Não foi nada fácil arrecadar os 3 pontos em disputa na recepção ao Vitória de Guimarães. A verdade é que não há jogos fáceis na Liga Zon Sagres, o grau de dificuldade depende sempre do desempenho de todos os intervenientes e, no caso de ontem, a regra manteve-se. E ontem nem o Sporting esteve ao melhor nível nem o Vitória lhe facilitou a tarefa.
Foi dos jogos menos conseguidos este ano em casa e quando não se joga bem a vitória fica sempre mais difícil de alcançar. Salvou-se o espírito da equipa que, mesmo sem usar dos melhores processos, nunca abdicou de procurar o golo. Quando o conseguiu nem sempre defendeu como devia nem explorou o adiantamento do adversário com a eficácia necessária, mas não abdicou de lutar. Foi esse espírito que acabou por ser determinante para o desfecho final.
A equipa de Rui Vitória não é um primor de execução técnica, muito pelas limitações do seu plantel mas, por mérito indiscutível do seu técnico, é das equipas que melhor explora as fraquezas dos adversários. Quando, como ontem, o resultado não se define, a equipa cresce e acredita, tornando-se num adversário incómodo.
Da parte do Sporting muita dificuldade em saber lidar com as solicitações longas para os avançados e em pressionar as saidas com a bola jogada de pé para pé. Apesar disso o Sporting esteve melhor, muito melhor e mais seguro, a controlar o jogo ofensivo do adversário do que a na organização do seu ataque. Aí o Sporting nunca se sentiu confortável perante a boa organização do adversário. Extremos muito distantes de Slimani e sem o conseguir servir pela via que ele é mais eficaz, a via aérea. Os ataques sucediam-se mas sem grande perigo. Pouca presença na área e mesmo na zona central, o que torna mais difícil a ocorrência de perigo e dos desejados golos.
Mané bem merecia melhor companhia na frente. Capel continua desinspirado e Heldon, à semelhança de registos anteriores, sem justificar a titularidade. Com Slimani o Sporting perde grande capacidade de progressão. O forte do argelino é o jogo aéreo mas o nível técnico não o ajuda a segurar uma bola ou a executar passes precisos. Na área, quando a bola se joga pelo chão, perde-se muitas vezes no meio dos centrais, nem sempre decidindo bem quando é melhor procurar o primeiro poste, o segundo, dar um passo frente ou atrás. Para quem tem de fazer a assistência a missão fica extremamente dificultada porque não o vê.
Já aqui tinha afirmado em post anterior que me parece que o nosso futebol perde em tê-lo como primeira opção, por ficar limitado a pouco mais do que despejar bolas para a molhada. A aleatoriedade desse tipo de lances não favorece as nossas pretensões. Montero tem muito mais a oferecer e perde apenas no capitulo do jogo aéreo. Provavelmente a presença dos dois, o tal plano B de que tanto se falou, é mais vantojoso, quer para o jogo de ambos quer para a equipa. A menos que Leonardo Jardim antecipe que as finalizações do colombiano vão ser irremediavelmente consideradas ilegais.
Esperam-nos 5 finais. A equipa dá ares de estar esticada ao limite no que a soluções para o seu jogo diz respeito. Estas circunstâncias tornam os 3 pontos conseguidos extremamente saborosos. A necessidade assim o determina, quando se precisa o fraquinho e difícil é muito bom.
Uma palavra final para a arbitragem: incompetente. No entanto não creio que haja razões para nos queixarmos, atendendo a que poderíamos ter terminado o jogo com 9 jogadores e isso poderia muito bem significar uma história final muito diferente da que agora se escreve.
Atenção a uma coisa. O 1º amarelo do Slimani foi errado. É que para mim aquilo até pode não ser penalty, mas simulação também não, pois o GR toca mesmo no pé dele. Daí que se ele tivesse visto o outro amarelo, não seria o 2º.
ResponderEliminarQuanto ao Adrien, poderia ter visto o vermelho direto se o árbitro atendesse que era agressão ou amarelo se entendesse que era jogo perigoso. Mas era amarelo no mínimo.
Mike,
ResponderEliminarsimulação foi o que vi no lance. Se o guarda-redes toca e faz o Slimani cair é penalty. Senão é simulação.
Nem sempre, pode haver quedas sem ser falta ou sem ser mergulho.
ResponderEliminarLdA,
ResponderEliminarNo nosso jogo o Rojo viu um amarelo e foi-lhe marcada uma falta que não existiu mas que também não foi simulação do jogador do Guimarães.
No entanto estive a ver melhor as imagens do lance do Slimani e estou mais convencido de que foi, talvez não simulação mas um forçar de falta. O GR toca do pé do Slimani mas é este que deixa ficar o pé, portanto pode ser entendido como simulação (tal como fez o Quaresma do jogo do FCP).
Pois, mas o giro é que os mesmos "especialistas" que dizem categoricamente que o Slimani simulou falta, dizem que o Quaresma sofreu falta. Os mesmos "especialistas", curiosamente, que dizem que não é falta o Jackson colocar dois braços nos ombros de um adversário, mas se for o Slimani a respirar para cima de um defesa, já é. E nós continuamos a ser sempre os mesmos anjinhos. SL
ResponderEliminarAnónimo,
ResponderEliminardá-se muita atenção aos "especialistas". Eu não preciso da opinião deles para ter a minha. Infelizmente é essa atenção exagerada que os torna importantes.
Entrou-se numa que se não é penalty, é simulação. Há lances dentro da área que pode haver contacto e não ser falta. Fala-se na entrada do Adrien para cartão vermelho (ontem o João Gobern disse que foi uma entrada assassina) e a agressão do Siqueira, que pôs o jogador do Braga a sangrar, foi uma entrada como? Ah, pois claro, é do Benfica.
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