quarta-feira, 13 de julho de 2016

Vitória dos fracos sobre os fortes

Islândia, Áustria, Hungria, Croácia, Polónia, País de Gales e França.
Um dos argumentos na ideia de que a vitória de Portugal no último campeonato da Europa adquiriu as proporções de um feito extraordinário, aponta o facto da vitória portuguesa ter-se visto alcançada com socorro a muito carácter e poucos recursos, relativamente ao poderio de outras selecções presentes na prova.

Em face da equipa portuguesa reunir em simultâneo um dos melhores guarda-redes da Europa, um campeão europeu pelo Real Madrid no centro da sua defesa, médios (em tempos, ou agora) cobiçados pelos melhores clubes da Europa como William, J. Mário, A. Gomes, R. Sanches, ainda outros médios de méritos inegáveis como João Moutinho ou Adrien, somados a jogadores de qualidade acima de qualquer suspeita como Nani e Ricardo Quaresma, quem diariamente sustenta a existência de tanta qualidade consegue ver na vitória portuguesa o triunfo dos fracos sobre os fortes.
Mais útil se a toda esta qualidade lhe juntarmos o melhor jogador do planeta.

Encontra algum problema neste argumento?

14 comentários:

  1. Restringindo-me só ao jogo, eu também considero inconcebível que uma selecção com o talento futebolístico de Portugal - que é só o que permite que a actividade sobressai-a no panorama nacional - jogue sempre em função do adversário. E não é pelo seleccionador ter metido finalmente um ponta-de-lança e com isso mudar completamente o jogo, quando já estava completamente encostado às cordas na final, que eu mudo de opinião.

    Muita sorte teve Portugal, com uma bola no poste e por um ponta-de-lança francês, Gignac - que não é em nada melhor que o Éder - pouco tempo antes. Mas ganhámos e já não se passa nada. A não ser em França. Onde os futebolistas ganham milhões e ninguém mais adequado se o futebol os produz, para depois verem um central negligente virar as costas à bola no remate do Éder. Se calhar nem sente a Nação. Porque assim não vale a pena pagar muitos milhões nem aos avançados. E já alguém pensou se algum dia centrais como Pepe ou Blanc alguma vez deixavam avançados como Éder rematar à vontade numa final? Pois é! E foi assim que os franceses perderam o Europeu em casa. E ainda bem! Mas não que Portugal não pudesse ter feito muito mais no Europeu. Como fez por exemplo no último, quando caiu nas meias-finais frente à Espanha. Que por sua vez se viria a sagrar campeã europeia.

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    1. Com a Espanha, campeã da Europa em 2012 e com os passes falhados do Renato, não chegava um saco. C/ ou s/ Ronaldo.

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  2. Esta Selecção, apesar de não ser fraca, tem uma notória limitação, e que condiciona tudo o resto. É a ausência de qualquer ponta-de-lança que dê garantias (desculpa Eder).

    Condiciona tudo o resto, porque Nani e Ronaldo renderiam muito mais jogando nas suas posições de origem.

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  3. Portugal é Campeão Europeu, pela primeira vez na história. Portanto sim, é um feito extraordinário. Com sorte aqui e ali, mas também com muitos méritos, decorrente de uma equipa unida como poucas, pragmática e que quis ganhar mais que todas as outras.

    E isto num grupo muito inexperiente a nível internacional. Cedric, Fonte, Guerreiro, Danilo, Adrien, João Mário e Sanches, todos estreantes em grandes competições de selecções, o núcleo do Sporting e da selecção sem a rodagem de presenças constantes na Champions League e que ainda não venceram o título de campeões pelo seu clube, que há 3 anos até esteve fora da Europa.

    Já houve mais talento no passado ou houve grupos mais experientes pelo menos a nível internacional, mas foram estes que trouxeram a Taça e que pintaram de verde e vermelho a mais bonita página da história do futebol português. Foram estes e não gerações de ouro com origem em mundiais de sub20 ou do Benfica de Eusébio.

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  4. Imaginem, por um momento, que tinha entrado aquela bolinha que o Kalinic chutou ao nosso poste direito aos 92’ (o mesmo minuto e o mesmo poste em que Gignac também acertou na final). O que se diria, no dia seguinte, do seleccionador nacional que escreveu uma carta na véspera, para ler depois da vitória na prova, que começa por “Em primeiro lugar e acima de tudo, quero agradecer a Deus Pai por este momento e tudo aquilo da minha vida” e remata afirmado que “Por último, mas em primeiro, [quero] ir falar com o meu maior Amigo e sua Mãe. Dedicar-Lhe esta conquista e agradecer-Lhe por ter sido convocado e por me conceder o dom da sabedoria, perseverança e humildade para guiar esta equipa e Ele a ter iluminado e guiado. Espero e desejo que seja para glória do Seu nome.” Diriam: (i) que o cidadão era maluco; (ii) que o cidadão era um perigoso fanático; (iii) que o cidadão devia era treinar melhor a equipa em vez de rezar ao Deus Pai para a guiar (e perguntariam se "Ele" tem licença de treinador). Assim, fingem que o homem não disse o que disse, que as coisas que aconteceram não aconteceram, e se alguém diz que esta vitória foi uma prova do poder que a Fé inspira nos homens e uma graça de Deus (ou, para os agnósticos, do Destino, ou do Karma, ou, para os ateus, um colossal chouriço), então dizem que ele é um “bota-abaixista”, e que foi tudo uma vitória da preparação científica que o Sr. Engenheiro deu à equipa e do brilho táctico da equipa, coisas que, essas sim, ninguém viu, ao contrário da sequência colossal e inexorável de acontecimentos improváveis e coincidências favoráveis que aconteceu entre o golo do Traustasson e o do Ederzito (em muitos dos quais a nossa selecção nem sequer foi tida nem achada), mas que foram, todos e cada uma eles, decisivos para o seu sucesso. Noto: não foram só os 41 anos sem Portugal ganhar à França que foram varridos com um golo do Ederzito (do Ederzito, c*o!), mas os 58 anos sem a França ganhar à Alemanha em jogos oficiais, que, por sua vez, nunca tinha ganho à Itália em jogos oficiais, que só calhou e eliminou com a Espanha porque o Ramos falhou um penalti contra Croácia, e por aí a fora, passando pelo Cruyff galês, até chegares aos nossos próprios pequenos (e médios e grandes) milagres e/ou coincidências felizes… A minha tese – e nisso limito-me a citar o Sr. Engenheiro – é que sentires que (cito) “o Deus Pai” “guia” e “ilumina” a tua equipa e conferiu ao teu Mister “o dom da sabedoria, perseverança e humildade” é capaz de fazer milagres. E, esta minha tese, não vem da fé, mas da minha análise racional daquilo que os meus olhos viram. Disse isto, meio-grosso, na noite do título (e antes de mergulhar os pés numa fonte, pois as promessas são para se cumprir) e, já perfeitamente sóbrio, mantenho-a: aquela brisa indizível e invisível que, tantas vezes, soprou contra as nossas naus, desta vez, foi um vento que enfunou a pequena vela de uma barcaça ronceira. Porquê? Isso é uma questão de fé. JPT

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    1. Eu também vi logo que as traças na final só podiam ser reencarnações dos muitos borregos que se mataram durante a prova. Aos anos que a Alemanha não batia a Itália em fases finais. Já agora e na minha opinião, as duas selecções mais complicadas para Portugal. Mas sobretudo do muito tempo e do muito mal que a França vinha a fazer a Portugal nas fases finais. Só podiam ser mesmo borregos voadores.

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  5. MM, Falta aí o colosso País de Gales... :P

    Os factos são evidentes, os tubarões foram-se comendo uns aos outros e nós apanhamos o sobrevivente na final (Itália vence Espanha, Alemanha vence Itália, França vence Alemanha, Portugal vence França). E tivemos de defrontar precisamente o tubarão com melhor handicap apresentava contra nós, até pq jogava em casa e tinha um ascendente histórico directo sobre PT (e tb a jogar os seus torneios em casa, que venceu sempre) como nenhum dos outros... E, apesar de todos estes factos, Portugal superou-se e venceu, contra tudo e todos, o jogo final. Ora, o facto de não termos que medir forças contra outros tubarões antes da final, não pode servir de menorização da nossa vitória. Que culpa teve a selecção disso?

    Se tivemos sorte? Claro que sim! Sem sorte ninguém vence um torneio destes...
    Se é verdade que apenas ganhámos um jogo no tempo regulamentar, também não deixa de ser verdade que dos sete adversários que tivemos de defrontar nenhum nos derrotou! Fosse nos 90 min, nos 120 min, ou no desempate através de remates a partir da marca de grande penalidade. Foram sete adversários que tentaram e falharam e isso deverá acrescentar algum mérito da nossa parte. Cumprimos as regras, fomos sendo apurados, sem ajudas externas, antes pelo contrário: note-se alguns lances de penalties claros que ficaram por marcar a nosso favor. Se fossem, justamente, atribuídos talvez tivéssemos ganho sem ter que suportar mais 30 minutos de prolongamento e/ou penalties...

    A minha opinião sobre o tipo / estilo de futebol defensivo que praticamos no Euro2016, nomeadamente a partir dos oitavos-de-final é o seguinte: após os 3 - 3 contra a Hungria e o "cagaço" que esse jogo acarretou no espírito de todos, a equipa começou aperceber que resultava, sentia-se mais sólida e confortável adoptando um estilo mais defensivo e de maior controlo do adversário, quando afastou a super favorita Croácia. Como jogo após jogo foi resultando, ganhou confiança e adoptou definitivamente esse estilo. Penso que foi algo mais conjuntural, do que definitivo e brevemente voltaremos ao nosso estilo habitual.

    A acrescentar que tínhamos o CR7 em má forma qd iniciou o torneio (vinha de lesão recente e encontrava-se sobrecarregado de jogos altamente exigentes pelo RM, clube que levou, literalmente às costas ao longo de toda a época), tendo melhorado ligeiramente com o decorrer do tempo. Acresce que neste Euro e actualmente existem poucos jogadores com qualidade ofensiva óbvia, sendo que FStb é um técnico que não corre grandes riscos.

    Aliás, nos 3 primeiros jogos contra Islândia, Áustria e Hungria, apesar de mal conseguidos ao nível da exibição e resultado, a verdade é que fomos extremamente ofensivos, com posse de bola esmagador... E nessa fase a sorte andou arredia (veja-se os dois golos da Hungria na segunda parte: dois autênticos chouriços gémeos que tabelam em jogadores portugueses anates de entrar e traírem RP1).

    Dito isto, parece-me a mim, caro MM, que podemos e devemos festejar este muito saboroso título sem medo de perda de identidade do futebol português no futuro.

    Gde Abç.

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    1. AH! Só mais uma nota:

      "Encontra algum problema neste argumento?"

      Não encontro problema nenhum... Não considero que futebolisticamente falando, Portugal seja "fraco". A história recente comprova que somos das melhores selecções europeias e, em consequência, mundiais, apesar de nos darmos melhor nos Campeonatos da Europa face aos Campeonatos do Mundo. Mas, aqui reside o mas, não éramos os favoritos... Muito menos a defrontar a França, anfitrião do torneio e sempre uma grande potência. Talvez seja esse sentido que o autor do excelente artigo, quer empregar. Apesar do favoritismo francês, Portugal demontrou ter mais vontade (sede) de vencer e foi essa vontade indómito que nos fez, em ultima estância, ganhar a final e o torneio...

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  6. (Obrigado pela nota, esqueci de facto os Galeses)

    Anónimo, Profeta, Lion73, JPT, Virgílio,
    muito gratos pelas ideias, substância que fez pensar quem vos leu. A mim fez, pelo menos.

    Subscrevendo muitas e desconcordando de outras, consideraria termos (selecção) somente parte da qualidade anunciada e com risco e boa possibilidade de erro, por tudo o que de opinião pessoal tem, veria Rui Patrício, William, João Mário e Nani entre os regularmente utilizados como os únicos, literalmente, os únicos cuja qualidade poderia de facto ombrear com os melhores em prova, adversários (saímos momentaneamente da esfera de opinião) como Espanha, Alemanha ou Itália que à excepção do último dia do torneio nem sequer defrontámos (França) - o argumento revela-se inválido logo aí. Ainda por tudo o que de opinião tem, só em respeito ao talento individual apregoado, as qualidades do nosso meio-campo são notórias (Moutinho, Gomes e Adrien) mas vistos os perfis, redundantes por se tratarem de jogadores de equilíbrios, R. Quaresma tem qualidade mas não a mostrou, o que não é estranho dada a débil prestação de todos os envolvidos, Renato Sanches ajudou-nos por ter sido nalguns momentos capaz de sozinho descompensar o registo débil que exibimos, não veria Pepe como um central especialmente capacitado relativamente a outros que não jogam pelo Real Madrid e nem convocados foram, e sobre o putativo melhor do mundo (Ronaldo) não insistirei porque teremos oportunidade de falar nele quando discutirmos a Bola de Ouro, mas se a sua qualidade é indiscutível tratando-se dum bom jogador não está (na Europa) sequer entre os 20 melhores da sua geração.

    De igual modo, Fernando Santos sendo um bom treinador esteve estranhamente ausente da prova, falhando enquadrar o potencial das suas próprias escolhas em jogadores como William, J. Mário, Sanches, Nani e Rafa.

    Rui Patrício potencia-se a si próprio por jogar na baliza, estando por razões óbvias imune e a lesta da mediocridade de tudo o que se passou à sua frente.

    Só sobre o artigo de T. Varadarajan, além das ideias sobre futebol, desconsiderando ou fingindo até que não li a concepção também ela inválida que vê o campeonato da Europa como o maior feito alcançado por Portugal como nação desde que se juntou à CEE em 1986, compreendo os múltiplos elogios e a reverência que demonstra pelo nosso país. Admito que em virtude de ter nascido na Índia, olhando para Portugal, o autor esteja à partida inquinado pelo contexto cultural ao qual esteve exposto. Foram afinal os portugueses que chegando à Índia ofereceram (de forma pouco consciente) a oportunidade para que muitos indianos se libertassem duma sociedade organizada por castas, pagando então um preço pequeno (nos seus íntimos) pela conversão ao cristianismo, podendo fora delas ambicionar a uma existência onde pudessem expressar-se individualmente, ambição anteriormente negada pelas castas.

    Naturalmente, embora este traço seja comum em muitos intelectuais indianos, em nada se relaciona com futebol e em nada deveria ver-se achado na forma como (ele) olhou a nossa campanha no torneio. O artigo é por isso (na minha opinião) pouco mais do que literatura de cabeceira, não confrontando minimamente o direito e a liberdade que o autor tem de versar sobre o jogo no formato (errado) em que o fez.

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  7. " (...) após os 3 - 3 contra a Hungria e o "cagaço" que esse jogo acarretou no espírito de todos, a equipa começou a perceber que resultava, sentia-se mais sólida e confortável adoptando um estilo mais defensivo e de maior controlo do adversário, quando afastou a super favorita Croácia. Como jogo após jogo foi resultando, ganhou confiança e adoptou definitivamente esse estilo. Penso que foi algo mais conjuntural, do que definitivo e brevemente voltaremos ao nosso estilo habitual."
    "A acrescentar que tínhamos o CR7 em má forma qd iniciou o torneio (vinha de lesão recente e encontrava-se sobrecarregado de jogos altamente exigentes pelo RM, clube que levou, literalmente às costas ao longo de toda a época), tendo melhorado ligeiramente com o decorrer do tempo. Acresce que neste Euro e actualmente existem poucos jogadores com qualidade ofensiva óbvia, sendo que FS tb é um técnico que não corre grandes riscos."

    Integralmente de acordo Virgílio, embora não saiba se regressaremos cedo ou tarde ao bom futebol. Dependerá de algumas coisas antes disso mas muito das opções dos seleccionadores.

    JPT, subscrevo por inteiro a sua noção de que os resultados inquinam qualquer análise feita ao que se passou em prova. Se o Cazaquistão no grupo L não tivesse permitido ao favorito Portugal seguir em frente só com empates frente a adversários medianos, ou se o Japão no grupo M não tivesse marcado um golo em descontos que nos permitiu evitar adversários realmente poderosos, a selecção portuguesa ter-se-ia visto aniquilada pela mesma opinião pública que hoje a vê como heroína.

    Igualmente, Fernando Santos ter-se-ia visto engolido pelo mesmo rótulo de "fracasso" que serviu aos seleccionadores que o precederam.

    Lion73, "Portugal é Campeão Europeu, pela primeira vez na história. Portanto sim, é um feito extraordinário". Completamente de acordo, se olharmos a conquista em si mesma. É um facto.

    Profeta, "Esta Selecção, apesar de não ser fraca, tem uma notória limitação, e que condiciona tudo o resto. É a ausência de qualquer ponta-de-lança". Concordo com o que diz embora a concordância se veja dependente da concepção de ponta-de-lança, e que problemas maiores nos limitam antes desse.

    Anónimo, "Restringindo-me só ao jogo, eu também considero inconcebível que uma selecção com o talento futebolístico de Portugal - que é só o que permite que a actividade sobressai-a no panorama nacional - jogue sempre em função do adversário."

    Completamente de acordo. Acrescentaria, rendição ao adversário e entrega ao acaso que Fernando Santos nunca demonstrou no Sporting e no Benfica. Por isso mesmo afirmei estranhar a sua ausência (F. Santos) do torneio, ausência metaforicamente entendida.

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    1. O Cazaquistão eliminou a Inglaterra não seríamos nós capaz do mesmo? E nos 1/4 jogavamos com a França não demonstramos na final capacidade para os vencer?!

      O futebol jogado foi efectivamente fraco agora memorizar a conquista pelos adversários derrotados não me parece correcto até pela qualidade que Polônia, gales e principalmente croacia mostraram no torneio.

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    2. Tanto Portugal como Inglaterra mostraram no Wembley que dificilmente teriam futebol para grandes aspirações. Ambas as selecções confirmaram-no no Europeu.

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  8. Há uma obrigação auto-justificativa de jornalistas, analistas, comentadores, bloggers e comentadores de blogue em darem uma explicação para tudo. Ou seja, em partindo de um resultado conhecido, "explicarem" como se chegou a mesmo, mesmo que a "lógica" dessa "explicação" possa contrariar aquilo que defenderam na véspera. Essas contradições são mais ou menos inevitáveis, porque, como saberá qualquer pessoa que guiava antes do GPS, às vezes, mesmo com o melhor mapa, enganávamos-nos no caminho, e mesmo meio ao acaso, dávamos com o nosso destino (geográfico). Nem tudo impõe ou permite uma explicação e, sobretudo, convém não retirar (somente) do resultado de uma actividade humana, que o método para o atingir foi o correcto ou o incorrecto (qualquer aluno que copiava a matemática sabe isto). No entanto, apesar da incerteza ser um facto cientificamente demonstrado desde 1927, e, apesar de o futebol ser uma das actividades humanas de resultado mais imprevisível e incerto que existe (daí existir uma indústria de apostas com esses resultados), há quem diga (a sério, e não como um chavão motivacional) que "a sorte não existe" e encontre uma "explicação" objectiva e inexorável para cada resultado, excluindo a influência do factor "acaso" (ou sorte, ou destino, ou, para quem é crente, ajuda de Deus). É, em regra, um disparate. Exemplifico. Aquilo que podemos dizer, retirado de factos objectivos (o valor de mercado dos jogadores ao dispor dos seleccionadores) é que a selecção de Portugal empatou contra quatro selecções com quadros muitíssimo inferiores (mesmo da Polónia apenas "aproveitaríamos" Krychowiak, Milik e Lewandowski), e que venceu contra uma equipa de valia muitíssimo inferior (Gales, para mais decapitada de um dos seus dois "top players"), outra de nível semelhante (Croácia) e outra de nível superior e que jogava em casa (França), mas, nestes últimos dois casos, após levar uma bola ao poste aos 92' e sem fazer um remate à baliza antes dos 79'. Estes dados objectivos dificilmente permitiram concluir que Portugal foi o vencedor de um Campeonato Europeu (e nem vou analisar, subjectivamente, o futebol praticado). Mas foi (e que bom me soube e sabe ter sido!). A única explicação para esse facto, é que Portugal superou a fase de grupos e foi passando todas as eliminatórias até vencer a final, contra os adversários que lhe foram calhando. Houve união, garra, crença, entrega, duas linhas defensivas coesas, e ataque só na certa e com poucos elementos, mas, mesmo com todos os atributos, podíamos ter, facilmente, ficado pela primeira fase, ou sido eliminados em qualquer dos jogos a eliminar (salvo, admito, a meia-final). Não fomos, felizmente!, mas concluir que o processo seguido é que está na base da obtenção desse resultado não só é errado como, a meu ver é perigoso, porque houve demasiadas coincidências felizes (e muitas que nem envolveram a selecção portuguesa) que foram muito mais decisivas do que os (poucos) atributos positivos do futebol praticado. Ainda bem que há muita gente relevante a - contra a corrente - defender este entendimento, porque o inverso é achar que, por termos dado, por sorte (ou ajuda de Deus), com o nosso destino, é melhor deitarmos fora o mapa. JPT

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