Sou um fã incondicional
da selecção desde sempre. Não desta ou daquela selecção em particular, mas da
ideia de uma equipa que representa Portugal nas competições futebolísticas.
Ainda
há poucas semanas revisitei o Jamor onde pude partilhar com os meus amigos
Pedro e Virgílio a sensação que foi ter aí visto pela ela primeira vez a selecção,
precisamente contra a Alemanha, então de Schumacher, Bremme, Briegel, Matthäus, Littbarski, Voeller, Rummenigge, e tantos outros. Perdemos o jogo (1-2) mas havíamos
de nos apurar para o México de tão más recordações com o fantástico golo de
Carlos Manuel.
É difícil de descrever o que um adolescente sente ao ouvir o
hino do seu país, com as equipas perfiladas num cenário tão mágico como o do
Jamor, e porque uma experiência tão poderosa fica gravada para sempre na memória.
No mesmo plano recordo-me da estreia da selecção sub-20 no antigo estádio das
Antas, no campeonato do mundo da categoria que havíamos de ganhar. Ainda me
lembro, no final do jogo, ver jogadores como Figo, Peixe (considerado com toda
a justiça o melhor jogador do torneio), João Pinto que haviam de crescer até onde
sabemos hoje, junto com outros que o tempo fez esquecer.
A minha
ligação afectiva à ideia de selecção como representante de Portugal não se
alterou muito ao longo dos anos por causa dos resultados, pese embora todas as decepções, em particular a sensação de ficarmos
quase sempre aquém do destino possível. Mas no cômputo geral deve haver poucas
actividades que possam ombrear em resultados e em projecção do nome de Portugal
como o futebol, e que por isso nos façam tão bem ao amor-próprio. E não serão as reportagens televisivas de
nível escatológico ou as análises navegadas em função dos resultados que alterarão
o meu comprometimento com a selecção do meu País. País esse que amo, e cujo
sentimento também não é alterado por gerações consecutivas de incompetentes a geri-lo
e a atirá-lo para as couves.
Apesar do
ambiente que se formou em torno da selecção nos últimos dias julgo que o meu
sentimento em relação àquela que chamamos “equipa de todos nós” acompanha o
sentir da maioria dos portugueses. A prová-lo está a forma entusiasta que
acompanha a selecção para todo o lado onde se desloca e o estádio cheio no jogo
que antecedeu a despedida, em que perdemos com a Turquia. A onda de
miserabilismo que sucedeu à derrota é uma questão quase cultural entre nós. Tudo
o que foi dito após o jogo teria tido um sentido oposto caso o resultado fosse o
inverso, mesmo que a exibição fosse igualmente preocupante. O mesmo, estou em
crer, teria sucedido com o Sporting caso tivesse saído vencedor do Jamor. Acredito
que a maioria deseja que a selecção triunfe, embora neste momento, que os
sinais são ameaçadores, há quem prefira por o coração de lado.
Do ponto de
vista pessoal, não são tanto os resultados que farão perigar a relação afectiva
que os adeptos têm com a selecção. No caso do presente Europeu todos percebemos
que a missão é complicada e ninguém estranhará se não formos apurados, face à
presença no nosso grupo da Alemanha e Holanda. A questão está mais do lado de como
seremos representados e os portugueses não gostarão de ver uma equipa que não
faça tudo para ganhar, até ao último sacrifício. E os sinais deixados durante o
estágio, pontuado por quase tantos treinos como folgas e uma exigente agenda
social, aliados aos indícios de uma selecção mal preparada que mais contribuem
para o pré-divórcio que se sente.
De facto os
sinais são preocupantes para quem viu os jogos de preparação, embora esses não
contem para o apuramento no grupo. Mas têm pelo menos a vantagem de fazer
aterrar as consciências que já voavam em direcção ao titulo como se depreendeu
das declarações de anónimos a responsáveis. Um erro estratégico atendendo à
qualidade das selecções presentes e até ao modelo de jogo que deveremos
apresentar e onde nos sentimos mais confortáveis. O jogo de despedida acaba por
ser um banho turco, assinalado pelo calor inicial e o final gelado, um banho de
humildade necessário e que deve ser aproveitado pelo grupo de trabalho para se
concentrar na difícil tarefa que têm nos pés.
Mas não é só
do lado da atitude e entrega dos jogadores ou da qualidade das decisões técnico-tácticas
do seleccionador que a relação com a selecção pode estar ameaçada. É também do
lado da transparência em tudo o que envolve que poderá por em perigo essa relação.
Os jogos que a selecção faz nas competições em que se envolve são uma extensão
importante para a afirmação dos jogadores e a presença numa fase final pode ser
decisiva para transferências tão importantes para eles como para os clubes que
representam. E são por isso preocupantes, para ser bando, as noticias da intromissão
dos clubes junto dos seleccionadores, no que o caso Vitor Baía*, recentemente ressuscitado
é um exemplo infeliz.
Mais preocupante ainda para qualquer Sportinguista,
sabedor de que o seu clube se move(?) com muita dificuldades nos centros de
poder. Passaram muitos anos para se perceberem os contornos do caso Baía e às tantas vão passar alguns mais até se perceber o que aconteceu com a transferência de Moutinho e que a não convocação de Queiroz teve a ver com o caso. A selecção não devia deixar de ser de “todos nós” para ser apenas de “todos
eles”.
*Do blogue do António Boronha:
excepcionalmente, porque o tema é de actualidade, vou 'reabrir' este blogue com mais uma 'estória (verídica) da bola'.
vítor baía e luís filipe scolari têm
sido tema de actualidade esta semana devido à decisão do segundo ter
excluído o primeiro, segundo o aqui segundo a mando de pinto da costa,
dos trabalhos da selecção nacional de futebol no período 2003-2008.
a verdadeira, definitiva e última versão sobre a questão é esta:
a contratação de scolari foi feita em
madrid por gilberto madail acolitado pelo, na altura 'boss' europeu da
'nike', hoje todo-poderoso presidente do 'barcelona', sandro rossel
e..., imaginem!!!, por jorge nuno pinto da costa!!!...
foi este último que na época se queria
ver livre de vítor baía, por conflitos com josé mourinho, que pediu
então a 'felipão' que este não convocasse o guarda-redes azul-e-branco.
mudam-se os tempos, mudam-se as vontades..., lá diz o bom e sabedor povo português.
passados uns meses já, no 'fc do porto',
nuno espírito santo não dava suficientes garantias a josé mourinho pelo
que havia de recuperar rapidamente baía.
foi então que surgiu a primeira convocatória de scolari...sem, obviamente, vítor baía.
foi nessa altura que à boa maneira
portista, quando a convocatória foi tornada pública, os altos comandos
portistas se indignaram com o seleccionador brasileiro por este, vejam
só!, não ter convocado o melhor guarda-redes europeu!!!...
a partir desse momento, escusado será
dizer, luís filipe scolari meteu uma cruz no nome de pinto da costa e,
por tabela, do 'fc do porto'.
parafraseando um famoso diálogo do filme 'casablanca', foi o início de uma feia e conhecida inimizade...
Também não vale a pena desvalorizar os jogos de preparação! A Macedónia, já é uma sorte a generalidade dos portugueses saberem onde fica! Quanto à Turquia passou despercebido que integrou o grupo da Alemanha na fase de apuramento, tendo sido servida nos dois jogos com 3 batatas! A faltar 1 semana para Portugal defrontar a Alemanha, devia ter merecido outro tipo de reparos!
ResponderEliminarMas o pior foram mesmo as palavras certeiras de Manuel José e que já se falava em qualquer lar lusitano! Vimos todos o mesmo! Os estágios servem para apelar à concentração e não à distracção! O ultimo dia em Portugal foi um bom exemplo!
Todos sabemos quanto vale a marca selecção, daí a todos reclamarem uma fatia vai uma enorme distância, que devia ser antes demais delimitada pela FPF e se assim não fosse pelo imediata demissão do responsável técnico! Era a obrigação de qualquer treinador, não compactuar! Porque o que se passou por cá foi mesmo um circo, que ninguém tenha duvidas!
Esse jogo, contra essa Alemanha, não foi na Primavera 1985? Se foi, perdemos 2-1... ao intervalo, eles ganhavam 2-0, ainda reduzimos na 2ª parte, pressionámos, mas já não deu empate... foi numa tarde de Domingo, num Jamor à pinha... no final de Verão, início do Outono, fomos ao NeckarStadium, a Stuttgard, ganhar com o tal golo do "barreiro" e conjugado com a vitória de horas antes, da Checoslováquia ante a Suécia, apuramento para Saltillo.
ResponderEliminarOlá amigo LdA.
ResponderEliminarBela estreia a tua no Jamor! Só faltou a vitória contra uma das melhores Alemanhas de que tenho memória, mas que chegaria quando mais fazia falta: lá, no País dos teutónicos. Ganda foguete do camané!
Esta selecção deixa-me desconsolado. É certo que nunca mais conseguimos arranjar substituto para o Pauleta, lá à frente, mas se no ataque, apesar de faltar um ponta-de-lança credível, há qualidade suficiente nas alas (CR7, Nani, Quaresma), já o meio-campo e a defesa ñ me convencem. O trio de meio-campo preferido de PB é trabalhador, rigoroso, mas mt pc ciativo, e isso reflecte-se na qualidade ofensiva da equipa. A defesa mostra-se permeável, apesar de possuir bons elementos (Pepe, Coentrão são bons. Alves e JPereira não deslumbram, mas tb não são propriamente coxos). Mas há algo na equipa que não funciona. O 3x3x3 do PB não está a resultar. A selecção não se mostra consistente a defender nem criativa a atacar. Tacticamente é esta a minha actual análise. Claro que no sábado, qd jogarmos contra a Alemanha vou torcer para que a sorte esteja connosco e para que as coisas corram bem. Uma vitória sobre uma das máximas favoritas seria um gd tónico, e tds já sabemos o q a motivação e confiança podem trazer de extra a uma equipa que está à procura de se encontrar.
Relativamente aos ‘arranjinhos’… é fado antigo. Nem seria futebol TUGA se não houvesse manobra de bastidores. O futebol em Portugal está podre e a selecção não escapa. Acho mesmo que é uma parte integrante (e cd vez mais significativa) dessa podridão. A FPF tem dado, aliás, frequentes indícios de ser facilmente manobrada pelos interesses q dominam o futebol em Portugal… São estas maroscas que vão corroendo a ligação dos portugueses com a selecção, até pq as convocatórias cada vez mais se assemelham a favores que se fazem a alguém…
Vejamos:
O caso João Moutinho é apenas um exemplo. Mesmo nesta convocatória existem escolhas que não consigo perceber: Eduardo? Micael? Rolando? Miguel… Lopes??? Mesmo o Nelson Oliveira? Pq Oliveira e não, p. e., André Martins que jogou bem mais (e bem) ao longo desta época? Logo qd não existe na selecção (com excepção de Viana que só lá está graças à lesão de Carlos Martins) elementos com criatividade no meio-campo. Outro exemplo: pq é q se se andou a naturalizar um ponta de lança? Para fazer um único torneio, o mundial 2010? Pq é que agora Liedson deixou de ser opção? Mais uma vez, numa posição das (para não dizer na) mais carenciadas da selecção? … E o Hugo Almeida a titular? Vide o exemplo recente contra a Turquia: um avançado que isolado na pequena área não remata… Como é isto possível? Mesmo tendo Coentrão nas imediações a opção de lhe passar a bola é pura e simplesmente estúpida. Ele encontrava-se numa das melhores situações possíveis de finalização, que raramente surgem ao longo de um jogo e opta por… passar a bola…para um colega marcado.
Tudo isto (convocatória, titularidade, táctica) são opções de PB, poderá dizer-se, mas que não deixam de ser estranhas, mais ainda qd não se dão qsq explicações.
Abraço.
Infelizmente há muita coisa a fazer lembrar Saltilo! Jogadores desconcentrados! Um treinador mais focado em conhecer as várias instalações das televisões! Para quê? Para se dizer muito chegado a roupa e relógios! E um presidente da FPF, depois do flop que foi na LPFP, onde ia fazer muito pelo negócio futebol, com zero de resultados, agora a aplicar a mesma receita na galinha dos ovos de ouro da FPF, a selecção! Mais uma vez esquece-se que as maiores receitas vêm sempre da participação e dos resultados nas fases finais. Dificilmente conseguia uma hipoteca maior!
ResponderEliminarPai da Leoa:
ResponderEliminarTem razão o resultado foi mesmo 1-2, ai esta memória...
http://www.zerozero.pt/jogo.php?id=335543
Virgílio,
Não me admira que o Ricardo Costa até seja o titular ou até o Miguel Lopes, pelo menos contra a Alemanha. Também me parece difícil de perceber que PB tenha prescindindo de Varela e CMartins no Sporting, onde a escolha era mais limitada e agora se lembre deles quando tem mais por onde escolher.
Selecção de todos nós? Selecção de todos eles?
ResponderEliminarComo português, quando começarem os jogos, vou vibrar, sofrer e ardentemente querer que a STN vença, e, se ganharmos, no fim exultarei com a vitória, como, se perdermos, ficarei triste e vou tentar perceber como isso pode ter acontecido.
Mas até esse momento esta é para mim a Ste. Se não ligasse muito ao fenómeno desportivo, era capaz de também ir no embalo da propaganda e estar totalmente ao lado dos nossos queridos “libelinhas”.
Mas além de, desde muito miúdo, estar sempre por dentro do ambiente desportivo, sou Sportinguista, e como Sportinguista custa-me muito ver, a colagem que se faz entre a Selecção e o clube dos 4 milhões, mesmo que este não tenha jogadores que mereçam ser seleccionados.
Tudo se tenta para uma identificação entre o clube do Estado e a Selecção. O equipamento não pode ter as cores do país, tem de ser o mais semelhante possível com a farda do clube. O estádio preferido só pode ser o da vizinhança do Colombo, porque é lá que os jogadores gostam, mesmo sem ter ninguém, com justiça, na equipa. O principal patrocinador é o mesmo, sem grande interesse em separar as águas. Convoca-se com 3 meses de antecedência,um jogador desse clube, que não devia estar entre os 23 eleitos, para andar a fazer a campanha de publicidade da Selecção e dos seus patrocinadores. O jogador-símbolo desse clube, mesmo doente, tem de andar sempre atrelado à Selecção.
Convém ressalvar que considero justa a convocação de Eduardo: é de longe o mais habilitado para a sua função: ao longo de toda a época que agora termina foi o que mais brilhantemente actuou na posição que irá ocupar no Euro: sentado no banco.
Juntando a tudo isto ainda temos a comunicação social. A RTP então é o máximo: adorei ver ontem na RTP Informação o programa diário dedicado ao Euro. Não convidaram aquele senhor “qualquer-coisa” Gabriel que tirou uma foto com a taça Lucilio dizendo que era uma vitória digna do seu clube, mas lá estavam o independentíssimo Carlos Daniel, Nuno Gomes e ainda o apoteótico regresso de outro enorme independente, João Gobern. Pobres Postiga e Hugo Almeida. Enquanto Paulo Bento não puser a jogar o futuro “100 milhões” do clube do regime, podem meter 5 golos cada um que só quando os virem fora da equipa é que os Goberns desta comunicação social descansam.
Claro que sábado vou esquecer tudo isto e lá estarei torcendo-me todo pela vitória de Portugal.
8,
ResponderEliminarPrograma com o Carlos Daniel, Nuno Gomes, Gobern? Isso não foi na não sei cêlêbêTV? É que parece...
Caro LdA:
ResponderEliminarNão há dúvida que, no plano sentimental, poucos deixarão de sentir a ligação afectiva que descreve. Poucos serão aqueles que alguma vez deixarão de defender o seu país.
Confesso contudo que o circo montado à volta desta selecção me deixa muito triste.
Entristece-me que o equipamento da selecção tenha de ser todo vermelho, qual vassalagem a uma cultura lampiónica que o país, por maioria, parece exigir, mas que despreza o resto da sua bandeira nacional.
Entristece-me que o nosso Sporting Clube de Portugal nunca seja exaltado como o Clube que formou 10 dos 23 jogadores presentes, e que a academia que os formou seja sempre referida como a Academia de Alcochete, para evitar o incómodo de se dizer o nome do nosso Sporting.
Entristece-me que o maior expoente da formação desta Selecção seja considerado Miguel Lopes, único jogador formado no SLB, mas lá está, é preciso afagar o ego da maioria. Já Ronaldo, é apenas a estrela do Real Madrid e do Manchester, como se o Sporting nunca tivesse feito parte da sua vida.
Entristece-me que o estádio talismã da selecção seja aquele onde ela sofreu a mais triste derrota de toda a sua história e aquela que nunca podia ter sofrido.
Esta é e será sempre a selecção do meu país. Mas neste momento, é muito mais a selecção de todos eles, os apregoados 6 milhões, que a minha selecção.
Abraços,
LdA
ResponderEliminarVai ser assim todos os dias na RTP Informação.
Ainda há o moderador, que não conheço bem, mas que se vai escondendo ao longo da emissão. De tal modo que a minha mulher, que "grama" estes programas por minha causa, comentou que quem estava a moderar era o Carlos Daniel.
Se juntarmos a equipa de enviados especiais, onde aparece gente como Helder Conduto, ficamos identificados com a independencia do programa.
Abraço
Os portugueses têm um problema com a memória. Por exemplo, o Leão de Alvalade não se esqueceu só do resultado do tal jogo do Jamor (no qual eu também estive, com o meu saudoso pai). A memória também o atraiçoou quanto ao Carlos Martins, que depois de um certo jogo do Restelo (onde calhou eu estar também) os Sportinguista só queriam ver as costas, e quanto ao Varela, que, por mais que tente, não me lembro que tenha feito no SCP mais do que o Lourenço ou o Gisvi. Mas pronto, calhem os nossos dar a volta ao destino e aí o esquecimento cairá sobre o triste do Manuel Zé e o traste do Queiroz, e sob todas as tonterias acerca de festas e romarias que escreveram nas caixas de comentários deste país. Somos assim, humanos como Pedro que 3 vezes negou Cristo!
ResponderEliminarJPT
JPT,
ResponderEliminarNão vou sequer discutir a relação que faz entre o diz ser um esquecimento, e que podia ser a natural confusão de quem já viu centenas de jogos pela vida fora, e o que foi a passagem de Carlos Martins pelo Sporting.
Se essa foi a razão da saída de Carlos Martins, isto é a contestação, isso significaria que não precisávamos de treinador, éramos geridos pela bancada.
Quanto ao Varela o facto de quase não ter jogado no Sporting até sair nada diz contra o seu valor, que nada tem de excepcional, mas podia ser útil. Afinal porque é que os clubes põem os seus jogadores a rodar, não é para potenciar as qualidades que se reconhecem e que não poderiam ser tão bem trabalhadas caso ficassem sem jogar?
A questão que levantei com o exemplo dado é a disparidade de critérios, que é difícil de entender e é apenas um dos muitos exemplos, como o são os dados aqui também nesta caixa de comentários.
O JPT julga que os sportinguistas são representados pelos amigos e vizinhos lá da rua dele...
ResponderEliminarTb é engraçado apontar o dedo à falta de memória dos outros qd ele próprio confessa ter umas valentes falhas cognitivas... É lampião e está td explicado. Acresce-se, sem surpresa, que para ele assim como está (a selecção completamente colada ao clube do regime) é q está bem... Ai não!
8:
ResponderEliminarO Carlos Daniel não é portista?
Virgilio,
ResponderEliminarEle ao longo dos anos bem tentou disfarçar, mas quando tinha de tratar algum tema relativo ao Sporting, ganhava uma agressividade que logo demonstrava a sua côr.
Mas agora, para o fim da Liga, depois da vitória dos andrades no anexo do Colombo, perdeu totalmente a cabeça e parecia que estava no galinhasTV.
8:
ResponderEliminarPronto, OK... Estava msm convencido q era azul e bronco... Afinal é só mesmo bronco e... burmelho.
:)
Abraço, caro amigo.
A saída do Carlos Martins deveu-se ao esgotamento do (longo e pouco produtivo) percurso dele em Alvalade, coisa que, na altura, toda a gente via. Mas pronto, já ninguém se lembra. E quanto ao Varela, já ninguém se lembra do que ele fez no Setúbal e no Huelva, o que até se percebe, porque não fez nada - que seria o mesmo que teria feito no Sporting se tivesse lá ficado mais dois anos. Era bom que pudessemos ter contrato com todos os jogadores inexpressivos que algum dia se poderão fazer jogadores, mas Pereirinha há só um. Em suma, não há nenhuma "disparidade de critérios" quando uma pessoa, em Agosto, não usa chapéu de chuva e, em Dezembro, o usa. Ou seja, para o SCP, naquele ano, o Martins e o Varela daquele ano não serviam (e, de facto, não serviam); para a Selecção, anos depois, o Martins e o Varela desse ano, serviam (e, de facto, serviram). Se o treinador fosse burro, não percebia isto; se fosse ordinário, até percebia mas, para não parecer "incoerente", fingia que não percebia. PS: Caro Virgílio, o seu detector de lampiões está avariado (eu costumo usar o nariz). É melhor repará-lo, senão, ainda acaba a ver o Euro a beber minis e comer coiratos numa qualquer Casa do Benfas. SL, JPT
ResponderEliminarInvocar o Jamor, um estádio onde quem permite a final da taça de Portugal, devia era estar a responder em tribunal, num blogue leonino, diz logo que por aqui a exigência só se aplica ao Sporting! O Jamor é uma catástrofe anunciada e nem sempre as claques expiam as responsabilidades!
ResponderEliminarChamar de tristes e trastes a Manuel José e Queiroz, quando qualquer um deles sabe mais de futebol a dormir do que quem lidera a casa do futebol português acordado é no mínimo de muito mau gosto! Quiseram antecipar receitas que julgam não poder chegar via Euro, mas quando está em causa representar a nação os proveitos não são de forma alguma o mais importante!
JPT:
ResponderEliminar"Caro Virgílio, o seu detector de lampiões está avariado (eu costumo usar o nariz).É melhor repará-lo, senão, ainda acaba a ver o Euro a beber minis e comer coiratos numa qualquer Casa do Benfas."
LOL!
Não está nada avariada. Apenas não é 100% eficaz. De qlq forma, desculpa lá a ofensa. Chamar lampião a um sportinguista não é bonito.
Mas olha que no primeiro comentário parecias msm um espécime daquela raça... Parabéns: enganaste-me.
SL
Desculpem mas, para mim, é muito difícil apoiar a selecção.
ResponderEliminarSei que, à hora do jogo, lá estarei colado à TV a torcer por uma vitória lusa, mas não dormirei mal se tal não acontecer.
Não posso torcer pelo sucesso de corrupção, interesses, tráfico de influências e fachadas. A selecção voltou, com Queirós a ser o que era antes de Scolari. Quem manda nela são empresários (um, mais em concreto) e os líderes dos 2 clubes mais premiados do futebol português.
Não foi por acaso que se atingiram os melhores resultados com Scolari. E não me falem em Figo, Rui Costa, Deco, Ronaldo, Pauleta, Simão, Carvalho, Andrade, Maniche e Costinha, porque Queirós, Oliveira, Agostinho, Humberto, Artur Jorge também tiveram grande parte desses jogadores e o resultado todos sabemos qual foi (com excepção de Humberto).
Não posso apoiar uma selecção que esconde personagem maléficas como Madaíl, Hermínio, Fernando Gomes, Amândio, João Rodrigues e outros afins que gravitam há anos por aquelas bandas.
Não posso apoiar uma selecção que não leva os melhores, não é justa nas convocatórias e que promove atletas que nada fizeram para representar a selecção, o país, nas principais competições internacionais.
Não esqueço Saltilho, como não esqueço o beijar da bandeira no Euro 1996 onde jogadores como Folha e Tavares eram opção!!!. Não esqueço os casinos em Macau, os alhos na Coreia, o doping do Kenedy, a titularidade do Baía após ter jogado um particular contra a China, o Paulo Sousa lesionado, mas convocado, o Figo que trocava de botas para ser televisionado, a agressão de JVP que serviu que nem uma luva para tapar o sol. A expulsão de JVP da selecção mas onde hoje é dirigente. A simulação da lesão de António Oliveira, enfim...
E não esqueço a forma como se prejudica o Sporting nesta corja situado no Rato (e antes na Praça da Alegria). Veloso, Moutinho e Martins são, hoje, melhores jogadores do que quando jogavam no Sporting? Então porque não eram chamados ou jogavam?
E a pressão que Oliveira fez, em 2002, para que Beto jogasse a central no Sporting (e não a defesa direito como jogava), ameaçando que não iria ao Mundial? Consequências? Boloni tirou Babb da equipa, colocou Beto a central, o nosso futebol caiu de qualidade e, no final da época, Babb não quis renovar. Beto vai ao Mundial onde joga a defesa-direito. Tenho memória...
São anos e anos a ver convocatórias ridículas para agradar a Porto e Benfica. O volume de negócios que estes clubes fazem, a publicidade gratuita que têm dos seus jogadores e excedentes, é concorrência desleal face ao Sporting e aumenta o fosso que nos separa.
Na África do Sul, após uma época miserável tivemos que levar com o Raul Meireles. Exibições de merda, Moutinho em casa e elogios (de Tadeias, Condutos e afins) para Meireles. Lá foi vendido para Liverpool. E, em troca, ficaram com o Moutinho em saldos. Vendem um pior e compram um melhor (e mais barato).
Não posso apoiar uma selecção que tem jogadores que não se importam de não ir à selecção (Moutinho) só para tramar o clube que os criou.
Não posso.
E, este ano, lá teremos Rolando, Varela e Lopes a fazerem de Meireles. Colocar na montra e despachar. Terei que apoiar isto?
Terei que apoiar uma selecção que leva jogadores que tiveram a época toda na bancada e banco (Micael, Eduardo, Nelson, Lopes)? Que mensagem é essa?
Não confio na selecção. Creio que não está preparada para uma grande competição nem tem um plantel condizente com a responsabilidade que acarreta. Mas vou apoiar, sem euforias, mas vou apoiar.
Sinto que Ronaldo pode vencer a Bola de Ouro, mas a FPF não o ajudou nessa demanda.
Mas que grande comentário, Cantinho. Revejo-me em praticamente tudo.
ResponderEliminarA minha situação actual volta a ser a mesma de outros torneios de selecções: encontro-me no estrangeiro e isso faz que com que as vitórias de Portugal sejam mais importantes. Quando se vive na Dinamarca num clima de grande entusiasmo pela equipa local, a importância do jogo de dia 13 aumenta ainda mais!
Enquanto sportinguista, por norma não sou adepto da equipa que todos os outros querem que perca. Em Portugal ou no estrangeiro, existe alguma benevolência por parte da generalidade dos adeptos (por oposição a árbitros e dirigentes) para connosco. Com esta selecção, em 2012, sucede o oposto. A rivalidade entre Ronaldo e Messi, entre Mourinho e Guardiola, entre Real Madrid e Barcelona, fez com que os anti-corpos relativos a Portugal se exponenciassem largamente. No estrangeiro, é impressionanete o número de pessoas que diz: "Odeio o Ronaldo, odeio-o". Isso faz com que a antipatia para com Portugal tenha crescido. Isso faz com que cada vitória da selecção seja mais importante para mim. A selecção não me tira o sono, não me acelera o coração, mas cada vitória saberá bem.
Abraço
Bruno
A FPF exige respeito! Afinal a festa rija só durou 45'! Devem ter descontado o passeio de charrete! E foi tudo planeado com a equipa técnica! Está-se mesmo a ver quantas demissões vão ser precisas depois do Euro! Isto se o país tiver mesmo governo!
ResponderEliminarMais valia perderem tempo a responder às acusações de que são a selecção que mais gasta!
Concordo com o Bruno: Mt bom, Cantinho!
ResponderEliminarApesar de td isso, q é verddade, ñ consigo deixar de me sentir português e torcer pela selecção de futebol (ou doutra moadalidade qlq) do meu País.
SL
Caros Virgílio e Bruno Martins,
ResponderEliminarObrigado, mas ainda há tanto por dizer acerca da "nossa" selecção nos últimos 30 anos... e não só. Até em 1966 tivemos que aturar os Costa dos Frangos (Costa Pereira) em vez de Carvalho.
Para não falar das meias-finais com a equipa toda cansada (principalmente o Torres) e no banco estava o Figueiredo. Mas o seleccionador vermelho Luz Afonso tinha que usar tudo o que era do Benfica.
Aí sim, podíamos ter sido campeões do Mundo se tivessemos usado toda a equipa, em vez dos mesmos de sempre que, obviamente (após um glorioso esforço e dedicação nos jogos da fase de grupos e quartos-final), estavam cansados.
11 para sábado
Eduardo
Costa (jogou aí nos 8ºs final de um Mundial); Rolando; Alves; Lopes;
Custódio;
Micael; Viana;
Varela; Quaresma;
Oliveira
Não é mentira. Estes jogadores estão mesmo lá e podem ser opção a qualquer momento.
Cantinho,
ResponderEliminarO primeiro comentário reflecte aquilo que penso, vejo muitos dos jogos da selecção, já vi vários ao vivo, mas não me identifico o suficiente para me fazer o coração bater tão forte quanto o nosso Sporting, só me lembro de sentir isso a espaços, por exemplo, nos jogos de 2004, com a Espanha e a Inglaterra e de 2006, na famosa Batalha de Nuremberga, em que até o Figo perdeu as estribeiras com os Holandeses.
Quanto ao teu segundo comentário e especialmente no que se refere ao onze "proposto", pensei "cruz, credo!" e nem sou religioso :)
SL
Cantinho,
ResponderEliminarEm 1966 o guarda redes do 1o jogo foi o Carvalho, mas trataram de o enterrar injustamente e para os jogos seguintes foi substituído pelo José Pereira, do Belenenses um dos culpados da derrota contra a Inglaterra. O 3o GR era o Américo do FCP. O Costa dos Frangos já não ia à selecção.
Falaste do Altafini de Cernache, mas ainda mais flagrante era o estado físico de Simões, que na 2a parte já quase não conseguia correr, podendo ter sido utilizado o Peres, perfeitamente fresco. Na época não eram permitidas substituições.
Estou perfeitamente de acordo contigo: com um seleccionador isento teríamos sido campeões do mundo
10A,
ResponderEliminarEsses 2 jogos também serão aqueles que mais vibrei e sofri. Com a Espanha foi um descanso até ao golo do Nuno Gomes, depois foi sofrer muito. Esse com a Holanda também foi a loucura, principalmente quando o Figo resolve expulsar o Boulahroz, ou lá qual era o nome desse holandês caceteiro que jogava no Hamburgo e que depois foi para o Chelsea.
Mas o que mais me ficou do jogo com a Espanha foram os comentários de Mourinho na TV. Que classe. Aí percebemos que não existia ninguém na Tv que soubesse o mínimo sobre futebol.
Quanto ao 11, é óbvio que é a gozar, mas esses jogadores estão lá e quase todos vão jogar (não juntos, mas vão jogar).
8,
Obrigado pelas correcções. Essa do José Pereira é imperdoável. E, além do Figueiredo também existia o Lourenço para avançado. Mas não, tinham de jogar sempre os mesmos. E eu sei que não se podia fazer substituições (e lucrámos com isso quando se lesionou o Pelé) logo tinham de entrar de início.
E a FPF já veio falar dos gastos, justificando-se com a fonte dos euros! É mesmo verdade que um país a receber intervenção externa é dos que mais gastam! Vergonha de gente! Contrariando a máxima que num sítio de futebol não se fala de religião ou politica, razão tem D. Januário: http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=335401
ResponderEliminarIndependentemente de qualquer resultado, a suposta informação do cabo já venceu este Europeu, primeiro fez a cama à actual estrutura federativa e agora vai discuti-la em banho maria! Não fosse o futebol o conteúdo favorito do cabo! O problema é mesmo esse, a falta de conteúdos para tanto pseudo-comentador! A mais nova e mais nobre profissão da nação!
Começou logo bem quando alguém se esqueceu de dizer ao treinador para guardar as suas preferências para o sofá do psicanalista, mais tarde descobriram o grande busílis da questão, a forma como Ronaldo tratou Cavaco! Já não dá para ver só os jogos?
E o Humberto ainda diz que está a ajudar o país! Deixa só a factura chegar aos ouvidos da Angela! Os alemães foram obrigados a desactivar Aushwitz mas o Tarrafal ainda está praticamente na mesma!
ResponderEliminarConfirmo, o grelhador nunca deixou de funcionar!
ResponderEliminarCantinho
ResponderEliminarE uma das maiores injustiças foi feita ao Manuel Fernandes. O melhor marcador do campeonato portugês não foi convocado para uma fase final (Saltilho?).
8,
ResponderEliminarPois, era velho... Uns meses depois (14 de Dezembro de 1986) ele mostrou o que era estar velho.
Enfim... Mas esse Mundial também mostrou como eramos bons.
A única coisa que eu sei fazer decentemente em futebol é apoiar. À Selecção Nacional não regateio esforços de apoio, mesmo com perfeita noção de tudo o que por esta caixa de comentários está descrito.
ResponderEliminarMas há coisas que não gosto de confundir, o simbolo que está ao peito dos jogadores não são as quinas, é o simbolo da FPF, a selecção nacional é o conjunto daquilo que para um determinado seleccionador configura o melhor que há numa modalidade, neste caso futebol.
O principal feito para mim já está conquistado, ir à fase final, agora há factores a mais que condicionam resultados. Há handicaps obvios, falta de um finalizador e de um criativo no meio campo, mas há mais, não há uma equipa que forneça um grupo significativo de jogadores à selecção que permita ter alicerces para posteriormente criar uma equipa forte com reforços de luxo. Nestas condições o futebol vai sempre parecer desgarrado.
Portugal teria a ganhar, pelas caracteristicas dos seus melhores jogadores de meio campo, em jogar em contenção mas como fazer isso com Ronaldo, Nani no ataque e Coentrão e JPereira na defesa, jogadores que só pensam em ataque e só sabem jogar para dominar o adversário ofensivamente?
Temos qualidade para vencer qualquer adversário, mas não somos favoritos a vencer nenhum dos principais candidatos à vitória final.
Venha lá o primeiro jogo e Viva Portugal.
Vou meter a colherada para dizer que acredito que vamos ganhar à Alemanha por 2-1. Talvez seja do contra, talvez seja por não perceber nada de futebol, até podia ser por ser apenas 50% portuguesa mas nesse aspecto estou muito bem resolvida graças a deus...Portugal sempre em primeiro e depois se já lá não estivermos então que ganhe a Roja.
ResponderEliminarMais desunidos que em 2010 duvido que a selecção esteja por isso acredito que tudo é possível. Ingénua? Talvez...mas prefiro isso a sentir-me já derrotada antes do jogo começar.