A força da tradição
O início do jogo apresentou também um Sporting forte, ambicioso e logo nos três primeiros minutos efectuou dois remates à entrada da grande área (fracos e à figura), feitos duma posição que augurava maior perigo. Aos quinze, a primeira grande sensação num surpreendente remate de cabeça ao poste. E Surpreendente porquê? Se o SCP vinha apresentando um caudal ofensivo digno de registo? Pois… Há que observar que, antecipando-se a várias sequóias gigantes da defesa navalista e ganhando um lance nas alturas em plena área, surgiu o gajo que fazendo o papel de resinosa altiva, não passa, na realidade, de uma mera planta de porte mais arbustivo e de seu nome Yannick… Uma cena verdadeiramente inconcebível…
O tempo foi decorrendo e com ele chegou o maior acerto nas marcações dos homens da Naval, a saber lidar melhor com o esquema do SCP que não deixa de ser ainda uma incógnita para todos, adversários incluídos… No entanto, o Sporting insistiu no ataque e procurou sempre chegar à vantagem num daqueles típicos jogos de sentido único. Até que, mesmo à beira do intervalo Liedson conseguiu, finalmente, facturar… E o que futebol às vezes tira, noutras oferece. Há que reconhecer que o lance é precedido de fora de jogo, ao contrário do golo mal anulado na Dinamarca. O levezinho apesar de não tocar na bola, interfere na jogada ao procurar dar continuidade ao lance. Depois foi só aproveitar e fazer um golo com boa nota artística. Apesar do golo ferido de legalidade, o resultado ajustava-se àquilo que as duas equipas tinham produzido até ao intervalo.
Na segunda parte tivemos ‘direito’ a ver regressar um leão mais pastelão, a praticar o já famoso ‘controle’ de jogo, com resultados práticos pouco famosos no passado. Mas, uma boa recuperação de bola no meio campo deu azo a um contra-ataque que o desastrado Lupede travou à margem da lei perante um 31 à solta dentro da área. Penalty convertido exemplarmente por Matias à hora de jogo. Depois apareceu o tal arbusto, (lembram-se dele?) quando dez minutos depois aproveitou nova oferta do 3 da Figueira da Foz para acabar com o jogo. Até ao fim ainda houve tempo para ‘matar saudades’ da displicência leonina, que atingiu o seu auge num golo sofrido a premiar a frágil reação dos canarinhos da Figueira.
Apesar de tudo, esta noite vivemos um jogo de campeonato descansado como há muito não me recordava. Afinal a tradição ainda manda alguma coisa no futebol.
Vitória merecida e com excelente apoio dos fantásticos adeptos que estiveram na Figueira.
ResponderEliminarEspero agora que contrate o tal pinheiro e mais um médio ala pois continuo com muitas dúvidas que Izmailov volte a ser opção.
Hoje o Levezinho voltou a ser grande, espero é que seja mais regular nas boas exibições pois bem precisamos da sua genialidade.
SL
José
A onda de apoio que gira à volta da equipa e que começou nos Estados Unidos e continuou em Paços e agora na Figueira merece que os "adeptos" dos bloggers apoiem mais a equipa.
ResponderEliminarVirgilio:
ResponderEliminarEste foi o jogo mais conseguido dos 3 até agora disputados na Liga. Muito mais consistente que o jogo de Paços de Ferreira do ponto de vista defensivo até à entrada de Marinho com a equipa muito mais compacta do que contra o Marítimo. Mesmo sem deslumbrar no ataque, o Sporting dominou completamente na 1ª parte e em largos momentos da 2ª. Pela 1ª vez fiquei com a sensação de PS ter preparado o jogo em função do visionamento prévio do adversário.
O golo surgiu na altura certa, pois sem ele a 2ª parte seria uma grande incógnita, dependendo como a equipa reagiria à dúvida sobre o resultado. É de facto fora de jogo, veremos quanto vamos ter que pagar por ele, em especial nos próximos jogos.
Há dois jogadores que me merecem destaque: Carriço verdadeiro imperador de uma utilidade e descrição notáveis. O seu colega do lado é o menino da moda mas acumulou falhas incríveis, a defender (um defesa não se faz assim num lance como no golo) e a iniciar o ataque com uma sucessão de passes desastrosos. O seu pior jogo, comprometendo como em Paços. Como ele é seleccionado e Carriço não é uma anormalidade.
O outro, indiscutivelmente André Santos, com Maniche muito perto.
Esperança para Matias. Classe não lhe falta e hoje pareceu vislumbrar-se mais uma réstea. 2 pozinhos de mais consistência e na definição das jogadas e do passe final e será o que promete. Isto se não for irradiado pela agressão ao defesa da Naval: o homem ainda deve andar à procura dos olhos e a desatar os nós nos tendões.
Valdés parece-me um bom jogador,inteligente que sabe compensar a velocidade que já lhe falta.
E voltei a gostar de Yanick, apesar das limitações e distracções que o impedem de subir mais um patamar. Mas a continuar assim será de grande utilidade. E é inegável que evoluiu.Basta ver o que tem feito nos últimos meses.
Objectivo conseguido e um aspecto que muito me agradou. Afinal estamos vivos em termos de adeptos e a "onda" começa a crescer. Que bonito é perceber o quanto os sportinguistas se unem no essencial. Afinal, O SPORTING É O NOSSO GRANDE AMOR!!!
ResponderEliminarJá deu para gostar de alguma coisa...
ResponderEliminarMr. Ed tinhas que relinchar sempre a mesma lengalenga:
http://www.youtube.com/watch?v=3ZpSg5aN7Lo&feature=related
Lda:
ResponderEliminarSem dúvida que se notou maior confiança, futebol mais apoiado no meio campo (principalmente na primeira parte) e maior consistência. Mas, para ser franco não gostei da lentidão e aparente satisfação com a magra vantagem com q o Sporting se apresentou no início da segunda parte.
Qt a destaques individuais, não há dúvida que André Santos tem estado mt bem. E, sinceramente, gostei da nova dupla atacante, mt mexida, apesar de ambos continuarem a perder bolas infantilmente. O Carriço foi o costume: um poço de garra sp a acudir ao Abel, que mais uma vez e apesar da assistencia para o primeiro golo, provou q já não tem andamento para estas coisas. Na primeira parte apenas falhou o ultimo passe, que não resultaram por mt pouco, mas foram tentados (Matias em destaque) com critério e muita intenção...
A segunda parte, que até teve mais alterações no marcador e dois golos (o dobro) leoninos, já não gostei tanto e pareceu-me ver a equipa outra vez mais partida. Enfim, foi isso que o jogo me transpareceu.
Por fim, sei que a jabulani é uma doida saltitona, na verdade uma bela bosta, mas irrita-me a quantidade de vezes que o Evaldo deixa escapar a bola pela lateral. Hoje contei cinco que são ouco admisíveis a um jogador profissional de qualidade... Eu sei que é um pormenor, mas irrita-me, pronto! :)
Curiosamente gostei mais do Maniche no jogo da Dinamarca do que hoje... ao contrário de ti, parece-me!
Abraço!
"É de facto fora de jogo, veremos quanto vamos ter que pagar por ele, em especial nos próximos jogos."
ResponderEliminarLdA: Mais quatro anos a massacrar com um unico lance. Depois dos quatro anos a 'massacrar'com o golo anulado (tb precedido de fora de jogo) ao Uleiria e que o Ricardo sacou de dentro da baliza...
Ou o golo de Vuk para a Taça da bejeca, decisivo numa vitória que não nos trazia qualquer vantagem. O Rascord já começou com a campanha nojenta. Uma vergonha, depois de se terem calado com o penalty inventado a sete mintos do fim que salvou, precisamente na Figueira da Foz, os protegidos do pintainho da bosta...
Nada q não surpreenda...
Foi um jogo descansado, principalmente a partir do momento em que inaugurámos o marcador.
ResponderEliminar1º golo precedido de fora de jogo, Liedson intervém na jogada, mas a vitória não sofre qualquer contestação.
Gostei bastante de ver jogar o André Santos, melhora a cada jogo que faz e só espero que lhe seja permitido continuar a jogar e de Carriço. Matías, Liedson e Yannick a ganharem ritmo e confiança o que só pode ser positivo.
Triunfo importante antes da paragem do campeonato (já?!?!).
Uma coisa q me faz impressão em NAC: tende a virar-se de cu para os atacantes... Mas o q é aquilo? Uma 'licença' para ser fintado? Como atenuante o facto de ter que tapar os buracos que Evaldo deixa... muitos, demasiados para o meu gosto. Houve um período na 2.ª parte em via a Naval a atacar pela direita e eu nc descobria o nosso n.º 5... Impressionante.
ResponderEliminarLeão de Alvalade: ahahaha o que me ri com essa descrição do lance da ‘rabona’, priceless.
ResponderEliminarSobre o jogo: gostei de muito mais coisas do que aquelas que me preocupam, nomeadamente ter ganho. (Recuperemos o hábito).
Colectivamente acho que o Paulo Sérgio de facto está a confundir os adversários com esta de mudar táctica e jogadores a cada jogo, e para mim tudo vai bem desde que não confunda os nossos. Em todo o caso já se pede que assente ideias. A paragem chega quando devia chegar, até para recuperar de vez o Pedro Mendes e o Izmailov, ou o que resta do russo - um joelho já chegaria para encantar a malta.
Olhando para tras, a exibição desta noite prova que acaba por ser o 4x4x2 em losango (quem diria?) o desenho táctico que melhor serve os interesses dos nossos melhores jogadores (Matias e Liedson) e, por conseguinte, do colectivo. A equipa joga mais junta, mais coesa a atacar e a defender, e ganha um farol para rodar a bola à procura da linha de passe certa.
Temos esse dez, o matias, e com este modelo ele fica protegido e ganha liberdade para errar três vezes em cinco - nas duas em que acertar o mais certo é inventar um lance de golo.
O Mati parece que nasceu na época errada, é aquele jogador em vias de extinção no futebol da técnica da força e dos autocarros (aham.. bloco baixo), mas não nos podemos dar ao luxo de prescindirmos do muito que ele tem para nos dar. Não é que um talento daqueles seja coisa que abunde na nossa equipa.
Agradece o liedson, que decerto terá um serviço de luxo e também o djambé, louco de correrias e de coices na bola e aquí e ali a fazer golos próprios de um craque. O futebol é estranho.
A 'ausência' do NAC na segunda parte preocupa-me. Ele é uma mais-valia no sector defensivo, isso parece claro, mas tem de resolver coisas. Concentração, forma de ataque à bola no um-para-um, etc.
Voltei a gostar do André Santos. Parece que teremos efectivamente um substituto à altura do pedro mendes – o lugar é deste.
Valdés: gostei muito de o ver na direita, um pouco mais aberto do que o vértice contrário, o maniche. O futebol é isto, equilíbrios.
Saleiro: é mero acaso que rime com pinheiro (manso).
Pinheiro bravo: procura-se, precisamos mesmo dele (desde que a bola entre).
Vukcevic de fora: gosto, assim não discute com o Liedson e o contrário não é solução.
Vamos lá rapaziada, que isto entra nos eixos.
Abraço a todos.
Finalmente pudemos ver esta equipa do Sporting a jogar futebol a um nível aproximado do que jogou na pré-época. Há muito tempo que eu não via o Sporting a desenvolver uma jogada de contra ataque que resultasse em golo...
ResponderEliminarNa 1ª parte tirando um lance de Yannick ( melhor em campo) e alguns fogachos de Matias o futebol praticado foi mais do mesmo.
Na 2ª parte a equipa começou a acertar os passes e a explorar o espaço concedido pela Naval. Aí pudemos observar as virtudes de Valdés: o contra ataque, a velocidade e o drible!
Matias também esteve bem e Maniche pautou sempre o jogo.
Não se entende a titularidade de Abel estando JP disponivel! Mais uma estupidez de PS que frente a outro adversário podia ter corrido mal... Vá lá que o Polga e Postiga nem sequer calçaram!
Também não gostei nada da abordagem de NAC no lance de golo da Naval! Virar as costas ao remate?????
Yannick foi a flecha sempre apontada à baliza da Naval. Rápido, mais objectivo do que o habitual, motivadissimo! Foi pena aquele lance no final em que passa a bola à queima a Saleiro! Podia ter ido directamente para a baliza! Ai se Yannick fosse sempre assim...
O Levezinho está a crescer!
Grande apoio verde e branco nas bancadas!
Força Sporting!
LMP,
ResponderEliminar"Não se entende a titularidade de Abel estando JP disponivel! Mais uma estupidez de PS que frente a outro adversário podia ter corrido mal..."
Discordo totalmente. João Pereira teve um traumatismo craniano e era um risco colocá-lo já a fazer os 90 minutos. E se tivesse sido titular e depois se ressentisse? Aí PS seria criticado por tê-lo colocado demasiado cedo, num jogo de baixa dificuldade, etc etc.
Além disso, é com que os jogadores saibam que não há titulares indiscutíveis.
Após a inexplicável perda de pontos em Paços de Ferreira, até à pausa das Selecções "de todos nós" o Sporting tinha que conquistar os 6 pontos em disputa e classificar-se para a fase de grupos de Liga Europa. Objectivo cumprindo o que permite aliviar a pressão sentida nestas duas últimas semanas, fortalecer processos e modelos de jogo e recuperar jogadores lesionados, que muita falta fazem às opções da equipa.
ResponderEliminarUm Sporting forte, controlador, que arranca uma importante vitória antes de um período de descanso. Sem notícias a dar, a comunicação social tem, nestes períodos, propensão para "cascar" em quem está mal. Esta vitória retira as luzes de nós e dá espaço para crescer. Esperemos que o tempo seja bem aproveitado.
Daqui a 15 dias, em casa com a Olhanense, o caminho só pode ser este. Vencer, Vencer, Vencer. Só assim nos olharão com outros olhos, de respeito e temor.
http://cantinhodomorais.blogspot.com/