aptos para render no imediato, completando com apostas muito criteriosas em jogadores da cantera. As opções aumentaram de tal forma que ontem ficaram de fora jogadores como Nuno Santos, Morita e Paulinho. E outros há, como Tabata ou o infeliz Bragança, que pedem mais minutos.
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