Confesso a minha decepção pelas opções iniciais de Domingos. Decepção por não ver satisfeita a minha curiosidade em relação a Árias e eventualmente Rúbio e por não conseguir perceber o que ganhou com a colocação de Ínsua à frente de Evaldo. Parece-me isso sim que perdeu 45m com o Sporting a jogar amputado de um dos braços, mais precisamente o esquerdo.
Perante um adversário bem organizado defensivamente a produção ofensiva do Sporting resumiu-se às arrancadas de Capel do lado direito, apesar do maior perigo ter acontecido num remate à barra de André Santos e uma cabeçada de Wolfswinkel, defendida pelo guarda-redes. Matias nunca conseguiu ser o elo de ligação com a frente, conseguindo participar no jogo apenas em zonas muito recuadas do terreno, sem grande relevância, portanto.
A entrada de Pereirinha na segunda parte pretendeu devolver o tal braço direito amputado, o que só resultou depois de um penalty convertido por Wolfswinkel. Até aí o jogo continuou a passar por Capel, já postado do lado esquerdo, e quase sempre arredada das zonas centrais, muito longe do ponta-de-lança e da baliza famalicense.
Apesar da vantagem então conseguida e depressa ampliada novamente pelo holandês, após centro de código postal de Pereirinha, o jogo prosseguiu sem grande qualidade, mesmo após o Famalicão ter perdido 2 jogadores por expulsão. A equipa espraiou-se no relvado controlando o jogo sem se preocupar com a ampliação do resultado.
Uma palavra de simpatia para o adversário, que em tempos já ombreou connosco na mesma divisão, e que jogou sempre com grande galhardia.
Ficha de jogo
Famalicão, 0
Sporting, 2
Jogo no Estádio Municipal 22 de Junho, em Famalicão.
Assistência Cerca de 7.000 espectadores.
Famalicão Rui Forte, Luís Miguel, Hugo Matos, Pedro Silva, Talocha, Palheiras (João Dias, 81’), Jorginho, Flávio Igor, Gomis, André Claro (Jorge Miguel, 86’), Diop (Nelson, 67’).
Sporting Marcelo Boeck, João Pereira, Onyewu (Pereirinha, 46’), Carriço (Rodriguez, 46’), Evaldo, André Santos, Schaars, Insua, Matías Fernandez, Diego Capel (Rubio, 75’), Wolfswinkel.
Árbitro Artur Soares Dias, do Porto.
Amarelos Talocha (29’ e 83’), Diego Capel (44’), Jorginho (53’ e 64’), Palheiras (61’), Marcelo (73’), Hugo Matos (74’) e Alberto Rodríguez (81’).
Vermelhos Jorginho (64’) e Talocha (83’).
Golos 0-1, por Wolfswinkel (g.p.), aos 62’; 0-2, por Wolfswinkel, aos 67’.
A Taça é fértil em surpresas e, realmente, ainda não dispomos de um plantel suficientemente homogéneo como para tomar determinadas opções. No entanto, as várias condicionantes (lesões, estado físico com que alguns atletas chegaram das selecções, proximidade de jogos...etc, etc) fizeram com que a escolha recaísse neste onze. Também estou com curiosidade em relação aos atletas referidos no post, mas se eventualmente a ideia era lançá-los no decorrer do jogo, as contingências do mesmo inviabilizaram essa hipótese. A época é longa e espero que algumas das nossas 2ªs linhas apareçam, para bem deles e do clube.
ResponderEliminarhttp://nscpcarapinheira.blogspot.com/2011/10/famalicao-vs-sporting.html
Eu esperava que Domingos tivesse colocado André Martins em jogo. O miudo merecia a oportunidade. Muito injusto o que aconteceu.
ResponderEliminarMike,
ResponderEliminarO Martins é um jogador que também me desperta curiosidade mas desta vez até compreendo, o Matias precisa tanto ou mais do que ele de adquirir ritmo.
LdA,
ResponderEliminarPois. Mas podia ter sido o Schaars o sacrificado.
Gonçalo,
ResponderEliminaraceito, embora não veja o Martins a cumprir as funções do Schaars, já do Matias sim.