Quem leu o meu artigo, ontem, onde fazia o lançamento do jogo e teve a sorte de o ver acabará por descobrir uma das razões pelas quais eu nunca acertei no euromilhões. De facto falhei na minha previsão de inclusão do Onyewu – supus que Carriço voltasse ao banco – acontecendo o mesmo relativamente a Matias, mas ao contrário, porque o chileno acabou por jogar de inicio. Mas o que o futebol tem de aleatório e até caótico no relvado, tornando-o imprevisível, não o deveria ser no momento de montar a equipa e o jogo de ontem até aos 58m acabou por me conceder alguma razão, embora não explique a exibição descolorida até então.
O problema Matias
Sempre me pareceu tempo perdido recorrer a adaptações que não resultem de força maior. Foi o caso ontem do chileno. No final do jogo fiquei com a impressão que perdeu ele, porque joga limitado, sem poder expressar o seu futebol em plenitude, e perdeu a equipa ao ter uma unidade constrangida. Assim, ao invés de termos El Crá, teremos em Matias um problema, o que é uma pena.
O Sporting tem para aquela posição 3 jogadores que asseguram qualidade e que nos põe a salvo de lesões e oscilações de forma. Carrillo, Pereirinha e Jeffren. Neste momento, por esta ordem, mas que pode ser revertida ou invertida. Sobre Carrillo falarei mais adiante. Jeffren, antes de começar a época, tinha-o na lista das 3 melhores aquisições do Sporting, a par de Capel e Schaars, e não vejo razões para o retirar de lá, para já, o balanço far-se-á no final da época.
O(s) problema(s) Rinaudo
O argentino tem 3 questões para resolver, nem todas dependentes dele, e que o transformam numa das fragilidades da equipa. Começo pela questão disciplinar. Já deu para perceber os Capelas deste mundo o têm debaixo de olho, como se viu pelo amarelo ridículo de ontem.
Mas se Rinaudo pouco poderá fazer face aos homens de negro, sem abdicar do estilo que lhe é próprio mas que não é desleal para os adversários, pode melhorar e muito no capitulo técnico, sobretudo no que diz respeito à qualidade do passe. Talvez isso passasse mais despercebido numa equipa pequena como a do Gimnásia de La Plata, que passava grande parte do tempo a tentar recuperar a bola. Mas numa equipa grande como a do Sporting, em que a tarefa de construir é tão importante, essa fragilidade fica demasiado exposta, em particular quando os jogos teimam em não correr bem, como foi o caso de ontem. E se os problemas se vão resolvendo naturalmente com adversários menos exigentes como o de ontem, com oponentes mais fortes dificilmente ficaremos a salvo de amarguras. Um problema que ele poderá solucionar com tempo até porque é um bom jogador, indiscutivelmente.
E aí já estamos a falar do terceiro problema, que é a falta de alternativa especifica no plantel, embora haja “quem faça o lugar”, o que não é a mesma coisa, como vimos no caso do Matias. Seria uma prioridade para mim na reabertura do mercado, procurando um elemento de características semelhantes às de Fernando ou Xavi Garcia dos rivais, melhorando com isso o apoio à defesa no jogo aéreo.
O que é o cansaço e o ritmo de jogo?
A dada altura do jogo, face à participação abaixo do esperado de Elias, Rinaudo e Ínsua, perguntava-me se o problema não podia ser o cansaço – os jogadores fartaram-se de viajar mas pouco jogaram nas últimas 3 semanas – se podiam então ser a falta de ritmo. Uma questão interessante a que não consigo responder, até porque me escapam dados essenciais para uma avaliação correcta, e que estão apenas ao alcance de quem acompanha o plantel de perto. Mas, no final do jogo, não evitei concluir que os 3 estiveram uns bons furos abaixo do que estavam antes da paragem do campeonato e que não me pareceu apenas resultantes das circunstâncias do próprio jogo.
Perda de tempo?
Domingos preferiu, a dada altura do jogo, meter toda a tracção à frente, talvez para conceder um justo prémio a Rúbio e Bojinov pela aplicação paciente e também para permitir a consagração de Capel, ontem o melhor nos piores momento. Prescindiu assim de treinar em competição alternativas ao 4x3x3, perdendo assim uma oportunidade de fazer crescer a equipa, pelo menos assim o interpretei a dada altura. E Domingos, ao reconhecer que ainda podemos ser mais fortes reconhece margem de crescimento e necessidade de trabalho, que a vitória não ofusca, o que é um bom sinal que vem do treinador.
Mas o futebol não se esgota no treino e na táctica e o Sporting de hoje é um bom exemplo disso. A importância de factores abstractos e aleatórios como a confiança colectiva não podem nem devem ser desprezados e os nossos adversários terão isso em conta, mais ainda depois de ontem. Nesse sentido o jogo de ontem foi precioso. Quantas vezes, no passado recente, com o crescer do adversário, como aconteceu ontem a partir dos 30m de jogo, a nossa equipa deslizava e soçobrava?
Sporting recorre ao melhor doping
Uma equipa crente nas suas possibilidades é uma equipa temível porque recorre ao melhor dos doping´s que ainda por cima é legal: a confiança. Nesse estado não há fatalismos, nem dificuldades que atemorizem. A imagem perfeita desse estado é mais óbvia em Capel, que agora até marca de cabeça e a dobrar.
Mas é Carrillo é o melhor espelho dessa realidade, mas cuja força não parece esgotar-se apenas no momento colectivo da equipa. Ela parece advir de algo que lhe é inato e é evidente quando parte directo ao adversário e, onde muitos vêm uma parede ele parece ver uma mera referência no caminho da baliza. Tem a autoconfiança dos grandes craques, tem técnica e velocidade e pode tornar-se num caso sério mas ainda não o é. Está entre o que pode vir a ser - um craque – e o que hoje é – uma promessa – o que devemos exigir dele no imediato.
O Sporting acabou por ganhar de forma retumbante, mas nem sempre foi retumbante, há que reconhecê-lo. Sendo uma vitória de justiça incontestável, é também anormal, dentro da anormalidade que é verem-se 6 golos em cerca de 30 minutos. Mas é um importante subsídio para as maiores dificuldades que se avizinham, fazendo do Sporting uma equipa com que se tem de contar e do clube um nome incontornável nas primeiras dos jornais.
Dizer que o problema de Rinaudo é a falta de qualidade de passe é não perceber nada de futebol, nunca ter visto o RInaudo jogar ou ser lampião. Das três, uma!
ResponderEliminarUma das grandes qualidades do Rinaudo é exactamente o passe. Ele faz passes de rotura, arrisca e dá volume de jogo ofensivo à equipa. Se ele fosse como o Fernando o o Javi, só passando a bola para trás ou para o companheiro a 3m, é provável que falhasse menos passes. Mas eu prefiro assim, um trinco de nível mundial que não se limita a ser um poste à frente dos defesas.
eu tb sou um dos q acho que o Rinaudo tem que melhorar, e muito, a qualidade de passe.
ResponderEliminarE ontem, não tendo gostado particularmente do Schaars, gostei qd vi o Rinaudo sair e essa missão ser-lhe destinhada.
E, por outro lado, na 1ª parte, por 2x vi a bola ser estupidamente perdida no lado direito (Capel/João Pereira) com infantilidades e que puseram em causa a equipa. Felizmente sem consequencias, e felizmente esse lado melhorou enormemente na 2a parte!
"Quantas vezes, no passado recente, com o crescer do adversário, como aconteceu ontem a partir dos 30m de jogo, a nossa equipa deslizava e soçobrava?"
ResponderEliminarPois para mim é essa a grande diferença do Sporting actual para o Sporting do antigamente, o Sporting estando a ganhar por 1-0 não treme, tem confiança e paciência.
Apesar dos adeptos ( eu incluido) termos sempre receio que algo possa acontecer, traumas do passado, o facto é que o Sporting dá claros sinais de não vacilar quando está a ganhar pela margem minima. O Sporting actual sabe circular a bola pelo campo todo, sem ter que recorrer ao chutão para a frente como no passado, quando se via apertado, sendo este facto mais surpreendente quando os dois centrais são o Polga e o Carriço.
Caro LdA
ResponderEliminaraté parece que não gostou!Anime-se homem, temos equipa!
As ratazanas lampiónicas que vomitam crónicas nos pasquins já ESTÃO EM PÂNICO.
ResponderEliminarO Sporting é de longe a melhor equipa portuguesa.
Saudações Leoninas
Como é evidente é impossível não ter gostado de um jogo que ganhamos como ganhamos. Admito que do post possa parecer o contrário.
ResponderEliminarO que quero dizer é que teria feito outras opções e que iremos ganhar jogos com mais dificuldades do que ganhamos ontem provavelmente jogando melhor.
"O Sporting acabou por ganhar de forma retumbante, mas nem sempre foi retumbante, há que reconhecê-lo."
ResponderEliminarVerdade. Mas isso também é uma das coisas que entusiasma no actual Sporting. É que não precisa de jogar muito para ganhar facilmente a equipas do meio da tabela como o Gil Vicente. Compare-se com os últimos anos, em que qualquer jogo em casa contra um Rio Ave, um Leiria ou uma Académica era um martírio que dava, na melhor das hipóteses, um 1-0 arrancado a ferros.
Ontem, com vantagem mínima e uma exibição mediana, eu não estava minimamente preocupado. Não sabia se viria de um cruzamento cirúrgico do Capel, de uma desmarcação letal do Wolfswinkel ou de um passe primoroso do Elias. Mas não tinha qualquer dúvida que o segundo golo ia aparecer. Era uma questão de tempo.
Quando é que foi a última vez que sentimos isto?
É que é uma diferença abissal face aos últimos quatro (seis?) épocas, em que rezávamos para que o Levezinho inventasse um golo do nada para depois aguentarmos o resultado.
Claro que é legítimo perguntar se já estamos no ponto para bater o Porto e Benfica. Tenho muitas dúvidas. Mas Roma e Pavia não se fizeram num dia e a verdade é que estamos a evoluir a um ritmo que está a superar as melhores expectativas.
Boas
ResponderEliminarMatias - Dá me ideia que Domingos não o quis tirar da equipa para não lhe tirar confiança. é verdade que não correu pelo melhor e domingos faz referencia a isso na conferencia de imprensa. Mas no fim do jogo e com o resultado obtido acabou por ser uma boa opção.
Rinaudo - para mim só tem um problema, que são os gabaritos e a comunicação social constantemente a dizer que ele é um jogador violento. Nunca ouvir dizer o mesmo de um jogador adversário que já partiu 2 pernas a colegas de profissão.
De resto concordo com a análise, "O Sporting acabou por ganhar de forma retumbante, mas nem sempre foi retumbante, há que reconhecê-lo." 100% de acordo e mesmo assim ganhamos por 6, o que demonstra bem a qualidade desta equipa.
LdA, bom post. A bebedeira da glória não nos deve ofuscar os problemas, ou melhor as deficiências da equipa. Para já as virtudes que são enormes têm cobrido com larga vantagem os défices mas não vem mal ao mundo que eles sejam discutidos.
ResponderEliminarNuma visão generalista há aqui dois ditados que podemos utilizar e que se contradizem, "A melhor defesa é o ataque" e "O melhor ataque é ter a melhor defesa".
Julgo que Domingos aplicou ontem o primeiro ditado. O Gil Vicente tem vindo a surpreender, tem qualidade e principalmente atitude competitiva. Este facto viu-se no inicio da segunda parte, avançaram, empurraram o Sporting da sua área e começaram a criar problemas a um Sporting louco de alegria. A resposta de Domingos foi, ataque, ataque e mais ataque. A carne foi toda para o assador e o Gil foi cilindrado. O Paulo Alves que não se preocupe e que continue a aplicar os bons princípios que vem mostrando.
Domingos sabe que não tem a melhor defesa, há ali ainda muito que melhorar e responde a esse dilema com a qualidade que tem de sobra para a frente. Vamos então aos problemas que apontas.
Matías, penso que foi uma opção para dar continuidade à confiança com que está o atleta, é um recurso claro e ainda falta na tua lista de concorrentes Izmailov, mas Pereirinha não saiu do jogo contra o Vaslui "inchado" de confiança, sabe que a tem do treinador, mas tem de a mostrar em campo. Carrillo é insolente, não tem tempo para ficar triste e com complexos por não ser titular, ele quer é entrar e partir aquilo tudo. Como dizia o Allison do Oliveira, parece-me que é daqueles que nem precisa de treinar, é só nos minutos antes do jogo o treinador lhe agarrar no braço e dizer ao ouvido, "Tu és o maior! Vai lá para dentro e arrasa estes gajos que nem correr sabem! Para cima deles!".
Um Matías com confiança, do treinador, do grupo e do público foi coisa que nunca vimos, venha de lá esta continuidade mesmo fora da sua posição que o Carrillo tem tempo de conquistar o mundo.
Sobre Rinaudo, já dei por mim a pensar o que fazer com ele para o derby que se aproxima. Gerir os cartões amarelos para saber que posso definitivamente contar com ele para esse jogo e arriscar ficar a jogar com 10 aos 15 min., ou fazer com que seja expulso em Leiria e ter de adaptar a equipa à falta do seu todo-o-terreno.
ResponderEliminarNão é fácil, os passes falhados parecem-me que nascem de displicência, soberba até, o bom da questão é que Rinaudo não fica a lamentar-se de ter feito asneira, nem a apontar o dedo aos companheiros ou aos céus pelo seu azar. Fez merda, vai mais depressa que qualquer outro resolver o problema e resolve-o nem que para isso tenha de arrancar as pernas de alguém. Estes excessos são ao mesmo tempo o seu defeito e a sua virtude, se corrigir um perde o outro.
Espero que não se vá ao mercado buscar ninguém para o substituir porque o seu substituto natural está aqui ao pé de minha casa, chama-se Adrien e melhora de jogo para jogo. Já aprendeu que ao contrário dos juniores do Sporting não se podem perder bolas ali no meio-campo e ficar a olhar ou a aguardar que os defesas resolvam o problema.
Rinaudo é o único jogador onde não vejo margem de progressão, ele é aquilo, para o bem e para o mal, uma força da natureza que arrisca em demasia mas que irá dobrar e carregar todos os seus companheiros quando a chuva começar a cair e os campos a empapar.
Elias parecia chateado por não ter participado da última festa, o Onyewo estava todo contente no banco a ver o seu puto marcar e o Boji9 a celebrar, no próximo jogo que fizer fez parte do grupo de ontem. Elias quando jogamos na Europa fica afastado do grupo, fora das aventuras, das brincadeiras, das emoções. Eu convocava-o como extra na próxima jornada europeia, o grupo alimenta-se disso, ficava o elemento encarregue de distribuir sobremesas às refeições.
O doping é maravilhoso até eu já sinto os efeitos secundários!
P.S.- Agora lembrem-se de convidar o ManCity para o jogo de apresentação do próximo ano e de pôr o Carrillo a jogar! Por mim o jogo era contra o Farense e sem transmissão televisiva.
Não me parece ser só uma questão de qualidade de passe (que é uma questão técnica). Parece-me ser também (talvez ainda mais) uma questão táctica.
ResponderEliminarPorque se é verdade que tem grandes desconcentrações, cometendo erros técnicos significativos (como passes falhados), preocupa-me muito mais a forma como despreza a segurança na sua zona.
Sai demasiadas vezes. Quer com bola (levando-a controlada), quer sem esta (para ir pressionar mais á frente), toma riscos desnecessários a nível do posicionamento.
É que se falhar um passe põe em risco uma equipa, desposicionar-se põe muito mais. Porque se o adversário a recuperar, ele não vai lá estar. Fica para trás.
Gostava de ver novamente o André no lugar (que penso ter características parecidas com o holandês, que no entanto está já tão habituado a jogar como mc/moc neste Sporting que recuá-lo para pivot parece-me ser... confundi-lo em demasia).
Porque o André, normalmente, utiliza como situação para sair com bola o passe, e raramente a saída com a bola controlada (especialmente em situações pouca seguras). O que não o desposiciona em caso de perda (assim como também não sai tanto na pressão, procurando equilibrar o colectivo rapidamente).
LdA:
ResponderEliminarParece que há sete anos que o Sporting não chegava à meia duzia. Esse facto é suficiente para celebrar. Ontem era dia de celebrações, hoje é dia de análisar mais friamente, escalpelizar o resultado e, principlamente, a exibição.
Em traços gerais concordo com as tuas observações. Claro que a primeira parte esteve longe de ser um primor de jogo. O gde final de encontro e o avolumar do placard, permitiu acabar com um enorme entusiasmo, disfarçando tudo o que de menos bom tb foi realizado... Ontem, acabamos por ter como prenda a maior goleada do que levámos nesta edição da Liga Zon. Batemos o record que o fcp tinha batido contra Nacional no dia anterior...
Apesar da primeira parte menos conseguida, a verdade é que o SCP mesmo nos períodos menos vistosos, transmite uma sensação de segurança que não era habitual. Agora, mesmo a ganhar pela margem mínima, o outrora e tão (nosso) conhecido 'credo' não teima em aparecer, como num passado recente. Esse sentimento advém daquilo que vamos observando no relvado: a confiança / segurança da equipa é visível e essa visibilidade transmite-se para as bancadas e para os telespectadores leoninos. A diferença minima no resultado é sempre perigosa, pq mesmo com um jogo perfeitamente dominado, a qlq momento pode acontecer um lance fortuito que deite td a perder. No futebol em geral, e no nosso SCP, em particular, já vimos esses golpes de teatro acontecer por diversas (demasiadas, diria) vezes. Mas esse fantasma estava mais presente anteriormente, pq o adversário tb nos criava calafrios (jogados iminentes de perigo) com muito maior frequência...
De qlq forma este SCP não se contenta em conservar a vantagem minima, em manter o jogo efectiva (ou ficcionadamente) dominado, procura marcar, mesmo qd sofre períodos de maior equilibrio / domínio por parte dos seus adversários. E é este facto que merece ser realçado, até pq não era mt usual assitir a esta ambição nas ultimas épocas. Esta equipa está, paulatinamente, a afastar os fantasmas de que sofria. Os próprios, pq outros fantasmas há que permanecem... Fantasmas que a nossa CS teima em perpetuar: o falatório em torno das características do Rinaudo já começaram à muito e tanta insistência chega a ser insana. Até parece que o nosso campeonato nunca presenciou as entradas, essas sim maldosas, dum Bruno Alves, ou não presencia com frequência, a 'malandrice' de um Javi Garcia, p.e.. Esta dualidade na análise é verdadeiramente nojenta e qd repetida tende a ser interiorizada e a ser 'seguida' pelos sp muito influenciáveis sócios da APAF. Ontem Rinaudo recebu um cartão amarelo num lance em que faz um desarme limpissimo, cortando notoriamente a bola. Mesmo se tocasse no adversário, a natureza da falta (numa jogada sem qlq perigo e/ou dureza sobre o adversário) nunca deveria ser sancionada com cartão amarelo. Mas como era o Rinaudo, lá teve que levar com o cartão. Finalmente, concordo que o Rinaudo arrisca no passe em demasia, passes que a serem falhados criam muitas dificuldades à sua equipa. Ele terá que rever melhor esses lances e começar a decidir com maior precaução essas situações. Como julgo que é um jogador inteligente, creio que, com o tempo, corrigirá essa tendencia.
Mat14s não tem par tecnicamente. Mais que 'aquele' toque de bola, a imaginação, a intuição, a magia que lhe é inata necessita obrigatoriamente de espaço, que não tem quando encostado à linha...
O Carrillo... O miúdo faz-se. Já na pré-época deu boas indicações que, primeiro parecia confirmar, mas que mais tarde (essencialmente por causa de um individualismo inconsequente) parecia negar e que agora parece voltar a confirmar... Afinal esta inconsistência é própria de quem tem qualidade mas tem, igualmente, ainda muito para aprender. Já disse e repito, ontem, apesar de poucos minutos em acção, foi o jogo mais conseguido do peruano. Gostei muito de todas as suas acções.
SL!
Gonçalo Correia, terá algo de táctico também, Rinaudo fica muito sozinho quando tem de decidir a saída para o ataque, provavelmente esse risco só é corrido graças às suas boas características de reagir rapidamente ao eventual erro.
ResponderEliminarHá sempre prós e contras nas opções tácticas dos treinadores, estes riscos agora assumidos servem para dar 6 ao Gil que não se limitou a construir um autocarro e rezar, vamos ver quais as opções para jogos com outras características.
Uma coisa é certa, esta equipa com o freio nos dentes e lançada ao ataque é um perigo seja para que adversário for.
Leio este post e muitos dos comentários e sinto preocupação, desilusão até.
ResponderEliminarJuro que não percebo.
Depois de 9 vitórias, com o público reconciliado com a equipa e o ambiente de felicidade que se vive, critica-se o facto de não se ser "retumbante".
Pergunta-se: o que é que é suficiente para os Sportinguistas? Golear os jogos todos e ser campeão no Natal? Até nesse caso haveriam críticas.
LGMG,
ResponderEliminarSim, se há coisa que o Rinaudo faz, é reagir rapidamente ás situações do jogo. Por vezes, quiçá até rapidamente de mais, não sendo tão ponderado como a prudência aconselharia.
Mas concordo.
Que continuemos a ganhar. O Sporting está de volta!
Leão Justiceiro:
ResponderEliminarCritica-se? Ou alerta-se?
Pezinhos bem assentes q ainda ñ ganhámos népia.
Vá... Domingo toca a entrar nos dois dígitos em Aveiro. É o q tds os sportinguistas desejam. Com um (ou não) SCP retumbante...
SL
Leão Justiceiro,
ResponderEliminarSe me dissesse que a critica aqui deixada era desprovida de sentido aí ficava preocupado. A verdade é que o Sporting ganhou mas jogou 2 terços do tempo de jogo abaixo do que pode fazer.
As razões para isso acontecer parece-me que se devem encontrar primeiro em nós, porque temos melhores argumentos, e depois no adversário, uma vez que a sua acção pretende contrariar a nossa.
Creio que podemos fazer melhor e, como digo acima, jogos haverá que jogaremos melhor e que não ganharemos de forma tão expressiva. Fico aborrecido por ter ganho? Quem me dera que ganhássemos sempre, nem que fosse por 0.5 a zero.
Leão Justiceiro,
ResponderEliminarNão leve as coisas de forma tão linear.
Preocupe-se com aqueles que dizem maravilhas nas horas boas, e que gritam insultos nas horas más.
Porque nem tudo é perfeito agora, nem tudo era horrivel no início da temporada...
SL
Confesso que ando sem paciência para ler. Nos jornais, vejo as "gordas" e só vou às "magras" se a "gorda" me despertar curiosidade suficiente para saber o desenrolar da história. Numa altura em que ganhamos jogos de enfiada, com boas exibições e alegria nas bancadas, um árbitro decidiu a nosso favor em caso de dúvida e os paineleiros adversários ficaram amuados com uma nossa goleada, chego aqui, e as gordas são o que são... não me dá vontade nenhuma de ir ler as magras.
ResponderEliminarAssim em letras obesas mórbidas, só me ocorre um
SPOOOOOOOOOOOOOOORTING pró autor da prosa!
SL
Precisamente porque sei que não vamos ganhar sempre e ainda iremos "abanar" até ao fim da temporada é que prefiro desfrutar do momento: estou de barriga cheia e cheio de moral.
ResponderEliminarÉ que já não me lembro de quando:
* ganhamos 9 jogos seguidos
* marcamos 6 golos a um adversário
* pusemos mais de 30 mil em média no estádio
* passamos os jogos a cantar
* fizemos a onda nas bancadas
e tudo isto com um futebol agradável e jogadores excitantes.
Se não é caso para estar feliz agora, vou estar quando? Quando voltarmos a perder (porque isso, ninguém duvide, acontecerá)?
É hora de desfrutar deste momento único nos últimos anos.
LdA, fazes o favor de nunca mais utilizar - vitória retumbante - nas gordas. Faz assim, na próxima goleada diz - Ca ganda vitória! - depois podes escrever o que te apetecer que os "ouvintes" voltam para casa satisfeitos.
ResponderEliminarnós somos o 12º jogador do grande Sporting!
ResponderEliminarhttp://cuatidiano.wordpress.com/2011/10/26/os-grandes-so-nos-pareciam-grandes/
Ana,
ResponderEliminarnão gosto de dar conselhos mas aposto que estarias agora mais bem disposta se lesses o post e não andasses a ouvir paineleiros.
Leão Justiceiro,
O Gonçalo fez o favor de sintetizar com propriedade. Convido-o a citar do meu texto qualquer indicio de insatisfação por o Sporting estar a atravessar um bom momento.
LMGM, expliquei-me mal: os títulos levam-me a ler as gordas, que, por sua vez, me (des)motivam para ler as magras. É assim que funciono.
ResponderEliminarLDA, ainda vou conseguindo arranjar alguma boa disposição, daí o remate do meu comentário. E os paineleiros desta segunda-feira até me proporcionaram uma dose generosa dela graças ao visível incómodo que lhes causou a "retumbante vitória". Gosto de os ver chateados, o que queres?
Concordo com tudo, mas tenho umas apreciações a fazer quanto ao Rinaudo. Não me parece sinceramente que seja a qualidade de passe que está em causa, mas sim uma falta de discernimento em certas alturas do jogo, provocadas ou pelos homens de negro, ou pelo estagnamento do jogo pelo resultado final já estar feito. Quanto à primeira, Rinaudo não se deve irritar tanto, alguém já lhe devia ter dito o que deve esperar dos árbitros portugueses vestindo esta camisola. Quanto à segunda tem de se mentalizar que os níveis de concentração tem de estar sempre no topo, os 90 minutos. Parece-me ser a justificação para ele falhar alguns passes, fáceis, pelo que não me parece falta de qualidade.
ResponderEliminarOutro aspecto que não é mencionado, é o que ainda não foi posto à prova na nossa equipa. Nestas 9 vitórias jogamos em campos difíceis, contra equipas difíceis, e sempre saímos com distinção. Fruto da alta qualidade na posse de bola oferecida pelo nosso meio campo, dominámos os 9 jogos a meio campo, em quase todos os minutos desses jogos, mesmo com Guimarães e Lazio em que tivemos menos um, o meio campo foi nosso. Ora o que penso que falta por à prova é precisamente a nossa defesa, quando jogarmos contra equipas que nos tirem a posse de bola e criem calafrios constantes e com qualidade. O jogo na luz vai testar isso. Perceber se realmente temos uma defesa sólida e eficaz o suficiente para segurar a equipa e o resultado, quando lá à frente as coisas não estiverem a correr muito bem, algo que nestes 9 jogos nunca aconteceu.
Lembro que o Gil marca um golo na única vez que lá vai. Bem sei que as circunstâncias eram peculiares, 4-0 e toda a gente em pé a aplaudir o Capel. Aceita-se até certo ponto a distracção do João Pereira e do Polga. Espero é que tenha sido mesmo só pelas circunstâncias.
Vamos para a décima. SL
A goleada na segunda soube muito bem, mas a verdade é que ainda não gánhamos nada e estamos em 3º com os mesmos pontos que o marítimo e Braga e a 3 do Porto e Benfica (que até já jogaram entre eles).
ResponderEliminarHá que continuar com os pés muito bem assentes no chão, como muito bem fazes LdA!
Tal como está muito bem dito no Sector, Euforias para quê?
http://sectorb32.blogspot.com/2011/10/euforia-porque.html