Há muitos livros sobre o Sporting e têm de falar neles (qualquer coisa assim), nem de propósito ...
Nem de propósito, Pedro.
Morrer, em si mesmo, não custa nada a quem morre. Custará (a quem morre) a perda de amigos, familiares, pessoas de quem se gosta, pessoas de quem não se gosta, oportunidades, coisas em que se pensa, coisas que se fazem, sensações com as quais convivemos diariamente. Todos nós morremos todos os dias, quando dormimos. Não existe rigorosamente nada durante algumas horas nem sabemos, durante esse tempo, que iremos reanimar. Não são necessários desnecessários dramas sobre a nossa própria morte.
Elas custam sobretudo aos outros - aos que ficam. E as mortes dos outros custam-nos - aos que ficamos.
Tudo isto é simples. O que nada tem de simples é o vazio que a morte de alguns nos deixa.
Alguns como Mário Moniz Pereira. Alguns como Sir Bobby Robson.
Quis a vida que morressem no mesmo dia. Pois bem, que dia fantástico para se morrer, Professor.
Um imenso obrigado a ambos, algo que em si não retribui o que nos deixaram mas que nos alivia, um tanto, a consciência. Porque viver é isso mesmo, estar em boa consciência.
Tão difícil de alcançar mas impossível deixar de tentar.
Acabadinho de chegar a casa e deparo-me com esta notícia.
ResponderEliminarObrigado pelo post, MM. É merecido.
Paz a sua alma.
Exactamente o que senti qd recebi a mensagem.
EliminarComo este texto se viu escrito de forma telegráfica - surgido na sequência duma mensagem recebida no telefone a noticiar a morte de Mário Moniz Pereira -, com um bocadinho (agora) de mais tempo gostaria de dizer umas coisas:
ResponderEliminarNão conhecendo Moniz Pereira não posso em boa verdade lamentar o seu desaparecimento físico. Assinala-se e presta-se uma pequena (sempre pequena) homenagem à infinita herança que deixou no Sporting mas lamento como propriedade sentimental, só está ao alcance dos seus familiares e amigos. Choramos (ou não) a morte de quem conhecemos, consoante a ligação que se tem com as pessoas. Refiro-o já que vãos lamentos podem ser interpretados (devem, aliás) como faltas de respeito não por quem morre mas por todos quanto privaram / conheciam / conhecem o falecido.
Não pretendo de maneira nenhuma "chorar" desconhecidos.
Posto isto e porque falamos de Moniz Pereira: o Sporting tem uma academia de atletismo? Se não tem deveria tê-la porque o atletismo é das super-modalidades onde cabem 30 modalidades diferentes. Clubes ecléticos têm academias de atletismo. Tratar-se-ia dum grande investimento que custaria talvez o mesmo que qualquer jogadorzeco de futebol e investimento que traria retorno desportivo ao fim de muitos poucos anos. Fica a sugestão.
E fica também vincado o lamento pelo desaparecimento de alguém que ajudou / foi determinante em tantos títulos nacionais, europeus, mundiais e olímpicos alcançados por tantos e tantas atletas e equipas do Sporting. Esta homenagem a Moniz Pereira, o Professor, terá de ser realizada pelo Sporting de forma muito cuidada. Essa homenagem não se faz essencialmente pela via de cerimónias superficiais mas faz-se sobretudo garantindo (para as mulheres) que não perdemos hegemonia e (para os homens) que recuperaremos (se possível) uma hegemonia que já foi nossa.
Foi-no numa medida gigante pelo trabalho do Professor Mário Moniz Pereira. É pela vontade e pelo trabalho que essa herança se verá (ou não) respeitada.
O Sporting tem uma Academia de Atletismo sim:
ResponderEliminarAcademia de Atletismo
Coordenador
José Uva
Treinadores
Lumiar - Roman Gully
Jamor - Isabel Uva, Bruno Menino, Nanci Sousa e Vera Lavrador
Tem inclusive uma página no Facebook:
https://www.facebook.com/AcademiaSCPAtletismo
"Somos uma Academia recente, fundada a 16 de Novembro de 2010, tem como objectivos promover o atletismo Jovem do SCP e pretende ser referência na área da formação e captação de jovens atletas para que no futuro possam alimentar as equipas seniores do Sporting Clube de Portugal.
De momento (21-11-2013) conta com mais de 100 jovens talentos inscritos e outros tantos que já pertencem às equipas técnicas do SCP."