Questões de principio
Falando de clube diferente lembra-me de imediato o Barcelona. Tenho um gosto especial pela cidade e pelo clube por razões pessoais. Compara-o muitas vezes ao nosso clube, pelo seu ecletismo e pela formação. E até pela turbulência no seu associativismo. Lembro-me que Joan Laporta, o nome por detrás do êxito recente e sem precedentes do clube catalão, esteve a poucos votos de ser exonerado do cargo em plena A.G. A verdade é que esse jovem advogado desconhecido sabe o que faz. Chamou para o clube as suas referências de outrora, culminado com a distinção recente de Cruyff com o cargo de presidente honorário.
Para quem não percebe porque o Barcelona deixou de ser "apenas" um clube grande e passou a ser um clube grande que ganha muito, é referido pela qualidade do seu futebol e pela preponderância da sua formação no êxito, ofereço a tradução (livre e de minha autoria) de um excerto do último texto de Johan Cruyff, da sua crónica habitual no El Peródico. Como era bom que no Sporting houvesse esta clarividência, esta exigência afinal tão natural como óbvia. E tão necessária, agora que o clube está no mercado, mudando de treinadores e jogadores. Espero ter aqui motivos para uma discussão interessante. E, falando em mínimos de exigência, associo-me à iniciativa da Bancada Nova "Vamos ver futebol em Alvalade".
"Muito me alegro que um tipo como Mourinho não seja treinador do Barcelona. Tem virtudes exclusivas para manobrar estados de espírito. O seu e os dos outros. Impõe-se ao cenário que o envolve e é um bom técnico, sem margem para dúvidas. Mas o que é bonito a muitos olhos a mim feio me parece.
Há uns anos, quando estava em cima da mesa a saída de Rijkard, optando por um perfil diferente de treinador, o nome de Mourinho foi um dos ponderados, mas mereceu a minha oposição. Passado todo este tempo alegro-me da decisão tomada, apesar de muito difícil. Por duas razões: i) porque Guardiola acabou por triunfar e ii) e porque prevaleceu o conceito de que ganhar não é tudo. Não, se entendes que este é mais do que um clube. Aqui o alcance do leque de definições varia em função das convicções de cada um. Eu também quero ganhar jogos e títulos. Mas se defendo que o futebol é mais do que isso, tenho que dar o exemplo. E só o darei de 2 formas: na vertente futebolística, defendendo um jogo atractivo de forma a ter casa cheia. No âmbito estritamente pessoal, dando a melhor das imagens, transmitindo valores positivos, baseados no esforço, respeito e desportivismo.
Por conhecimentos técnicos muitos poderiam ser treinadores do Barcelona. Pela sua qualidade, muitos também poderiam ser nossos jogadores. Mas, mais do que bom jogador ou treinador, há que ser também um bom exemplo. Se acreditas que somos mais do que um clube – e como me agrada essa distinção – tens que ser fiel a certos valores, porque quem se contrata torna-se na face visível do clube."
Excelente post, mais uma vez concordo inteiramente e em relação ás palavras de Cruyff, sublinho a seguinte parte: "Por conhecimentos técnicos muitos poderiam ser treinadores do Barcelona. Pela sua qualidade, muitos também poderiam ser nossos jogadores. Mas, mais do que bom jogador ou treinador, há que ser também um bom exemplo (...) porque quem se contrata torna-se na face visível do clube."
ResponderEliminarNeste momento ter um paulo sergio a treinador e jogadores que nem no Linda-a-Velha tinham lugar, a vestirem a camisola do nosso Sporting é lastimável/vergonhoso e reflecte bem que algo tem de mudar dentro do nosso clube.
Lá está, é tudo uma questão de princípio e nestes últimos anos o Sporting não tem contratado nem treinadores nem jogadores que saibam representar o nosso Sporting Clube de Portugal.
P.s:. Em relação á dispensa de Liedson, acho que está tudo visto. No actual plantel existem uns que são mais que outros. Este é um dos que está a minar o grupo e já devia ter saído na altura do confronto com o grande Sá Pinto.
SL
LdA,
ResponderEliminarnão há dúvida que cada clube têm uma cultura e tradição próprias. Essa tradição pode mudar, mas leva o seu tempo. O FCPorto é um exemplo de um clube que mudou de cultura, de filosofia, de um clube que se posicionava sempre com uma cultura de trabalho e músculo, relativamente oposta a uma cultura de espectáculo, por oposição aos clubes da capital, para se tornar um clube de topo europeu. E o Sporting pode fazer o caminho inverso.
É pena que haja apenas um resultado que a generalidade das pessoas conseguem perceber, que é o resultado final de um jogo. Tudo o resto passa ao lado e esse resultado desportivo frequentemente torna os fins mais importantes que os meios e isso é o que se tem passado no Sporting. Um clube falho de objectivos, em que é impossível assacar-se responsabilidade pelo que seja.
Tenho feito o esforço de avaliar a actuação das pessoas que estão à frente do Sporting por muito mais do que a bola na barra. É que a bola na barra também pode ser um teste à força das convicções, à força das razões que determinaram um rumo ou uma (ou várias) escolhas.
Objectivos e responsabilização é o mínimo que podemos exigir dos responsáveis do Sporting. Se querem mudar a cultura do clube para um futebol musculado, estão no seu direito legitimado pelo voto. Mas que o digam ANTES, e não depois das pessoas - ao engano, a pensar que iriam a Alvalade ver futebol - comprarem as suas GB.
E por isso lancei a iniciativa Vamos Ver Futebol em Alvalade.
Porque quando vou a Alvalade, vou sempre com (pelo menos) dois objectivos: ver um jogo de futebol e ver o Sporting ganhar. As duas coisas não se confundem e o Sporting pode fazer um mau jogo e ganhar, mas se fizer sempre maus jogos - ainda que ganhe muitos - seguramente não estará muita gente no final para aplaudir. E isto independentemente da qualidade dos intervenientes.
Infelizmente a memória no futebol é muito curta. É demasiado curta. Porque só com uma memória demasiado curta os sportinguistas teriam admitido a prática de um "futebol" que disparava pontapés dos centrais para a frente, sem qualquer critério. E se é certo que também se pode ganhar assim, é ainda mais certo que ninguém quer ver isso.
Exijamos Ver Futebol em Alvalade.
Porque em qualquer espectáculo não interessa apenas que haja um final feliz.
Esta é o que chamo uma cronica de encher Blog.
ResponderEliminarPassando a citar "parece-me indesmentível que temos um grave problema de liderança" isto já dura a alguns anos este problema de liderança, mas neste ultimo ano acentou-se muito, o problema não é de liderança mas sim de falta dela.
Não vejo como é possivel compara o Barcelona com o SCP, um é um clube ganhador, com dinamica de vitoria, com liderança, com uma equipa de futebol, com uma equipa tecnica, que faz contratações em pequeno numero mas boas, enquanto do outro lado está um clube perdedor, em qua a dinamica é ganhar 12 jogos em 29 para a liga portuguesa (apenas menos 10 vitorias que o Braga), onde o presidente manda mas nao sabe o que faz ( indo de ferias na altura mais decisiva para ao seu clube), com uma equipa tecnica que coloca os jogadores nos lugares deles e a render, como no nosso clube onde Miguel velosos joga nao sei em quantas posições como Moutinho e Izmailov, que contrata Ibramovic, ai estamos iguais contratamos o Pongolle (6,5M) mas ao fim de 3/4 jogos dispensamo-lo até ao final de epoca.
O Laporta chamou as referencias do Barcelona o JEB chamou tambem as referencias mas do FCP. Costinha faz algum sentido como director do SCP como se chegou a este nome? Nuno Valente como treinador-adjunto mas ele já provou alguma coisa? Temos Sá Pinto, Oceano, Carlos Xavier, Luis Figo, Litos, Venancio, Manuel Fernandes, Iordanov (que vamos elogiar obrigados pelo tribunal), Vidigal, e tantos outro e vamos buscar estes dois porque?
Quanto ao Barcelona falam assim porque ganham mas se estivessem á mais de 5 anos sem serem campeões podem ter a certeza que iam buscar quem melhor garantia lhes desse e apoto que nao seria o Paulo Sergio.
Quanto á dispensa do Liedson, por ai se vê a falta que SÀ PINTO faz ao SCP.
Com muita pena minha para o ano vai ser pior.
PO:
ResponderEliminarO Barcelona é actualmente um clube ganhador mas se conheceres a sua história perceberás que o convívio com a vitória sofreu muitos e longos hiatos ao longo da sua história. Na década de 60, p.ex., não regista nenhum titulo nacional, nas décadas de 70 e 80 um em cada, perfazendo no total 19 contra 31 do Real Madrid. Não é por isso que não é considerado um clube grande, mas agora é não só grande como ganha mais. Se conheceres também a história do Sporting verás que os 22 títulos nacionais (campeonatos de Portugal+campeonatos nacionais) é até um pecúlio maior.
Quando comparo os 2 clubes não o faço ignorando as enormes diferenças que nos separam em receitas, associados, e implantação. Mas parece-me que a comparação acima aludida (eclestismo+formação) faz sentido.
Não aceito que classifiques o Sporting como clube perdedor baseando-te nas estatísticas desta época, porque aí encontrarás na história de qualquer clube algo idêntico ou pior. Recuso-me a classificar o Sporting como tal, mesmo referindo-me apenas ao futebol. O Sporting não se resume a isto. Acredito que é possível, mesmo que seja muito difícil de inverter a deriva encetada há anos a esta parte.
PO:
ResponderEliminarQuanto "à crónica de encher blogue" é a tua opinião. Lamento a azia que te provoca, bem como a antipatia expressa, mas também é verdade que não és obrigado a ler ou a comentar.
O exemplo do Barcelona é o 1º que se pode dar quando o propósito é discutir grandezas ou diferenças. Diferenças que aqui significam grandeza. E como é que isto pode ser aferido? Exactamente pela noção que todos aqui e muita gente em muito outro sítio tem de que o Barcelona é o "Maior Clube do Mundo". Esta noção existe desde quando? Desde que foram campeões europeus em 2005 e 2009? Não. Existe muito para trás do recente e gigantesco sucesso desportivo. Existe ao mesmo tempo que o Barcelona dentro do campo pouco ganhava ou ganhava muito menos do que o rival de Madrid e no entanto essa noção sempre existiu sobre os catalães: de serem o maior Clube do Mundo, a quem vê de fora.
ResponderEliminarE esta noção existe por 1 motivo só: não por essa transmissão de princípios e valores que o Cruijff fala, como se o Barcelona fosse um Clube perfeito de perfeitas e imaculadas gentes que dedicam-se a transmitir "valores positivos baseados no esforço e no respeito", nada disso. O Barcelona é nesse aspecto um Clube muito mais perfeito que todos os outros (como o é por exemplo o Arsenal) mas ao fim do dia se o Barcelona se vir apertado e em dificuldade recorrerá ao que fazem todos os outros Clubes (e mal) de quem se afirmam distantes (para melhor): tentarão comprar o sucesso. Recorrerão (tentarão) a Ronaldinhos para com jogadores feitos fora da sua casa construir equipas vencedoras. Fazem-no (historicamente) muito menos que outros é verdade, mas fazem-no. Lembro por exemplo a recepção que o Simão teve em Barcelona quando saiu do Sporting no fim da época 98/99 em que - sem sequer que tivessem sobre ele uma opinião totalmente formada como jogador - brindaram-no (na imprensa catalã) com uma capa que dizia "Chegou o suplente mais caro do Mundo", tendo como imagem da notícia o Simão ao lado do Xavi, Xavi esse que num Barcelona inundado de holandeses por tudo o que era lado não teve com o Van Gaal qualquer hipótese de afirmar-se.
Esse Barcelona por exemplo foi tudo menos a afirmação (aparente) de uma cultura própria e no entanto quantos de nós deixamos de fora esse Barcelona quando nos lembramos e tentamos apontar grande futebol e grandes equipas que vimos? Ninguém, acho. Frank de Boer, Luís Figo, o mágico Rivaldo, Kluivert, Cocu, os duelos com o Valência, os duelos europeus (que infelizmente valeram ao Figo nessa altura muitas meias-finais mas nenhuma final), a personalidade do Van Gaal no banco, tudo isso resultou numa equipa muito forte mas que "de Barcelona" tinha muito pouco. E essa equipa, esse Barcelona durante 3 ou 4 anos contribuiu para alimentar o mito de Clube especial.
E porquê? Porque tenham eles jogadores de Barcelona ou não como sustento maior da sua equipa principal, têm sempre algo que simplesmente não se consegue apagar do seu futebol ano após ano: um estilo, uma identidade, uma forma de jogar a bola, uma matriz que o Clube não permite que desapareça.
ResponderEliminarÉ isto que faz do Barcelona um Clube especial e diferente.
E é isto o que o PLF (estoicamente) tenta transmitir sobre o que deveria ser o Sporting, Sporting esse - que tal como o Barcelona - é dos poucos Clubes do Mundo que tem as condições de "facilmente" introduzir no seu futebol essa tal matriz própria, identidade única, poderosa e individual - enquanto Clube - cultura (dentro do campo, fala-se desta só) que fazem a distinção entre Clubes e algo mais que um Clube, como é o caso do Barcelona.
Essas condições e ferramentas no Sporting - tal como em Barcelona - já existem nos 2 Clubes há muito: tem que ver com o processo de formação, a escola dos Clubes, um monstro que produz toda uma série de futebolistas e técnicos que mais nenhum Clube consegue igualar.
A diferença - em termos simplistas - é que o Sporting olha para a sua máquina como um acrescento, uma forma de sobrevivência, um meio de fazer receita através de transferências, só. Não se vêem na equipa principal do Sporting vestígios da cultura e matriz sportinguista que tantos qualificados futebolistas produz, e os que se vêem, os sportinguistas (da bancada) são frequentemente os primeiros a rejeitar e a qualificar de "piores", quando não são piores, são justamente muito melhores que outros vindos de fora e que todos os outros saídos de todas as outras escolas de todos os outros Clubes em Portugal.
O que é que o Sporting faz com isto? Desaproveita, trata em separado da sua equipa principal. Ao mesmo tempo mantém o modelo, a matriz, a identidade, mas separa-a do universo sénior, vivendo dessa forma em permanente contra-natura e criando obstáculos a si próprio.
O que é que o Barcelona faz? Justamente o contrário. O patamar sénior - independentemente dos futebolistas que o servem - não é diferente de todos os outros escalões do Clube. O modelo táctico - com naturais variações consoante o Treinador - é sempre o mesmo (4-3-3) e a profunda e pesada filosofia é sempre a mesma. Filosofia e conceitos técnicos esses que em 2 momentos da história do Clube brilham mais forte do que nunca (embora continuem sempre a brilhar, com mais ou menos luz, em todo o restante tempo). E falando nisto agora por acaso, dentro de poucos anos (e sem qualquer acaso) o Barcelona terá companhia nesta forma de tratar-se enquanto Clube. Demorará mais algum tempo a fortalecer-se enquanto estrutura (porque em Barcelona o avanço é de 30 anos) mas produzirá semelhantes resultados, sendo que nessa estrutura já abundam vestígios de tudo isto que se fala: os gunners, o Arsenal e Arséne Wenger.
O que o Wenger está a fazer no Arsenal é muito mais do que treinar e orientar jovens jogadores e tentar que eles joguem um futebol positivo e atraente. E dentro de pouco tempo a equipa principal do Arsenal reflecti-lo-á: todos os atributos e transformação de base que o Clube levou e vem levando nos últimos quase 20 anos.
E é assim que se constroem Clubes realmente fortes, não há outra forma.
O Sporting, que tem todo o (dificílimo) trabalho técnico de base já feito e construído leva no entanto um outro atraso de iguais 25 ou 30 anos: o absurdo medo de soltar a besta e deixar que o verdadeiro Sporting e o modelo Sporting tomem conta da sua equipa principal de Futebol. Se o fizesse, trovões e tempestades abater-se-iam decerto sobre o futebol europeu. Se o fizesse, a amostra que vimos em 2005 seria isso mesmo só, uma pequena amostra: de tudo o que uma equipa bem orientada, com um bom espírito, munida de 6 ou 7 futebolistas saídos das nossas escolas pode fazer. O estrago futebolístico que poderia causar. Se de tempos a tempos - sem qualquer continuidade ou objectividade - o monstro de Alvalade revela-se imaginem o que não aconteceria caso houvesse real política desportiva, competência e não-rejeição do que é verdadeiramente Sporting.
ResponderEliminarDentro do campo, pelo menos.
Façamos o seguinte:
Dispam-se o Sporting e o Barcelona dos seus equipamentos.
Tire-se-lhes os estádios, os palcos.
Esqueça-se o nº de gentes que de fora apoiam os Clubes.
Fiquemos só com a principal substância e substracto maior: tudo o que é o universo de conhecimentos técnicos que servem ambos os Clubes nas suas estruturas geradoras de concreto produto futebolístico.
Sabem quantas diferenças encontraríamos? Algumas, só.
E sabem quem venceria nesse duelo de estruturas? Nós. Porque de ambas saem Xavis, Busquets, Moutinhos, Guardiolas, Iniestas, Danieis Carriço, De la Penas, Simãos, Danis, Piques e Puyols, mas da nossa - e só da nossa - sai também algo mais:
Ronaldos, Figos e Quaresmas. Nem em La Masia fazem destes.
É por isso que é motivo de profunda infelicidade ver um perfeito corpo e organismo futebolístico sportinguista limitar-se a si próprio, ao invés de nele confiar e tomar de assalto o futebol europeu sénior.
Nós que podemos fazê-lo: preferimos incompreensivelmente viver em negação.
Desadequados princípios, remetendo para o título do post.
Sem mt tempo para comentar, gostaria apenas de afirmar que relativamente ao Zé q nasceu lá para os lados da foz do Rio Sado, penso tal e qual, 'ipsis verbis' como o Johan Cruyff. Com a agravante do historial de desrespeito que esse emproado tem para com o clube que amo.
ResponderEliminarDo post e da comparação com o Barça, julgo que faz todo o sentido. As razões estão bem explicadas, agora ainda mais claras após os comentários do LdA.
Só mais uma parêntese: Por alguma razão, sp detestei o Real Madrid - é sp um prazer ver aquele circo cair com estrondo, msm após milhões e milhões torrados - e simpatizei com o Barca, já desde os tempos de miúdo, com o Shuster (à cabeça de tds os outros), Alexanco, Vítor, Marcos, Bakero, Júlio Salinas etc… Como detesto o Boca Juniors ou o Flamengo, por exemplo. Tenho a mania de associar determinados comportamentos (arrogância, bazófia, etc) típicos de adeptos, dirigentes e ‘media’ dos seus países de origem, com certos e determinados clubes.
Sobre isso das comparações entre Sporting e Barcelona em tudo o que é não-futebol: só um cego é que não as encontra e não as reconhece.
ResponderEliminarE nestas também vivemos em contra-natura, infelizmente. No lugar de alimentarmos, extinguimos. No lugar de construir, destruímos, sob um qualquer falso pretexto de limitação de recursos.
Maus e defeituosos princípios, ainda e também.
Esperemos é que mais dia menos dia toda esta fase acabe e o Sporting volte a ser o que nunca deixou de ser, assim haja tempo (em anos) de verdadeiros e competentes sportinguistas retomarem a liderança do Clube.
Não é preciso muito, e mais uma vez podemos usar o Barcelona como exemplo, onde um perfeito desconhecido - advogado - devolveu ao (futebol do) Clube a completa expressão do que pode e deve ser. Rejeitou o Mourinho, confiou em Guardiola.
O Guardiola rejeitou o Ronaldinho e o Deco, e confiou no fino produto futebolístico de La Masia.
Manteve-se fiel aos seus princípios, princípios esses moldados pelo mentor e criador do monstro: Cruijff.
Os resultados, estão à vista de todos.
MHumberto:
ResponderEliminarExcelente comentário!
Não é por acaso que Cruyff se tornou numa lenda viva no Barça e limpou 5 campeonatos consecutivos com o seu dream-team. Leu muito bem o carácter de Mourinho e partilho da opinião dele: o Mourinho que vá rasgar camisolas ou correr histérico por outros relvados. Ele também perde. Se o Guardiola perde com o Barcelona do taque-tique-toque ele perderá mais vezes. O sporting precisa de um bom treinador que não é o BEntoII, precisa de dirigentes a sério e a adeptos menos passivos. Assobiar o Djaló e o Pereirinha ainda conseguem. Mas por o betencas na linha isso já não é preciso.
ResponderEliminarLdA
ResponderEliminarDesculpa fugir ao tema. Mas este assunto tem haver com um post vosso elaborado há pouco tempo.
"André Cruz, antigo defesa que, ao serviço do Sporting, foi campeão em 2000 e 2002, considerou, esta terça-feira, que o clube de Alvalade cometeu "um erro" ao permitir a saída de Carlos Freitas, responsável pela sua contratação, precisamente em 2000.
O brasileiro, presente no Jamor, onde se deslocou para assistir ao segundo dia do Estoril Open, deixou elogios à competência do trabalho do agora director-desportivo do Sp. Braga: "Foi um erro deixarem sair o Carlos Freitas. Ele demonstrou sempre grande competência e o que fez esta temporada no Sporting de Braga é prova disso mesmo. Não sei o que se passou, mas às vezes há decisões que são tomadas de cabeça quente".
Quanto à fraca temporada realizada pelos "leões", o antigo defesa-central admite que a época, em Alvalade, caracterizou-se pela falta de golos.
"O Sporting não fez época como nós sportingusitas esperávamos. A equipa tem de procurar vencer em todas as competições, mas parece-se que faltou marcar mais golos e sofrer menos", analisou André Cruz que, questionado acerca da possibilidade em colaborar com o Sporting, respondeu que "seria uma honra" caso essa hipótese lhe fosse colocada."
Sinceramente, não entendo essas "insistência" no Carlos Freitas... Mas as contratações que ele fez não servem para fazer uma avaliação?
ResponderEliminarFica o convite para a visualização do historial de contratações dele, embora já saiba que se vai voltar a tocar na conversa do orçamento e não há omoletes sem ovos, etc etc
E o trabalho no Braga não é apenas mérito dele, também há muito (ou sobretudo) dedo do António Salvador no que ao dirigismo diz respeito.
Não comparo o Barcelona ao SCP como nao comparo o Inter ao SCP, o que acho estranho é comparar-se o SCP com estes colossos que com a venda de um unico jogador compram o plantel inteiro do SCP.
ResponderEliminarO SCP não se pode comparar com este tipo de equipas apenas isso.
Quando um avançado que nunca ouvi falar e que pelas noticias joga na selecção do paraguai rejeita o SCP fica tudo dito.
O SCP infelismente não é um clube ganhador, tudo bem que ouve uma altura que era um papa taças e o eterno segundo mas isso para mim não é cultura de vitoria, podemos ter sido roubados em alguns benefeciados com outros isso nem comento, agora a grandeza do SCP não se compara com a do Barcelona em nada e não me venham atirar agua para os olhos.
Digam-me um jogador da formação do Barcelona vendido, lembro-me de um Pique que saiu, evoluio e foi resgatado.
Agora dêm-me um exemplo de um jopgador do SCP? nem em final de carreira voltam.
Gosto muito deste blog pois considero o que mais correcto é com o SCP, mas acho que tb posso ter uma opinião.
E para mim o SCP não se compara em nada com o Barcelona, mesmo por uma questao de cultura, enraizada no clube e regiao da catalunha.
Ecleticos todos os grandes clubes são.
Hugo
ResponderEliminarO que queria mostrar é a disponibilidade de andré cruz para trabalhar connosco. E a forma como ele fala "em nós sportinguistas".
em relação a carlos freitas não comento. Mas não deixa de ser uma opinião dele.
abraço (the lc)
Muito bom post e muito bem comentado por MHumberto. Eu também sou um fã do clube catalão, em particular da sua abnegação na luta contra o clube do poder como é ou foi o Real Madrid.
ResponderEliminarEu sou do Sporting precisamente pela diferença de atitude perante o desporto mas temo por vezes que esse Sporting não exista mais. O presidente prefere outro modelo, as claques, ou pelo menos uma delas, está cada vez mais parecida com o pior dos NN, envergonhando-nos como aconteceu na recepção ao A. Madrid.
E devo confessar que já conheci direcções de Rotary´s mais activos, conhecedores e empenhados que as que têm passado pelo Sporting. E se fossemos a clubes de bairro não faltariam melhores exemplos.
The LC,
ResponderEliminarA disponibilidade de ex-jogadores em colaborar com o SCP, desde que não seja numa óptica de Santa Casa da Misericórdia, por mim será sempre bem recebida.
SL
Concordo plenamente com a aposta nos jogadores formados na academia para serem a base do plantél do Sporting o que me custa mais a perceber é que ao mesmo tempo que se aposta na formação se contratem jogadores ainda jovens e com pouca experiência,(Grimi, matias,Izmailov,VuKcevic)não discuto a qualidade deles, mas para uma equipa jovem é necessário dar-lhe peso e experiência, jogadores respeitados tanto pelos colegas como pelos adversários.
ResponderEliminarThe LC,
ResponderEliminarEu tinha comentado essa disponibilidade do André Cruz, pois já a tinha lido noutro lado mas infelizmente não encontrei nenhum link. Hoje, coincidência tremenda, n'O Jogo vem exactamente ele a falar nisso.
Gostei da parte "nós Sportinguistas". Porque não são só os outros a conquistarem adeptos mesmo que de outros Países, ao contrário do que é propangandeado.
http://www.mmts-kwidzyn.pl/
ResponderEliminarPara dia 22 ou 23, acompanharem em directo, o evoluir da cena...
...em cima, do lado direito... Live.
PaiDaLeoa
PdL,
ResponderEliminarThx. Outra hipótese: http://www.timescores.com/en/Handball/ts/Challenge-Cup_1/
jvl,
ResponderEliminarEsse site não é actualizado em directo.
Eu aguardo a indicação do dia para poder avançar com a marcação das viagens e depois posso dizer o resultado de 5 em 5 minutos para alguém actualizar a malta por cá eheh
Hugo,
ResponderEliminarIsso é que não sabia. Ainda bem que avisas, assim fico com o do PdL.