segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O Sportinguismo pelas escadas abaixo...

Era minha intenção falar hoje aqui da oportunidade que o momento nos concede a todos para descansarmos dos dias de tensão sentidos neste atribulado inicio de época. Qualquer que seja a nossa reacção ao até agora sucedido, ninguém negará que a prestação da equipa de futebol, abaixo do esperado, provocou um desgaste a pedir restauro nas próximas semanas. Infelizmente, deixarei o descanso para depois. Como Sportinguista não posso deixar passar em claro a observação feita pelo meu amigo JVL, chamando a atenção para o inqualificável artigo de Dias Ferreira, Presidente da AG do nosso clube. Na Bancada Nova, aquele escrito também não passou em claro.

Sempre achei que a sua chamada para as funções como “entidade mais representativa do clube”, presidindo ao órgão “onde reside o poder supremo do Clube” – cito, entre aspas os estatutos do Clube - iam contranatura às suas características e história pessoais. Mas esperei, desejei até, estar enganado na minha avaliação. Mas não.

Pensei que à investidura nas nobres funções com que foi honorificamente distinguido pela vontade dos seus consócios, correspondesse Dias Ferreira com o recato e comedimento que obriga o cargo. Mas, no início de cada semana lá temos nós o próprio, no programa onde é comentador residente, a coleccionar prestações entre o sofrível e o inenarrável, tal a ligeireza e impreparação com que aborda os mais diversos assuntos. Como se não lhe bastasse, ainda colecciona crónicas como a que assina esta semana no Record.

Lembro, se preciso fosse, que Dias Ferreira representa todos os sócios do Sporting, e não apenas a percentagem que nele votou, por maior que seja. Sejam eles agnósticos, católicos, judeus, muçulmanos, liberais, socialistas, democratas-cristãos, casados, divorciados ou em união de facto. E, na minha humilde opinião, não se pode esquecer que, por muito que não queira, quando fala ou escreve, representa o Grande Sporting Clube de Portugal. Se Dias Ferreira se quer eximir do que obrigaria o bom senso, deveria pelo menos escrever muito melhor, na forma e na substância. E, convenhamos, acabar o artigo da forma como o faz, (“Só uma coisa não sei se é crise ou não: haver cada vez um maior número de tipos que não sabem o nome do pai ou andam à procura da mãe!...”), refira-se a quem se referir, é atirar o Sportinguismo pelas escadas abaixo.

Apoiar sempre!*

Caros amigos Leões,

A Fundação de Solidariedade Social Aragão Pinto (sobrinho neto do José de Alvalade) necessita do apoio de todos. Para poder manter a sua ajuda a centenas de crianças desfavorecidas e deficientes a Fundação necessita de ser divulgada e para isso necessitamos da V/ ajuda não só nos sites e blogs leoninos mas nos V/ pessoais e em todos os que conheçam.

Integrar crianças desfavorecidas e deficientes, numa sociedade muitas vezes esquecida daqueles que mais precisam, é uma tarefa de todos e uma missão diária para nós.

Para obtermos apoio das empresas e das entidades públicas necessitamos de ver o nosso trabalho divulgado e por isso quantas mais noticias e referências a nós e ao nosso trabalho mais fácil será ajudar quem precisa. visitem http://www.fundacaoaragaopinto.com/ e começem ainda hoje a ajudar-nos a fazer um mundo melhor.

Hoje divulgamos nós a noticia e esperamos que nos façam um acompanhamento no site e que vão divulgando o máximo possivel, todos os dias, a nossa missão, o nosso trabalho, as nossas crianças.

*Este é o teor de um mail recebido na nossa caixa do correio, que agora divulgamos e pedimos que façam o mesmo, tal como é solicitado. Uma causa nobre a merecer o nosso apoio.

domingo, 30 de agosto de 2009

À terceira jornada foi de vez

Regresso do SCP às vitórias e logo por 2!!! e do Liedson aos golos num bom lance de Vuk. O segundo, marcado pelo Djaló, resulta de um bom trabalho do Saleiro.

Quanto ao resto, não acho que valha a pena alongar-me muito porque custa repetir-me. Mais um mau jogo do SCP, em que continuamos a usar e a abusar do pontapé para a frente, cada lance defensivo de bola parada é um sufoco na nossa área - desta vez não se podem falar dos ofensivos porque não beneficiámos de cantos - e sempre a pairar a ameaça de um golo da Académica, incluindo quando reduzidos a 10 - onde fomos beneficiados pois pouco antes, o Pedro Silva poderia ter visto o vermelho e a falta de Miguel Pedro não era merecedora do 2º amarelo - quando deveríamos ter tido mais posse de bola e trocá-la entre nós.

Paulo Bento na flash-interview, disse que não estavam reunidas todas as condições, para que os jogadores colocassem em campo toda a sua qualidade. Queria apenas lembrar-lhe que quem os treina, não são os adeptos do SCP. Estão intranquilos por culpa dos adeptos? 9 JOGOS OFICIAIS SEM GANHAREM!!! QUERIAM O QUÊ!?!? PALMINHAS!?

A ver se estas 2 semanas servem para algo. Porque o futebol que nos é dado a assistir, é intragável. Ganhámos mas depois de mais de uma hora a assistir a este futebol, nem sequer me deu vontade de gritar GOOOOOOLLLLLLLLLLOOOOOOO!!! Ganhámos mas continuamos sem convencer.

PS: Num jogo contra a Académica, para quê os cânticos relativos ao velho rival? É dar-lhes importância que não merecem.

A sigh is just a sigh...

Num destes dias visitei o Complexo Desportivo do Jamor. Já tinha saudades de andar a cirandar por aquele vale… Mas, ao contrário das outras duas ocasiões em que me desloquei àquele ponto do concelho de Oeiras, desta feita fi-lo por imperativos profissionais. A empresa onde trabalho está encarregue de fazer manutenção na Mata adjacente ao Complexo e que é gerida pelo Instituto do Desporto de Portugal. Assim, com o adianto dos trabalhos tive que me deslocar para realizar algumas medições de áreas com aparelho GPS. Normalmente é um trabalho exigente fisicamente, mas, apesar de quase sempre solitário, gosto muito de o realizar. Espairecer, sair do ambiente fechado do gabinete e contactar com o campo é algo que sempre me deu prazer. Havia no entanto algo de diferente neste trabalho pois teria que deslocar-me a um local com o qual tinha algumas ligações afectivas do passado…

A esta altura do texto, calculo que muitos dos leitores se estarão a questionar: mas o é que isto tem a ver com o SCP? Paciência caros visitante do ‘ANorte’, na verdade, muito. É que acabei por viver um par de momentos 'Zen' relacionados com o Sporting que me marcaram bastante…. O primeiro quando me estreei a pisar a pista de atletismo Carlos Lopes. Foi ali, naquela pista de terra batida, que o melhor atleta português de sempre conquistou algumas das provas que o tornaram mítico… E claro, a minha mente inundou-se de recordações agradáveis!

A outra foi qualquer coisa que, tendo decorrido em plena época de crise no futebol do Sporting, encheu-me de esperança… Caminhava eu, encharcado em suor e com receio da velocidade dos automóveis que circulavam em plena Estrada das Biscoiteiras, quando ao longe noto uma criança de camisola às riscas horizontais… Como sou míope, acelerei o passo afim de confirmar as minhas suspeitas… Sim, as listas eram verde e brancas… Mais uns passos e definitivamente, um miúdo com cerca de 10 anos de idade, usava a camisola mais linda do mundo… Segui-o com os olhos e acelerei ainda mais a caminhada. Vinha com um adulto que supus ser o pai. Atravessou a estrada e entrou num carro estacionado na margem em que eu seguia uns bons metros antes de alcançar o veículo. Por sorte o pai demorou-se na conversa ao telemóvel e assim tive tempo de me cruzar com ele. Inteligente (afinal é sportinguista!) notou e compreendeu o meu gesto com o polegar e devolveu-me o mesmo gesto com o extra de um sorriso convicto que só os putos reguilas conseguem fazer…

Pode parecer singelo, mas, na verdade este episódio mexeu com este leão que se encontra um pouco amargurado com o seu clube. Assim, atrevo-me a escrever um pedido a todos os sportinguistas que se deslocam hoje ao Municipal de Coimbra. Apoiem os rapazes de verde e branco que pisarem o relvado, como se fosse a final da Champions League. Obriguem-nos a vencer. Dê por onde der, hoje temos que ganhar. A ver se os miúdos do Sporting, que são o futuro do nosso clube, recebem finalmente um gesto de alento do seu clube do coração… Eles, mais do que nós todos, necessitam-no e merecem-no.

sábado, 29 de agosto de 2009

As time goes by

O tempo passa e os problemas no Sporting e na sua SAD, adensam-se. Não só dentro como fora do relvado.

Se é certo que o que se passa no relvado acaba por se reflectir naquilo que se passa fora dele, julgo que a relação no sentido oposto é bem mais influente na obtenção do ‘produto’ final. Aquele que nos é dado a consumir.

Ora, surgem hoje notícias na imprensa deveras preocupantes. Esta, cujo assunto não é novidade, passa a sê-lo precisamente porque a solução entretanto alcançada, tarda em ser implementada. Parece sina: a conjuntura é sempre adversa ao Sporting. Agora, é a proximidade com as eleições autárquicas que nos prejudica. Constato que para o município alfacinha, nunca há ou há sempre pouco ‘tempo’ para o SCP. Questiono-me se em Lisboa não há sportinguistas eleitores. Não seria esta actual época de pré-campanha eleitoral, o timing ideal para se pressionar um executivo a cumprir com os contratos que estabeleceu? Mais, sendo esses acordos resultado de uma injustiça perpetuada e perpetrada contra um clube que tanto tem dado ao País e tantos serviços presta à cidade de Lisboa, não deveria existir outra urgência na sua resolução?

Por outro lado, a ter em boa conta esta notícia, custa entender como se está à espera de um encaixe monetário, proporcionado por um resultado desportivo, para fazer frente a negociações financeiras. A história de ‘contar com o ovo no cu da galinha’ é já um clássico relativo à inversão dos procedimentos de gestão e planeamento. Afinal, a bola que bate no poste ou, na presente situação, a infelicidade de uma arbitragem, continuam a ser altamente decisivas na vida do Sporting…

A outra noticia é mais restrita e dá conta do mal-estar que se vive dentro da SAD. Pedro Barbosa não tem, afinal, vocação para o cargo que ocupa. Mas, só agora, ao fim deste tempo todo e com ‘nova’ equipa formada após eleição, é que se percebe que o nosso director desportivo não tem feitio para exercer um cargo de tão grande importância dentro da estrutura para o futebol? Confesso ficar perplexo por só agora se colocarem a circular noticias deste teor. Tendo em vista as fontes de tão mau desempenho, os famosos ‘agentes’ de jogadores, fico logo desconfiado… Essas personagens não gostam de Barbosa porque é incapaz ou porque não lhes faz as vontades? Por fim, Pedro Barbosa tem ou não meios financeiros suficientes para actuar com outra eficácia no mercado?

Já agora, também gostava de perceber se o nosso director de comunicação, tem perfil para a função que exerce. E o director comercial? Bom, é que fazendo a análise dos últimos anos à actuação do clube para o exterior ou da evolução das vendas do principal produto que o SCP oferece aos seus sócios e adeptos, a conclusão a que se chega só pode ser uma…

Foi Veloso que mandou Roca para o Brasil

Não tenho dados para afirmar que Veloso treina mais esta época do que na anterior. O que posso afirmar, sem receios de ser desmentido, é que há um regresso à casa de partida, onde o 24 vestia a promessa de mais um jogador de eleição saído de Alcochete. E falo do que vejo no rectângulo de jogo, que é onde um profissional de futebol revela, em última estância, a forma como se devota à sua profissão. Foi precisamente aí que o Miguel, numa comunhão de esforços com o Veloso, disse alto e bom som a Rochemback que era altura de procurar nova vida. Não foi à saída ou à chegada de férias, num aeroporto qualquer. Foi no relvado, que tal como o algodão, não engana.

Muitos dos que clamavam pelo afastamento de Veloso, mesmo que sem qualquer retorno para o clube, estiveram sempre calados enquanto Roca proferia aqueles dislates. Ficaram calados quando o braisleiro, por entreposta pessoa, e em vésperas de um jogo vital para o clube, disse de PB o que Maomé nunca disse do toucinho. Provavelmente estão de boca aberta a ver o Veloso jogar. Espero que, uma vez estabelecidas as tréguas, se alcance a paz. E se perceba que o mediatismo do nosso melhor jogador para a posição 6 não é necessariamente um problema. Num clube com escassez de recursos, a sua sobre-exposição poderia e deveria ter retorno para nós, e não apenas para marcas de chuteiras ou champôs.
Mas o Miguel é único no plantel para a sua posição. Aguardo que a saída anunciada de Rochemback, a quem espero não suceda o mesmo que Celsinho, corresponda à entrada de alguém para o lugar. É que Veloso joga a 6, com a camisola 24. 6x4= 24. Bom, espero que depois do Liedson valer por 5 não se espere que o trinco valha por 4...

A formação do Sporting carrega o nosso futebol às costas, como tenho varias vezes defendido aqui. E como tributo tem ainda por cima uma margem de erro menor. No nosso clube, e tal como no resto do País, a formação serve como um casaco de dupla face. Umas vezes veste-se do lado brilhante, para aparecer nas fotografias. Outras o lado coçado serve para fazer figura de coitadinho. Veja-se Queiroz: o expoente máximo da escola de jogadores portugueses, com os resultados que se conhecem, vai abrir mão do que sempre defendeu e do valor que criou por se sentir acossado pelos resultados. Viva a convicção.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Liga Europa: o que deu o Grupo D

É generalizada a reacção ao sorteio para a fase de grupos que nos colocou pela frente os vencedor da taça da Holanda, o 4º classificado da Liga Alemã e o campeão em título da Letónia: tivemos sorte. Deixarei a análise individual para data mais próxima a cada embate, uma vez que falar de enfiada das qualidades e defeitos dos 3 nossos oponentes resultaria, estou certo, num post tipo peixe- espada: chato e comprido. Face ao que havia “disponível” não posso deixar de concordar. Há porém um dado comum aos 3 principais favoritos ao apuramento no grupo: o inicio da competição tem sido traumático, com resultados muito abaixo do sonhado para a época 2009/10.

2 dados curiosos a reter, relativamente ao Herenveen: é cliente habitual em Alvalade, onde jogou nas 2 últimas épocas com o Vitória de Setúbal. Ao vencer a Taça da Holanda quebrou o jejum de quase 4 décadas sem títulos precisamente ante o Twente. No Hertha, a presença do brasileiro Rafael de Araújo, irmão mais velho de Rony, recém-dispensado merece também destaque.

Há 2 aspectos a ponderar na extracção de hoje em Basileia: O valor dos adversários e a sua localização. Quanto ao primeiro factor julgo que fomos bem sucedidos. Em qualquer dos potes 2 e 3 havia adversários capazes de nos causar maiores dificuldades, em particular os ingleses, turcos ou italianos.

A distância das viagens é outro factor a ter em conta nesta competição. Uma viagem à Letónia não é propriamente uma excursão, mas a energia necessária para bater o Ventspils (parece nome de medicamento) deve ser, em princípio, menor do que para levar de vencida o Genova, Toulose ou mesmo os fantasmagóricos Rapid de Viena ou Casino de Salzburg, nossos velhos conhecidos, que seriam outros adversários a sair do último pote. O pior é que à extenuante viagem a Ventspils, que obriga a deslocação entre aquela cidade e Riga, a capital, será feita na véspera da deslocação ao Dragão. Estimo maior atenção do clube à marcação da data do jogo, para evitar a banhada do ano passado.

De faço tivemos sorte. Mas merecer a sorte que nos aparece pelo caminho dá sempre muito trabalho. É isso que nos espera nesta fase de grupos da novel Liga Europa.

Aniversário do meu divórcio

Há uma ano publicava aqui o primeiro post a sério. Era o inicio e o fim. O meu início na blogosfera. E o fim da minha relação emocional com o futebol de Paulo Bento. O divórcio, litigioso, decretei-o a propósito da humilhação em Madrid: “O Sporting apresentou-se ontem em Madrid vestido de pijama num jantar de gala". O pior, em matéria de goleadas, como hoje sabemos, ainda estava para vir, mas o seu advento havia sido em Leiria, (4-1), ante uma equipa já na II Liga.

O que mudou de então para cá? Bem o blogue cresceu e hoje somos 6. Era muito pior só do que é hoje estar bem acompanhado. O futebol do Sporting? Passado um ano, sinto que não me enganei: PB não é o treinador para o Sporting. Pelo menos para esta fase das respectivas vidas. Digam lá de vossa justiça. E se quiserem podem bater à vontade. Afinal, em dia de aniversário, tenho que pagar alguma coisa.

P.S.- Paulinho Cascavél e Tite: não sei se repararam mas estão ligados à nossa história. O que muito nos honra.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Case study

O Nacional tem um orçamento inferior ao nosso. Tem, a meu ver, um plantel inferior ao nosso, menos experiente que o nosso, que constrói com jogadores comprados ao preço da farofa e vende pelo da picanha. Até tem um presidente muito menos fotogénico que o nosso. Mas está, como nós na fase de grupos da Liga Europa, após eliminar de o milionário Zénite de S. Petersburgo. Quantas vezes podem suceder resultados destes? Pelo menos uma vez, e tantas enquanto houver ousadia e capacidade de sofrimento. Devíamos estudá-los, não?

Mas porque é que acabaram com a PGA

Passatempo, descubra os erros deste texto retirado agora mesmo do site oficial do Sporting Clube de Portugal.

"Efeméride

Hoje, dia 27 de Agosto, celebra-se o 24.º aniversário da estreia de Manuel Fernandes ao serviço do Sporting. Foi num encontro particular, frente ao Académico de Coimbra, em 1975, que os «leões» venceriam por 5-3 e que o jogador que viera da CUF faria o seu primeiro hat-trick ao serviço do Clube.Na sua passagem por Alvalade (1975-1987), Manuel Fernandes conquistou dois Campeonatos Nacionais (1979-80 e 1981-82), duas Taças de Portugal (1877-78 e 1981-82) e uma Supertaça (1982-83), tendo ainda conquistado o título de melhor marcador na época de 1985-86, depois de apontar 30 golos.Ainda hoje é relembrado como o homem que marcou o tento solitário, frente à União de Leiria, que viria a dar o título na época de 1979-80 e pelos quatro golos que, a 14 de Dezembro de 1986, apontou ao Benfica no célebre 7-1.Já como treinador, Manuel Fernandes conquistou, ao serviço do Sporting, uma Supertaça Cândido de Olliveira (200-01)."

Ponto final, parágrafo, mudar para a 2ª linha

Cordeiros e leões
Fomos eliminados, ponto final na Champions League. Parágrafo, mudar 2ª linha europeia. É verdade que a eliminatória se começou a perder em Lisboa. No apito de Kassai. Na loucura de Vukcevic. Nos ofertas defensivas. O acerto da 1ª parte de ontem perdeu-se no imobilismo táctico perante as mudanças Viola. Fomos avisados em Lisboa do génio de Jovetic. Fomos avisados ontem, na 1ª vez que tocou na bola. À 2ª não perdoou. Havia 2 formas de mudar: ou mudando o posicionamento dos jogadores ou fazendo substituições, sabendo que o primeiro terço dos 45 minutos finais seriam decisivos. O recuo de Veloso foi insuficiente, uma vez que o espaço que muito bem ocupou na 1ª metade, ficou transformado numa auto-estrada italiana. Preferimos esperar como cordeiros, em vez de, a ter que morrer, morrer como leões. A entrada de Tonel consumou a capitulação do nosso futebol, viabilizando o caldo de cultura onde o futebol dos italianos medra e vence.

Mais uns treininhos
Estamos quase lá. Com mais uns treininhos a coisa vai lá. Após a 1ª dezena estamos em pé de igualdade, na quantidade pelo menos, com o que se faz onde o futebol jogado é referência. É pena é que a preparação seja efectuada em competição. Saleiro saiu da proveta dos treinos para o campo sem um único minuto jogado. Tonel não tem 2 jogos nas pernas como defesa e jogou a ponta-de-lança e, no banco, depauperado pelas lesões, a situação era semelhante. É justo avaliar um jogador, o seu valor ou a sua forma circunstancial, quando obrigado a competir com adversários de preparação muito mais adiantada? Imaturidade porque se joga com a formação ou porque não se potencia o seu valor? Jovetic tem 19 anos…

O Liedson nacional não é bom
Não deve ser por acaso que Liedson está na forma que está. Não aceito o argumento selecção até porque ele seria o primeiro a querer justificar a chamada. Mas falando nisso afirmo-o já: a sua chamada não é boa para o Sporting, não é boa para o próprio e não é boa para a Selecção sobretudo para o seu futuro. Os critérios de representação da selecção nacional deveriam ser mais apertados, mas aberta a caixa de Pandora arriscamo-nos a ver a equipa e todos nós como a dos 6 milhões: um escaparate de nacionalidades.

Coragem, qual coragem?
Não posso exibir qualquer satisfação pelo sucedido ontem em Florença. Logo porque fomos eliminados. Não aceito o argumento que jogamos bem, porque o futebol são 90 minutos. Salienta-se a aplicação dos jogadores, quando essa é a sua obrigação. Há Sportinguistas que hoje demonstram regozijo e/ou alívio por não ter que nadar ao lado dos tubarões do futebol, como se não fosse maior o risco perder com os piores. Quando se chega aqui ou nos contentamos com o futebol propofol, de que nos falava ontem o JVL, ou temos coragem para mudar. Não a coragem infantil que não mede as consequências, ou da loucura que ignora o perigo. Falo da coragem do arrojo e da audácia de mudar, do inconformismo perante um destino menor cada vez mais certo. Não é mudar apenas o treinador, este ou aquele dirigente ou jogador, mas esta forma de estar. Partimos derrotados quando temos medo de perder.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Crónica de uma eliminação anunciada ou continuem-nos a dar doses de Propofol

O SCP foi hoje eliminado pela Fiorentina após dois empates, devido aos golos marcados fora. Confesso que a minha esperança era reduzida mas....acredita-se sempre não é? O problema é que o histórico do SCP com equipas italianas é nos francamente desfavorável, não tendo ganho uma única vez em Itália e tendo empatado a 2 em casa, estávamos obrigados a ir ganhar - seria a primeira vez esta época - na casa da Fiore. Pois...se a isto juntarmos o que o SCP produz neste momento...realmente só mesmo com fé.

O início de jogo foi algo atabalhoado e temos uma excelente oportunidade aos 11 minutos falhada, nem parece dele, pelo Djaló. Aos 13 falta sofrida pelo Djaló e primeiro livre directo marcado pelo Matías que levou bastante perigo. Aos 16 perigo na nossa área devido a um canto. Quem diria?

Começo a ouvir os comentadores da FOX dizerem que o Matías precisa de assumir mais o jogo. É um pouco difícil quando a bola está constantemente a ser chutada para a frente. Aos 34 minutos finalmente o golo! Livre a favor do SCP - deixa a bola para o Matías, Moutinho DASS - livre marcado e GOOOOOOOOOOOOOOOOOLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO. Ah ganda Moutinho!!!

Conseguimos aguentar até ao intervalo e depois....depois entrámos muito mal. Jovetic marca aos 54 e a partir daqui o jogo ficou sentenciado. Não que não tentássemos, o problema é que não havia, como habitualmente, nada pensado, construído, elaborado. ZUMBAAAA pontapé para a frente. Tonel entra para ponta de lança?! Ah pois....o banco é este....

Fim do jogo, siga para a Liga Europa. Afinal de contas, segundo JEB, a LC não é indispensável. O que significa que não nos reforçámos mais porque não quisemos? Porque o plantel é forte o suficiente? Porque não temos jogadores em carteira?

Uma das minhas perguntas é exactamente essa: agora que não nos apurámos para a LC, o plantel será reforçado? Se for com mais Caicedos, não obrigado. A outra é: até quando?

Estou chateado mas há qualquer coisa de diferente. Onde está o nervosismo antes dos jogos? Nos dias que antecedem os jogos importantes? Será que dava para deixarem de nos administrar Propofol?

Fiorentina - Sporting Clube de Portugal

O Sporting alinha com:
SPORTING: Rui Patrício; Pedro Silva, Daniel Carriço, Anderson Polga e André Marques; Miguel Veloso, Pereirinha, Moutinho e Matias; Djaló e Liedson.

Suplentes: Tiago, Adrian, Rochemback, Saleiro, Caneira, Tonel e Abel.

Spoooooooooooooooorting!
Spoooooooooooooooorting!
Spoooooooooooooooorting!

Em cena: O Leão ruge mais alto

Depois de recentes referências à indústria cinematográfica para fazer a antevisão da partida de hoje, decidi fazer a minha própria alegoria para expressar o nosso apoio à equipa.

Vamos ter a nossa equipa em exibição esta noite no estádio Artemio Franchi. Todos os sportinguistas estão na expectativa de um bom resultado que permita ao Sporting a passagem para a próxima fase da Liga dos Campeões.

Esperamos que demonstrem que o vosso papel é este...


... e não este


FORÇA SPORTING!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Gestão Desportiva: O Sporting no mercado

Há muito que me propus analisar e sujeitar aqui à discussão um aspecto fundamental da política desportiva do Sporting e que se prende com a constituição do seu plantel sénior. Isto é, avaliar como o clube se movimentou no mercado. Ficarei hoje pelas dispensas.

O método escolhido para colocar no mercado os jogadores com os quais PB não contava parece-me completamente errado e lesivo dos interesses do Sporting. Ronny, Tiui, Celsinho, Romagnoli, Purovic e Stojkovic significaram um esforço financeiro de mais de 5 milhões (!!!) de euros que desaguarão no “oceano passivo “ se outras medidas não forem tomadas. Uma vez postos de lado e sem treinar, o Sporting desvalorizou-os, deixando ao mercado a mensagem que se queria livrar deles a qualquer custo, inclusive o zero. Os potenciais interessados, que não podem ser muitos, uma vez que os jogadores e clube pouco fizeram para mostrar valor, percebem no fim do período de inscrições um aliado e esperam que o jogador caia de maduro. Este, por seu turno, protegido por um contrato em vigor, dá-se ao luxo de rejeitar propostas vantajosas para nós.

Foi o que sucedeu com Romagnoli, que recusou propostas de clubes que pagariam a pronto o pouco que por ele se pedia. Não era preciso usar da mesma persuasão que se usa aqui pela Invicta, e que tem em Adriano o mais recente exemplo. Bastaria estar a treinar com perspectiva de nem aquecer o banco para lhes esmorecerem os caprichos. A perspectiva de um ano sabático ajuda a aclarar muitas ideias.

A passagem de Pipi para o S. Lorenzo de Almagro, sem qualquer opção ou percentagem do seu passe, é muito questionável. El Ciclon, como é conhecido o clube, queixava-se da falta de liquidez, pondo a tocar do “tango do desgraçadinho”. Hoje vendeu Bergéssio por 6,2 milhões, e de bolso cheio foi às compras a Amesterdão. O Ajax, que deve ser mais pobre que nós, recusa-se a oferecer Darío Cvitanich, apesar de pouca utilização.

Stojkovic e Purovic. O avançado foi substituído no Kayserispor, clube turco onde esteve emprestado, por Ariza Makukula, oriundo de onde muito bem sabemos, por indefinição do nosso Dep. de Futebol. Stojkovic, desvalorizado por rumores deixados a circular sem desmentido, é, apesar de tudo, titular indiscutível de um país que é conhecido por formar bons guarda-redes. Viu essa condição confirmada, apesar da mudança da orientação técnica da sua selecção. É de todos o que mais facilmente teria clube, se algum esforço, saber e bom senso fosse usado.

O trio de brasileiros merece análise diferente. Tiuí foi um daqueles negócios à Sporting. Pagou-se o valor de um porco inteiro por um chouriço (2, se tivermos em atenção a Taça…). Por isso oferecer-lhe o passe foi um acto de gratidão à altura dos nossos pergaminhos. Já Ronny poderia perfeitamente ter clube em Portugal, ou no Brasil, bem como Celsinho.

O Sporting não pode competir com os tubarões europeus na hora de contratar jogadores de valor firmado, tem por isso que se saber posicionar a montante deles. Uma vez que tem capital humano a constituição de parcerias no Brasil, Argentina, Sérvia ou Montenegro significaria semear agora para colher depois. Estamos a falar das melhores escolas do Mundo. Montenegro, pequeno torrão balcânico, de onde recebemos Vukcevic, produz preciosidades como Vucinic da Roma ou Jovetic, que, na próxima quarta-feira poderá reeditar o pesadelo de Polga e Cia, Lda. De igual forma, não se compreende que o Sporting não tenha relações de proximidade com nenhum clube português, pelo que não se pode queixar de não ter onde colocar jogadores ou alguém que sustente e apoie a sua visão, se é que a tem, em sede de alteração de regulamentos na Liga.

O mercado de futebol rege-se pelas mesmas regras da oferta e da procura que os demais. Uma das coisas que aprendi, ainda de calções e pela mão da minha mãe, é que quem está a arrumar a banca para ir embora e tem artigos perecíveis, vende sempre mais barato, porque querer evitar prejuízos. O meu Sporting oferece a “mercadoria”. E dizia FSF, e agora Pedro Barbosa, que a época agora em curso estava a ser preparada. Onde se pode observar isso?

O que aqui foi escrito não passa de uma reflexão amadora e despretensiosa. É doloroso constatar que o meu clube, gerido por profissionais bem pagos, pareça navegar num plano inferior e deixe à evidência a falta de uma ideia clara para a gestão dos seus activos, que tanto lhe custa a adquirir. Da implantação SAD e dos tais critérios de gestão rigorosa parece que só nos ficamos pelos ordenados dos gestores. No Sporting continua-se a gastar sem ninguém prestar contas. O aforismo é aqui invertido: não temos dinheiro porque temos vícios.

Boi de piranha

A expressão é utilizada pelos boiadeiros do Sertão, os cowboys do Brasil, quando se conduz uma manada de gado dos pastos até aos matadouros. Durante o percurso é vulgar ter de atravessar rios, o problema é que estes estão infestados de piranhas, que como bom predador aguarda pacientemente nas águas mais baixas que uma presa apareça.

A solução encontrada é terrivelmente simples, escolhe-se um boi, normalmente o mais fraco da manada, e atira-se a rês para a água um pouco acima ou abaixo do local óptimo de passagem. As piranhas sedentas rapidamente atacam o “presente” e o seu sacrifício permite que o grosso da coluna siga o seu caminho em paz.

Esta táctica é vulgarmente utilizada na politica, nada como um bom par de cornos para chegar a freeport, também no desporto o vice-rei do Norte nos habituou a estas técnicas, sempre que a pressão aumentava sobre a sua equipa uma qualquer declaração bombástica ou a guerra Norte-Sul desviavam a atenção para o personagem sinistro e restauravam o sossego no balneário.

Hoje cheira a Boi de piranha em Alvalade, primeiro alguém se deve ter cruzado com Pedro Barbosa num qualquer corredor sombrio e perguntou, “O que é que este gajo está aqui a fazer?”.

Solução? Agarrar no charolês e atirá-lo ás piranhas.

Ó Rochemback, não vás chatear o Paulo Bento para saber porque perdeste o lugar na equipa, eu explico-te. No nosso primeiro jogo da época, contra o Nothingam, estou eu a tirar retratos quando atrás de mim ouço, “Olha o Paixão a ultrapassar o Rochemback!”, sorri fixei o olhar no campo e BINGO.

O Paixão no seu melhor estilo narcisista, parte uns bons três metros atrás de ti, ultrapassa-te e chega à área contrária com cinco metros de avanço. Lembras-te do Hulk? Foi pior. Estás mesmo bom para ir ao banho…

Eu nunca, na minha inteira vida, consegui pescar um peixe

Depois do Bode expiatório I - Carlos Freitas.

Segue-se, se as 'coisas' não melhorarem significativamente, o Bode expiatório II – Pedro Barbosa

Quanto ao intocável dos intocáveis, o Mister Paulo Bento, confirma-se o cenário que tenho – à semelhança de muitos outros -, antecipado: JEB está refém (da sua própria palavra e da gratidão 'eleitoral' que deve a Bento) e "O Paulo Bento não desiste". Não desiste de arrastar o SCP para o abismo em que se está a meter. Ele é orgulhoso, teimoso, acredita no que anda a fazer, bate o pé e não desiste, pronto! Topa-me esta LT: dizem que é "do sangue transmontano que lhe corre nas veias"... Bode expiatório III?

Eu nunca, na minha inteira vida, consegui pescar um peixe. Um que fosse! Mas juro que a culpa não é (era) minha, deve(ria) ser do meu sangue beirão... Porque teimava, orgulhosamente, em acompanhar os meus incitantes companheiros sempre que saiam de madrugada para ir à pesca e acreditava, por tudo, que seria naquele dia que o peixinho não escapava…

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Farto III

Farto, eu também estou farto, cansado e desiludido. Já não há pachorra nem paciência, muito menos capacidade para entender a apatia colectiva que se vem instalando de alguns anos a esta parte no nosso Clube.

Afinal onde está e o que é a cultura Sporting? Este não é o Sporting que me viu crescer. Este não é o Sporting que aprendi a amar.

Como vou eu transmitir os valores, os princípios, a velha mística leonina à minha filha? Onde estão as referências do Sporting? Onde estão os nossos, que nos defendem e impedem que nos ataquem e enxovalhem consecutivamente?

A verdade é só uma. Andamos 17 épocas sem vencer um campeonato, mas o coração ainda batia e fervilhava. O Sporting ainda respirava, tinha alma. Hoje, pouco parece restar dessa alma. O Sporting está em coma, em coma profundo. Poderá soar a exagero este meu desabafo, mas acreditem que não. Se não acordarmos a tempo, o Sporting morrerá aos poucos.

JEB tem uma tarefa titânica pela frente. Como gestor de créditos firmados, sabe perfeitamente que a empresa que dirige não vive só de razão. Precisa de pão, porque em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão. O pão que o Sporting precisa não se resume a euros, mas sim a um suplemento de alma. O pão é a emoção, porque o Sporting precisa de coração como de pão para a boca. Alguém que acorde e reacenda a mística leonina, que desperte a paixão de ver jogar o Sporting, que volte a juntar famílias e amigos para ir ver o Sporting, o Grande Sporting.

Sábado, vi o jogo a 500 km. Num núcleo do interior transmontano. Estava cheio de leões. Nesta altura há muito emigrante em terras transmontanas. A maioria equipada a rigor. Como é bom ver que os que estão mais longe de Alvalade ainda fervilham mais do que nós pelo clube do seu coração. Porém, o sentimento era geral: um enorme desconforto, uma profunda apatia e desilusão que se instalou no reino do leão. Os Sportinguistas estão cansados, tristes, fartos e desiludidos. Sobretudo estão fartos da serenidade, da tranquilidade, da apatia que parece ter assolado Alvalade. Ainda hoje estamos à espera que estas declarações, proferidas após a nossa maior humilhação europeia, que pode bem repetir-se a qualquer momento, produzam qualquer efeito. O que mais será preciso acontecer?

JEB tem um enorme desafio pela frente. O seu mandato pode ficar para sempre condicionado pelas decisões que tomar ou não tomar durante esta época. Perdeu uma excelente oportunidade para restaurar o respeito pelo Sporting quando viu um campeonato de juniores ser ganho à pedrada, como o próprio fez questão de frisar, sem no entanto ter protagonizado outras medidas capazes de mostrarem a indignação e as feridas no nosso orgulho. O Sporting continua a ser deliberada e continuadamente desrespeitado.O Sporting, como clube de massas, que também o é, tem que viver do cocktail razão e coração. Bettencourt, percebeu isso. Os novos onzes de sócios, os treinos em Alvalade, os convites às velhas glórias para assistir aos jogos na tribuna, as iniciativas como a baliza do Damas, entre outras, mostram que o Presidente sabe que há um enorme trabalho a fazer na recuperação do maior património leonino, que são os seus sócios e adeptos e a sua ligação afectiva e forma de viver o Sporting.

Restaurar a cultura Sporting é de facto o maior desafio para JEB. Mas, bem prega Frei Tomás. Que adianta tudo isto, se todas as semanas os Sportinguistas (em Alvalade cada vez menos), nos núcleos, nos cafés, em casa, um pouco por todo o mundo, em vez de assistirem e vibrarem com todo o seu fervor aos jogos do Sporting, iniciam a partida com o coração nas mãos?

Urge acordar, pelo Sporting Clube de Portugal.

SCP - Sempre Com Paulo (Bento) ?


Bem sei que estamos a dois dias de um jogo de extrema importância para o nosso clube, no entanto, o seu resultado em nada vai mudar a minha opinião quanto às capacidades das pessoas que estão actualmente à frente do futebol do Sporting.

Durante largos períodos de tempo fui defensor de Paulo Bento devido às suas posições tomadas em protecção do Sporting e culpei por muitas vezes a estrutura de futebol que em vez de o proteger e lhe criar condições para fazer o seu papel - treinar a equipa - e obrigaram Paulo Bento a uma exposição elevada, sem qualquer tipo de protecção ou suporte directivo.

Paulo Bento não está no Sporting há três ou quatro meses nem dois ou três jogos mas sim há quatro anos. Se tempos houve em que jogámos um futebol interessante, certo é que cada vez mais esse futebol interessante é a excepção e nunca terá sido uma regra.

Nos últimos dias, tenho lido muitos comentários a culpar os jogadores de falta de empenho e dedicação. Gente que culpa Liedson (talvez o maior salvador de Paulo Bento) ou Postiga por não marcarem golos ou então culpas para a defesa que sofre inúmeros golos em lances de bolas paradas. Parafraseando um amigo meu "Mas então que fazem eles nos treinos?" Aqui está para mim, um dos principais aspectos a ter em conta.

Considero cada vez mais notória a incapacidade de trabalhar com as condições actualmente existentes pelos mais variados factores e por essa razão, a mudança só poderá beneficiar o Sporting. Em todo o caso, o que se tem vindo a registar é também consequência de um acto eleitoral indevidamente adiado e que não permitiu uma adequada preparação da nova época.

Mas mesmo que tivesse havido tempo, duvido que o trabalho fosse muito melhor com estas mesmas pessoas. Pelo que já me foi transmitido, até no Real de Massamá - onde estam 8 jogadores oriundos dos nosso juniores - trabalha-se com muito mais intensidade do que no Sporting.

Agradeço o empenho e o profissionalismo mas está cada vez mais comprovado que o Sporting precisa de melhor.

Sporting Clube de Portugal Sempre! Acima de qualquer nome individual!

PS: Anexo as declarações à Antena 1 de Pedro Faleiro Silva, Presidente do Comité Executivo da AAS.



domingo, 23 de agosto de 2009

Um kolkhoze em Alvalade

Há quem há muito peça a substituição de PB no comando do futebol leonino. Na minha opinião ela já devia ter acontecido pelo menos no final do campeonato passado. O tempo e as soluções do actual treinador esgotaram-se nas goleadas, na falta de qualidade e consistência do futebol e, sobretudo, nos campeonatos perdidos nas primeiras jornadas. Com as taças brilhantemente conquistadas, PB deixou-me ficar a impressão daquele ciclista que ganhará alguns grandes prémios, mas só muito dificilmente conseguirá a Volta a Portugal. Só vejo uma possibilidade para a manutenção de PB: a assumpção, por parte da direcção do Clube, com todas as consequências inerentes, que não é possível fazer melhor.

Confesso que não ficaria surpreendido que muitos Sportinguistas aceitassem esta redifinição de objectivos. Tudo tem sido feito nesse sentido, invocando-se os orçamentos, a inexperiência, juventude e até a falta de categoria do plantel, como escudo ou desculpa para quem tem a missão de dirigir o futebol. Passadas 2 jornadas já voaram 5 pontos ante equipas abaixo do nosso campeonato, seja no lugar que ambicionam, seja na qualidade do seu plantel, seja no valor do seu orçamento. O que terão eles para fazer a diferença? Porque se continua no Edifício Visconde de Alvalade a não querer perceber?

O futebol do Sporting, jogado no campo e o que é preparado nos gabinetes, assemelha-se a um kolkhoze. Tal como este novo tipo de organização agrícola significou um avanço relativamente à estrutura feudal então em vigor na Rússia, a chegada dos actuais responsáveis e da “filosofia Sociedade Anónima” correspondeu a uma melhoria relativamente à estrutura que substituiu. Passado todo este tempo facilmente se constata que, alcançados 2 titulos nacionais e algumas taças, vendido o património e com um passivo que nos estiola, tudo mudou para voltar ao mesmo. O clube está submetido a uma lógica onde o privilégio ao mérito ou critério de exigência se esgota no conhecimento pessoal, à amizade, à procura da solução mais fácil e não da que melhor serviria os nossos interesses. No fundo uma estratégia de sobrevivência que visa eternizar o regime instalado. Por isso se assiste ao rooll-on de nomes na hora das eleições, subindo uns e descendo outros, sem se perceber muito bem porquê. Não importa o que se faz, quanto se produz, quem faz e o quê. Importa apenas manter tudo como está. Fala-se hoje de muitos nomes no Sporting, esquecendo-se o que lhes dá o azeite para a lamparina: o Sporting Clube de Portugal.

Não é de estranhar a situação em que nos encontramos. Aliás, muito forte é um clube que, a tratos de polé, consegue manter o seu estatuto e continuar a lutar. JEB percebeu bem a importância de PB no contexto do eleitoral do clube. Pode agradecer ao seu antecessor a falta de tempo de análise da estrutura do futebol e até de todo o clube, mesmo que para tal me sirva de uma amnésia selectiva, que me varre da memória a constituição dos órgãos sociais do clube dos últimos anos. Mas não pode ficar eternamente na sua cadeira, fazendo de conta que não vê que, pelo menos no futebol, é preciso mudar. Não apenas uma simples chicotada psicológica, mas uma mudança de paradigma. Essa necessidade já vem de longe, mas esta época está exposta de forma crua e dolorosa. A preparação do plantel, da época, as aquisições, as dispensas, a colocação dos ex-júniores, são a evidência de que se pode fazer mais e melhor. Os resultados e exibições são apenas consequências do que não é feito como devia.

Tenho a certeza que JEB escolheu a honra de presidir ao nosso clube consciente de que para chegar às lindas rosas há por vezes que tocar nos espinhos. O pior que podia acontecer ao Sporting hoje era ver-se diluir a esperança de dias melhores, que foi consubstanciada numa votação maciça, por deixar o clube à consignação de quem, de forma reiterada não está à altura do cargo que ocupa. E não é apenas o Paulo Bento, Sr. Presidente! O Sporting, aquele que os Sportinguistas desejam, não pode ficar passivamente à espera que os outros falhem e, sendo incapaz de ganhar, contentar-se apenas com as derrotas alheias.

Farto II

Depois de me ter ido deitar ontem às 3.20, acordei hoje ainda irritado com a derrota sofrida pelo SCP ontem.

Em 8 jogos não temos uma única vitória e continuamos a ser presenteados com o discurso estafado de que "vamos dar o máximo", "vamos trabalhar para corrigir os erros", "não entrámos bem", "mudar o rumo já no próximo jogo".

Ora bem, por falar em mudar o rumo tenho uma sugestão: que tal despedir o Paulo Bento?

Depois de uma pré-época atípica em termos de números de jogos realizados, em que os erros da época passada - pelo menos - continuam patentes, quando continuamos a dar primeiras partes de avanço ou mais, em que sistematicamente sofremos primeiro, acho que é altura de os visionários que se encontram à frente do SCP, chegarem à conclusão que não será com esta equipa técnica que a situação se inverterá. Já agora, como é possível jogadores como o Roca e o Pedro Silva regressarem com o peso com que regressaram e serem colocados a jogar, preterindo jogadores como o Adrien?! Imagino o que o Adrien pensará neste momento acerca das suas possibilidades de ser convocado...

A falta de ideias e soluções para reverter esta situação tem, como um dos melhores exemplos, a substituição sistemática do lateral direito pelo Pereirinha. Porque é que não é ele lançado a titular evitando queimar uma substituição!?
Por outro lado, temos jogadores em nítido mau momento de forma como é o caso do Polga, situação que se arrasta desde a época passada, constantemente titulares. Por muitos erros que cometa, Polga tem lugar garantido no jogo a seguir. Percebo que em certas situações se opte por voltar a dar confiança mas tudo tem o seu limite. Em termos de gestão do grupo, parece-me que estas situações serão complicadas para os seus potenciais substitutos.

Não admira que nos interroguemos com a qualidade do treino que é feito na Academia. Como é possível que continuemos a revelar tantas dificuldades em lances de bola parada, sejam eles ofensivos ou defensivos?

A juntar a tudo isto, elegeu-se reforçar o meio-campo e o ataque, sendo que durante todo o defeso observámos a uma campanha para a venda de MV, chegando-se ao ridículo de dizer que seria com a sua venda que poderíamos reforçar o.... meio-campo. EXACTO!! Que tal vender o nosso mais talentoso médio para comprar outro médio que teria que se adaptar ao Clube - possivelmente ao País - e cuja qualidade poderia ser inferior? DE MESTRE!!!
Acho que todos, e digo acho porque acredito sinceramente que em Alvalade haja quem acredite que não, já viram que o nosso sector defensivo, é o que mais necessita de ser reforçado. Não temos laterais adequados para o esquema táctico mas isso parece ser irrelevante.

Se antes ainda nos podíamos confortar com os resultados, neste momento nem isso. Não há futebol, não há resultados mas há "confiança para inverter o rumo". Pois eu não tenho nenhuma.

E nem quero ouvir falar em orçamentos (quais são os do Nacional e Braga?), em que apenas o PB aceitava treinar o SCP nestas condições ou que qualquer outro treinador não conseguiria fazer melhor. MENTIRA! Se neste momento dependemos da qualidade individual dos jogadores, porque jogo colectivo não existe, imagino com um treinador que conseguisse colocar o SCP a jogar como equipa.

Está na altura de agradecer os serviços prestados pelo Paulo Bento e cada qual seguir o seu caminho. É agoniante ver o SCP sufocar deste modo, sem nada poder fazer, nem sequer ir ao estádio poder mostrar o meu desagrado.

JEB é o 1º Presidente pago para trabalhar a tempo inteiro, que por sinal já tirou férias - pensei que só após os primeiros 6 meses é que poderia ;) - e tem me desiludido com as atitudes, ou falta delas, que tem tido. Destaco o nosso comportamento no jogo da pedrada e o reatamento de relações com o Nacional.
Como já disse, não foi ao JEB que o presidente do Nacional faltou ao respeito mas sim ao SCP. Como tal, o mínimo exigível seria um pedido de desculpas formal. Para sermos respeitados, temos que fazer por isso.

SCP SEMPRE!!!

PS: Desculpem a extensão do post e a possível confusão de ideias no mesmo mas estou ainda extremamente irritado e fui escrevendo conforme me ia saindo.

PPS: Infelizmente parece-me que o Caicedo me dará razão, quando disse que do que tinha visto dele em Inglaterra, não era o jogador que o SCP precisava...

Trim, trim

Bom dia! Foi direccionado para o atendedor automático do Sporting Clube de Portugal. De forma a podermos ajudá-lo a falar com a pessoa certa, por favor ouça todas as opções antes de fazer a sua selecção:

- Para saber a justificação oficial para o último mau resultado da equipa de futebol, pressione a tecla 1.

- Para saber quantos anos é Forever, tecla 2.

- Para descobrir quais as função de Pedro Barbosa, tecla 3.

- Para insultar o treinador, tecla 4.

- Para saber a ementa do Menu Rochemback, tecla 5.

- Se quiser o contacto do cabeleireiro de Yannick D’jálo, tecla 6.

- Se quiser agarrar, tocar, esbofetear ou agredir alguém, tecla 7.

- Para pedir um treinador novo pela terceira vez este ano, tecla 8.

- Para se queixar dos árbitros, tecla 9.

- Para recuperar a moral e ouvir a gravação do relato do golo do Miguel Garcia contra o Alkmaar, tecla 0.

sábado, 22 de agosto de 2009

Foi de Domingos, Paciência...

Domingos tem melhores jogadores do que o ano passado. Como consequência lógica montou uma equipa melhor. Se então nos tirou 4 pontos com menos, hoje foram 3 de uma assentada. Nós havemos de lá chegar porque há estabilidade. Porque depois fazemos uma boa ponta final e lá conseguimos ficar à frente do slb. O jogo foi ingrato, sofrendo um golo imerecido. Mas quantas vezes isso não acontece num jogo? A verdade é que depois disso, nunca mais conseguimos ligar uma jogada, sem criar dificuldades a um adversário que jogou como quis. Domingos Paciência conseguiu fazer melhor e mais rápido com um plantel muito mexido, num clube novo, do que Bento, com as condições sabidas. Paciência...

Farto

O SCP acaba de perder contra o Sp. Braga em casa por 1-2. Num jogo em que novamente se voltou a viver de iniciativas individuais, Djaló marcou um grande golo. Do Braga, marcaram Alan - grande golo também - e Meyong, num lance onde novamente ficou à vista de TODOS, qual o sector mais necessitado de ser reforçado.

Estou farto de me enervar a ver os jogos do SCP. Farto de ver uma equipa amorfa e sem saber o que fazer em campo e um treinador que insiste nas mesmas substituições, nos mesmos erros e que por vezes, parece impotente para mudar o rumo dos acontecimentos.

Porque vejo repetidos os mesmos erros de jogo para jogo, porque não acredito que haja melhorias com esta equipa técnica, porque acredito que outro treinador com estes mesmos jogadores pode fazer melhor, espero que a chicotada psicológica venha o mais rápido possível. Ainda vamos a tempo de ganhar.

É verdade, ficou um penalty por assinalar a favor do SCP no início do jogo. Agora uma equipa que quer ser campeã, tem que ter argumentos para ganhar qualquer jogo e lutar contra as adversidades. E o SCP neste momento, não demonstra ter.
Além disso, o nosso "especialista" tem uma eficácia de 50%. Só no SCP é que um penalty passou a ser um motivo de apreensão.

PS: E ainda queriam vender o MV neste defeso. Sinceramente PQP!

Sporting Clube de Portugal - S.C. Braga

Sporting:
1Rui Patrício; 5Pedro Silva, 4Polga, 55André Marques, 3Daniel Carriço; 24Miguel Veloso, 28João Moutinho, 10Vukcevic, 14Matías Fernández; 23Hélder Postiga 31Liedson.
Suplentes:
19Ricardo Batista, 13Tonel, 12Marco Caneira, 26Rochemback, 11Filipe Caicedo, 20Yannick, 25Bruno Pereirinha.

Braga:
Eduardo; João Pereira, Moisés, Rodriguez, Evaldo, Vandinho, Alan, Mossoró, Hugo Viana, Mossoró e Meyong.
Suplentes: Kieszek, Paulão, Diogo Valente, Frechaut, Madrid, Fernando e Matheus.

Saia uma visita guiada ao Inferno para os Arcebispos!

A provocação que hoje no faz a Trav. da Queimada é um entre muitos exemplos de falta de respeito no tratamento que nos dispensam. Fosse eu PB e hoje os jogadores teriam na porta do cacifo uma cópia a cores da 1ª do órgão oficial vermelho. Quem não deve ter gostado do destaque deve ter sido Domingos. De certeza que preferia que os leões de PB – vamos considerá-los assim… - estivessem ainda a pensar como foi possível fazer tantas ofertas aos italianos e o que terão que fazer para os deixar com mais tempo para apreciarem a monumentalidade da sua bonita cidade. Assim o que eu espero logo é uma equipa espicaçada no seu orgulho e uma resposta adequada.

Não será fácil. Apesar do jogo com os italianos ter dado uma ideia de progresso positivo, muito há ainda a fazer na consolidação do processo defensivo. A forma infantil como continuamos a sofrer golos desde o inicio de época, anula os tímidos progressos no ataque. Se atentarmos nos golos marcados aos italianos, nenhum deles resulta de jogadas verdadeiramente construídas, no sentido colectivo do termo. O golo de Vukcevic nasce de um ressalto e o portentoso golo de Veloso é mérito individual.

E não será fácil também porque o Braga tem argumentos individuais interessantes e, pelo que vi no jogo com a Académica, absorveu bem o choque de uma eliminação europeia, precoce e traumática. Domingos roubou-nos 4 pontos na época passada precisamente com a equipa dos estudantes. Que tenhamos aprendido a lição, é o que eu estimo. O concílio de duas horas com os arcebispos não será fácil. A não ser que assim o tornemos, até porque está perfeitamente ao nosso alcance infernizar-lhes a vida.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Respeito!

Penso logo (des)existo?
Os Sportinguistas queixam-se da vergonhosa arbitragem de Viktor Kassai na passada terça-feira e o clube parece ter pensado em apresentar um protesto formal na UEFA. Mas entre o pensar e o levar a efeito parece ser um longo caminho, trilhado em labirintos, uma vez que as tarefas iniciadas não chegam a conhecer o fim. É algures no meio de um labirinto de ponderações que, desde Maio até hoje, deve jazer o projecto de queixa contra Duarte Gomes e sua peitada em Ricardo Peres, treinador de guarda-redes. Quando o Sporting desiste de exercer os seus direitos e até obrigações, não se pode depois queixar de ser desrespeitado em sua própria casa, como aconteceu com o árbitro aludido. Se amanhã, por absurdo, uma situação idêntica ou mais grave acontecer a última coisa que ficarei é surpreendido.

Que respeito pelos sócios?
Quantos dos 6.000 sócios até agora angariados se deslocarão a Alvalade para ver o jogo de amanhã? Não sei e julgo que ninguém saberá ao certo. Mas, se viverem a mais de 300 km de distância como eu, quantos poderão dar-se ao luxo de comparecer a uma hora tão tardia, 21.15h e iniciar a viagem de volta depois das 11horas, com uma perspectiva optimista de chegada a casa pelas 2h da manhã? Esta falta de atenção com que me brindam obriga-me a desrespeitar a palavra dada: havia-me já comprometido a fazer a viagem, mas compromissos familiares no dia seguinte impedem-me de a cumprir. Quantos mais como eu ficarão impedidos? A propósito, gostava que o Sporting um dia soubesse quantos adeptos, associados ou não, convergem em Alvalade, oriundos de norte a sul do País. É incompreensível que uma Sociedade Anónima não cuide bem de uma parte dos seus clientes alvos do seu negócio - é assim que se diz agora? - e nem saiba quantos são. Aposto que o número seria uma agradável surpresa.

Vou-me tornar um chato
Bom, alguns de vocês poderão dizer: mais ainda?! Não, não estou com problemas de amor-próprio. Quero dizer com isto que decidi dar testemunho público da minha decisão de me tornar membro da Associação de Adeptos Sportinguistas, AAS, respondendo presente no momento em que esta associação lança uma campanha de angariação de novos elementos. É assim que muitos Sportinguistas vêem esta associação: como um grupo capaz das maiores inconveniências. Mas, tal como diz a publicidade, primeiro estranha-se e depois entranha-se. Tive a felicidade de conhecer alguns dos seus elementos e conheço parte do seu trabalho. Revejo-me no seu ideal, labor, inconformismo e dedicação à causa Sportinguista. Estes jovens leões deitam por terra o conceito de irresponsabilidade quando associada à juventude. Merecem o meu apoio e creio que o vosso também. O Sporting precisa deste AAS (lê-se ÀS) de trunfo para cortar com a indiferença e o conformismo em que por vezes se vê cair o clube, dos associados aos quadros dirigentes. Não faltam exemplos práticos na sua actuação e vamos continuar a ouvir falar da AAS, seguramente.

A Sua Voz no Sporting Clube de Portugal


Campanha Novos Sócios AAS 2009

Arrancará neste sábado, dia 22 de Agosto de 2009, a campanha de angariação de sócios da Associação de Adeptos Sportinguistas, AAS. Com vista a promover igualmente o contacto com os adeptos sportinguistas, sócios do clube ou não, estaremos junto às bilheteiras da Porta 3 das 18h30 às 20h30 onde contamos poder conversar com todos os sportinguistas que assim o desejarem, recebendo os seus contributos bem como as suas reclamações.
Será, concerteza, um interessante e intenso convívio sportinguista!

Fazer-se sócio da Associação de Adeptos Sportinguistas é, não só fazer parte do grupo mais interventivo do Sporting Clube de Portugal, como igualmente uma oportunidade de acompanhar mais de perto o seu clube, podendo colaborar com os seus contributos na certeza de que estes serão devidamente considerados pelo Conselho Directivo do Sporting Clube de Portugal.

Venha respirar Sporting e faça-se ouvir!

Sporting Sempre!

Comité Executivo,
Associação de Adeptos Sportinguistas, AAS

Vídeo promocional:



quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Por um Punhado de Euros

Arsène Wenger vaticinou segunda-feira a criação efectiva de uma Liga Europeia no prazo de dez anos. O seu presságio é apoiado numa simples conclusão, as actuais competições, principalmente os campeonatos nacionais, não vão conseguir criar receitas suficientes para aguentar os níveis actuais de investimento dos clubes de futebol.

Esta possibilidade é há muito tempo discutida entre os principais clubes europeus e vejo como inevitável, mais ano menos ano, que um grupo de tubarões afronte a UEFA com essa realidade. O argumento de Wenger é real e as alterações recentemente introduzidas no acesso dos clubes às competições europeias são uma resposta tímida da UEFA às pretensões dos seus principais angariadores de patrocínios.

Não sei qual é o posicionamento do Sporting perante esta possibilidade, e é algo que me preocupa. Vamos ficar fora deste comboio? Como conseguir garantir um bilhete de acesso?

Há várias formas de se conseguir ser e estar junto da elite, destaco quatro:

1 – Ser Mediático.
2 – Ser Competitivo.
3 – Ser Rico.
4 – Ter História.

Verifico que em qualquer dos pontos o Sporting tem de crescer, e estes próximos dez anos serão decisivos para o nosso posicionamento, analisando do último para o primeiro.

Ter História – É aquele em que o Sporting tem o seu melhor posicionamento, como destacou o treinador do nosso adversário de terça-feira, o Sporting é um clube histórico das competições europeias, também Platini já se referiu a esse nosso trunfo dizendo que o Sporting fazia parte da realeza europeia.

Infelizmente no mundo actual este será o argumento com menor “peso” na escolha final dos clubes que irão compor um futuro campeonato europeu, principalmente porque, aliada às nossas consecutivas presenças tem apenas uma Taça conquistada e uma presença numa final. Mesmo assim estamos em igualdade com a concorrência, nada se pode fazer para abrilhantar mais a história passada, apenas escrever o futuro.

Ser Rico
– Como se costuma dizer, não será suficiente ser rico para garantir a entrada num clube restrito mas vai facilitar muito a tarefa. Neste ponto particular a nossa concorrência é feroz, exemplo, como apresentar melhores argumentos do que um Chelsea que não tem história, nem vitórias europeias, mas que é um actor fundamental do mercado futebolístico actual.

Não vejo que este ponto seja possível de inverter em dez anos e passarmos a ser um actor respeitado do mercado, como diz Wenger o nosso campeonato não gera receitas suficientes para um clube nacional poder ter a riqueza como argumento.

Ser Competitivo – Eis o argumento decisivo onde o Sporting poderá crescer e demonstrar a todos que merece ser grande, tão grande como os maiores da Europa como disse um dia o nosso fundador. Felizmente para nós os orçamentos não ganham jogos, e por outro lado a história também não.

A competitividade é uma atitude, em parte uma forma de ser e de estar, não é genética nem se compra nas lojas, antes cultiva-se, pratica-se, desenvolve-se. O Sporting tem de desenvolver bastante este conceito, neste momento quando olho para nós vejo a imagem de Atlas, um Titã esforçado a carregar o mundo às suas costas, quando a imagem que gostaria de ver era a de um Leão insaciável em busca da vitória.

Podemos trilhar este caminho das mais variadas formas mas há dois pontos que me parecem essenciais, primeiro libertarmo-nos do fardo que carregamos e emagrecer a anafada Sporting SGPS para uma estrutura simples, ágil e agressiva onde se possa trabalhar unicamente para o crescimento do Sporting e nunca para a sua estabilidade.

Mais do que uma boa gestão, o Sporting precisa de uma atitude empresarial, gananciosa e invejosa, onde todos os que trabalham em Alvalade têm permanentemente de querer mais, não admitir dificuldades nem concorrência. Se foram angariados 6.000 novos sócios, é pouco deviam ser 10.000 (ou não há mais 4 mil possíveis de angariar?), foram 10.000 continua a ser pouco e assim sucessivamente até angariar os adeptos de futebol.

O segundo ponto é de uma simplicidade atroz, não aceitar a mínima derrota. Adoptar que não é concebível o Sporting perder, que tal conceito não existe que tudo o que não for vencer está errado e precisa de ser corrigido. Simples, não é? Nas palavras… mas acreditem que resulta, principalmente no desporto.

Ser Mediático – Não vale de nada mas pode ser decisivo! Confuso? Pensem no Beckham, nunca será um jogador fundamental de nenhuma equipa, mas serão poucas as equipas que não gostariam de o ter nos seus quadros só pelo aumento de audiência que isso por si só trás.

O Sporting tem uma posição relativamente confortável neste ponto, a nossa formação é falada em meio mundo, e a génese de dois dos melhores jogadores do mundo ajudou bastante. Mas é preciso mais, daqui a dez anos Ronaldo estará em fim de carreira, não será bom manter um estreito contacto com ele para ambicionar que ele regresse a Alvalade? E Figo ainda tem de dizer muito mais vezes que em Alvalade só tem contacto com o seu lugar de sócio? E Schmeichel não quererá colaborar com o Sporting? Alguém no mundo desportivo não recebe, não abre portas a estes atletas?

Num clube onde a capacidade de investimento é restrita, o espaço que fica para contratações mediáticas é curto, mas tenho dúvidas que não se consiga num curto intervalo de tempo (1 ou 2 anos) apostar decisivamente em investimentos deste tipo. Por exemplo nas posições menos caras do futebol, guarda-redes, laterais, trinco, é possível um investimento controlado como foi Schmeichel. Outro exemplo é o treinador nunca por nunca se deve poupar dinheiro no timoneiro, se os recursos são reduzidos prefiro investir tudo num bom comandante do que em três razoáveis soldados, para isso temos uma Academia de elite.

Claro que para se apostar em ser mediático convêm ter algo para mostrar ou uma mensagem para transmitir, e essa mensagem deve ser simples, agressiva e facilmente repetida.

Algo como… Esforço, Dedicação, Devoção e Glória, eis o Sporting!

Vuk, O Impulsivo!

(Fotos: site oficial SCP)

Estádio José de Alvalade, 58 minutos de jogo… O Sporting perde por uma bola a zero num desafio europeu de carácter decisivo!... André Marques arrisca um remate… Cá de longe … Do meio da 'rua', como é habito dizer-se… Sai com força mas resulta disparatado, tal a falta de direcção… As hipóteses de êxito adivinham-se impossíveis… A bola ressalta uma… duas vezes e, como por artes mágicas de pingolim, Vuk isola-se dentro da grande área… Na cara do golo… A tensão dispara, as pernas dos adeptos arqueiam-se nas bancadas, a expectativa perante o sucesso que ainda à décimas de segundo parecia altamente improvável, aumenta radicalmente… Vukcevic domina a bola, enquadra-se com a baliza, calcula a posição do guardião adversário que lhe diminui, célere, o ângulo do sucesso… O seu pé esquerdo encontra a bola que segue, segue… O guarda-redes francês da equipe transalpina tenta opor-se-lhe… O esférico segue, ainda… Os olhos do Estádio calculam a sua trajectória… O tempo suspende-se quando, por fim, chega ao seu destino e beija as malhas da baliza… GOOOLOOOO!!!!

Uma explosão de alegria incendeia Alvalade, leões rugem, fazem a merecida festa… O gáudio ameaça converter-se em loucura pura, no estádio, no sofá, à mesa de jantar, à mesa do café, até dentro do carro ao ouvir o clamor roufenho do relatador e que se escapa das colunas do velhinho auto-rádio… Tantos e tantos milhares de leões espalhados pelo mundo expressam-se livremente, soltam-se… Libertam, finalmente, a adrenalina e tensão acumuladas durante uma hora de injúrias arbitrais e da malfadada fortuna.

No relvado, os jogadores leoninos correm com a pulsação a mil à hora ao encontro do n.º 10… A pele arrepia-se-lhes, o seu espírito rejubila, da garganta de alguns sai um grito misto de revolta, satisfação e justiça… As bancadas continuam num enorme brado comum, a plenos pulmões, uns pulam, outros abraçam o estranho que passou o jogo todo a impacientá-los, agitam-se cachecóis, avistam-se bandeiras verdes, brancas, frenéticas, atiram-se papelinhos em tons esmeralda e pérola, esvoaçam objectos mal presos nos bolsos, no pulso, na cabeça… Enfim, cada um festeja a sua maneira, perde-se, também, a razão e a Alma domina sobre tudo e todos, que nos permitimos perder o juizo momentaneamente…

Todos??? Não… O obreiro, que possibilita toda essa alegria incontida, NÃO PODE extravasar os seus sentimentos.

Esse, tem que ser comedido, ponderado, racional… Naquele momento em que todos em seu redor exultam, tem que friamente pensar nos milhões que aufere, num conceito muito sério denominado por ‘profissionalismo’, no cartão amarelo que recebeu no início do jogo, não-se-sabe-bem-há-quantos-larguissimos-minutos-atrás, numa confusão armada por um calmeirão do catenaccio que arriou porrada no colega… Ao fim de uma porção significativa de suor derramado no relvado e esforço até então vão, tem, finalmente, que pensar que existe uma lei com regras estúpidas, incompreensíveis, mesmo abjectas, consumada por um punhado de septuagenários emproados em ultra-confortáveis gabinetes situados, algures, num impressionantemente luxuoso hotel suíço… Tem que racionalizar à semelhança dos soberanos dos gabinetes que, muito provavelmente, ignoram o que é competir ao nível duma Champions League e que, quiçá, jamais pisaram um relvado de futebol…

Simon, nesta hora de critica feroz, quero declarar-te o seguinte: não és tu que estás mal, é a lei que está errada! E quero também agradecer-te: obrigado pela tua emoção espontânea, pura, contagiante. E, já agora, pelo primeiro golo ‘oficial’ de um jogador do S.C.P. na época 2009-2010. Que seja o primeiro de muitos.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Noticia de última hora!

O “ANortedeAlvalade” orgulha-se de anunciar a concretização de uma parceria com o site Site de Apoio ao Sporting Clube de Portugal. Para os menos atentos, este é um projecto enorme, começado com a criação de uma página no Facebook. Com um crescimento exponencial – a última vez que consultei ia já em mais de 6.500 seguidores - o projecto dava um rápido salto para a blogosfera. Rápido e fugaz, uma vez que as limitações impostas pelo formato escolhido, funcionavam como um fato 2 números abaixo do tamanho recomendado. Num sopro, hoje o Site de Apoio ao Sporting Clube de Portugal é um local de passagem obrigatória para todos os Sportinguistas que reconhecem a valia da Internet como um espaço de divulgação, debate e vivência do espírito leonino. Como eu disse ao responsável deste projecto, esta parceria ajuda-nos mais a este espaço, na divulgação da nossa mensagem, do que ao próprio, tendo em conta as nossas dimensões relativas.

Como em todos os projectos o que faz a diferença são as pessoas. O Nuno Mourão, pela sua entrega à causa Sportinguista, pelo seu dinamismo merece o nosso aplauso e o seu projecto o nosso carinho. O Nuno é um Sportinguista notável. Não no sentido da exposição mediática, que quem sabe lá chegará, e muito menos no sentido vazio de um das expressões mais temidas por muitos Sportinguistas. Notável pela devoção e pela dedicação ao clube que muito amamos. A lição que ele me dá é que podemos sempre fazer um pouquinho mais do que pagar as cotas, comprar a gamebox, aplaudir ou mandar umas assobiadelas. Basta querer. Obrigado Nuno! Parabéns Nuno!

Porca Miseria

Ou, quando jogamos mal, aparece a sorte a proteger, quando jogamos bem a sorte vai de férias.

Foi dia de Primavera em Alvalade, sentiu-se o primeiro aroma do que pode valer este Sporting, o aroma fresco de um aguaceiro suave sobre a relva verdejante. Queremos mais!

A jornada europeia vai a meio, e já todos sabiamos que ia ser cínico o nosso confronto com a Fiorentina, não havia era a necessidade de um árbitro vir reforçar as dificuldades com aplicação de critérios dúbios. Por mais que me expliquem, nunca vou entender a razão de se ter condescendência com a sanção disciplinar de uma agressão ou jogada violenta, e o zelo perfeito na sua aplicação quando da celebração eufórica de um golo, ou numa reacção exporádica de raiva após uma jogada perdida.

O Sporting cresceu, mandou os temores e os tremores para trás das costas e atacou o jogo com irreverência, os laterais são um ponto fraco é verdade, o Liedson ainda não resolve, o Postiga e o Vuk têm atracção pelo individualismo, mas se formarem todos uma equipa, os erros são diluidos e há maior possibilidade de brilhar a qualidade.

A nossa escola com Patricio, Carriço, Veloso e Moutinho em bom plano reforçada pelo desabrochar de uma flor rara do Chile, mostraram que não vamos a Itália prestar vassalagem, a eliminatória está em aberto e este Sporting tem todas as condições para tomar as rédeas do seu futuro e ser feliz. As falhas que nos roubaram um dia de sucesso foram individuais, a sua correcção depende de todos.

Apoio não vos vai faltar, seja lá onde for, “Estamos sempre convosco”, enquanto existirem atletas dispostos a suar a nossa camisola, “Não vos deixaremos mais”,e que os nossos adversários temam as bancadas de verde e branco vestidas a gritar, “Força Sporting, Allez!”

Ao intervalo estamos em desvantagem, vamos agora concentrar-nos em vencer o Braga e depois ansiar por Quarta-feira. Não esqueçam a lição Holandesa os jogos só terminam no último minuto do prolongamento e até um guarda redes pode ser decisivo.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Sporting vs Fiorentina

Estádio José de Alvalade, 19.45 H

Sporting:

Rui Patrício; Pedro Silva, Daniel Carriço, Polga e André Marques; Miguel Veloso, João Moutinho, Vukcevic e Matías Fernandez; Liedson e Hélder Postiga.

Suplentes: Tiago, Pereirinha, Tonel, Caneira, Rochemback, Yannick e Caicedo.

Fiorentina:

Frey; Commoto, Gamberini, Dainelli e Gobbi; Montolivo e Cristiano Zanetti; Macchionni, Mutu e Vargas; Gilardino.

Suplentes: Avramov, Kroldrup, Natali, Pasqual, Donadel, Jorgensen, Kuzmanovic e Jovetic

Um renascimento à italiana?

Estou de acordo com o PB, imaginem! Também não acho que seja necessário um milagre para o Sporting eliminar a Fiorentina. Basta “organização, talento, coragem, convicção e, naturalmente sorte, que faz parte do jogo”. Se é possível que tudo isto nasça do nada que tem sido o inicio de época? Pois!... É bom que o nosso treinador declare estar ciente de que “de que não estamos a jogar bem em termos ofensivos”. É o primeiro passo para melhorar. Já me custa ouvir dizer que “continuamos a ser bons defensivamente”. Quem viu sofrer os golos que sofremos da forma que sofremos, mais os que foram evitados in extremis, fica perplexo.

Os italianos são conhecidos pela sua eficácia a defender e pelo pragmatismo na hora de atacar. Mas como nós estão a começar e ainda não estão a jogar a sério. Saibamos aproveitar a oportunidade. São estes os jogos que dá gosto jogar. Equipas com história de países com pergaminhos, a passadeira estendida para a entrada no clube dos melhores, o mundo do futebol à espreita, curioso para proclamar a glória dos eleitos. Que mais é preciso para fazer bonito?

Logo, quando o árbitro der o inicio à partida eu devo estar lá, com o LT e o Hugo. Como qualquer Sportinguista, antes de qualquer jogo, espero ganhar. Hoje não peço um renascimento italiano da equipa. Não peço um milagre no Duomo de Alvalade. Basta-me um Sporting à Sporting.

A equipa do JVL:
Patricio; Pereirinha, Carriço, Tonel, Veloso; Moutinho, Adrien, Vuk, Matías Fernandez; Liedson & Postiga;

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Que politica desportiva?

Espero que uma jornada menos conseguida dos nossos adversários não seja uma tentação para reescrever a realidade do nosso futebol. O facto de aqueles perderem pontos não atenua a nossa série de maus resultados e péssimas exibições, bem pelo contrário. Os festejos dos falhanços alheios continuarão a impedir-nos de arrumar a casa? Não venham com a ladaínha acusatória dos profetas da desgraça, pois o que está a acontecer não precisa de ser advinhado, corre-nos à frente dos olhos. Bota-abaixismo? Ninguém deita abaixo o que já está de rastos!

É justamente a penúria dos resultados desportivos, aliada ao divórcio com o espectáculo, que me leva a questionar que projecto existe para o futebol leonino e, a existir, quem são os agentes encarregues da sua execução. Para quem observa pelo “outro lado do vidro” o interior do futebol do Sporting vê apenas muitas sombras a gravitar em torno de Paulo Bento. Tudo parece começar e acabar no treinador, sem se perceber se os eclipses são voluntários, - isto é, estratégia concertada - falta de qualidade ou simples sujeição à forte personalidade do técnico. Infelizmente para o Sporting, porque não há projecto de sucesso que comece e acabe numa pessoa, resulte sem agentes de qualidade ou onde o contraditório esteja ausente.

Julgo que a chegada de PB ao cargo que agora ocupa é precisamente uma demonstração da ausência de estratégia e actores para a executar. Dias da Cunha demite Peseiro e faz cair a direcção, demitindo-se também. Com o campeonato a decorrer, com uma equipa directiva nova, FSF lança mão de PB, técnico da equipa júnior. Pela 2ª vez consecutiva o Sporting aposta num treinador sem curriculum, jogando tudo no escuro. Num clube como o nosso a escolha do treinador devia ser uma decisão criteriosa e não um acto de adivinhação. O futebol do Sporting é hoje uma sucessão de equívocos, de decisões erradas, desperdício de talento. A eternização de algumas das nossas dificuldades, o agravamento de outras, demonstra à evidência que o actual treinador não encontra soluções, colocando-se ele do lado dos problemas. Quanto tempo mais se pode sujeitar os Sportinguistas a "isto"? Mas, como não se vê estratégia nem quem a execute, será PB o primeiro a perceber a impossibilidade da sua continuidade e, em consequência, tomar a decisão de seguir outro caminho. Porque se há qualidade que não lhe pode ser negada é a da honestidade, e quem nos serve assim não merece os ataques de ordem pessoal que agora se lhe dirigem, até porque PB é réu mas também vítima.

A chegada de um presidente a tempo inteiro corresponde a um atraso de 30 anos relativamente ao clube que tem dominado o campeonato nacional. Sabe-se quais os métodos que, hoje como ontem, são empregues pelo FCP para, a qualquer preço, manter e aprofundar a sua hegemonia. Mas o mérito de manter uma estrutura profissional duradoura, um núcleo inviolável, que, em regra, permite maior rapidez na escolha e implementação de soluções para os problemas, não deve ser negado. É essa estrutura que tem faltado em Alvalade e que espero venha a ser implementada. Bettencourt prometeu maior atenção à gestão desportiva e julgo-o capaz de o cumprir. Quanto antes melhor, com critérios que privilegiem o mérito e a capacidade profissional. Quem lê a entrevista de Pedro Barbosa ao Record ("A minha vinda para o Sporting nestas funções deve-se ao facto de poder trabalhar com pessoas com quem me dou bem"???) dificilmente descortina esse tipo de procedimento.

domingo, 16 de agosto de 2009

Soldados inadaptados

Volvida a primeira jornada, que todos aguardávamos com certa expectativa, não temos razões para estar felizes nem propriamente desconsolados. Já estamos habituados ao que se passou e estou certo que nenhum Sportinguista estará hoje surpreendido com o que se viu ontem na Choupana. O filme já está tão gasto, que nem são precisas legendas para interpretar o que Abel, Polga, Roca e companhia vão fazer. Só os auto-golos parecem ser uma cena nova nos melancólicos dramas que o futebol do Sporting nos propicia.

A verdade é que os nossos directos adversários, não mostraram em termos práticos nada por ai além melhor do que nós, se tivermos em conta, conforme o nosso Presidente enigmática e estrategicamente realçou, a diferença de armas com que lutamos para o mesmo objectivo.

O Sporting apresentou-se na Choupana para fazer mais um jogo treino. Com jogadores adaptados a determinadas posições, para as quais estão ou são verdadeiramente inaptos, o enredo do drama revelou um Sporting verdadeiramente confuso, incapaz de se desamarrar da teia sufocante em que se encontra.

O futebol do Sporting não respira saúde. De jogo para jogo, parece agudizar-se, mesmo quando se tentam outros desenhos tácticos. Seja como for, o campeão da pré-época, com a marinha de guerra e o campeão em título, com a força aérea, parece que não foram capazes de ir mais além do que os nossos modestos soldados e é isto que parece ir entretendo e iludindo os responsáveis do Sporting. A ver se os nossos soldados se adaptam à táctica!

Nacional - Sporting: a treinar no campeonato.

Constituição da equipa:

Rui Patrício
Abel(46m) – Daniel Carriço – Polga – André Marques(68m)
Miguel Veloso – Rochemback(46m) – João Moutinho(A.25m) – Yanick
Hélder Postiga – Liedson

Suplentes:
Ricardo Baptista, Caneira, Tonel, Pereirinha(46m), Matiaz Fernandes(68m), Vukcevic(46m), Saleiro.

Numa primeira observação Paulo Bento opta por conceder o descanso a Vukcevic e a Matiaz Fernandez, que jogaram a meio da semana em representação das suas selecções. Saliente-se o regresso de Rochemback ao onze titular.

1ª Parte
O Sporting apresentou-se algo diferente do habitual. Paulo Bento sentiu necessidade de produzir alterações, abandonando o losango enferrujado. Com Veloso e Rochemback lado a lado, Moutinho ligeiramente adiantado, Yanick sobre a direita, conseguiu entrar controlar o jogo, sem no entanto causar grande perigo. Liedson ligeiramente descaído sobre a esquerda estava longe do seu ambiente natural. Quando aos 8 minutos apareceu na área criou o 1º lance de golo do jogo. Foi a 1ª e a última vez na primeira metade. Um número anormal de maus passes anulava a vantagem conseguida a meio-campo na hora de recuperar a posse da bola.

O Nacional, percebendo rapidamente que o lado esquerdo do Sporting tinha ficado no balneário, concentrou a missão defensiva no lado contrário, agradecendo as facilidades. E nem precisou de criar oportunidades de golo: Polga, usando da simpatia que lhe é característica, ofereceu a bola,na sequência de um canto, quando a devia ter posto na praia de Porto Santo, uns quilómetros ao lado. Quem disse que era um veterano? Polga fica mais jovem a cada jogo que passa! Antes de ir para o balneário ainda conseguiu repetir a graça, deixando Amuneke descer a toda a velocidade, criando perigo. O mal estava feito e teria que ser um Sporting muito forte nos segundos 45m para se consguir dar a volta. Um Sporting que não se vê há muito.

2ª Parte
A 2ª parte começou com PB a fazer o óbvio: tirou os 2 piores jogadores em campo. Rochemback e Abel não justificaram a chamada, mas foram os “apenas” os piores, havia mais quem merecesse o prémio. Polga, por exemplo, bem auxiliado por Marques, oferece mais um golo, evitado em cima da linha por Carriço. Quem mais podia ser naquela defesa? Pereirinha e Vukcevic ocuparam os lugares vagos regressando o esquema tradicional. Deixo ao montenegrino uma sugestão: porque não diz ele que quer jogar à esquerda, para ver se PB o põe à direita, onde tão bem jogou pela sua selecção. O Veloso a partir do momento em que afirmou que joga em qualquer lugar, tem jogado mais na posição em que gosta… Passavam já 25 minutos de jogo quando a entrada de Matias esgotou as substituições sem aparecerem as soluções. Quando os jogadores mais talentosos ficam no banco, para que são necessários reforços?

O Nacional ia consentindo o domínio, sem abdicar de criar perigo em velozes golpes de contra-ataque. Manuel Machado viu os jogos da pré-eliminatória e mandou recuar os jogadores madeirenses para trás da linha da bola, complicando o que o Sporting nunca havia percebido como tornar mais fácil. Foi preciso um defesa madeirense mostrar como se cabeceia, após um excelente canto de Vukcevic, devolvendo o favor que Polga havia concedido, passavam 75m de jogo. O Sporting cresceu mas continuou a definir mal as jogadas, em especial o último passe. Não se pode dizer que os jogadores não quiseram. Antes não souberam e por isso não lograram desfazer a igualdade.

A exibição e consequente resultado não surpreendem ninguém. O Sporting apresentou-se na Madeira arrastando atrás de si os mesmos problemas que há muito não resolve -continuamos sem marcar golos... - e por isso o resultado só podia ser problemático para as nossas aspirações. Jogando inicialmente de forma nunca vista, parece que o Sporting foi treinar à Madeira. Pena que não o tenha feito na pré-época. É que 2 pontos já lá vão. E o orçamento do Nacional é muito inferior ao nosso. Protesta-se o jogo? A propósito o Nacional tem quase o dobro dos jogos realizados na pré época que nós, isto se consideramos os jogos com o Twente como tal. Porque será?

sábado, 15 de agosto de 2009

Pressão Nacional

"(…) Bem sei que par a muitos Sportinguistas basta o consolo de ficar à frente do Benfica. É uma vitória para qualquer equipa que não pertença aos 3 grandes. Sendo o Sporting um deles, só o 1º lugar merece aplauso. (…)
Dirão: temos que ser realistas. 2 objecções: 1ª :o Porto é o que é sem ter maior dimensão do que o Sporting. A diferença é que enquanto o Porto faz uma gestão financeira a pensar nos resultados desportivos, o Sporting faz uma gestão desportiva a pensar nos resultados financeiros. 2ª (…) Não atirem a toalha ao chão antes do jogo começar. O Sporting, e sobretudo o seu treinador, não precisa de menos pressão. Precisa de mais. E os adeptos não precisam de mais “realismo”. Precisam de razões para continuar a ir a Alvalade."
Daniel Oliveira, ao Record.

Começamos a época com uma difícil deslocação à Madeira. Como tudo seria fácil se o árbitro, provavelmente licenciado em Economia e Gestão, verificasse a conformidade com a lei dos jogadores inscritos no boletim de jogo, apurasse o orçamento de ambos os clubes e seguidamente atribuísse a vitória ao Sporting. Fácil, mas sem sentido, sem emoção, e logo sem arrastar atrás de si o interesse que o futebol instiga em milhões pelo mundo fora.

Julgo não me enganar ao afirmar que os Sportinguistas aguardam com expectativa o encontro de hoje. Que equipa, que jogadores, que ideias e que atitude? Haverá progressos qualitativos na prestação futebolística, ou o jogo da Madeira devolver-nos-á o futebol incaracterístico e sem identidade que vimos até agora? Felizmente que os passivos exibicionais no futebol não exercem tirania dos seus semelhantes na economia. Se uma equipa se consegue transfigurar de um momento para outro no decorrer de um jogo, mais facilmente o consegue de um jogo para outro. Qualquer que seja a perspectiva o Sporting tem argumentos para sair vitorioso.

O Nacional perdeu o seu goleador e o seu melhor defesa. Incorporou um número significativo de novos elementos. Esta é capaz de ser a melhor altura para remeter à expressão mais simples a arrogância do engenheiro e desmontar letra a letra o "machadez" do treinador adversário, tendo em conta que nos encontramos na situação oposta, no que diz respeito à estrutura da equipa. Se Caicedo não joga eles também não podem contar com o angolano Mateus. E tendo em conta as suas presenças nas selecções, adensa-se a curiosidade sobre as prestações de Matias Fernandez e Vuk. Quando veremos o que de bom têm para dar?

Quem joga no Sporting sabe que tem que jogar sempre para ganhar. É isso um factor de pressão inibidor ou motivo para jogadores e treinadores se sentirem motivados para, demonstrando as suas qualidades, serem os melhores e os primeiros? Os que nasceram para ganhar vêm nos desafios oportunidades, os outros são os outros, de quem ninguém se lembrará amanhã.

P.S.- À semelhança do já realizado nos jogos com o Twente, estaremos em linha durante o jogo, comentando.

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