Paulo Bento cumpriu o destino que o resultado com a Albânia Ddeixou traçado e já não é o seleccionador nacional. Muitos nomes foram já lançados mas um que não vi invocado seria a minha escolha: Jesualdo Ferreira.
Por exclusão de partes não acredito que Rui Jorge ocupe o lugar deixado vago por Paulo Bento sobretudo pela ligação pessoal que existe entre os dois. E depois porque no que às competências diz respeito não nenhum ganho evidente, acrescendo a desfavor do actual treinador da selecção sub-21 a sua limitada experiência e "peso". Sem qualquer garantia de significar uma mais-valia no escalão acima, será aconselhável interromper a senda de bons resultados do seu grupo de trabalho?
Nomes como Manuel José representam o passado, a água já há muito passou debaixo daquelas pontes.
Fernando Santos tem experiência e "peso". A sua entrada na selecção representaria com muita probabilidade o regresso de alguma estabilidade e segurança ao futebol da selecção. Porém não foi por aí que Paulo Bento falhou. Duvido que o homem da linha representasse o rasgo e audácia que Paulo Bento só esporadicamente alcançou. O facto de ter um longo castigo por cumprir não ajuda muito a sua candidatura.
Vitor Pereira é um bom nome se o horizonte for o resultado imediato, isto é, a qualificação para o próximo europeu. A selecção ficaria bem servida mas creio que precisa de algo mais.
Pode por isso parecer uma contradição nomear um treinador como Jesualdo Ferreira, mais ou menos da mesma geração de Manuel José. Mas não é. O passado documenta percursos diferentes, a passagem por projectos ligados à formação de jogadores é um deles. Mais importante parece-me a competência e capacidade de planeamento, mesmo que isso representasse menor preocupação com o resultado imediato. Não significa com isto abdicar do objectivo imediato, a qualificação para o Europeu.
Recordo-me das palavras recentes de um responsável do futebol alemão, lembrando que a humilhação sofrida perante Portugal foi o catalisador para um projecto de reorganização cujos resultados, após 10 anos, estão à mostra. O campeonato do Mundo no Brasil foi apenas uma amostra, o futebol alemão, quer a nível de selecções ou de clubes, é uma promessa de hegemonia cada vez mais concreta.
O futebol nacional, nas selecções e não só, precisa de ser repensado e projectado para lá do próximo jogo e da próxima qualificação. Jesualdo Ferreira é, dentro dos treinadores disponíveis, o que tem perfil mais adequado para o fazer e conhece os cantos à casa do futebol português. Seria a minha aposta.
Sim, venha mais um treinador que nem quer. Chega de brincadeiras!
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