Ninguém terá ficado indiferente ao estranho resultado do Dinamo de Zagreb 1 - Lyon 7 que permitiu o apuramento da equipa francesa em prejuízo do Ajax. Fora apenas esse resultado anormal e provavelmente as atenções a incidir sobre ele depressa se dissipariam. Mas o sucedido no Arena de Amesterdão, com a equipa da casa a ver anulados 2 golos que lhe permitiriam a qualificação, contribuíram para adensar as suspeitas.
Pode não se tratar mais do que de meras coincidências mas só muito ingénuamente se pode passar uma esponja sobre ao assunto. O apurado ser uma equipa francesa numa competição organizada por um presidente francês, estar envolvido uma equipa de arbitragem portuguesa, classe conhecida pela sua capacidade de "adaptação às circunstâncias" e pelo contorcionismo ante quem manda é vento a favor nas velas dos que abonam a causa da teoria da conspiração. Pior só mesmo o piscar de olhos de Vida ( foto abaixo), jogador do Zagreb o mesmo que é apontado em Zagreb como tendo sido visto a sair de uma casa de apostas (foto acima). O facto de o movimento das apostas ter sido mais baixo do que o normal também não ajuda a dissipar por completo todas as dúvidas. E mais do que a quantidade dos movimentos interessaria apurar o valor dos prémios pagos e sobretudo quem lucrou, o que no actual sistema, é impossível de deslindar.
Coincidência, jogo de apostas ou favorecimentos, o que está em causa é, mais uma vez, a credibilidade das instituições e dos dirigentes do futebol. Soubessem eles, em todos os seus actos, projectar uma imagem de independência, transparência e isenção e provavelmente o caso teria outros contornos. Infelizmente a norma adoptada é ser fraco com os fortes e forte com os fracos ou lavar as mãos como Pilatos, quando se impunha tomadas de posições inequívocas em favor do futebol. Todos nos lembramos do que foi a actuação da UEFA em casos como o do Apito Dourado, em que aquela se escudou numa solução legalista quando, pela clareza do sucedido, se impunham óbvias sanções desportivas. A Comunidade Europeia também não sai incólume, uma vez que urge legislar em favor da transparência do jogo de apostas, bem como dos clubes de futebol que, sendo os actores principais, não retiram daí qulaquer vantagem.
Sendo um apaixonado de sempre pelo futebol, pelo que se joga dentro das 4 linhas, constato com tristeza que quer a nível nacional quer internacional continue a faltar liderança esclarecida, sendo por vezes dificil de distinguir se o jogo de futebol não é cada vez mais semelhante a um jogo de marionetas. E, como sportinguista, não me têm faltado razões para assim suspeitar.
Peço licença para trazer á colação um assunto pouco debatido nos blogues Sporting: a coca-cola deixou de patrocinar a formação do Sporting Clube de Portugal, por sinal a melhor do mundo, a única que formou dois fifa world player (Figo e Cristiano Ronaldo) e continuou a patrocinar a formação do benfica e porto. Ṕarece-me estranho e como tal deixei de consumir coca-cola, assim como produtos associados Fanta,Nestea etc. Assim como fiz com a sagres e agua do luso quando decidiram só apoiar o benfica. Quem não se sente não é filho de boa gente! Só tomando posições fortes seremos respeitados. O negócio do futebol não é para moles nem fracos!Quem se faz respeitar sobrevive doutra forma morre. Saudações Leoninas
ResponderEliminarEsse Vida era pretendido pelo Costinha na época passada
ResponderEliminarLeão de Alvalade,
ResponderEliminarSobre a competência do Platini: ele prefere qualquer nº de árbitros á volta de uma baliza, a um sistema "limpo" como um vídeo ou controlo electrónico de bola dentro da baliza.
Já se percebeu que a medida de meter mais 2 árbitros no campo (junto às balizas) é uma inutilidade (ou uma estupidez) de proporções colossais. Se a UEFA tivesse coragem para emendar este erro, e distribuir o dinheiro que gasta nos 2 árbitros extra, a formar melhores árbitros (dar-lhes mais treino, etc) ou, a apoiar projectos desportivos relacionados com a formação de jovens, e eu ainda conseguia ter algum respeito pelo Platini e sus muchachos. E isto é básico, não envolve condenar ninguém...
Caro Lda, como vai isso. Há muito que não comentava por aqui, apesar de seguir o blog diariamente. Aliás, faço também dele o meu portal para aceder ao universo Leonino.
ResponderEliminarBem, o que hoje me traz aqui (e perdoa-me desde já o off-topic), é o cenário cada vez mais negro que envolve o futuro da Europa. Esperando (com cada vez menos fé) que as piores previsões sobre a desintegração europeia não se venham a concretizar, dei por mim a pensar sobre as repercussões que teriam sobre a lógica futebolística europeia e, consequentemente, mundial. Sabendo que se tal vier a ocorrer, o futebol será a menor das nossas preocupações, não consegui deixar de especular sobre as ondas de choque que ocorrerão na modalidade. Se numa primeira análise podemos pensar que os clubes sofrerão financeiramente, de imediato me vem à cabeça que também significará o fim de, por exemplo, a Lei Bosman e num retomar a épocas não muito distantes onde os maiores colossos não podiam abarbatar todos os melhores jogadores. Épocas onde o Sporting de Queiroz, por exemplo, ia a Madrid lutar de igual com o Real e mostrar capacidade para o bater no seu reduto. Seria o retomar a tempos que restringiriam a utilização de estrangeiros e a aposta em jogadores nacionais e, consequentemente, na cantera. Ora, nesse aspecto, o Sporting seria um dos clubes europeus a arrancar da 1ª linha.
Se algum dia te der para isso, desenvolve este tema no blog com a mestria e profundidade que nos tens habituado. Não há muitos a conseguir fazê-lo como tu.
Um grande abraço!