terça-feira, 17 de maio de 2011
16 comentários:
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Se é assim, trata-se de uma situação igual à de Portugal quando vai ao mercado.
ResponderEliminarMas, pior ainda, é o próprio presidente do Sporting fomentar o embuste, como se pode ler aqui:
http://ocacifodopaulinho.wordpress.com/2011/05/17/amanha/
Kovacevic,
ResponderEliminarNão vejo de onde retira do excerto citado que o presidente do Sporting esteja a "fomentar o embuste", quando se refere precisamente que será a 3ª operação desta natureza da SAD. Posso estar a interpretar mal, quer explicar?
Todos os clubes (ou melhor SAD's) que fizeram operações deste tipo (empréstimos obrigacionistas) estão em idêntica situação, ou seja, o dinheiro foi consumido e não há capacidade (leia-se liquidez) para o liquidar.
ResponderEliminarAinda recentemente a Porto SAD fez operação igual e pelas mesmas razões.
Sem surpresa vejo o Sporting é ser sempre noticia por motivos financeiros, tentando passar uma imagem de fragilidade, quando o mesmo destaque não é dado aos nossos rivais quando executam operações similares, ou melhor no caso deles são demonstrações de força e capacidade financeira.
Considero isto uma não noticia e tenho dúvidas se algum dia haverá interesse em liquidar em definitivo este empréstimo.
Claro que esta operação nada tem que ver directamente com contratações, mas a subscrição por completo do empréstimo (isso sim nos tempos actuais devia ser noticia) dará uma imagem de estabilidade que ajudará no acesso aos financiamentos necessários para as contratações.
Caro PLF
ResponderEliminarFalta-me tempo para os blogs, mas, sobretudo, falta-me vontade de participar em discussões que genericamente começam com preconceitos em relação ao interlocutor.
Ainda assim, respondo-lhe para dizer o seguinte:
O que o sr. presidente do Sporting devia ter dito é que este recurso ao mercado de capitais serve para financiar o pagamento de dívida contraída anteriormente.
Em vez disso, declarou:
"...Este recurso ao mercado de capitais serve para financiar a actividade desportiva (...) sei que adeptos e sócios saberão reconhecer a importância desta emissão"
Ajudando, portanto, a fomentar o embuste que o LdA identifica - e bem - na mensagem da maioria dos textos jornalísticos sobre o assunto.
tal como o lmgm disse o porto fez isso recentemente, e o que o porto fez foi: contraiu o emprestimo para pagar a divida e utilizou o dinheiro que tinha disponivel e comprou mais uma percentagem do hulk,
ResponderEliminarKovacevic,
ResponderEliminarNão creio que se trate de um embuste da parte de GL. Já da parte dos jornalistas é pura ignorância das matérias tratadas.
GL já anteriormente se havia referido a esta situação, explicando-a na entrevista ao DN, cuja leitura fiz aqui:
http://anortedealvalade.blogspot.com/2011/04/leitura-da-entrevista-de-godinho-lopes.html
O teor da comunicação do Sporting é em tudo idêntica à da comunicação da SAD do FCP ao que não será alheio o facto de ser o banco BEST (ligado ao BES) o emissor:
http://desporto.publico.pt/noticia.aspx?id=1493390
Convém lembrar que o FCP tem ainda outro empréstimo do mesmo género que vence em Dez/2012.
Kovacevic,
ResponderEliminarQualquer discussão entre interlocutores que se conheçam parte de um ponto prévio relativo ao teor das discussões anteriores - essa pré-concepção acerca do teor das opiniões das outras pessoas é inultrapassável, ainda que uma nova declaração seja minuciosa quanto aos fundamentos (e não foi o caso). Mas o que me parece é que o meu caro errou no preconceito que tem do meu preconceito quanto à sua opinião, porque se não a tivesse em consideração não teria formulado a questão da forma que o fiz. Provavelmente não a teria formulado.
Julgo que temos opiniões semelhantes relativamente a algumas opções estratégicas mas que não é isso que está em causa.
O que me parece em causa - ou pelo menos eu coloquei em causa - é a utilização da expressão "fomentar o embuste". Para mim, embuste significa isto: Mentira artificiosa; plano para enganar alguém, ardil, enredo, logro. E, portanto, o que o presidente do Sporting fez não foi fomentar um embuste, nem sequer dourar a pílula, disse a verdade: o dinheiro que será recolhido através desta emissão de obrigações destinar-se-á ao financiamento da actividade corrente (i.e., desportiva).
Assim, qualificar a expressão como um embuste parece-me errado nos factos. Adicionar o qualificativo "fomentar" - incentivar, dar continuidade, etc. - parece-me acrescer gravidade no erro de interpretação de uma declaração, por deixar subjacente o desejo de enganar (quem quer que seja) repetidas vezes, porque o teor da declaração não pdoe ser interpretada de outra forma.
Questão bem diferente é achar-se que o Sporting deve investir (apesar de ter sido uma promessa eleitoral...) ou - mais importante - que o Sporting deve contrair dívida para financiar a actividade corrente. Relativamente a este último aspecto, estou de acordo que é uma má solução na prática e nos princípios. Mas o que é (bem) referido é que essa solução já vai em duas gerações, que se pretende uma terceira e que, em ambas, o destino do dinheiro foram as despesas correntes e que neste momento não há carcanhol para libertar o Sporting dos seus compromissos com os credores.
Por último, parece-me que - apesar de evidente - é melhor utilizar a expressão "financiar a actividade desportiva" do que a expressão "financiar a SAD para pagar a dívida que vence brevemente e que não tem meios para pagar". Se bem que a 2ª expressão seja mais verdadeira, não é tão "boa" para o mercado nem para os sportinguistas. Mas isto é só a minha opinião.
"Sem surpresa vejo o Sporting é ser sempre noticia por motivos financeiros, tentando passar uma imagem de fragilidade, quando o mesmo destaque não é dado aos nossos rivais quando executam operações similares, ou melhor no caso deles são demonstrações de força e capacidade financeira."
ResponderEliminarCom esta frase, o LMGM resumo tudo. Os ecos que se sentem, e as especulações que aparecem...não passam disso mesmo. Mas é engraçado como os media conseguem dar a mesma noticia de forma diferente, quando se trata do Sporting e porto.
SL
Acredito que esta direcção tudo fará para investir, e bem, na actividade considerada a mola do clube: o futebol. Com a autorização dos accionistas da SAD neste empréstimo de 20 M€ e com a reactivação do Fundo da CMVM, a direcção conseguirá reunir uma verba considerada fulcral para investir na equipa de futebol. Sem investimento, não há resultados desportivos. Sem resultados, não geramos receita. E sem receita ....
ResponderEliminarEsta é uma das formas de financiamento alternativo a que os clubes podem recorrer. O Porto fez uma operação idêntica, no valor de 10 M€. Não vejo críticas. Vejo sim que os sócios e os investidores acreditam neste produto e nesta solução apresentada. Ao invés no nosso clube, tudo se critica.
Esta é a terceira operação que o Sporting leva a cabo. Nas anteriores as Obrigações foram totalmente colocadas, ou seja a Procura foi muito superior à Oferta. Oferece taxas bastante atrativas para os sócios, adeptos e os aforradores que decidam investir. É um excelente investimento.
Não há alternativa senão os clubes recorrerem a novos empréstimos para colherem os frutos a curto prazo.
Existe pouca liquidez nos clubes a nível mundial, o que se reflete directamente no mercado dos jogadores. O modelo de negócio dos clubes terá que ser revisto. Este tipo de empréstimo é, entre outros (Fundo de jogadores) uma alternativa à diminuição das verbas provenientes da venda de jogadores.
Jorge,
ResponderEliminarcreio que não entendeu o post.
O SCP tem que acabar com os "empréstimos".
ResponderEliminarPrecisa-se é de investidores, isso sim.
Nunca mais acaba a mama da banca...dasse!
Leão de Alvalade,
ResponderEliminaré de facto inacreditável as notícias a que se assistem.
Este empréstimo obrigaccionista diz respeito a um simples 'debt revolving', pelo mesmo valor da emissão anterior, 20M€. O link que colocaste diz respeito à primeira emissão (5% de cupão), e não à de 2008, cujo juro pago era de 7,20%, pago semestralmente. Ao contrário do benfica, que 'rodou' 25M€ por 40M€, o Sporting vai manter o valor do empréstimo. Já não é mau, mas talvez o mercado não aceitasse muito mais...
O capital servirá apenas para manter o empréstimo, mas indirectamente pode ser considerado como um desafogo para contratações, pois sem esta colocação, teriam que ser 20M€ do suposto package de contratações a serem utilizados para a devolução do capital dos investidores obrigacionistas. Mesmo assim ler notícias em jornais que nem no empréstimo anterior falam mostram bem a capacidade e conhecimento dos mesmos.
Este empréstimo deverá ter uma taxa de juro entre 8-9%, a mais alta da história das SAD's, mas curiosamente uma yield inferior, por exemplo a uma emissão obrigaccionista de Portugal a 3 anos (neste caso com maturidade para 2014), cuja yield liquida se consegue em mercado secundário a cerca de 8,5% liquidos. Ao que Portugal chegou, acrescente-se!
Saudações.
PI,
ResponderEliminarJá corrigi o link, devo ter trocado,uma vez que tinha os 2 em aberto.
LdA
ResponderEliminarVais desculpar-me, mas não percebo, neste caso, como podes criticar os jornalistas -- com razão -- e não criticar o GL.
Não dizem ambos -- jornalistas e presidente -- que este empréstimo obrigacionista se destina a financiar a actividade desportiva?
PLF
ResponderEliminarEste empréstimo paga dívidas. O empréstimo que financiou a actividade desportiva foi o primeiro.
Kovacevic,
ResponderEliminarDesde que me ensinaram que o dinheiro era um bem fungível que deixei de querer saber se o banco em que depositava (fiquei entretanto a saber o que isso significava) o meu dinheiro o guardava num colchão, num cofre ou numa piscina parecida com a do tio patinhas e se as notas que um dia poderiam devolver-me teriam o mesmo número de série.
Parece-me que acertei quanto às suas objecções à acumulação de endividamento, as quais partilho em absoluto.
Dizer que este empréstimo não é para financiar a actividade desportiva é um erro. Chamar-lhe um embuste é adding insult to injury.
No mais, operações contabilísticas sofrem do mesmo grau de indiferença material que o exemplo dado acima. Se o dinheiro recolhido com o empréstimo vai para contratar jogadores, para pagar a fornecedores (isso também é dívida!) ou para pagar a credores (outro tipo de dívida), sai todo do mesmo lado, do mesmo em que aterram os empréstimos obtidos ou as receitas recebidas das actividades do Sporting. No fundo é como dizer que o dinheiro das quotas serve apenas para pagar dívidas. É verdadeiramente indiferente.
Tenho pena vê-lo cair na crítica mais fácil, porque me tinha habituado a vê-lo contribuir com algo de diferente para melhor.