Ontem o presidente do Sporting recorreu à sua página no Facebook para dar conta do incómodo que lhe suscitou por, e vou citar, lhe custar "a forma fácil e rápida com que se coloca todos em causa. Ser
críticos, exigentes e demonstrar tristeza é um direito a que todos
assiste. Infelizmente perder a noção dos limites e do ridículo também."
O facto de ter escolhido exactamente aquele meio e não um veículo institucional ao seu dispor leva-me a considerar esta comunicação como um desabafo pessoal embora, como era inevitável, ele tenha sido assumido pelos órgãos de comunicação social como tendo sido feita pelo "presidente do Sporting".
Seguramente que não partilho das mesmas fontes de leitura do presidente porque, do extenso rol de blogues e artigos que leio habitualmente redigidos por Sportinguistas, não me cruzei com nenhuma afirmação que justificasse aquela reacção. Não li ninguém que pusesse em causa o presidente, os órgãos eleitos ou os profissionais do clube. Vi isso sim, e aqui escrevi sobre isso, manifestações de desagrado e criticas pontuais à forma como a equipa se apresentou no derby.
As criticas mais veementes feitas à equipa vieram de dentro, pela voz do treinador:
"Fosse qual fosse a estratégia, o Sporting não ganharia este jogo depois da falta de atitude e empenho que a equipa demonstrou."
Com ou sem razão para as fazer julgo que elas ficariam melhor no recato do balneário, seguindo a velha máxima "elogios públicos, criticas privadas". Também não há aqui razões para dramas, Jardim tem um lastro muito volumoso junto dos associados e adeptos e não será muito diferente junto do grupo de trabalho.
O que vi de mais ridículo foi a crónica ao jogo no site do clube que, felizmente, foi riscada. Certamente para evitar que aquele momento confrangedor não pusesse o Sporting ao nível da propaganda daquele famoso general de Saddam Hussein.
Devo a propósito dizer que deixei há muito de ligar ao que a generalidade dos Sportinguistas escrevem no Facebook, sendo, até por uma questão de sanidade mental, cada vez mais selectivo, reduzindo a um número muito restrito as minhas leituras com essa origem, tendo feito o mesmo às interacções. Por vezes até leio e nem comento. Falta-me por isso essa vertente da opinião dos meus congéneres que eventualmente se poderiam enquadrar no juízo feito por Bruno de Carvalho.
Podemos gostar mais ou menos de algumas opiniões, há que sobretudo reconhecer em primeiro lugar o direito a ela. Na mesma linha há que reconhecer que o estranho seria se, perante o que foi dado observar, os Sportinguistas nada tivessem a dizer a propósito. Isso sim, creio que seria motivo para um presidente do Sporting protestar, manifestar desagrado e estranheza. Mal andaremos que uma derrota, sofrida da forma que foi, e ainda por cima com o rival e vizinho, tivesse deixado na sua passagem os Sportinguistas conformados.
Confesso também a minha estranheza pela preocupação e relevo dado à matéria de opinião por um presidente que tem tido a taxa de aprovação que Bruno de Carvalho tem recolhido sempre que tem chamado os Sportinguistas a pronunciar-se. Parece-me uma exposição desnecessária e que acima de tudo o o desgasta.
Depois o inimigo não está dentro. Seria lamentável ver hoje repetidos episódios semelhantes aos protagonizados por outros presidentes que não o perceberam. No caso de Bruno de Carvalho mais ainda, por se assumir como autor de mudança relativamente a esses comportamentos e atitudes. Ler o que escreveu torna difícil não lembrar por exemplo o "episódio dos terroristas" protagonizado por Bettencourt.
O facto se terem multiplicado as manifestações de desagrado pela exibição sofrível de terça-feira passada é também um sinal que os Sportinguistas elevaram as expectativas em relação ao que esperam sejam as prestações da equipa. Por isso, ao invés de incomodarem, deviam ser olhadas como um sinal responsabilizador obviamente. Mas também um elogio implícito ao que tem sido a carreira da equipa na presente temporada.
O desabafo do presidente, tem que funcionar como grito do ipiranga e acordar a equipa e os adeptos para o que resta da época.
ResponderEliminarTodos sabemos que este é o ano zero e até aqui as expectativas eram boas.
Daqui para a frente temos que consolidar o 3º lugar e se possível chegar ao 2º que os corruptos este ano estão muito fracos.
Se bem que o normal será os árbitros carregarem-os lá para cima e a nós afundár-nos o mais possível. Vai ser dificil este final de época mas não podemos desistir agora sob pena de se tornar novamente penoso.
A coisa explica-se de forma muito simples o Bruno andou a ler alguns posts que escrevia ainda há pouco tempo e ficou triste com a forma fácil e rápida com que se coloca todos em causa. Ser críticos, exigentes e demonstrar tristeza é um direito a que todos assiste. Infelizmente perder a noção dos limites e do ridículo também."
ResponderEliminarBardo
Chamem-me esquisito... mas para além do conteúdo, que pode ser alvo de análise e, como tal, vir a ser alvo de critica ou elogio, a forma como está redigido o texto 'facebookiano' do pesidente, com erros de concordância básicos, por exemplo, deixa muito a desejar... Atenção, nem peço grande fluência, criatividade ou elegância, apenas que evite erros básicos. Já que o nosso presidente gosta de desabafar nas redes sociais, pelo menos que o faça com maior cuidado...
ResponderEliminarSobre o conteúdo do post de BdC no FB: pareceu-me extemporâneo, até pq realmente não li, não vi, nem ouvi gdes críticas. Apenas o óbvio: que neste jogo estivemos francamente mal. Eu até acho que o SLB nem fez gde jogo, nós é que tivemos enorme demérito.
Até agora os resultados têm ajudado BdC. Oxalá continue a correr bem, mas se as coisas aquecerem, também espero e desejo que não caia na tentação de imitar JEB...
SL
LdA, sem fazer qualquer juízo de valor sobre o que escreveu o Presidente... Acho que leu pouco por essa blogosfera.
ResponderEliminarQuem semeia ventos colhe tempestades. O Bruno trouxe atrás de si uma série de indivíduos sem qualquer valor que vivem o tempo nas redes sociais a insultar tudo e todos e que lhe deram jeito para espalhar a confusão sem nunca se desmarcar das suas atitudes. Agora que os aguente não faz mais do que a sua obrigação. E é apenas o começo.
ResponderEliminarJP