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2.º golo do SCP! |
Avisado que estava para o poder ofensivo do Metalist fora de portas o SCP preparou-se. Mas preparou-se de uma forma demasiado respeitosa. Pelo menos assim transpareceu durante toda a primeira parte. É certo que anulou tal poder e Rui Patrício teve um primeiro tempo descansado. Mas também como se auto-anulou, atacando sempre com muito cuidado para não se disposicionar e permitir os temidos contra-golpes adversários. Apesar desse temor, ainda foi o SCP a equipa que mais perigo levou à baliza contrária. Não criou lances flagrantes, mas andou mais perto de marcar que a equipa ucraniana. Com Daniel Carriço, autor de dois remates de fora da área e Wolfswinkel, num ressalto de bola após livre de Matias sobre a esquerda, que acertou de rosca na bola. O jogo era demasiado lento e táctico e o nulo, logicamente prevaleceu. Havia que arriscar mais um bocado, para atingir a sétima vitória consecutiva na competição, igualando um feito detido pelo colosso Barça.
A estratégia de Sá Pinto surtiria efeito, já que os segundos 45 minutos tiveram um cariz completamente diferente. Izma ameaça logo na primeira jogada. Não precisaria de muitos mais minutos para inaugurar o marcador. Capel acelera pela esquerda dando inicio a uma boa jogada de combinação colectiva que o russo se encarregaria de concluir com êxito. O mais difícil estava feito. Seguia-se o melhor período do SCP: tranquilo, confiante, controlador. Ínsua marca de livre conquistado por um endiabrado Matias. Dois a zero e a eliminatória muito bem encaminhada. O enorme Carriço sai, amarelado, entra Renato Neto. Pouco depois, Jeffrén substituía o seu compatriota Diego Capel. O ambiente escaldava com holas mexicanas e o hino nacional novamente cantado nas bancadas. A noite era nossa e de… Patrício… Com duas defesas do outro mundo mantinha os leões de Sá Pinto com as redes invioladas em Alvalade. Carrillo teve o 3 a 0 no pé esquerdo, mas hesitou: nem caiu, nem rematou, nem matou a eliminatória… Nonagésimo minuto e… penalty. Após mais uma excelente defesa de Rui, este precipitou-se e permite que Devic conquiste um penalty . Destino seria mais uma vez cruel para connosco (com Patrício a não merecer tamanho castigo) quando ao soar do gongo os homens de Carcóvia conseguiam o golo de honra através de Cleiton Xavier. O brasileiro enganou o guarda-redes leonino na marcação da grande penalidade e reduziu o marcador para a diferença mínima. Bom jogo do SCP que viu uma vitória segura beliscada no último suspiro do encontro.
Na Ucrânia, temos que explorar as debilidades defensivas que esta equipa do Metalist confirmou. Será essa a chave da eliminatória. Marcando em Carcóvia, o SCP tem tudo para seguir para as meias-finais.
Aplauso final para os mais de 40.000 leões nas bancadas. Bravos leões!
Ficha do jogo:
Jogo realizado no Estádio José Alvalade, em Lisboa.
Sporting - Metalist, 2-1.
Ao intervalo: 0-0.
Marcadores:
1-0, Izmailov, 51 minutos.
2-0, Insua, 64.
2-1, Cleyton Xavier, 90+1.
Equipas:
- Sporting: Rui Patrício, João Pereira, Anderson Polga, Xandão, Insua, Daniel Carriço (Renato Neto, 70), Stijn Schaars, Matias Fernandez, Izmailov (Carrillo, 79), Diego Capel (Jeffren, 72) e Ricky Van Wolkswinkel.
(Suplentes: Marcelo Boeck, Evaldo, Renato Neto, André Martins, Jeffren, Andre Carrillo e Diego Rubio).
- Metalist: Goryainov, Villagra, Gueye, Torsiglieri, Obradovic, Torres, Cleyton Xavier, Sosa (Valyayev, 90+3), Blanco (Marlos, 77), Taison e Cristaldo (Marko Devic, 65).
(Suplentes: Disljenkovic, Berezovchuk, Shelayev, Valyayev, Pshenychnykh, Marlos e Marko Devic).
Árbitro: Wolfgang Stark (Alemanha).
Ação disciplinar: cartão amarelo para Torsiglieri (33), Izmailov (43), Cleyton Xavier (52), Daniel Carriço (57), Gueye (59) e Rui Patrício (90).
Assistência: 40.512 espetadores.
Sá Pinto percebeu tarde que o Metalist, apesar de respeitável, não é o City...
ResponderEliminarhttp://quintadelduque.blogspot.pt/2012/03/nao-ha-varinhas-magicas.html
não me parece que o Sá Pinto tenha percebido isso tarde... parece-me que era esta a estratégia...e arrisco dizer que o jogo sofrível do feirense está ligado com a estratégia deste jogo... deixar o adversário algo adormecido e demasiado confiante para aparecer de rompante na 2ª parte e matar a eliminatória... pena o golo aos 91'...
ResponderEliminarSó uma nota, O Metalist é de Kharkov (Ucrânia) e não de Cracóvia (Polónia).
ResponderEliminarAbraço
cracóvia- polónia
ResponderEliminarkharkiv- ucrania
Só uma nota Anónimo, Metalist é de Kharkiv que será traduzida em PT por Carcóvia que é exactamente o que está no texto
ResponderEliminarAnónimo...
ResponderEliminarCarcóvia - Ucrânia.
Suponho que essa dúvida, nesta altura, já merecia estar esclarecida...
http://maps.google.pt/maps?hl=pt-PT&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.r_cp.r_qf.,cf.osb&biw=1440&bih=805&q=Carc%C3%B3via&um=1&ie=UTF-8&hq=&hnear=0x4127a09f63ab0f8b:0x2d4c18681aa4be0a,Carc%C3%B3via,+Kharkivs'ka+oblast,+Ukraine&gl=pt&ei=fet0T42BMsfg8gOI_ImaDQ&sa=X&oi=geocode_result&ct=title&resnum=3&ved=0CEUQ8gEwAg
Já agora... Vivó Sporting, catano!
ResponderEliminarNoto pc entusiasmo. Td bem que o golo deles soube a fel, mas não é caso para tanto.
Por onde anda a confiança e as famosas esperanças sportinguistas? ;)
Sportiiiiiiiiiiiiig!
Somos o Sporting! Por isso, parecia-me óbvio que temos (sempre) de sofrer. 2-0 era um resultado demasiado bom.
ResponderEliminarCarriço e Izmailov saíram demasiado cedo do jogo. Não é crítica, pois as substituições estão certas.
Jogar cerca de 20 minutos com Wolfs, Jeffren e Carrillo (pouca experiência e cabeça), e sem Izmailov e Carriço, é demasiado para uns quartos de final da Liga Europa.
Tivemos pouca bola nos últimos 15 minutos e não soubemos conservá-la quando teve na nossa posse. Nem um canto ou livre conquistámos nesse período.
Patrício é rei e sua não renovação será um erro tão histórico como iniciar a época de 2003-2004 com Cristiano Ronaldo a acabar o contrato. Pouca visão e ficaremos à mercê de quem vier comprar (sem negociar, pois será pegar ou largar). Já não renovará.
estamos em vantagem. Não esquecer!!
Agora que já passou, posso dizer que estava altamente preocupado com o jogo de hoje. Em tudo o que lia, via ou ouvia eram só facilidades. E, percebeu-se, não era assim.
ResponderEliminarConcordo perfeitamente com a atitude expectante que o RSP impôs à equipa. Pelo que vimos do meio campo para a frente o Metalist está recheado de bons jogadores que, se o Sporting fizesse um jogo abertamente virado para o ataque, poderiam causar dissabores maiores que o golo ucraniano nos causou. Por alguma razão o Metalist obtém melhores resultados fora de casa que na Ucrânia.
Que assim continue!
E o passe que o capel faz para o insua na jogada do golo... À 2 meses tinha batido cruzamento directo sem tirar os olhos do chão...
ResponderEliminarTambém me pareceu estratégia na primeira parte. E como foi importante não cair no engodo deles de desposicionar na procura de ganhar a bola nos centrais (ao contrario do que pedia a bancada).
Ultima nota para o enorme jogo do carriço! Aplaudi de pé!
História comovente de orgulho sportinguista no blog a bancada nascente.
ResponderEliminarIsto (também) é o SPORTING.
mas eu tb li primeiro cracovia. agora está carcovia
ResponderEliminarNão me pareceu estratégia nenhuma aquela primeira parte, foi isso sim uma primeira parte mal jogada de ambos os lados com muito repeito mútuo.
ResponderEliminarA segunda parte do Sporting foi excelente até às substituições pois continuo a achar, tal como nos 2 jogos com o City, qu a entrada de Renato neto faz recuar demasiado a equipa e claramente Renato Neto não é igual a Carriço.
Mas a vantagem é para já nossa e eles lá vão ter de abrir espaços para o nosso contra ataque.
Força Sporting!
Bom jogo, mau resultado. Gostei de ver o controlo que a equipa teve dos seus impetos de se armarem em "maiores". Como disse o 8 os bons resultados do Metalist fora não são um acaso, são mortiferos em contra ataque.
ResponderEliminarCom a vantagem conquistada (curta e perigosa) o jogo na Ucrania vai ser de nervos, mas será uma optima oportunidade de fazer brilhar os nossos extremos, Capel, Jeffren, Carrillo com a arte de Mátias a conduzir devem ser a solução para vencer na Ucrânia, o Metalist não sabe assumir o jogo.
Já a pensar no futuro, Mátias só pode ser substituido por André Martins, caso contrário a equipa deixa de ter bola, quer para atacar, quer para defender com posse. Renato Neto é uma boa estaca mas não oferece qualquer dinâmica de jogo à equipa, é uma estaca e de eucalipto.
A melhoria da defesa em todos os niveis já me deixa ver os lances de ataque dos adversários com maior confiança, já consigo ver cantos contra nós, já sei que se um adversário se conseguir isolar o Patricio resolve (nem que faça um penalty...). É tão bom!
As opções de Sá Pinto ainda são curtas, mas a manta está a dar conta do recado.
O jogo é na Polónia?
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