O Expresso deu conta, no início desta semana, através da sua edição on-line, que os dirigentes do Sporting teriam recebido uma proposta "um projeto multimédia, que além da criação de um canal televisivo
avançava também com propostas no âmbito da Net, da rádio e diferentes
suportes de imprensa."
A noticia correu célere pela comunidade leonina apesar de ontem, na mesma plataforma daquele jornal, haver indícios de um desmentido, por "fonte leonina", dando conta que o "o Sporting lamenta que eventuais interessados na criação do canal
coloquem na comunicação social notícias sem que as propostas tenham sido
apresentadas ao clube". Afinal foi entregue ou não? Não se conhece posição oficial sobre o assunto. Na mesma noticia dá-se conta que "o Sporting tem na sua posse, até ao momento, seis propostas para a criação de um canal de televisão do clube."
Ontem constatou-se mais uma vez, aquando da transmissão do jogo da equipaB, da utilidade/necessidade da existência de um canal dedicado ao clube, necessidade já antes verificada com os jogos da NextGen Series e com muitas outras modalidades que, talvez mais do que o futebol, precisem de difundir a sua actividade, captando dessa forma a atenção dos adeptos e, com isso, tornando mais fácil a existência de patrocínios que as sustentem.
Voltando à noticia que dá origem ao presente post, nela se dá conta que o clube só partirá para essa "aventura" com as devidas garantias de rentabilidade. Duvido da exactidão desta afirmação, não acredito que essa seja a visão do clube sobre o assunto. Um canal não tem obrigatoriamente que ser rentável, (se o for, tanto melhor), mas tem que ser, como qualquer outro projecto, sustentável.
O Sporting é, por ora, o único dos 3 grandes que ainda não dispõe de uma plataforma televisiva. Esse facto, mais do que um embaraço, deveria constituir uma oportunidade para não cometer os mesmos erros dos que nos precederam. Não gostaria de sentir o embaraço que, amiúde, me confessam amigos meus perante os exageros ou a pobreza de algumas análises e conteúdos do canal do seu clube.
No presente existem diversas plataformas (um bom exemplo é o do jornal "abola") capazes de proporcionarem um meio de difundir e fortificar a marca Sporting . Espero que quando se faça a devida contabilidade dos custos e dos benefícios, se encontre o equilíbrio, contabilizando do lado dos ganhos a capacidade de ter uma voz própria que chega a todo o universo leonino.
Nota para reflexão
Em conversa informal com alguém do meio (e que surgiu na sequência deste post), e com experiência adquirida num projecto semelhante, diz-me que são precisos 3 milhões/ano para um canal próprio.
Com a agravante de se tornar num circuito fechado para adeptos do clube impedindo a obtenção de um dos principais objectivos: a expansão da marca. O segredo está nos conteúdos, que devem ser abrangentes, de forma a cativar o maior número de espectadores, logo também mais sustentável.
O facto de o projecto de que agora se fala não ter sido apresentado às distribuidoras de TV, ao invés de uma vantagem, como se parecia pretender, concorre no imediato para o seu insucesso ou pelo menos para o agravamento brutal dos seus custos.
O Sporting não precisa de um canal de televisão, precisa de fazer chegar imagens vídeo aos seus adeptos e associados.
ResponderEliminarPara quê investir na criação de um canal por cabo, se o futuro é da internet e dos dispositivos móveis?
Os conteúdos existem -- com excepção dos jogos da equipa principal --, têm audiência garantida e a produção e distribuição nunca foi tão fácil e barata como hoje.
Não sei o que pensam os dirigentes do Sporting, mas gostava de ver o clube estabelecer-se nesta área sem intermediários, relacionando-se diretamente com os sócios e adeptos e garantindo assim a totalidade das receitas.
Kova,
ResponderEliminaracho que a solução que se apresenta em cima da mesa como a mais viável é exactamente uma plataforma multimédia a ser difundida através da internet.
Até pela facilidade com que chega a mercados que se pretendem captar como é o caso da Índia ou da China.
Também julgo ser fundamental a criação da SCPTV para a divulgação da marca, dos atletas e do clube SCP.
ResponderEliminarSe há o momento ideal este é o momento, pela criação da equipa B, pelo viveiro de jogadores de formação e o manifesto interesse da nação leonina em estar informado e conhecedora dos novos delfins, pelo ecletismo do clube em que os nossos atletas (anónimos) teriam visibilidade e projeção. Não somos o clube Português com mais adeptos mas somos os mais interessados e com maior cultura desportiva. A SCPTV seria mais um canal para alimentar o nosso amor e este ENORME clube. Ass: Moty
Numa actualidade sem liquidez, rentabilidade, sustentabilidade e viabilidade são sinónimos.
ResponderEliminarKova,
ResponderEliminarEra precisamente isso que eu me referia quando referi o exemplo do jornal "abola" que avançou com uma plataforma diferente do cabo e só agora vai assumir um canal.
LdA,
ResponderEliminarEu preferia algo ao género online que "abola" proporcionou durante alguns meses, sobretudo porque em termos de custo tem condições de ser menos dispendioso. Convém não esquecer que por exemplo a Man Utd TV é deficitária financeiramente à largos anos.
Falando do que se passa com os outros, o Porto Canal é mais uma vergonha ao género da vergonha Olival de Fora
A solução mais virada para a internet seria sempre mais fácil de por em prática e permitiria uma construção mais sustentada do projecto. Passar do 0 para algo igual à benficatv é um passo maior que a perna, uma vez que não há conteúdos suficientes para preencher uma programação de 24 horas. Algo mais virado para a internet ou ao estilo do que se faz no porto canal ( com alguns blocos dedicados ao clube) seria o ideal.
ResponderEliminarEm conversa informal com alguém do meio (e que surgiu na sequência deste post) e com experiência adquirida num projecto semelhante diz-me que são precisos 3 milhões/ano para um canal próprio.
ResponderEliminarCom a agravante de se tornar num circuito fechado para adeptos do clube impedindo a obtenção de um dos principais objectivos: a expansão da marca. O Segredo está nos conteúdos, que devem ser abrangentes, de forma a cativar o maior número de espectadores, logo também mais sustentável.
O facto de o projecto de que agora se fala não ter sido apresentado às distribuidoras de TV, ao invés de uma vantagem, concorre no imediato para o seu insucesso ou pelo menos para o agravamento brutal dos seus custos.
Esta nota será acrescentada ao post inicial, as minhas desculpas a quem já leu e comentou.
pois se o Fernando Alvim tem uma canal de tv através da net, parece-me que mais facilmente (do ponto de vista financeiro) o sporting terá. e não precisa de ir para o cabo porque a net está aberta a todos e o cabo só para alguns. o que há aqui é uma questão politico-estratégica que terá que ser avaliada pelos dirigentes, sendo que estes são posteriormente avaliados em eleições por nós, sócios.
ResponderEliminarBom post e muito bom debate de ideias. Dois pontos que quero realçar.
ResponderEliminar1- Uma SportingTV exclui à partida públicos diversificados, pelo menos é o que acontece comigo relativamente a outros canais do género.
Fiz até hoje uma única excepção para ver a meia-final do play off da Liga de Basquete onde a Académica jogava fora e o jogo era transmitido em exclusivo no canal do clube adversário.
Chegamos assim ao outro ponto, conteúdos, o Sporting regressa este ano com elevado esforço de um grupo extenso de sócios à pratica de Basquetebol e Rugby, antes foi o Hóquei a regressar e ainda está em falta o Voleibol.
3 milhões de euros eram uma verba absolutamente fantástica para o clube investir em conteúdos, leia-se modalidades, quer as que existem quer as que se estão a revitalizar. Tenho enormes saudades das minhas tardes de sábado a ver Sporting no Canal 2 da RTP, era Sporting por todo o lado. Hoje essa produção baixou e é urgente inverter essa tendência para depois sim criar canais de visionamento, para isso o site do clube serve perfeitamente.
O NextGeneration, SportingB, Futsal, Andebol geram já conteúdo de excelente qualidade para disponibilizar on-line e até diria mais pelo menos numa fase inicial ou determinadas transmissões numa área exclusiva para sócios. É importante premiar e diferenciar a condição de sócio de alguma maneira, o pay-per-view seria adquirido com facilidade pelos adeptos tornando-se sócios do clube.
Outra questão, horários das competições. Não vi o jogo de ontem do Sporting B porque foi na hora de jantar o que dificultava andar com o computador atrás, nesse aspecto a TV é muito mais cómodo.
ResponderEliminarP.S.- Também não vi o anterior porque das dezenas de vezes que tentei nunca consegui stream... admito que seja uma questão que futuramente será resolvida com o evoluir das transmissões.
Amigos sportinguistas,
ResponderEliminarO modo reflectido e ponderado como todos analisam esta importante questão, faz-me orgulhar dos fantásticos adeptos sportinguistas que todos somos.
Todos estarão certos nas visões pessoais que terão desta questão. E todos estarão de acordo que a melhor solução talvez não esteja ao alcance do Sporting. Mas a necessidade aguça o engenho. E talvez entre as seis propostas que o Sporting tem em mãos, possa aparecer uma que consiga o compromisso impensável, entre "o sol na eira e a chuva no nabal"! Quem sabe?!... Quem sabe se não será possível uma solução semelhante ao PortoCanal, com o Sporting a ocupar apenas uma parte da programação e que esse mesmo canal pudesse ser acessível na internet?!...
Virão certamente críticos desta minha ideia/questão, dizer que haverá incompatibilidades comerciais insanáveis entre esse eventual canal e a sua difusão pela internet. A esses eu direi que o impossível não existe...
SL
LMGM,
ResponderEliminara questão do mais ou menos cómodo entre computador e tv é uma questão que vai ter tendência para desaparecer, pois cada vez mais há tvs a receber internet ou então um cabo hdmi também resolve a coisa.
A questão que colocas quanto a um fee de um canal pay-per-view poder ser transformado numa quota do clube é muito pertinente e podia ser a base de lançamento duma campanha de angariação de sócios.
Visigordo, fiz recentemente uma revolução tecnologica na minha sala, a menina nova tem NetTV mas há diversos sites onde os videos não correm por falta de plug-in's, normalmente vejo no youtube mas mesmo assim, navegar nos menus com o comando não é user friendly... Conclusão, raramente uso essa funcionalidade.
ResponderEliminarTenho normalmente sempre o portátil ao meu lado mas isso é quando estou a abobrar no sofá, a jantar tenho outros apetites :)
Não penso fazer nenhum upgrade na instalação nos próximos 10 anos. Claro que isto se resolve com um iQualquer da Apple ou derivado, mas gosto de deixar as tecnologias estabilizar antes de fazer aquisições.
Desculpem meus senhores,
ResponderEliminarMas há uma questão que me assola as solas desde que oiço falar no já tão mítico Sporting TV...Mas porque raio é que um canal tem de emitir 24 horas, programação sem interesse nenhum, uma grelha de "chouriços".
O que interessa não são os jogos? Então? Para quê investir fortunas só para se dizer que se tem um canal? É mostra de grandeza? Que grandeza queremos mostrar quando nos vemos arrasca para montar uma equipa que vença um troféu de jeito! TV pró ego???
Com tanto canal à mingua de programação era muito mais esperto "trocar" espaço por "jogos"...o custo era zero e ainda poderiamos partilhar receitas publicitárias sem ter de contratar equipas de transmissão, comerciais, técnicos, programadores, designers...
Javardeiro,
ResponderEliminaressa é uma das questões primordiais na tomada de decisão, o Porto Canal é um exemplo disso.
E como é que se fariam chegar esses espaços a um mercado asiático ou africano, por exemplo.
ResponderEliminarAlguém sabe se foi feito algum estudo sobre a penetração da marca Sporting na ìndia, por exemplo?
Uma boa campanha que contasse com as participações do Chetri, do Ronaldo e do Figo, não seria um bom aríete para nos abrir aquele mercado?
A TV não é substituída por um PC, pelo menos para gerações acima dos 35/40 anos que é quem paga as coisas lá em casa.
ResponderEliminarMesmo se fosse um canal disponibilizado numa lógica over the top, (como por exemplo Hulu, Netflix, etc) teria de ser salvaguardada a qualidade do streaming. ALém disso, ainda mta tinta irá correr nos próximos anos sobre net neutrality, 2nd tier internet, etc... vcs acreditam que os operadores de TV paga (que fornecem tb internet), vão ficar sem receber nada por um canal online, sobretudo se tiver audiência?
Posto isto, e porque conheço a realidade do mercado, acho que não é complicado conseguir mais do que os 3 mihões /ano. O Benfica TV não está na ZON e faz mais do que isso.