O presidente da recém-eleita Comissão de Arbitragem admitiu ontem que "poderá não ter condições para nomear árbitros". Esta afirmação foi feita no contexto da sequência de acontecimentos relacionados com a arbitragem e que começaram com as declarações de Jorge Jesus, passou pela divulgação dos dados pessoais dos árbitros e está recentemente centrada nas declarações patéticas de João Gabriel por causa da expulsão mais do que óbvia de Aimar.
Se por um lado se percebe que Vitor Pereira queira assim “aparecer” ao lado dos seus comandados estranha-se que a declaração acima transcrita venha precisamente de quem quer ser o seu líder. O sector da arbitragem, tão importante do futebol, está completamente descredibilizado aos olhos dos adeptos e certamente também aos olhos da generalidade dos demais agentes por via de um passado e presente de relações nebulosas. Sem inverter esta imagem os árbitros serão sempre olhados de soslaio, como um criminoso comum ou de colarinho branco. Quem assiste a um jogo de futebol e detecta um erro arbitral desconfia de imediato se a sua origem é meramente produto da elevada dificuldade inerente à função ou se foi motivada por qualquer sujeição a interesse de terceiros.
Convenhamos que os árbitros e os seus dirigentes de classe se têm esforçado por manter de rastos a sua reputação. Das reacções da classe aos critérios aplicados em campo há um enorme leque que é aplicado consoante os intervenientes e o jeito que pode dar ao árbitro e respectiva classificação final. Por outro lado nunca houve por parte da classe a coragem de denunciar os verdadeiros autores das pressões e arranjos, que não são, obviamente as declarações à posteriori de dirigentes, mais ou menos avisadas ou assertivas. Esse silêncio conivente pesará ainda por muitos anos na credibilidade daqueles que se deveriam equiparar aos juízes comuns.
O passado, apesar de pesado e negro, podia, no entanto, não ser mais do que isso se houvesse um esforço real em inverter o seu cariz. Para isso os regulamentos e demais procedimentos deveriam claros e transparentes devendo a classe pugnar por ser verdadeiramente autónoma. Para isso precisa também de se auto-regular o que nunca acontecerá se não tiver uma liderança forte e esclarecida.
Ora o que se sabe da actuação recente de Vítor Pereira é o fechar de olhos a um comportamento corporativo que se encarniça contra decisões disciplinares mais do que justas, como aconteceu recentemente nos testes de avaliação física promovido pelo próprio e na sua presença. Não contente é também muito provável que o próprio se esqueça dos regulamentos que deveria respeitar, se se confirmar que o delegado ao jogo que deu nota positiva (pasme-se!!!) a Bruno Paixão tenha sido Ezequiel Feijão. Ora sendo este também de Setúbal não podia ser o avaliador de um árbitro da mesma associação.
Enquanto os árbitros, ao contrário de todos os outros agentes de campo, escaparem impunes a actuações vergonhosas como as que temos visto este ano, não se sentirão obrigados a ser melhores. Ao invés, fazem birrinhas e e ameaças. Com este tipo de actuação o que Vitor Pereira precisa é de uma horta onde possa abastecer-se de tomates, que é coisa que lhe falta para por a maltinha do apito na linha. Ou de uns patins.
boas...mais uma brilhante análise. sem nada a acrescentar.
ResponderEliminaracho, inclusive que o Victor Pereira se vai dar mal com isto de não nomear árbitros... corre o risco de os árbitros da bancada se portarem melhor que aqueles que ganhar 5mil e 6 mil €. e depois aí temos um problema. como é que se explica as subidas e as descidas...sendo que a qualidade não se restringe só aos chamados árbitros de 1ª...
LdA,
ResponderEliminarA herança de Salazar em Portugal é pesada e quase 40 anos após o 25 de Abril o corporativismo é a regra na nossa sociedade.
Infelizmente a arbitragem não destoa do resto da sociedade, distinguindo-se apenas pela sua enorme e generalizada mediocridade.
Num negócio de milhões, a mediocridade e a incompetência caminham de mão dada por caminhos invíos, normalmente chamados de corrupção, associados sempre ao poder instalado.
Os 3 Grandes tiveram as suas épocas de ouro de poder a que se associou um desprezível serventualhismo por parte dos árbitros - a do Porto que duras desde os anos 80 e que penso estar a começar a acabar, a do Benfica no final do antigo regime e a do Sporting nos anos 50.
Hoje assistimos a uma importante mudança de poder (repare-se que as criticas agora são dos 3 Grandes), o que a mim me motiva as seguintes questões (nomeadamente quando se defende a verdade desportiva):
- tem o Braga capacidade para ganhar 13 jogos de seguida? Ninguém se questiona ou acham que em Portugal isto é um acaso? Não existem casos nos jogos do Braga? Estamos perante uma super equipa?
- depois da cegada do alargamento, não foi o seu principal protagonista beneficiado com uma vitória que garantiu a permanência? e não teve de seguida uma vitória que lhe garante a presença na final de uma Taça?
- não são estes dois clubes da mesma associação de futebol?
Comportam-se os APAF como virgens ofendidas, mas não estarão eles com o seu recente comportamento a dar indicações que estamos perante uma alteração dos equilibrios de poder? Que promessas existirão por baixo da mesa?
O que fazer? Certamente gritar o mais alto possível contra esta situação, procurando criar condições que não perpetuem o mediocre sistema com somos obrigados a conviver.
SL
Boas
ResponderEliminarEu só vejo actualmente jogos do Sporting pelo amor que tenho ao Clube, o resto dos jogos não me interessam nem sequer a classificação, pois tudo é mentira, todos sabemos até os adeptos do Porto e do Benfica que isto é uma Liga de mentira e interesses, quando vemos um arbrito com equipas diferentes agir de forma diferente está tudo dito, quando tratam o mesmo assunto de forma diferente dependendo do clube está tudo dito, o pior é que ninguem tem vergonha, a forma de calar os Clubes que protestam é multa-los ou seja assim podem fazer o que quizerem pois ninguem pode dizer nada é o roubo consentido amordaçemos os inocentes. quando o benfica se queixa da expulsão do Aimar eu dou-lhes razão se todos os jogadores do benfica fazem aquilo e nunca são expulsos porque o Aimar é diferente dos outros jogadores deles? é injusto, quando um arbrito se passeia no campo e faz sempre do apito o mando do seu dono está tudo dito, quando alguem tenta colocar a classificação deles ao nivel do que eles valem vem os outros e repõem novamente os valores deles (Luso) então a classificação de nada vale acabem com isso, quando nos vemos em Italia em Inglaterra e França clubes por menos descerem divisão aqui vemos serem premiados, sem problema eu sou um dos milhares que não acreditam no futebol em Portugal tudo interesses tudo mentira, mas podem continuar um dia esta Industria termina por não haver espectadores que a sustentem eu já sou um deles, sou adepto do seguinte o Porto e o Benfica jogavam entre si somente com as regras deles as restantes equipas faziam um campeonato honesto eu era adepto e ia ao futebol
O Ponto da situação é o seguinte:
ResponderEliminarOs arbitros já roubaram ao SCP, ao SLB e ao FCP, para aí uns 20 pontos a cada!!! (basta ler os blogs e ouvir os "génios" de cada clube !)
Como o futebol praticado em Portugal é um verdadeiro nojo, comparado com o que se vê nas Ligas a sério;
Como os Clubes ou já correram com os treinadores (SCP), ou desejam ardentemente fazê-lo (SLB+FCP);
como clubes portugueses eleminaram "monstros" como os clubes de Manchester;
proponho que este fim-de-semana, vamos todos a Fátima, pedir melhor futebol, e já agora os 20 pontinhos que roubaram aos nossos queridos Clubes...
Como disse Woody Allen,
"olhando para estes génios, até temos saudades dos idiotas"
Folhadela
Finalmente concordo com Vítor Pereira, com uma pequena nuance. Ele não sabe nomear!
ResponderEliminarNÃO NOS METAM NO MESMO SACO http://quintadelduque.blogspot.pt/2012/03/nao-nos-metam-nos-mesmo-saco.html
Não conheço o Sr. árbitro de apelido folhadela...
ResponderEliminarO VP é um pau mandado. E como todos os paus mandados, mais tarde ou mais cedo os donos fartam-se e arranjam outro pau mandado... com menos mazelas à vista.
Não serve hoje, como nunca serviu antes. Ou melhor, serviu antes para os efeitos que os donos queriam que ele servisse. Entretanto um paulo Paraty, p. e., serviria melhor (vontade para ser pau mandado não lhe falta...).
Sugiro que o FPF mude a denominação para FPW.
O mesmo para a LPFP. No caso para LPWP.
E, como não podia deixar de ser... a APAF para APAW.
Ou seja, em vez de F (de futebol) passarem para o W (de wrestling)... Seria td mt mais honesto e já não enganavam ng.
Obrigado e boa tarde.
PAU_lo Paraty... Afinal o gajo até tem o nome com ele... :S
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