A propósito do Dia Multidesportivo.
A equipa de futebol tem, com os seus últimos desempenhos, “agitado as massas”, e é um prazer ver a onda de entusiasmo que está a gerar, com assistências (então a norte…) que praticamente só nos lembramos nos anos em que fomos campeões. Os escalões de formação também vão cumprindo a sua missão, porém não têm a visibilidade, melhor, não lhe dão a visibilidade (vide, por exemplo a NextGen Series) que faça crescer o orgulho leonino e atrair mais adeptos ao Clube.
No respeitante às modalidades, futsal e andebol vão fazendo pela vida, tal como hóquei e ténis de mesa, embora estas com outro nível de notoriedade na comunicação social. Não querendo ser injusto, e posso estar a esquecer algumas, as restantes modalidades praticadas no Clube não têm qualquer relevo, muitas nem sequer qualquer notícia, na CS generalista, o que independente do valor dos seus atletas, que não se discute, não traz grande visibilidade ao Sporting, excepção talvez ao judo e, episodicamente, à natação.
Claro que não esqueci o atletismo. Antes pelo contrário, guardo para ele um espaço próprio. Quantos que hoje são Sportinguistas, não o são graças às vitórias de Carlos Lopes? As figuras de topo, os grandes olímpicos e vencedores internacionais, tornam-se ídolos de miúdos ainda sem as suas preferências clubisticas bem definidas, passando a ser do clube do seu ídolo.
E o que vemos nós no atletismo? No Clube do ecletismo e das grandes referências olímpicas (o Sporting) vão-se deixando sair, directa ou indirectamente, um a um, os grandes nomes e os possíveis futuros grandes ídolos para o grande rival.
Claro que, inicialmente, todas estas modalidades teriam de ser sem custos acrescidos para o Clube, mas tudo o que seja trazer juventude para o Sporting é cada vez mais importante. Com tantos núcleos espalhados pelo país, não há gente capaz de agarrar uma destas modalidades e, começando por baixo, trazer de novo as camisolas verde brancas até à ribalta?
Este post só podia ser teu, 8. :)
ResponderEliminarTanta alma e paixão pelo ecletismo, para além da análise lúcida, demonstram o quanto dedicas ao SCP e às suas modalidades!
Fazia muita falta um dia assim num clube com as características do nosso SCP!
Uma nota final para partilhar a preocupação com o desinvestimento que se nota no atletismo... O Prof. Moniz Pereira não caminha para novo e quando sair, sairá tb a alma daquela secção. É bom começar a planear desde já o futuro do atletismo no SCP, sob risco de perdermos a hegemonia que é nossa desde à muitas décadas.
Gde a braço para ti e pata todos leões republicanos... ( e monárquicos tb, LOL). Bom 5 de Outubro para todos.
"Para quando o dia do Pavilhão?"
ResponderEliminarEspero que para breve...
Qd estiver de pé, o nosso orgulho em sermos sportinguistas aumentará exponencialmente.
SL
Virgílio
ResponderEliminarA minha paixão não é pelo ecletismo. É paixão pelo Sporting. E o Sporting para ser um clube grande, “tão grande como os maiores da Europa”, no meu entendimento, alem das grandes equipas de futebol, precisa de ter ídolos, daqueles ídolos incontestáveis, como Lopes ou Agostinho, ou “equipas maravilha” como os hoquistas de 1977.
O futebol é fundamental, mas, mesmo com grandes equipas, o futebol não consegue ser campeão todos os anos. E para suprir essas falhas, é importante o contributo dado pelas modalidades.
No atletismo temos visto nos últimos 3 defesos, apesar do acordo de Moniz Pereira com os açambarcadores do outro lado da Circular, uma fuga generalizada para esse clube dos nossos potenciais melhores atletas. Apesar de já ter acabado o período de transferências havendo portando muitos compromissos assumidos, penso que a próxima estratégia deverá passar “por poucos, mas muito bons”. Abandonando as competições colectivas, poupando em muitas 2ªs e 3ªs linhas, gastando todos os recursos em grandes atletas, potenciais medalhados em Jogos Olímpicos e Campeonatos Mundiais. 2ºs e 3ºs planos teriam de se conformar com a honra de envergar a camisola verde e branca, e com pequenos subsídios para os recompensar das despesas envolvidas.
O que se está a passar não será o reflexo de termos um estádio de futebol, depois de perto de 50 anos termos tido um Estádio Olímpico?
Caros,
ResponderEliminarApenas um aviso se tiverem curiosidade. Hoje no Record há 3 (3!!!!) ex-jogadores do Sporting a criticar o clube de uma forma ou de outra... até o Caicedo.
Campanha certa para destabilizar o clube.
Divulguem e denunciem.
SCP SEMpRE!
8,
ResponderEliminarantes de mais a parte "protocolar". Podem parecer palavras de circunstância mas mesmo assim têm que ser ditas:
É um enorme orgulho para mim, e julgo para o resto do pessoal também, ter o privilégio de partilhar este espaço com alguém que envergou a camisola do Sporting.
Quanto ao ecletismo no Sporting ele está perfeitamente assegurado tendo em conta a diversidade de modalidades praticadas no clube, embora partilhe da dor de não vermos modalidades em que fomos reis e senhores, como o basquetebol ou voleibol, de verde e branco. E concordo também que o râguebi, ainda por cima tendo nós referência nacional da modalidade na lista de associados, poderia estar no rol das modalidades praticadas. Sei que há gente interessada em dar o pontapé de saida segundo me disse em tempos o nosso amigo Hugo.
Outra coisa bem diferente é a competitividade. Nos últimos anos o Sporting perdeu espaço e influência nas modalidades, fruto de uma visão tacanha do que é o nosso clube. Resultado: perdemos em toda a linha (não falo de resultados, falo de importância) incluindo no futebol para onde se canalizaram todas as energias e dinheiro. Quando muitas das sobras do futebol teriam contribuído para um titulo ou mais...
Sou um adepto confesso do futebol, é ele que consome o tempo e o resto. Mesmo assim não ignoro que muita da grandeza do nosso clube adveio das modalidades e do futebol temos recebido muitas vezes a ingratidão dos resultados.
Entendo que esta é uma época zero aos mais variados níveis e que todos os esforços têm sido canalizados para o futebol, porque sendo a catapulta ou fosso (conforme os resultados) do clube era por aí que se devia começar.
Espero que nos anos seguintes as modalidades possam ser vistas e revistas porque todas elas merecem que se pense o seu quadro competitivo face às circunstâncias, as nossas e as dos nossos adversários.
O Sporting perdeu terreno, é indiscutível, o que, sendo mau, é também uma oportunidade impar de pensar como devem ser os próximos tempos, pensando de forma inteligente e antecipando o futuro. Isso é perfeitamente possível, afinal somos o Sporting!
Abraço