Notas sobre uma derrota inesperada
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Nao me parece que a responsabilidade seja toda do Sá Pinto, pelo contrário. A ideia de jogo na primeira parecia clara. Faltou a meu ver a execuçao dos últimos passes e mais movimento. Na segunda parte, o cúmulo de erros da primeira, a pressao acrescida pelo resultado e pelas expectativas dos adeptos e a falta de referências no meio levaram a mudar a ideia para a busca incessante do Ricky através dos cruzamentos (ponto fraco do Oblak). O Ricky tinha que marcar porque, afinal, está em jejum e sob grande ansiedade, pois, e sem um conjunto experiente a construir para ir basculando jogo, este ficou nas alas e num jogo directo cada vez mais ineficiente. A meu ver, mais por dificuldade em gerir as opçoes a partir do intervalo e sobretudo por falta de controlo dos jogadores do que dae falta de uma ideia, de capacidade do treinador ou do jogador.
Ostensivamente mal colocada, a meu ver apenas uma: a do Adrien a 10. De resto sao opçoes que, dentro das disponíveis (e havia baixas importantes, nao esqueçamos, baixas cujas qualidades sao algumas das que faltaram ontem), podiam ter dado bom resultado, se o futebol fosse infalível. Digo isto sabendo que nao passa de uma impressao: nao sou treinador, tenho um conhecimento limitado tanto do treino como de táctica e nao estou com os jogadores todos os dias nem com o resto da equipa técnica.
Nada a dizer, também me parece um equívoco. Por outro lado, saíu ao intervalo. Nao condiz muito com a ideia do Sá Pinto ter levado a equipa para o abismo.
O Elias parece-me o melhor jogador de todo o plantel do Sporting. É tao bom que, tal como estao as coisas (em gestaçao, nao só com uma equipa a formar-se como com jogadores a formar-se), joga onde convém mais aos restantes dois jogadores do meio campo do que à sua capacidade. A parte positiva é que por isso mesmo o Elias nao é um problema.
Nao concordo. Há vários lances de associaçao com colegas (dois deles por exemplo a descobrir o Cédric, o primeiro dos quais deu numa situaçao de golo - sim, houve situaçoes de golo) e várias situaçoes em que me parece que decidiu bem. Na maior parte provavelmente nao. Grande jogador, o Carrillo.
Nao vi o jogo com o Horsens, vi os falhanços em resumo mas nao me parece que esteja num momento de forma atroz. Ontem foi o elemento que mais se movimentou e procurou, por um lado, abrir espaços aos extremos e ao Adrien, e por outro estar em zona e situaçao de finalizaçao. Nao esteve bem, claro, mas daí a atrocidade acho que há uma distância importante, se calhar esbatida pela reacçao a quente.
Outra coisa importante é o raciocínio, bem intencionado (nao questiono isso): má forma -> necessita protecção -> deve sair e alguém deve ocupar o lugar dele. Nao necessariamente. Há várias formas de proteger o jogador, desde vários quadrantes. Adaptar a táctica e funçoes de jogadores, trabalho específico com ele, atençao especial dos adeptos, etc. Uma série de factores que nao passam necessariamente por tirá-lo da equipa, coisa contra a qual tenho dois argumentos: pode ser assimilad (mais por toda a gente do que por ele próprio até, coisa que ainda é mais nefasta) como uma falta de confiança, e, segundo e mais importante, é o melhor avançado da equipa.
Acho que o principal efeito nefasto das substituiçoes foi perder um referente de ligaçao no meio, o Elias, e a excessiva inexperiência (juventude, falta de hábito no próprio estádio, capacidade de resoluçao de problemas e erros no jogo da equipa sob pressao) dos jogadores que entraram. A soluçao fácil e a que ilusoriamente mais parecia aproximar a equipa de um dos seus objectivos - que o Ricky marcasse - passou por cima do André Martins e Labyad a construir à frente do Gelson.
Dito isto, reafirmo a impressao que, comparando com jogos num passado recente, em que o Sporting, perdendo ou empatando, defraudou expectativas gerais e gerou esta onda de comoçao generalizada (nalguns casos até bizarra, pelo menos para mim, como ao ler títulos como "Rio Ave histórico" ou adeptos a pedir eleiçoes antecipadas), houve mais ideias, mais ataques, mais remates, mais posse de bola, mais tentativa de jogadas. Também houve um treinador no final que pareceu reconhecer os erros cometidos e revelou a intençao de os corrigir e valentia a defender a atitude tanto dos adeptos como o trabalho dos seus jogadores.
Recupero dois parágrafos essenciais que traduzem o meu estado de espírito:
Saudações Leoninas
Há uma questão que não vejo ser abordada nos comentários aos jogos do Sporting e que se relaciona com a falta de forma física dos jogadores após um mês e meio de preparação.
ResponderEliminarO esforço que os jogadores tinham que fazer ontem para acompanhar os jogadores do Rio Ave ou para travar e arrancar, para recuperar posições defensivas ou para alterar a velocidade na sequência de tabelas com o companheiro mais próximo era enorme e foi (aliado ao mau posicionamento táctico da equipa, com dois trincos e Adrien num lugar que não é o dele), na minha opinião, o fundamento mais forte para uma exibição tão pouco conseguida.
E digo conseguida porque, tal como acima referido, não posso deixar de concordar que, ao contrário de outras épocas, não estamos a jogar mal. Estamos, contudo, a jogar com as peças fora do sítio e sem que os jogadores estejam fisicamente preparados para mandar no jogo e impor velocidade e intensidade (para recuperar um conceito que o Bancada Nova explica tão bem lá no blog dele).
Resta esperar que as falhas sejam detectadas e corrigidas por quem de direito e que Quinta-feira estejamos de regresso às vitórias.
Depois teremos 15 dias para dar uma tareia física nos jogadores e pô-los com indíces de forma decentes.
Um abraço e Saudações Leoninas
AFN1982
É verdade o Adrien não é um dez mas que invençao a do Sá Pinto, com labyad sentado no banco.
ResponderEliminarAquele meio campo tem de ser com rinaudo, elias e labyad.
E o Sporting tem de jogar com dois avançados, e outro jogador solto que saiba cruzar com os dois pés e vá alternando nas alas.
"Acho que o principal efeito nefasto das substituiçoes foi perder um referente de ligaçao no meio, o Elias, e a excessiva inexperiência (juventude, falta de hábito no próprio estádio, capacidade de resoluçao de problemas e erros no jogo da equipa sob pressao) dos jogadores que entraram. A soluçao fácil e a que ilusoriamente mais parecia aproximar a equipa de um dos seus objectivos - que o Ricky marcasse - passou por cima do André Martins e Labyad a construir à frente do Gelson."
ResponderEliminarConcordo com o Tiago. Disse algo parecido ontem. A primeira-parte o SCP não esteve assim tão mal... Teve instalado no meio-campo do Rio Ave com uma (qualidade de) posse de bola ainda insuficiente para o que se pretende mas mt superior à que se verificou na segunda-parte. E sim, desperdiçamos algumas oportunidades. Flagrante aquela cabeçada de Boula na pequena área... E remates fraquinhos de Wolfie e Adrien em boa posição ou tortos de Carrillo. O ultimo passe tb não saiu qd e da forma que se impunha nalgumas situações. Até por isso fiqueir sem perceber a dupla substituição na zona nevrálgica do terreno ao intervalo. Já não tinha percebido a saída de Adrien em Guimarães, para mim tb injustificada (e injusta), percebi ainda menos a saída de Elias (tb o acho o melhor jogador do SCP) e de Adrien ontem.
Só acrescentar o seguinte: mt gente só dá valor às coisas ou pessoas qd elas faltam... E o Matias faz tanta, mas tanta falta a esta equipa. Nc de via ter sido vendido... Em que é que 3M€ melhoram a condição económico-financeira do SCP?
SL
Caro Leão, perdi o direito de vir aqui comentar, aquando da saída do Domingos deixei de ser sócio e passei a simples adepto.
ResponderEliminarPrimeiro ponto: Mal ou bem, Sporting é Sporting, e foi péssimo a chicotada da saída do Domingos (e considero que ele cometeu erros), a imagem e credibilidade do processo de recuperação do Clube ficaram feridos, além disso os nossos resultados finais foram péssimos: Bilbao, final da Taça e Campeonato.
Daí não poder pagar quotas e estar numa organização em que não me revia nos seus procedimentos e métodos de actuação.
Segundo ponto: Início de época mau e óbvia má preparação da mesma - aquisições (não os jogadores, mas as posições e características),fisicamente, tácticamente e psicológicamente.
Terceiro ponto: O problema não se resolverá com chicotada em Sá Pinto, em buscar Postigas, Polgas, Matias como culpados ou novas eleições. Este será o caminho do descrédito total, e irá afugentar os capazes (nestas áreas) em virem ou pensarem vir para o Sporting.
Quarto ponto: Há qualidade no plantel,há gente que sabe no Clube, logo calma, cabeça fria, fecharem-se ao exterior e trabalhar, trabalhar, arriscando se necessário em outras opções quer tácticas quer de posicionamento. Nos momentos difíceis, é que se vê a fibra e capacidade das pessoas.
Quinto ponto: Nós adeptos (não falo dos sócios, já não sou) não trazer mais lenha, carvão, petróleo, gasolina, etc para a discussão. Complacentes não, auto censura não, mas bom senso, estes são os elementos que temos, mesmo que venham de novo a falhar. O Clube continuará e a qualidade dos nossos atletas históricos dar-nos-á a certeza que outros seguirão as suas pisadas.
Sexto ponto: Baixar as expectativas, embora haja muito campeonato pela frente, esta equipa técnica e este grupo de futebolistas tem um caminho difícil pela frente, sei que somos Sporting, mas comecemos primeiro a exigir que dentro de campo mostrem a dignidade Sporting, chegados aí virão as vitórias e os resultados. Sermos um dos grandes, passa também por nós adeptos sabemos estar, comentar e criticar, em Alvalade, no comboio, com os amigos e com os adversários.
Sexto ponto: Direcção ser clara sobre a situação financeira do Clube, suas implicações para a estrutura do plantel e soluções de financiamento. Deixarem a ideia de ser um Clube de gente importante, iluminada, da elite ou aristocrático. Estamos na "merda", há que sujar as mãos e dar a volta por cima, donde humildade e respeito pelos que também amam o Clube.
Obrigado por mais esta vez permitir escrever no vosso espaço, mas queria evitar este caminhar para a mesma rota de um Belenenses (com o devido respeito por eles).
Outra coisa que também não vi comentado aqui e noutros locais tem a haver com a real utilidade do Gelson neste momento e para este tipo de jogos. Não me parece que um jogador que, sendo muito bom nas dobras e nos roubos de bola, mas que depois falha passes a 1 metro ou só faça passes para o lado e para trás (Custodio wannabe?) quando temos o Rinaudo (que está lesionado) mas com uma grande qualidade na saída de bola no meio campo, Elias que é bom defensivamente e sai muito bem com a bola e sem um verdadeiro numero 10 (Labyad ou Izma) a jogar de início (Adrien por mais que tente, não é número 10).
ResponderEliminarDe relembrar que na única ida do Rio Ave com remate à baliza e que deu o golo, houve dois erros graves. Numa primeira fase, uma perda de bola infantil junto à grande área do Rio Ave (Elias ou Gelson?) que possibilita um contra-atque com o meio campo descompensado (mete três trincos e depois não há ninguém para fazer frente a 3 atacantes do RA?) e depois há uma grave erro de marcação onde dois defesas do Sporting (Cedric e Rojo) vão ao mesmo jogador, deixando o marcado do golo completamente solto!
Será tão dificil conseguir construir um foi de jogo e colocar os jogadores nas suas reais posições e não estar a inventar? Tenho plena confiança na nossa defesa, e temos mão de obra para o meio campo e temos um ataque criativo. O problema é ligar tudo, e tenho dúvidas se o Sá será capaz de o fazer.
No ano passado, parte do trabalho efectuado pelo Domingos já estava enraizado, e como li algures, bastou o Sá fazer de psicologo da equipa. Este ano o trabalho é outro. Estará à altura? Quero ver como as coisas decorrem até 16 de Setembro.
Quanto ao Wolfs, mais do que questionar as suas falahas em oportunidades claras ou quase claras (que ontem houve) não se fazem omeletes sem ovos. E se a bola não chega lá, como é possível ele mostrar o seu valor.
Outra coisa que não ajuda é no tipo de jogo que fazemos. Nós não podemos estar sempre em atque continuado e a pressionar as equipas adversárias junto à sua grande área. Isso é meio caminho para termos autocarros à nossa espera.
E o contra-ataque e as transições rápidas? E a iniciativa de jogo ao adversário e obrigá-lo a também atacar?
Tanta coisa que não faz sentido...
" Já não tinha percebido a saída de Adrien em Guimarães, para mim tb injustificada (e injusta), percebi ainda menos a saída de Elias (tb o acho o melhor jogador do SCP) e de Adrien ontem."
ResponderEliminarClaro, só não vê quem não quer, destruiu o meio campo, simples.
O Adrien não é um exemplo de 10, mas é o melhor que temos, e era o melhor médio da 1.ªa parte, foi assim em guimarães e hoje ontem novamente, e isso viu-se. REmatou duas vezes, deu a bola limpinhinha, e na 2.ªa?? zero.
Ao ler que Elias é o melhor jogador do plantel lembro-me logo dos 9M desperdiçados neste jogador medíocre e pouco inteligente. Depois desculpabilizarem um treinador sem estofo para estas andanças e um avançado completamente fora de forma que se torna um handicap para a equipa deixa-me a pensar que temos o clube que merecemos.
ResponderEliminarSL
Miguel Damas
Elias é flop
ResponderEliminarTiago,
ResponderEliminarResponsabilizar unicamente Sá Pinto seria redutor e até injusto. Mas sendo ele o responsável último pelas decisões da equipa técnica é a ele que se pedem responsabilidades.
Ninguém acredita que tenha sido ele a pedir aos jogadores para ficarem estáticos ao invés de se moverem oferecendo linhas de passe ou que falhassem os últimos passes repetidamente.
Mas, ao invés de uma alteração tão drástica para a 2ª parte não seria preferível corrigir os movimentos dos jogadores? Ficamos sem saber se os tirou porque não estavam a fazer o que deles pretendia ou por outra qualquer razão.
Quanto ao Wolfs insisto na necessidade de o proteger que não passa necessariamente pelo seu afastamento, até porque não há ninguém para o lugar. Mas protegê-lo passa também por declarações como as que fez ontem Sá Pinto, a lembrar muita gente com memória de peixe de aquário. Amanhã farei a minha parte, se puder.
Obviamente que não advogo um pinheiro para o seu lugar. O que eu estranho, e em Sá Pinto em particular, é o abdicar de uma forma de jogar, que te parece ditada pelas circunstâncias, mas que a mim me pareceu incoerência ou falta de capacidade do treinador de chegar aos jogadores.
Se tiver razão isso seria muito mais preocupante do que estar a insistir neste ou naquele jogador ou forma de jogar. Significaria descrença ou dúvida e sei bem o que isso representou, por exemplo, na cabeça de Domingos o ano passado.
Tiago,
ResponderEliminarSó mais uma questão que acabou por me esquecer. Qual foi o objectivo de Sá Pinto em sujeitar os jogadores à triste humilhação final?
LdA,
ResponderEliminaressa foi, para mim, a pior opção que o SP fez ontem.
Ele não pode andar a liderar homens para ficar bem na fotografia. Tem de lhes conquistar o respeito e garantir que tem uma equipa em campo que dará tudo por ele.
Espero que essa atitude não lhe venha a causar constrangimentos no futuro.
A questão está no modelo de jogo, já na época passada referi que com este modelo não íamos a lado nenhum, porque 90% das equipas jogam no erro do Sporting.
ResponderEliminarOs 3 médios estão amarados a este modelo, não são peixe nem carne, não sabem o que fazer em campo, basta ver o Elias e a forma como ele desaparece do jogo.
Não pode haver uma distância tão grande entre o Wolf e os nossos centrais, alias notou-se isso cada vez que o Rio Ave recuperava a bola e tinha espaço para explorar a sua vontade.
O sistema de Sá Pinto é a antítese do sistema de Jorge Jesus que joga no máximo risco mas que tira dividendos dessa forma de jogar.
A sobrevalorização dos nossos jogadores também me faz impressão, basta vê-los jogar, ver os erros que cometem, a incapacidade técnica que têm em realizar determinados gestos como o domínio da bola e o passe, a falta de visão de jogo. Nessa parte não culpo o Sá Pinto, mas no resto, a tática é com ele e o treino também.
Se o Sá Pinto persistir nesta forma de jogar não terá um grande futuro a frente do Sporting.
É preciso muita serenidade da parte de todos os envolvidos na estrutura do Sporting, porque o comboio está prestes a descarrilar demasiado cedo.
Antes de mais agradecer-te novamente o tempo de antena, Leão de Alvalade.
ResponderEliminarDizia-te que nao achava que a responsabilidade era toda do Sá Pinto e dizes-me que concordas mas que é a ele a quem temos que pedir responsabilidades. É certo mas esse termo dá que pensar: de que falamos quando dizemos que temos que pedir responsabilidades ao treinador (de certa maneira, contra mim falo, porque se calhar uso o termo demasiado, daí que agradeço a deixa para a reflexao)?
Afinal, ontem quando ainda estava a tentar perceber o que tinha acontecido, a definir a narrativa da coisa na minha cabeça, já o treinador estava a falar para flash interview e na conferência de imprensa e a dar a interpretaçao dele. Aliás, antes disso, apresentou-se diante dos adeptos após o jogo terminar (já lá vamos, porque perguntaste directamente o que achava disso).
Ora, isso é uma parte de assumir responsabilidades. A outra parte de assumir as responsabilidades é tao implícita ao trabalho dele que, novamente, nao acho que seja preciso pedir-lhe: continuar a aperfeiçoar a ideia que tem para o jogo do Sporting, corrigir o que acha que tem que ser corrigido e tentar trabalhar ainda melhor para ganhar o próximo jogo e os outros todos.
Depois da primeira parte de ontem e de, as espaços, coisas da segunda, assim como de outros jogos, acho que é possível ter uma impressao clara do que ele quer. Quem gostar dessa impressao, óptimo. Quem nao gostar ou simplesmente nao a tiver, a vida e o Sporting continuam. E tanto uns como outros podem julgá-lo em funçao do que gostavam de ver no campo e também em funçao dos resultados.
Voltando ao que comentas, também preferia que nao houvesse uma opçao tao drástica de substituiçoes ao intervalo e preferida que tivesse havido correcçoes de movimento. "Ficamos sem saber se os tirou porque não estavam a fazer o que deles pretendia ou por outra qualquer razão", sem dúvida, mas a verdade é que isso só é importante porque perdemos, nao é? E se a ideia era falhar menos passes e imprimir movimento e espontaneidade, meter o André Martins e Labyad nao é propriamente absurdo.
Estamos de acordo quanto ao Wolfswinkel. Nao acho que a questao seja a falta de alternativas para a posiçao, ainda que para este esquema, talvez seja melhor ter mais um avançado e um mais experiente, que possa favorecer o crescimento dele, mas sim o facto deste esquema funcionar com ele se nao se cometerem erros "nao forçados" que me parece que se podem corrigir sem grandes dificuldades.
(continua...)
"O que eu estranho, e em Sá Pinto em particular, é o abdicar de uma forma de jogar, que te parece ditada pelas circunstâncias, mas que a mim me pareceu incoerência ou falta de capacidade do treinador de chegar aos jogadores."
ResponderEliminarÉ possível que as circunstâncias tenham afectado o Sá Pinto também, por exemplo. Isso nao me choca e se for o caso, espero que aprenda com isso.
Acho muito arriscada esta ideia da abdicaçao estudada e conscientemente decidida dos princípios só porque a equipa foi mudando de comportamento ao longo do jogo, até porque a meu ver nao houve sequer uma abdicaçao total. Nao digo que o faças mas podemos radicalizar a coisa, tratá-la como incoerencia e incapacidade de chegar aos jogadores e deixar de crer nas capacidades do Sá Pinto para treinar só porque a equipa ontem insistiu nos cruzamentos mais do que o costume e perdeu.
Eu nao penso assim. E nem sequer estou a tentar ilibar o Sá Pinto porque nao acho que precise de ser ilibado de nada. Nao acho que os erros que a equipa e que ele próprio cometeram ontem justifiquem sentir-me obrigado a tomar uma posiçao definitiva sobre a capacidade dele como treinador, tanto ao nível das ideias que tem como da capacidade para chegar a estes jogadores e metê-las em prática. Da mesma maneira que nao duvido dos jogadores que agora estao em pior forma. Se trabalharem, melhoram. E se nao melhorarem, vao acabar por parar ou ir embora.
Pensar assim nao implica que nao me chateie a derrota ou que nao pense que isto ou aquilo deva ser corrigido.
Sobre o Sá Pinto obrigar os jogadores a agradecer aos adeptos, acho que é tao lícito criticá-lo por isso como aos adeptos por os estarem a assobiar. Pelo sim pelo nao, mesmo apesar da minha reacçao a quente, prefiro nao criticar nenhuns. Os jogadores, apesar de inexperientes, vao ter que ser homenzinhos, hao-de saber lidar com a infelicidade de serem insultados no seu primeiro jogo em casa esta temporada. Nao duvido que o Sá Pinto continua ao lado dos jogadores e nao me parece que o objectivo tenha sido a humilhaçao, se calhar foi. Eu nao vi a coisa assim.
saudaçoes leoninas,
tiago
"Qual foi o objectivo de Sá Pinto em sujeitar os jogadores à triste humilhação final?"
ResponderEliminarLdA,
Eu nem sequer vi isso, pq assim que o árbitro apitou para o final do jogo, levantei-me para pagar o meu consumo e sair porta fora do café... Só topei num dos resumos.
Mas isso é uma cena, no mínimo, parva... Foi por causa dessas mariquices q andou ao sopapo com o Liedson... Parece que tb não aprende com esses erros. Mas respondendo à tua questão: foi para agradar aos meninos da JL que por vezes dá a sensação de q ligam mais para merdas dessas do que para o q se passa nos 90 minutos dentro de campo... Já disse anteriormente e repito: nós é que temos de bater palminhas aos jogadores e não o contrário. Eles são pagos para dar tudo e jogar o melhor que conseguem e sabem. É isso que eu lhes exijo e caso, não o tenham feito, cago bem nas palminhas ao centro do terreno a pedido de terceiros só para parece bem. 'Aquilo' não passa duma encenação sem pinga de valor. É bonito qd acontece genuinamente. Não foi o caso.
Acho que se esta a ver a derrota de ontem como a primeira deste treinador ou o ocaso de um jogo menos conseguido. Fala-se de estilo de jogo mas ainda não consegui perceber que estilo de jogo quer ele implementar...é que realmente cruza-se muito (e mal) para a área mas invariavelmente esta lá apenas um jogador , dois no máximo se Carrillo fizer a diagonal. Pior é que cabeceamento não é de todo o forte do ponta de lança holandês. Pior que o seu péssimo cabeceamento tem sido os maus passes ou decisões do mesmo. Eu tb acredito que ele pode render mais. Pontualmente poderá fazer mais golos mas no fundo nunca será o jogador que queremos que ele queira , principalmente a jogar desapoiado na frente de ataque. Em relação ainda ao estilo de jogo, olha-se para o nosso futebol e nota-se a incapacidade de concretização , a ansiedade da própria equipa por saber dessa sua fraqueza. Pior é cometer-se os mesmos erros jogo após jogo ou não apresentar alternativa táctica a este insipiente 433. Metemos pouca gente dentro da área ou nas imediações centrais da mesma. Dei por mim a imaginar se esta equipa não renderia muito mais em 442 com o losango de Paulo Bento. Os laterais são bastante ofensivos e teríamos médios para uma maior circulação de bola com a presença de 2 avançados dentro da área. Mas já se viu que o treinador acha que a culpa estará nos jogadores e não vai dar a mão há palmatória.
ResponderEliminarPor ultimo tanta consideração por Elias, muito prestigio mas provar dentro de campo? Zero!!
Mais um barrete do director desportivo mais sobrevalorizado de sempre......
SL
Miguel Damas
Com a devida vénia e respeito:
ResponderEliminarhttp://quintadelduque.blogspot.pt/2012/08/sa-pinto-tens-errado-agora-assumes-te.html SL