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A contratação de João de Deus como pretexto para pensar o que quer da formação (foto OJogo) |
Sabe quantos jogadores jogaram na equipa B do Sporting nas duas últimas épocas?
47 jogadores na época 13/14. Destes 47 jogadores 13 jogadores da A - Cissé, Wilson, Salomão, Slimani, Rinaudo, Magrão, Shikabala, Vitor, Piris, Jefferson, Wélder, Boeck - acumularam diversos minutos de jogo, o que, inevitavelmente, retira o indispensável espaço de afirmação que deveria ser, para os jogadores oriundos da formação, a equipa B. Mais ainda, entope o fluxo normal de ascensão de jogadores júniores. Na época em curso
foram já usados 27 jogadores em apenas 10 jogos efectuados, dos quais Miguel Lopes, Gauld, Geraldes, Sacko, Cissé, Jonathan e Slavchev deveriam estar no escalão superior.
Sabe quantos jogadores foram contratados para a equipa B nesse mesmo período?
A resposta não é linear porque há diversos jogadores cujo objectivo da contratação e o destino final não se percebe muito bem, como são os casos de Gauld, Sacko, Cissé, Slavchev, Geraldes, etc, etc. Mas pelo menos 7 podem ser assim considerados, a saber: Perez, Sousa, Sambinha, Tiziu, Dramé, Enoh, Gazela.
Qual deles justificou justificou a contratação dentro do critério lato (i) não haver ninguém para o lugar ou (ii) ser melhor do que já havia?
O critério de "serem jogadores baratos" não colhe porque, ao seu preço deveria ser somado o quanto o Sporting poderia ganhar se promovesse jogadores de indiscutível valor como os ainda tem no seu plantel na equipa B. Nunca saberemos. Sendo justo, também eles, os jogadores contratados, sofrem com o mesmo problema que afecta os jogadores da casa, afinal o barco é o mesmo e, tal como eles, também precisavam de mais tempo. Mas com 28 jogadores inscritos (incluindo júniores) e a concorrência dos A's não é fácil consegui-lo.
Como evoluem e se afirmam jogadores que não jogam ou jogam pouco?
Sabe quantos jogadores ascenderam da equipa B à A e aí se fixaram?
De forma directa um, Mané, o ano passado. Este ano nenhum, uma vez que João Mário precisou de ir arejar a Setúbal, quando já se aprestava para entrar no rol crescente de "indisciplinados" e "ingratos". Esgaio já soma vários minutos, o que torna ainda mais notoriamente questionável a contratação de Geraldes. Surpresa seria terem entrado muitos, atendendo ao modelo adoptado e à falta de qualidade geral do jogo registado o ano passado e que se estende pela época em curso.
Sabe quantos treinadores já passaram pela equipa B no mesmo período?
3 treinadores. Abel, que deixou a equipa a dias de começar o campeonato, Barão que aguentou 10 jogos e que agora, sem grande surpresa face ao que a equipa (não) produzia, cedeu o lugar agora a João de Deus.
João de Deus porquê?
Às perguntas de cima poderia juntar-se esta. Não tendo opinião formada sobre ele, limito-me a desejar-lhe sorte e a constatar que o critério seguido não é muito diferente do anterior: parece mais uma aposta casuística, como foram as de Abel e Barão, que não tinham nada de especial que os recomendasse. Mas a contratação deste treinador, cujo curriculum é absolutamente neutro no que a recomendações diz respeito, é apenas mais uma peça num puzzle de difícil percepção relativamente ao que se pretende para o resultado final.
Responder às perguntas acima, e a outras que se deveriam fazer, poderia significar perceber pelo menos uma parte dos problemas que se intuem na formação. A sucessão inusitada de casos disciplinares, abandono de jogadores talentosos (com os quais se tornou difícil renovar, após a leva inicial de jogadores que ficaram presos a contratos longos, de cláusulas elevadas e com ordenados reduzidos face aos que chegam) e alguns resultados confrangedores são alguns deles. São questões meramente circunstanciais ou revelam uma tendência?
O que já é mais difícil de perceber é os efeitos que esta saga experimentalista de jogadores e treinadores terá não apenas no imediato mas no futuro de médio prazo. Repare-se no tempo que foi necessário dar a Adrien, Cedric, Martins e até João Mário até eles se conseguirem impor como opções do treinador.
Obviamente que sendo eu, neste blogue, a fazer estas perguntas que todos deveriam fazer, sobretudo os responsáveis, muitos preferirão responder que é apenas a minha má-vontade, por ser "do contra", que motiva as minhas questões. Para esse nível de discussão binária não contem com o meu contributo, até porque essa acusação além de me ser indiferente, não respeita os factos: estas são mais ou menos as mesmas preocupações e questões levantadas no passado.
Como estava a comentar há bocado contigo no Twitter, concordo em geral com a tua análise.
ResponderEliminarPodíamos ir mais além e olhar também para o primeiro ano da B nesta análise. Na época 12/13 foram contratados:
ventura, turan, arias, julio alves, chula, plange, chetri, rubio, etock, ivan rodriguez, patinho, juary, ruan yang, king, fokobo (creio estar correcto mas corrijam-se se estiver em erro)
Foram 15 contratações para a B, das quais apenas King, Fokobo e Rubio continuam ligados ao Sporting.
Na época 12/13 jogaram 48 jogadores na B (e 2 treinadores)
Isto não é uma crítica à anterior direcção, nem a esta.. nada a ver.
O que quero dizer é que o objectivo da B tem continuado a ser mais ou menos o mesmo:
- Servir de ponte entre juniores e seniores
- Funcionar como "laboratório" para experimentar alguns jogadores que nunca seriam contratados, à primeira, para a A
- Dar minutos aos menos utilizados
- Os anteriores três pontos a servirem para sempre suportar e apoiar a equipa A.
A questão parece-me ser: é este o caminho?
Devemos fazer estas experiências e contratar jogadores que potencialmente poderão ser jogadores para a A (e obrigatoriamente dar menos minutos aos da "casa")?
Se calhar a resposta é sim, tendo em conta o elevado número de jogos na 2ª Liga (a saber: 42).
Se calhar a resposta é não, apenas devemos jogar com os da casa durante a época inteira, mesmo tendo em conta os tais 42 jogos.
A verdade é que não sei ao certo a resposta, mas parece-me ser esta a pergunta que deve ser feita.
Em relação a João de Deus, não conhecendo bem o treinador, apenas posso desejar sorte e bom trabalho ao nosso treinador!
Excelente post, que aproveito para complementar com mais um dado para a discussão. Naépoca 13/14, o Sporting B tratou de dar competição aos jogadores seguintes:
ResponderEliminar1. Cissé - 898min
2. Welder - 631min
3. Matias Perez - 405min
4. Hugo Sousa - 1726min
5. Ivan Piris - 990min
6. Vítor - 180min
7. Shikabala - 270min
8. Gerson Magrão - 414min
9. Fabian Rinaudo - 90min
10. Diogo Salomão - 519min
Ao todo, 6.123min de competição em jogadores que, na sua esmagadora maioria, já saíram do clube (8 dos quais dispensados) e 2 dos quais foi impossível encontrar colocação satisfatória (1 dos quais ausente em parte incerta).
Deste lote de 10 jogadores, apenas 2 têm uma idade que poderia considerar-se ser de "formação" (e é necessário acreditar que o Cissé tem a idade que diz ter).
Os 6.123min de utilização deste lote de jogadores correspondem a 68 jogos completos. Ou, posto de outra forma, porque o campeonato tem 42 jornadas e uma equipa só pode jogar com 11 jogadores em simultâneo, o número de jogadores em "não-formação" que alinharam pela equipa B equivaleu a (68,03/42) 1,62 por jogo.
Se lhes acrescentarmos os minutos concedidos ao Dier (9 jogos completos, 810min), ao Marcelo Boeck (3 jogos completos, 270min), ao Slimani (1 jogo completo, 90min), o Wilson Eduardo (1 jogo completo, 90min) e os 36 jogos realizados pelo dispensado Kikas (2754min) ou os 23 jogos realizados pelo dispensado Nuno Reis (2047min), chegamos à módica quantia de 12.184min realizados por jogadores em "não-formação", o equivalente a 3,22 jogadores por jogo.
E a cereja no topo de bolo seria juntar o Dramé, o Sambinha e o Enoh - que não por sua culpa ainda estão na Equipa B - para se depreender no que consiste a "estratégia" do triumvirato da gestão desportiva do Sporting.
Para que o João de Deus tivesse sucesso neste contexto, precisaria ser efectivamente milagreiro. Como já se conhece o destino (o despedimento sumário do Abel) daqueles que ousam questionar as escolhas do triumvirato da bola, fica a dúvida se entre as maiores qualidades que o João de Deus deverá possuir para inverter esta gestão caótica não ser o treino dos seus dirigentes.
O que fica por conhecer também é o destino daqueles que ousarem considerar que os jogadores ainda pertencentes ao Sporting são muito fraquinhos. Já se sabe que têm um inimigo - o Bruno de Carvalho - porquanto tal configura uma desvalorização dos activos da SAD (mas os activos não valem que o mercado oferece por eles e se é aquilo, a desvalorização não há de ser grande?...). Fica apenas por saber se a moda de enviar participações ao Conselho Fiscal pega e ainda somos todos corridos a processos disciplinares.
Pela primeira vez vou comentar no blog.
ResponderEliminarAcho o blog muito anti bruno e declarado, 80% das vezes nem motivo para tal. traduçao o blog é da oposiçao. nada de anormal e acho q deveria continuar assim senao tornamo-nos como os pardais de carnide q "ave vieira" e pronto, mesmo discordando da sua opiniao.
mas o post de hoje ta a 100% verdade e tem sido o calcanhar de aquiles des administraçao, fala-se em academia mas nao aproveitamos os putos e nem lhes encorajamos a tal. as clausulas estupidas contra os salarios baixissimos é pura estupides e que os putos se neguem mesmo a renovar e vao mostrar talento para outras paragens esta é a minha opiniao para ver se abrem as pestanas de uma vez.
quanto ao joao de deus ele fez um excelente trabalho ao resgatar os jogadores sub 21 da seleçao de cabo verde (sou caboverdiano) e meteu-os na seleçao A e apartir dai foi sempre a subir a nossa seleçao e esses putos que na altura ganharam aqui em portugal os jogos da lusofonia (heldon por exemplo) sao a base da seleçao caboverdiana que hoje ta bem cotada em africa. e isso pode ajudar na equipa B , dando uns berros para os gajos da direçao pararem de contratar jogadores sabendo q temos uma equipa b e juniores cheios de vontade de mostrar serviço ....
bom post o de hoje, mas continue sendo um anti-bruno para que possamos estar de olhos abertos para nao tornamo-nos como pardais de carnide com palas nos olhos. e olhe que eu sou um brunista convicto
LdA, desculpa o pequeno off-topic relativamente ao tema central do post, mas o pouco tempo leva-me a comentar rápido. Voltarei com mais tempo para a questão central.
ResponderEliminarUma das coisas que eu gostava que uma auditoria de gestão desse à evidência é quanto nos custa a formação, quanto investe o Sporting ano após ano, para ter aquela estrutura em Alcochete.
Se eu fosse gestor do clube, seria um dos dados fundamentais para a minha posterior tomada de decisão sobre qualquer assunto futuro relativo ao futebol de formação do Sporting.
É que se calhar é mais barato ir comprar putos à Colômbia...
Baavin,
ResponderEliminarde facto aqui é mais fácil.
Sobre o lote de jogadores que mencionaste ventura, turan, arias, julio alves, chula, plange, chetri, rubio, etock, ivan rodriguez, patinho, juary, ruan yang há que reparar que Thuran, Arias, Rubio foram dos primeiros a chegar e, aparentemente, faziam algum sentido. Os restantes não e resultaram de acordos que em nada beneficiaram o Sporting. Aparentemente também parece-me que vieram agarrados a outros com quem partilhavam empresários.
Só por essa razão não faço a comparação porque é pacifico hoje afirmar que se trataram de medidas de gestão que foram largamente rejeitadas sob a promessa de uma verdadeira aposta na formação evitando os erros cometidos no passado.
Sobre os objectivos da "B" parece-me que este modelo de experimentar jogadores só faz sentido tendo como base um valor minimo indispensável dos jogadores. Infelizmente não vejo isso em Sambinha, Enoh, Cissé e Dramé tem óbvios problemas de "escola", Acresce as dúvidas se alguns deles têm a idade que dizem ter.
Aceito pontualmente que um jogador que venha de uma lesão grave faça minutos na B, já me custa mais que os jogadores da A acampem na B, roubando espaço aos aí residentes. Fosse o número de ambos os plantéis menores não ficaríamos mais próximos dos objectivos pretendidos?
Ventura - empréstimo de 6 meses
ResponderEliminarTuran - contratado na temporada 11/12
Arias - contratado na temporada 11/12
Rubio - contratado na temporada 11/12
Julio alves - empréstimo de 1 temporada
Lucas Patinho - empréstimo de 1 temporada
Chula - contrato de 1 temporada
Plange - contrato de 1 temporada
Juary - contratado no 1º ano de júnior (2010/2011)
Etock - contratado no 2º ano de júnior (2011/2012)
Fokobo - contratado durante o seu 1º ano de júnior (2011/2012), inscrito nos juniores em 2012/2013
Kikas - resgatado ao Real Massamá e contratado por 1 temporada.
Número total de jogadores utilizados em 2012/2013: 44 jogadores.
15 juniores alinharam pela Equipa B em 2012/2013: Bruma (25 jogos), Tobias (18 jogos), Iuri (10 jogos), Chaby (7 jogos), Dier (7 jogos), Mané (6 jogos), Podence (6 jogos), Ponde (5 jogos), Ricardo Tavares (4 jogos), Luka Stojanovic (3 jogos), Edelino Ié (2 jogos), Francisco Geraldes (2 jogos), Mauro Riquicho (1 jogo), Luís Cortez (1 jogo), Alexandre Guedes 1 jogo.
8 jogadores iniciaram a temporada na Equipa B e terminaram na Equipa A: Betinho, João Mário, Ricardo Esgaio, Zezinho, Bruma, Tiago Ilori, Eric Dier (este facto conduz a um número de jogadores utilizados superior, tendo esses jogadores provindo dos juniores).
Número de jogadores utilizados na temporada 2013/2014: 47 jogadores.
7 juniores alinharam pela Equipa B em 2013/2014: Riquicho (24 jogos), Ponde (16 jogos), Matheus Pereira (4 jogos), Daniel Podence (4 jogos), João Palhinha (2 jogos), Liu Yiming (1 jogo), Mama Baldé (1 jogo)
1 jogador iniciou a temporada na Equipa B e terminou a temporada na Equipa A: Carlos Mané.
LMGM,
ResponderEliminarconcordo inteiramente com a tua dúvida " se calhar..." e parece-me que o modelo seguido sente essa tentação.
Mas quando olhamos para o passado e para o presente e vemos depois quem é que joga e quem tem potencial para realizar grandes negócios (os nossos grandes negócios foram todos com portugueses e da formação) e as dúvidas parecem fazer menos sentido.
Não conseguir sair de um ano como o ano da formação da equipa B só ajuda ainda mais à divisão. Quando não há bago para comprar grandes jogadores a formação sai muito à frente nos negócios e no desempenho. Ou quem são os jogadores do SCP de que toda a gente fala?
ResponderEliminarbaavin:
ResponderEliminarConcordo com a pergunta faz.
Mas penso que a equipa B deve servir para fazer a ponte entre juniores e seniores e ao mesmo tempo dar minutos aos jogadores menos utilizados na equipa A, que assim conseguem manter o ritmo competitivo. Deverá servir também para a adaptação daqueles jovens jogadores como Gauld ou Sacko, que são contratados tendo em vista o médio/longo prazo. Ainda hoje, li declarações do selecionador escocês que exalta a evolução que Gauld apresenta.
Como foi referido no seu comentário, com a quantidade de jogos que se fazem n a2ª liga (permita-me corrigi-lo, mas não são 42 jogos, mas sim 46, uma vez que a 2ª liga conta atualmente com 24 equipas), todos terão a sua oportunidade.
Uma das coisas que atualmente mais me preocupa no Sporting é a equipa B, porque sinceramente não vejo que exista uma estratégia definida para ela. Definir claramente uma estratégia para a equipa B e para a formação em geral é o próximo grande desafio desta direção.
O problema da equipa B, que eu tenho acompanhado graças á nossa televisão (que bem que sabe poder dizer isto) é que apresenta um futebol deprimente, sem fio de jogo, sem intensidade e dá a sensação que jogadores como Tobias, Wallyson, Fokobo, Chaby, Iuri, Gauld, Esgaio, Podence e Gelson Martins andam ali a desperdiçar o seu talento. Nunca fui admirador das qualidades de Abel e de Barão como treinadores, mas a culpa desta situação não é só deles, mas sim, como já referi, da falta de estratégia para a equipa B. Neste aspeto a direção tem de melhorar muito o seu trabalho.
Se João de Deus é a aposta acertada para liderar este projeto, sinceramente não sei, até porque não sou um conhecedor profundo do seu trabalho. Prefiro esperar para ver.
Saudações leoninas.
António Benedito,
ResponderEliminaressa contabilidade, dos minutos jogados, dos jogadores em que o Sporting apostou e que entretanto já cá não estão, em detrimento de outros, são muito mais do que um complemento ao post e acrescentam matéria muito importante para reflectir.
Se calhar chamava-se o amigo Barão para ele também dizer quem jogava. Não queria mais nada?
ResponderEliminarAcho que a resposta à pergunta que fiz terá que ser, inevitavelmente, um meio-termo.
ResponderEliminarAcho que alguns jogadores (Gauld, por ex tal como Arias) são apostas "quase certas" (ou, pelo menos, é lhes reconhecido esse estatuto); outros são dúvidas (Sacko, Cissé, Dramé por ex) que podem dar em alguma coisa visto que ainda são novos mas ainda verdinhos; e outros que dificilmente serão jogadores para o Sporting (Enoh, Gazela etc) - mas que, tendo em conta o investimento reduzido, são "apostas" - podem acabar por dar alguma coisa.
O ideal, claro, é termos ambos os plantéis menores e com mais qualidade garantida - mas será que não vale a pena arriscarmos (com pouco investimento) alguns potenciais bons jogadores? (é mesmo uma pergunta, não sei a resposta)
E se desses muitos jogadores com algum potencial e pouco investimento, apenas um der num jogador para a A - podemos dizer que valeu a pena a aposta?
Posto isso, acho que não faz sentido dizer que não há aposta na formação - 9 dos 14 que jogaram contra o Trofense, por ex, vieram da formação. 7 dos 10 mais utilizados esta época são da formação. Acho mesmo que não é por aí. (Na época passada, 9 dos 10 mais utilizados vieram da formação: http://www.zerozero.pt/team_players.php?pos=0&pais=0&epoca_stats_id=143&id=3660&menu=)
Posto isso, também acho que jogadores com tantos minutos acumulados na B (Iuri, por ex) e não estando prontos (ou não havendo lugar) para a A, o ideal, em minha opinião, é emprestar tal como fizemos com o João Mário.
(Só uma adenda sobre o Kikas - tem 15 épocas de Sporting, desde 98/99, apenas com um intervalo de 2 épocas que esteve ao serviço do Real Massamá. É jogador da formação.)
ResponderEliminarLdA, o melhor negócio do Sporting via Academia para mim foi o Hugo Viana. Os jogadores "espectáculo" Ronaldo, Nani, Simão, Boa Morte, Quaresma ou Bruma, até eu vendia e nem sei bem qual a real influência da Academia no seu desenvolvimento/aperfeiçoamento das características inatas.
ResponderEliminarJá jogadores como, Ilori, Viana, Moutinho, Veloso, Dier, são produtos da formação (e Adrien, Martins, William...).
Ou seja, Ronaldos não se fabricam, existem e quem melhor os souber detectar e manter pode desfrutar do seu talento, Vianas são mais difíceis de criar e rentabilizar, se é que é possível rentabilizar perante o custo da sua criação.
Como logo à partida não sei o custo da formação é difícil tomar posições em consciência e as esporádicas vendas chorudas vão adiando análise mais consistente.
P.S.- Palavra de honra que não consigo conceber o que é "oposição" dentro do universo de um clube desportivo... Divergência, critica, duvida, analise, eu entendo, oposição? Mas oposição a quê? Como desde os 12 anos que discuto com amigos que mantenho até hoje o que faria no Sporting se tivesse 1 milhão de dólares (na época uma verba inimaginável!!!!) e a maioria das coisas que faria seriam diferentes do Presidente João Rocha...
Muito oportuno, LdA, e para os sportinguistas reflectirem sobre uma área importantíssima do nosso clube.
ResponderEliminarEncaro a contratação de João de Deus com algum cepticismo… mas dou-lhe o benefício da dúvida. Pode parecer contraditório, mas não será.
Por um lado, não lhe conheço nenhuma intervenção particular no contexto da afirmação de jovens jogadores. Em 2011-12 treinou o Atético, que integrou jovens esperanças do Benfica (Abel Pereira, Hélio Vaz e Coelho) e do Sporting (o nosso Zezinho). Tanto quanto sei, os do Benfica fazem pela vida em clubes de 2ª linha. O Zezinho está onde sabemos. Não se destacaram no Atlético, com excepção do Zezinho que ainda participou num número apreciável de jogos.
Por outro lado, sendo J. Deus licenciado e em Educação Física terá ideias sobre o que pode e deve ser uma Equipa B. Outra questão é a capacidade ou o poder de aplicar as ideias que possui. Não sei quem pensa conceptualmente o projecto Academia e Sporting B. O Virgílio não será…
João de Deus tem um bom relacionamento pessoal com Marco Silva. São da mesma geração e possuem “linguagens” comuns.
Preocupa-me o cenário que o LdA apresentou relativamente ao que tem sido o contexto formativo e desportiva da B. É deprimente e revela uma intervenção casuística. Chega a parecer que há um plano para acabar com a equipa B e passar a ir buscar jogadores à Colômbia ou Bolívia. Só falta que um dia destes alguém venha com a conversa sobre os custos da Academia!
3 treinadores em 3 meses e ainda se preocupam? Por este andar para o mês que vem está aí outro e no fim da época já ninguém se lembra quem foram os primeiros. A mim só me incomoda que não seja mais uma velha glória de regresso a casa como o presidente prometeu. Talvez tenha falhado mais qualquer coisa desta vez e este nem chegue ao fim do mês. Era chato.
ResponderEliminarBaavin,
ResponderEliminarNa tentativa de comparar laranjas com maçãs, elaborou uma lista dos jogadores "contratados" para Equipa B na época 2012/2013. Essa lista deveria, portanto, integrar o Kikas - que tinha sido dispensado, na época anterior - e foi chamado para fazer testes e integrar uma Equipa B que era, na sua esmagadora maioria, constituída pela geração de 1993.
Dos jogadores da geração de 1992 - altura em que ainda não havia quadro regulamentar para a existência de uma Equipa B -, que eventualmente poderiam ter integrado a equipa B por serem seniores de 2º ano, poucos tinham sido aqueles que tinham sido convidados a celebrar um contrato profissional: William Carvalho e Zézinho eram aqueles em que se acreditava, não se chegou a acordo com o Afonso Taira para renovar, os demais tinham o destino traçado desde os juvenis. Portanto, da geração de 1992, quando foi iniciada a Equipa B, nenhum sobrava nos quadros do Sporting para compor a equipa. William estava emprestado ao Cercle Brugge e o Renato Neto integrava a equipa principal.
O mesmo sucedia com os jogadores da geração de 1991: aqueles em que o Sporting acreditava na sua passagem para o escalão sénior, já tinham cimentado o seu percurso, uns com bastante sucesso (como o Cédric), outros com sucesso relativo (como o Nuno Reis), outros com relativo insucesso (como o Amido Baldé). Outros, como era regra na casa, não tinham qualidade suficiente para ter vínculo ao Sporting apesar da choradeira na blogosfera (como o Renato Santos).
Portanto quando se quis constituir uma Equipa B, havia uma geração extraordinária que subia dos juniores e que contava (por ser excepcional) com 10 a 12 jogadores em que o Sporting acreditava (o que, bem vistas as coisas, era 6xs mais do que a geração de 1992). Só que um plantel de 10 ou 12 jogadores era capaz de ser curto (talvez...), razão pela qual o Sporting ainda integrou o Pedro Mendes (em final de contrato e sem colocação), o Nuno Reis (que tinha perdido a titularidade no Cercle), recuperou o Eric Dier (ainda júnior), integrou 2 jogadores que tinha contratado na temporada anterior (Rubio e Arias) e e permitiu a um conjunto de jogadores fazer provas - entre os quais o Kikas, o Chula, o Plange e o Ruan Yang - para assinar contratos de curta duração, e ainda adquiriu outros por empréstimo (como o Júlio Alves e o Lucas Patinho).
A seguir a esta talentosa geração de 1993, vinha a não menos talentosa de 1994: Farley Rosa, Carlos Mané, Tobias Figueiredo, Ruben Semedo, Chaby, Iuri Medeiros, Luka Stojanovic, Luís Cortez, Fabrice Fokobo, todos jogadores nos quais o Sporting acreditava - em alguns dos quais fortes apostas (o Iuri, o mais jovem residente de sempre da Academia, por exemplo).
Estavam portanto criadas as condições humanas para que o Sporting não precisasse de fazer uma única contratação para a sua Equipa B.
Porém, o grande mentor da aposta na formação e da cirurgia aplicada, andou a distribuir milhões por jogadores de qualidade e idade duvidosa.
Nisto, por um lado, há quem pretenda comparar as situações, por outro lado, há quem tenha memória.
Nunca se podia nem devia ter comparado o 1º ano da equipa B com os demais. Porventura falta de atenção mas como já devíamos saber todos como é fácil comparar laranjas com maças no SCP, quando dá jeito. Também tinha chamado a atenção para o efeito de poder de inquinar um tema muito sério. Muito bem António Benedito.
ResponderEliminarA competência que reconheço na gestão do plantel principal (Inácio), custa-me a aplicar nas camadas jovens, e equipa B (Virgílio).
ResponderEliminarPenso que a equipa B tem sido vista mais como um deposito de jogadores, do que com uma plataforma de evolução para jovens jogadores.
Não acho que a equipa b seja apelativa para um jogador mais do que os dois primeiros anos de sénior...a partir daí, e a falta de lugar na equipa principal, penso que a solução passará sempre por empréstimo, e de preferência a clubes portugueses (exemplo do João Mário).
Compreendo a aposta em jogadores como Ryan Gauld, se bem que jogadores como o Gazela ou o Enoh já me causam mais estranheza,,,vejo-os mais como favores a alguém do que outra coisa qualquer.
Uma equipa B nunca deverá ser obrigada a vitoria em todos os jogos. Nem mesmo as camadas jovens. é preferível evoluir, e aprender errando de forma a minimizar o erro quando se chegar ao plantel principal, onde aí sim se tem de ganhar sempre!
Vou aguardar por ver o que este novo treinador irá dar, se bem que não tenho grande impressão dele.
Termino só dizendo uma coisa....já evolui-mos...longe vão os tempos (e assim se mantenham longe), em que a dança das cadeiras acontecia...mas na equipa principal...
SEU LAMBUÇAS! NAO TE VI NA AG! FORÇA BRUNO! DERRUBA ESTES LAMBUÇAS QUE CONTINUAM A EXISTIR DENTRO DO CLUBE! FORÇA BRUNO! FORÇA SPORTING!
ResponderEliminarQuem semeia ventos colhe tempestades...
ResponderEliminarQuase todos os dias o vosso presidente insulta e lança provocações ao nosso presidente e ao nosso clube...já são muitas e muitas...diz o que quer, a hora quer e da maneira que quer, não economizando palavras do mais rasca que existe...
Agora, com a frase "espero não sair morto de lá", coloca mais achas para a fogueira e ao mesmo tempo, arma-se em vítima...
Fosse o nosso presidente a dizer tudo o que disse o vosso presidente, os "moralistas de plantão" a esta hora já o tinham condenado à morte por falta de contenção verbal e por piromania gratuita...mas como é ao contrário, é tudo normal, ninguém fica indignado...e ainda tem a lata de dizer nos programas de tv que existe "troca de galhardetes", quando o nosso presidente deixa o vosso a falar sozinho...
Espero que desta vez no Dragão para a Taça, não hajam "anjinhos" sporting-casuals a promover baderna, corre-corre e tumulto nas alamedas do Dragão...
E se algo acontecer de mal a voces, ou a ele no Dragão, que eu espero que não aconteça, lembrem-se do que andou o vosso presidente a dizer gratuitamente do nosso clube e presidente pelo menos nos últimos 2 meses...