O mercado do futebol está letárgico o que me parece dever-se a 2 grandes razões: o Euro 2012 a decorrer e o presente cenário económico da zona Euro, que desencoraja até os mais temerários na hora de abrir os cordões à bolsa. Fora desta conjuntura estão os clubes detidos por magnatas ou com fontes de financiamento assegurados em zonas económicas em expansão, com podem ser quase todos os grandes clubes com forte imagem de marca. Não é o caso de nenhum dos grandes clubes portugueses.
Dos nossos grandes todos precisam de vender para assegurar o financiamento das respectivas SAD´s e não apenas ou em particular o Sporting, como por vezes se quer fazer crer. Essa é a forma de distorcer a realidade e que afecta de forma considerável a posição do clube perante o mercado, o que não acontecerá por acaso.
Muito se falou da venda de João Pereira e do valor abaixo do esperado que o Sporting cobrou - que a mim também me decepcionou - assim como pelo facto de o negócio se ter realizado antes do Euro, impedindo uma hipotética valorização. Passada a primeira jornada do Euro parece-me que o melhor será aguardar pelo seu final para se perceber melhor a real valia da operação, até mesmo face a negócios semelhantes.
Mas há já bastantes sinais de que o mercado está diferente para quem precisa de realizar capital. Beluschi, jogador que o FCP comprou 50% do passe por 5 milhões, foi agora recusado por 3,5 milhões e meio pelo Génova. Clube que não terá os cofres propriamente vazios, tendo em conta que acabou de vender Palácio ao Inter por uma verba entre os 10 e os 15 milhões, segundo o que foi avançado pela imprensa transalpina. Carlos Martins, segundo noticias de hoje, parece ser de menos para os 3 milhões que o SLB pede ao Granada.
A altura é pois de grande indefinição. Sem os grandes clubes começarem a abrir os cordões à bolsa o mercado estará estagnado e os demais dependem desse dinheiro para poderem também ir às compras. Com a escassez de liquidez mais ou menos generalizada é muito provável que os clubes façam os negócios possíveis, pelos preços possíveis e com os jogadores que o mercado quiser, deixando de haver jogadores inegociáveis. Neste contexto é também muito provável que as cláusulas de rescisão sirvam apenas para obrigar os interessados a negociar, mas pouco provável que estas venham a ser satisfeitas. Hulk será quase de certeza o nome mais falado este defeso, mas qualquer valor acima de 50/60 milhões será um feito notável. Mas deixará satisfeitos os adeptos portistas?...
Quem poderão ser, entre os nossos jogadores, a merecer a atenção do mercado e que ofertas concretas receberemos? Quanto aos jogadores serão quase todos os titulares, mas quanto a propostas concretas há muita especulação e nenhuma certeza. À cabeça estarão os internacionais que foram chamados a representar os seus países: Schaars, Izmailov, Matias e Patrício, sendo que os 2 últimos estão a 6 meses de ficarem livres para assinar novos compromissos. Mas Insua, Capel, Wolfswinkel ou até Carrillo são jogadores que podem muito bem receber propostas apetecíveis para eles e até para o Sporting.
Serão seguramente estes os nomes que suscitarão muitas conversas. Com muitas soluções de meio-campo, poderá ser a partir daí que o Sporting consiga alavancar, sem necessidades de grandes recomposições ou engenharias, o resto dos seus sectores. O mesmo não se dirá se saísse Insua ou Wolfs, por exemplo. E que valores deixarão satisfeitos os adeptos sportinguistas será também um dos motivos de discussão durante o presente defeso.
As clausulas de rescisao, tendo como consequencia a desvinculacao automatica, sem possibilidade de influencia do clube com contrato com o jogador, so fazem sentido que estejam ACIMA do valor presumivel de mercado do jogador NA ALTURA em que o contrato e celebrado.
ResponderEliminarDe outra forma, essas clausulas seriam inuteis, pois tornaria o clube vulneravel a perder o jogador.
E por isso, que na esmagadora maioria dos jogadores eles nao sao megociados a esse valor. Nao e problema nenhum, e apenas sinal que a clausula de rescicao tinha sido bem fixada.
O mundo, aparentemente, à parte do futebol não escapará à recessão económica generalizada na zona Euro. Não há um monarca árabe para cada uma das equipas do velho continente.
ResponderEliminarTirando esse aspecto da crise inevitável à aspectos que na gestão do Sporting fazem muita confusão. Por exemplo, podemos achar bizarro que se venda o João Pereira por uns trocos -não terá chegado para pagar o investimento feito - antes de disputar uma prova como o Euro 2012, mas, não será tão ou mais bizarro que se deixe chegar a situação de Rui Patrício a este ponto? A seis meses de o jogador ficar livre para assinar por quem quiser qual é a força negocial do clube?
Voces merecem mesmo não ganhar mais nada até o fim dos tempos.
ResponderEliminarDurante os 2 jogos de futsal, o nº 9 lampião cansou de bater e dar cotoveladas nos jogadores do Sporting, sequer foi expulso e não vejo qualquer reclamação nem indignação, enquanto voces tem 2 jogadores suspensos para o próximo jogo.
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=F0RJZdvbzUI
Muito mansinho este leão, parece que tem medo do orelhas e dos sl becas!!!
Por mais que voces digam mal, Pinto da Costa NUNCA DEIXA o orelhas SEM TROCO!!!