Cinco Rinaudos
O universo Sporting ganhou um novo ídolo, Rinaudo. Muito se tem falado do que seria esta equipa no caso de Rinaudo não se ter lesionado num jogo da Liga Europa onde nada se decidia.
Associo muito mais a nossa quebra de rendimento à lesão de Mátias no campo das gaiolas do que à ausência de Rinaudo, mas realmente prejudicial tem sido a sequência de lesões e recuperações que contribuíram para um corrupio de opções e à perda de referências no onze base.
Independentemente disso considero a qualidade na posição 6 como fundamental para uma equipa confirmar em campo a sua candidatura a títulos. A euforia que atravessámos confirma, cheira a títulos, não sei se eles chegaram já este ano mas o grupo que está formado tem características que irão devolver a glória a Alvalade.
Fazendo uma retrospectiva dos nossos últimos títulos é evidente a qualidade com que aquela posição foi preenchida, tal como em oposição os flops que foram existindo quer em qualidade, quer em afirmação na equipa. Houve para mim um momento chave o desvio de Paulo Assunção. Peseiro que apresentou o mais belo futebol que vi após Jozic tinha perfeita noção das carências da equipa e do que era necessário para o seu equilíbrio. O problema é que outros aliam os caminhos negros do futebol nacional a conhecimento profundo do jogo. Pinto da Costa sabia que Paulo Assunção iria catapultar o Sporting para uma série de vitórias não porque houvesse falta de qualidade em Alvalade mas porque iria oferecer equilíbrio a essa qualidade.
Para lá de outras estrelas, o nosso sucesso está marcado por grande qualidade na posição 6, sempre que ela existiu vencemos títulos, Miguel Veloso, Paulo Bento, Aldo Duscher, Peixe e Oceano, marcaram os últimos títulos sem beneficiar do estrelato de outros nomes.
Um bom jogador na posição mais recuada do meio campo permite à equipa crescer uma boa dezena de metros no ataque e manter durante mais tempo a bola junto da área adversária. Do mesmo modo a defesa ganha tempo de posicionamento e de correcção de desequilíbrios. Aos laterais é permitido recuperar, aos centrais posicionarem-se para uma dobra, uma marcação ou até diminuir ou alargar o campo conforme necessidade da equipa.
Rinaudo, depressa ganhou os nossos corações não somente pela sua qualidade, que julgo poder ainda evoluir bastante, mas principalmente pela garra e tenacidade. Falta afinar em definitivo no plantel quem será o seu escudeiro, quem o pode substituir sem que a sua falta se sinta de forma tão acentuada.
Neste momento resta-nos apreciar os próximos jogos com a certeza que a equipa vai crescer.
Em 2000, muito mais do que Duscher, o nosso 6 era Vidigal!!!
ResponderEliminarE que saudades do futebol de Jozic!... E de Peseiro também, lembro até que foi nessa altura que surgiu o mega sucesso "só eu sei porque não fico em casa."
ResponderEliminarDe facto gostamos de bom futebol, no entanto olhando para trás nem sempre foi o caminho escolhido e, seria tão fácil deixar-nos mais felizes...
E que saudades do futebol de Jozic!... E de Peseiro também, lembro até que foi nessa altura que surgiu o mega sucesso "só eu sei porque não fico em casa."
ResponderEliminarDe facto gostamos de bom futebol, no entanto olhando para trás nem sempre foi o caminho escolhido e, seria tão fácil deixar-nos mais felizes...
Estimado LMGM,
ResponderEliminarUma das posições marcantes para muitos de nós, como diz, por via de 1 único desses 5 nomes, acima de quaisquer outros por mais importantes que sejam: o mágico Oceano.
De 1994 para cá - altura em que regressou do País Basco - é para mim o nome mais importante de todos os futebolistas que (daí) até hoje representaram o clube, por entre Portugueses e do Resto do Mundo.
O Oceano tinha tudo. Sobrava-lhe, inclusive. Tivesse sido menos e continuaria a ser de longe o mais importante.
E lembrar que por causa do ego de um estranho presidente do Sporting / PSD, foi-lhe instaurado a dada altura um processo disciplinar pelo clube. Ou lembrar as circunstâncias em que foi dispensado, juntamente com Carlos Xavier. Lamentável.
Foi justamente dispensado na transição de 1997 para Jozic. Nada que ver com o Croata claro, foi uma dispensa 'política': nesse fim-de-época o critério para ser-se jogador do Sporting era ditado pelo BI. Tudo o que tivesse mais de 29 anos não tinha lugar. O único que escapou foi salvo erro o Marco Aurélio, que saiu em Janeiro seguinte para a Alemanha. Oceano foi para Toulouse.
ResponderEliminarO Oceano nunca ganhou o campeonato e o Peixe tambem não a não ser que títulos fosse tudo incluído e não só o de campeão. Já agora falta um 6 fundamental Vidigal, se não fosse ele não tínhamos sido campeões no ano do Acosta.
ResponderEliminaro yogeshwara o " so eu sei" e do ano 2000, surgiu no jogo ac milan-SPORTING.
ResponderEliminarAnónimo,
ResponderEliminarVidigal - Oceano.
Metáfora gira para o preço pago, passado e presente, para a existência de Nortons de Matos e Simões de Almeida ou outros que (que existem) como eles a resolver plantéis, compras e dispensas.
O Sporting dispensou o Oceano.
E jogou em 98 e 99 com o Vidigal.
O preço é também esse, quando pode ser bem pior. 'Dispensámos' em 1997 o Leandro para andar a jogar com o Krpan.
Não fossem coisas desse tipo que ainda hoje acontecem e talvez tivessemos sido campeões em 99, 2002, 2004, 2006, 2008 e sabe-se lá quantas épocas mais.
Podia ser pior porque o Krpan custou por exemplo dinheiro. Só por isso, porque desportivamente andam aos pares iguais: Oceano / Vidigal e Leandro / Krpan.
ResponderEliminarDeixamos sair o Marco Aurélio, mas fomos e Eindhoven buscar o Marcos. Essa troca também custou dinheiro, mais não fosse de bilhetes de avião, ou papelada. E trabalho.
Veloso / Maniche.
Carlos Martins / Romagnoli.
Custódio / Paredes.
Vukcevic / Bojinov-Ribas.
Peixe / Pedro Martins.
ResponderEliminarExcelente exemplo, também.
Sá Pinto em 2006 / Purovic.
Barbosa 2005 / Wender.
Tonel 2009 / NAC Breda da Holanda.
São preços que se pagam, porque o comércio dá mas também tira.
Caro LMGM,
ResponderEliminarAplaudo o seu post.
Hoje por hoje, há um Sporting com Rinaudo e outro sem ele!...
As memórias trazem-nos uma lágrima ao canto do olho, mas apenas ficaram no coração e não podem voltar aos relvados. É urgente preparar ou descobrir alguém que possa, no mínimo, remediar uma qualquer ausência de Rinaudo, caso contrário, voltaremos a ver o filme do nosso descontentamento.
Cheguei a acreditar que André Santos poderia ser o lugar-tenente de Rinaudo. Enganei-me, infelizmente. Carlos Freitas terá de abrir bem os olhos para a próxima época. É daquele lugar que se caminha rumo a qualquer título. O resto será folclore e especulação dos jornais.
Parabéns pela trabalho e visão.
SL
Minha equipa contra o Marítimo em 4-1-3-2 (para se poder jogar simultaneamente com Matías Fernández e Izmailov):
ResponderEliminarPatrício;
João Pereira, Onyewu, Xandão, Insúa;
Rinaudo;
Elias, Matías Fernández, Izmailov;
Carrillo, Wolfswinkel
DUARTE
Não contei apenas campeonatos, bem sei que nunca foram campeões no Sporting, o que no caso do Oceano é quase um crime. Assisti ao vivo à sua estreia pelo Sporting (em Coimbra vindo do Nacional) e ver aquele fenómeno da natureza a crescer como jogador de futebol foi magnifico.
ResponderEliminarFui injusto ao esquecer Vidigal, em raça, disponibilidade física e carácter talvez o mais parecido com Rinaudo, se bem que o Rinaudo tem ali pedaços de Duscher.
Quase que provei aquilo que queria demonstrar, os Jardeis são inesquecíveis, gastam-se rios de euros na sua procura, os Vidigais são menos brilhantes mas talvez esteja neles a base para o sucesso. Temos um bom exemplo no nosso rival, depois de 90 milhões de euros de investimento em anos sucessivos e bastou num ano encontrar um Javi e foram campeões.
Onde estaríamos este ano, o que poderíamos ainda ambicionar se no plantel existisse um "simples" Vidigal?
VIDIGAL! corrijam lá isso!
ResponderEliminarPois eu partilho da opinião que o Rinaudo faz a diferença no nosso Sporting.
ResponderEliminarÉ um patrão, fortalece de que maneira o meio campo e compensa também as fragilidades da defesa.
Estávamos a precisar de um jogador com estas características... mas na defesa tb é preciso um que alie o carácter com a técnica.
Na frente... pois o Liedson é só um...
Cem por cento de acordo com o texto
ResponderEliminarO mesmo se aplica ao Schaars na posição 8, na minha opinião. Não é exuberante, mas garante equilíbrios fundamentais que permitem ao outro médio (Elias ou Matias) jogar com mais liberdade no ataque. E também os extremos e laterais beneficiam.
Quanto ao suplente de Rinaudo, era uma carência evidente desde a pré-época. Espero que a busca não sirva para queimar jogadores que já lá estão. Tanto André Santos como Carriço são úteis e seria uma pena vê-los fazer o percurso do Adrien.