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Lansdowne Road um grande palco para uma grande final |
Disputa-se logo a final da Liga Europa onde o Sporting não está. Mas isso não é o mesmo que dizer que não tenha interesse indirecto no que irá suceder em Dublin. Ocorrem-me 2 razões, uma delas amplamente debatida aqui anteriormente.
1- O facto do Sporting ser o clube com mais jogadores formados presentes na final não pode passar despercebido ao mundo do futebol, bem como deve merecer uma profunda reflexão por parte de adeptos e dirigentes a nível interno. Sabemos que não podemos formar e manter todos os jogadores, o que não faz sentido é que não só não aproveitemos devidamente o valor do que construímos como ainda reforcemos os adversários directos. Perdemos duplamente: quer na força competitiva quer na auto-estima. Couceiro diz no jornal do clube e com razão:
2- O facto de, ao que tudo indica, Domingos ser o próximo treinador do Sporting torna importante o desfecho da final de mais logo. Aos meus olhos o treinador não será melhor ou pior se ganhar ou perder. A carreira em ascensão contínua devia falar por si só. Mas sagrando-se vencedor Domingos não só anularia as vozes dos que dizem que "nunca ganhou nada", dos que o colam ao FCP, como lhe daria lastro e tempo para consolidar o seu lugar. Ser treinador do Sporting não é fácil e as dificuldades começam logo dentro de casa.
Já fora do âmbito da final, mas de alguma forma relacionado com os 2 parágrafos anteriores, faz sentido ler as palavras de Couceiro, na entrevista ao jornal do clube: "A nossa equipa sentiu durante muito tempo que jogar em Alvalade era jogar em campo neutro. Não posso aceitar e revolto-me que o Rui Patrício, o Yannick ou outro jogador qualquer tenha de passar o que passaram em Alvalade. Temos de saber proteger os nossos, temos de ajudar os nossos a crescer e a serem melhores"
Se vencer hoje, ao Domingos só faltará naturalizar-se holandês, espanhol ou italiano para encaixar no perfil prometido por Godinho Lopes! :)
ResponderEliminarMais a sério, espero que ganhe o Miguel Garcia. Ninguém o imaginava a disputar duas finais europeias, principalmente pelo período que passou após sair do Sporting. Mas é um jogador que está na história do nosso clube e merece vencer hoje.
"Sabemos que não podemos formar e manter todos os jogadores, o que não faz sentido é que não só não aproveitemos devidamente o valor do que construímos como ainda reforcemos os adversários directos."
ResponderEliminar"Ser treinador do Sporting não é fácil e as dificuldades começam logo dentro de casa."
A nossa equipa sentiu durante muito tempo que jogar em Alvalade era jogar em campo neutro. Não posso aceitar e revolto-me que o Rui Patrício, o Yannick ou outro jogador qualquer tenha de passar o que passaram em Alvalade. Temos de saber proteger os nossos, temos de ajudar os nossos a crescer e a serem melhores"
Acho que juntando estes três paragrafos, conseguimos ter uma visão do que tem de deixar de acontecer em Alvalade.
SL
Separo aqui duas situações, os jogadores vendidos e os dispensados. Os vendidos não me causam mossa, pode a sua venda ter sido um erro mas compete-nos com o dinheiro que obtivemos resolver esse erro. Já os dispensados (e só por lesão não está também Emidio Rafael) sim deixam-me mais amargo.
ResponderEliminarNão sou grande apreciador das qualidades de Varela mas é um jogador com carateristicas superiores a muito lixo que vi por Alvalade.
Sou um grande apreciador das qualidades de Miguel Garcia, não propriamente das futebolisticas mas das mentais, é um jogador de superação, de amtes quebrar que torcer.
Como disse numa discusão no Sector há muito tempo, é o meu jogador tipo da Academia que pode fazer uma base de boa qualidade e barata para depois juntar investimentos.
Por ele mais do que qualquer outro, espero que o Braga vença, o "meu" miudo merece ser feliz.
Sobre nós repito aquilo que disse a Dias da Cunha no fim da nossa final, "Presidente, quero este troféu em Alvalade! Se não foi desta é já para o ano!"
P.S.- Maravilhoso estádio!
Relativamente ao Miguel Garcia, o LMGM disse exactamente o que sinto, mas que nunca encontrei formas de expressar. Pensar que o mandámos embora para ir buscar o Pedro Silva, só dá vontade de chorar!
ResponderEliminarSobre vendas e dispensas tudo o que vocês deixaram dito vem de encontro ao que eu penso há muito tempo.
ResponderEliminarFigos, Ronaldos, Nanis ou Quaresmas, não os podemos segurar e devemos aprender a vendê-los bem. Se possível tentando que, se um dia regressarem a Portugal, o Sporting tenha preferência.
Montinhos, Custódios, Garcias, Varelas, Vianas são do tipo de jogadores que o Sporting pode perfeitamente manter porque são jogadores que nunca irão para os tubarões do futebol, e são bons a nível nacional. Se aparecer alguém muito interessado, então que bata uma quantia que valha a pena. Pelo que me lembro não se pode dizer que o Custódio e o Viana tenham sido mal vendidos e se não estão no Clube foi porque quem mandava não os quis. Ao fim e ao cabo de todos os que têm sido falados, e que tínhamos capacidade de manter, apenas o Montinho saiu contra a vontade do Clube (digo eu).
Agora, o mais importante disto tudo, é que o Sporting crie condições para que os jogadores evoluam e o que mostram de bom noutros clubes, o possam fazer também no nosso Clube.
Olá! Será que é possivel colocar este blog na vossa lista: http://deumapontaaomeio.blogspot.com
ResponderEliminarSolicitem o mesmo no nosso blog que o mesmo será feito. Abraço
Leão de Alvalade,
ResponderEliminarNão é por acaso que não costumam faltar treinadores de bancada e quando há poucos isso é mau sinal. Em cada cabeça, sua sentença, o que - na minha opinião - significa que se deve (i) compreender o barulho, (ii) dar-lhe a importância que tem (porque tem) e questionar a sua validade e (iii) decidir de forma imune ao barulho.
Ando há anos a argumentar por uma visão de estruturação de plantel que faça do Saleiro jogador do Sporting como 4º avançado. Não por ser da formação ou por ser um diamante em bruto, mas por ter uma aceitável relação custo-qualidade. Numa lógica de que poucos se lembraria do Saleiro se o Sporting tivesse o Cardozo, o Falcão e o Saviola como 7, 9 e 30 respectivamente. E nenhum deles era inacessível à nossa bolsa e julgo que seria possível - pelo menos no início - encontrar espaço para todos no orçamento, não esquecendo que em vez do Saviola se preferiu contratar o Grimi, que o Vukcecic custou o mesmo que o Falcão e que o Cardozo pouco mais custou do que Pongolle.
Na mesma lógica, há muito que defendia que os jogadores que eram formados no Sporting e jogavam quando o Sporting ainda tinha sucesso suficiente para rebater críticas (Veloso, Moutinho, Pereirinha, Djaló, Patrício, Adrien, Nani...) estariam longe de serem os responsáveis pelos maus resultados, antes todos aqueles (alguns dos quais, paradoxalmente, adorados!) que tinham custado o dinheiro milhões e que não garantiam fazer a diferença de forma clara.
Mas como cada cabeça sua sentença, muitos diziam que quem pensava assim não tinha ou grandeza ou ambição, discernimento ou capacidade analítica, e que se o Sporting não vencia era necessário encontrar formas de melhorar e isso teria de passar por trocar o medíocre (diziam) pelo óptimo, em vez de trocar o bom pelo óptimo. Compreende-se. Mas e a sustentabilidade e os recursos?
Hoje em dia dispara-se em todos os sentidos, o que é ainda mais dramático: se se contrata é mau porque o Sporting se endivida, se não se contrata é mau porque o Sporting precisa de uma limpeza, se vêm os prometidos é mau porque aqueles são maus e se é pouco ambicioso, se não vêm os prometidos é mau porque não se cumpriu o prometido. Vale tudo.
Pergunto-me muitas vezes se o Sporting consegue sobreviver aos constantes tiros nos pés de que a rábula do Ruben Micael é apenas um exemplo, infelizmente muitas vezes repetido mas não o suficiente para que uma certa maioria barulhenta meta a mão na consciência.
E a resposta a que chego inevitavelmente é esta: se mantiver o (mau) critério que tem evidenciado de há anos a esta parte, é certo que o Sporting terá dificuldades em sobreviver. A questão é, portanto, desportiva. Mas reconduz-se ao que acima dizia: é importante compreender e ver se no barulho há algo de útil a retirar, mas que as decisões sejam imunes a esse barulho e sejam técnica e financeiramente viáveis.
Se se achar que outra solução é melhor (embora tudo me leve a crer que a "aposta" na formação é a melhor atendendo às características do clube), o Sporting não precisa de jogar com os frutos da sua formação. Hélton, Quim, Ruben Amorim, Fábio Coentrão, Rolando, Rodriguez, Custódio, Pedro Mendes, Raul Meireles, Bosingwa, Tiago, entre tantos outros jogadores que não fizeram ou completaram a sua formação nos grandes e que foram contratados para serem figuras importantes do futebol nacional.
Há outras estratégias possíveis. O mau mesmo é quando se quer trocar o bom e se fica com o medíocre e depois não se consegue ver livre do medíocre.
Está lá o Cardinal também. Faltou aos treinos e tudo.
ResponderEliminarQuero ver o que vai a direcção fazer com este tripeiro nojento. Por mim era subtilmente acabar com a carreira do gajo, ainda deve ter contrato por mais uns anos. Deixá-lo de parte até ao final do contrato, para ver se percebem o que é o Sporting.