Carvalhal, sim ou sopas?
Não é preciso dizer o quanto isto significa de corte com o passado recente. Nem, aliás, o quanto isso me enche de esperança, a mim e a outros como eu (e que são muitos mais do que se pensa, apesar de os adoradores de Soares Franco, Paulo Bento e demais miserabilistas tristonhos continuarem a encher os fóruns radiofónicos e os comentários dos jornais online de frases como: "Isto ainda vai correr muito mal…"). Pois é fundamental reconhecê-lo: este discurso, bem como a atitude que o tem coisificado, começou com a chegada de Sá Pinto e Carvalhal a Alvalade. Ora, Sá Pinto não tem, tanto quanto se saiba, um deadline: independentemente dos resultados próximos, há-de ser director desportivo (sim, eu sei que não é "director desportivo" mesmo, mas também nunca ninguém explicou como se diz ao certo) ainda durante algum tempo, podendo mesmo trocar de treinador uma ou outra vez. Já Carvalhal não: tem contrato até Junho apenas – e pode muito bem estar a lançar as bases para outro brilhar.
Não merece. Pelo contrário: merece assinar contrato por pelo menos mais um ano, dispondo da oportunidade de montar uma equipa à sua imagem – e de geri-la depois durante tempo suficiente para que possamos formar uma opinião sobre o seu trabalho e as perspectivas que ele nos abriu. E então, sim, devemos ser implacáveis (implacáveis como nunca fomos com Paulo Bento): se for bom e proporcionar expectativas quanto a um futuro de sucesso, deixá-lo ficar; se for apenas mais ou menos e perder a capacidade de encher-nos de esperança, deixá-lo sair. O Sporting é e tem de continuar a ser um clube grande. Na pior das hipóteses, pode ficar três anos sem ganhar o campeonato (incluindo duas vitórias para o FC Porto e uma para o Benfica), não mais do que isso. E aquilo para que até hoje estávamos a preparar-nos, com Paulo Bento, com o discurso vigente e com a atitude conformista que se institucionalizara, era para passar outros 17 ou 18 anos no deserto, a ganhar uma Taça de Portugal de vez em quando – e, de resto, todos contentinhos porque íamos à Liga dos Campeões fazer figuras tristes."
Joel Neto
Eu continuo a achar que devemos já falar com outro trinador para a próxima época.
ResponderEliminarA não ser que o carvalhal tire um coelho da cartola, e nos surpreenda a todos com os resultados, considero que ele entrou no sporting com o fim do contrato à vista, como 2ª ou 3ª escolha e quase como se não fosse escolha do presidente. (não foi apresentado, e a cenas tristes da saída do P.B fazem-me ter essa ideia.
Mantenho a opinião que o Vilas-Boas seria uma excelente contratação, tenho estado atento à académica e eles estão francamente bem. Vamos a ver.
Abraço
Manuel do Porto:
ResponderEliminarSinceramente, acha que Vilas-Boas estaria a fazer melhor? É garantidamente melhor para o presente e para o futuro?
Normalmente revejo-me no q o Joel Neto escreve. Mais uma vez, estou completamente de acordo com o texto dele aqui transcrito.
ResponderEliminarA parte do implacável q nc fomos com PB - e q, no futuro, o deveremos ser com CC ou qlq outro treinador do SCP -, e das figuras realizadas na Champions, incluídas.
Não fui apologista da contratação de CC, mas comparando a sua acção com a do tão 'amado' PB, não tenho dúvidas em afirmar que merece, pelo menos, 1/3 da oportunidade que PB teve no SCP. Deixem-no começar uma época, formar uma equipa à sua imagem, seguindo as suas ideias e mostrar o que vale enquanto treinador. Ainda assim, passado pc tempo já se nota um SCP em crescendo, ao invés do que sucedia desde há dois anos com PB, em que a equipa só retrocedia... jornada após jornada.
SL!
Não sei se estaria a faze melhor ou pior, apenas acho que como a situação do carvalhal foi mal gerida, ele já está queimado antes da época acabar.
ResponderEliminarPor isso acho que se a época não acabar bem, vai haver muita gente, infelizmente, sem separar as àguas de bento das de Carvalhal.
Pior ainda, acredito que os de memória curta ainda vão "culpar" Carvalhal por ter gasto dinheiro que Bento não teve e que teve os mesmos resultados...
Infelizmente isto acontece no futebol e o sporting não é diferente, o problema é que a direcção não geriu isto da melhor forma na altura da troca de treinador.
Com isto, se a época não correr bem o que é que na generalidade se vai pensar?
Será que depois também vêm adeptos dizer que ficou 4 meses a mais?
Apenas acho que com uma troca de treinador, o consenso e a estabilidade poderiam ser mais constantes no sporting. (parece contraditório mas a verdade é que esta é uma calma aparente, não me parece definitiva)
Espero que percebas o meu ponto de vista pois até tenho gostado bastante das ideias do Carvalhal, e já o elogiei várias vezes. Acho é que é um treinador que reune ainda menos consenso que o anterior.
Espero estar enganado.
Acho que, na generalidade, é uma opinião válida e bem sustentada.
ResponderEliminarNão concordo em nada com a crónica, em especial com a última parte do texto...Além de se perceber bem que não faz uma análise isenta, porque basta ler parte do texto apra perceber que era dos que odiava PB, destaco especialmente o ultimo parágrafo:
ResponderEliminar"E aquilo para que até hoje estávamos a preparar-nos, com Paulo Bento, com o discurso vigente e com a atitude conformista que se institucionalizara, era para passar outros 17 ou 18 anos no deserto, a ganhar uma Taça de Portugal de vez em quando – e, de resto, todos contentinhos porque íamos à Liga dos Campeões fazer figuras tristes."
Bem, quem cair aqui de paraquedas, poderia pensar que antes do PB ganhavamos campeonatos de 2 em 2 anos e faziamos excelentes prestações na Liga dos Campeões.
SL
Leão de Alvalade,
ResponderEliminarsinceramente, acho que esta opinião do Joel Neto está inquinada por vários erros. Infelizmente erros tradicionais nos sportinguistas, que muitas vezes não param para pensar nas "verdades" que insistentemente acriticamente repetem.
Em 1º lugar, ontem discutimos a validade desta expressão dos "meninos da Academia". Se um dos méritos do CC - na perspectiva do Joel Neto - é pô-la em causa, quando nem sequer encontra uma sustentabilidade séria, quando continuam a ser os meninos da Academia a suportar a equipa, não vejo que isso possa ser um factor a considerar a favor.
Em 2º lugar, temos olhar para os meios (i.e., exibições) e para os resultados obtidos pelo CC de forma objectiva. Desde que entrou, o score é 5V (Leixões, Braga, Naval, Pescadores e Vitória), 2E (Benfica e Heerenveen) e 2D (Hertha e Leiria). Se o cômputo geral não é mau, está longe de ser brilhante.
Do ponto de vista das exibições, CC fez aquilo que era mais do que espectável, fez o que era necessário: mudou sensivelmente a forma de jogar da equipa. E porquê? Porque não se entra para um clube que vê o seu treinador sair por maus resultados para jogar exactamente da mesma forma. O resultado exibicional - posse, troca de bola - mudou porque mudou a estratégia de aproximação à baliza. Actualmente há menos sofreguidão na procura da baliza o que faz com que o futebol seja mais atractivo. Mas não necessariamente mais eficaz. Neste momento está apenas marginalmente a ser mais eficaz que o futebol praticado na era anterior.
Em 3º lugar, temos de olhar para as opções de jogo. Insisto muito na distância entre os apoios. É um problema que não é apenas marginal, relaciona-se também com as características dos jogadores que são abertos nas alas. A estratégia poderia passar por fazer os alas participar pouco no processo ofensivo (o que, para mim, seria um erro, mas poderia trazer frutos). Mas isso implicaria que se utilizassem alas capazes de levar a bola, em situações de 1x1 ou 1x2, até ao último terço ofensivo. E CC não os tem colocado a jogar...
É sem dúvida espectacular fazer um passe de 60 metros para um MI7 que esteja do outro lado do campo. Mas se este, recebendo a bola, não é capaz de explorar o espaço vazio - pelas suas próprias características - de que serve? O mesmo é obviamente aplicável ao MV24. Querem fazer de jogadores estruturalmente lentos, mas muito inteligentes a jogar futebol, jogadores rápidos. Isso é que é muito pouco inteligente.
(continua)
Outro aspecto, verdadeiramente marginal, mas indicativo da ausência de capacidade de leitura de jogo do CC durante os 90' (e possivelmente da falta de apoio que tenha de alguém da equipa técnica que esteja colocado noutro ponto do estádio a observar): no jogo com o Leixões, a estratégia da equipa de Matosinhos passava por colocar a bola na zona 6 para o avançado Pouga. Ontem falava com um treinador que me dizia que era absolutamente incompreensível como era possível que uma equipa adversária (da força do Leixões) conseguisse ganhar todas as bolas (todas mesmo) na 1ª fase de construção. Disse ao (meu) treinador que tinha visto isso e que não tinha percebido porque o Sporting (o CC) não tinha feito avançar um defesa-central para disputar aquelas bolas - todas inevitavelmente perdidas pelo AS6 - e deixar o AS6 mais à frente, ele que tem uma capacidade para tirar as bolas das zonas de pressão que é excepcional. Se o medo fosse deixar os extremos encontrar um caminho para a baliza entre os centrais e os laterais, que se juntassem os laterais ao central solto e haveria superioridade numérica. Nada disso foi feito e o Sporting, enquanto o Pouga esteve em campo, arriscou sempre que o Pouga ganhasse uma bola para as costas da defesa e para uma situação de 1x0. Bastava uma... mas a inépcia do Mota e dos extremos adversários foi o suficiente para impedir essa situação.
ResponderEliminarIsto para dizer que o demérito do Sporting foi, no sábado passado, contrariado por um demérito maior do Leixões. Parte do demérito do Sporting deveu-se a uma pura ausência de capacidade de ler e intervir no jogo durante os 90'. Essa responsabilidade é do CC e da sua equipa técnica. E por isso não me parece que o CC tenha the stuff para ser o treinador do Sporting.
Sinceramente, torço pelas vitórias do SCBraga porque, em abstracto, aumentaria a probabilidade do Sporting contratar o AVB (indo o Domingos para o FCPorto). Mas como não acredito que quaisquer dirigentes do Sporting façam os trabalhos de casa, é só mesmo esperança...
Caros amigos, o Sporting tem de fazer um pouco o que o Porto faz. Criar uma extrutura forte, que sabe o que faz ao nível da contratação de jogadores e de organização interna. Depois o treinador é só mais uma peça da engrenagem. O treinador nunca pode ser a salvação de um clube como Paulo Bento bem o demonstrou. Deve sim integrar-se na dinâmica do clube, não mais que isso. Carvalhal está a prazo porque estamos à espera que ele faça um milagre. Pessoalmente o homem não me seduz, mas admito que me tem surpreendido pela positiva em alguns aspectos.
ResponderEliminarhttp://sportingeterno.blogspot.com/
Para quem recebeu um rebuçado envenenado e ainda por cima teve que ouvir certas vozes agoirentas, CC não vai nada mal.
ResponderEliminarNão sei o porquê de muitos de nós darmos como dado adquirido a saída de CC no final da época. Neste aspecto até acho que JEB trabalhou bem este "dossier".
Um treinador que mal começou a trabalhar já estamos a dizer que tem x derrotas outras quantas vitórias...
Não era o treinador de sonho que queria ver no Sporting, mas a realidade é que vejo melhorias evidentes no nosso futebol.
Tivemos uma exibição muito positiva frente ao Leixões, não sendo brilhante mas já deu para ficar com água na boca. Alguém se lembra de uma exibição semelhante com o antigo treinador? Pois, era quando o rei fazia anos.
CC, tem as armas todas apontadas para o mínimo deslize (até vencendo o homem é criticado), daí dizer que recebeu um presente envenenado. Malta, vamos ter calma e dar tempo a este treinador. Ah, também vejo sinais evidentes (para melhor) no preparo físico dos jogadores e da sua disponibilidade/atitude dentro de campo.
Abraço
The LC,
ResponderEliminar(i) preparo físico, (ii) disponibilidade mental, (iii) as críticas dos adeptos... São estas coisas que os adeptos (de qualquer lado da barricada) gostam de salientar. E o PB também! Quando se perdia era porque faltava atitude. Eu, particularmente, adoro estes factores impossíveis para os adeptos de medir: tiveram muita atitude, estão melhores preparados fisicamente. Claro.
O futebol não é atletismo. Se o problema fosse correr muito, não sei se não correriam mais dando voltas ao campo. O problema é outro, é saber para onde se deve correr. E a tarefa de um treinador é essa mesma.
Qualquer pessoa que tenha jogado um FM ou um CM (pela experiência que o senso comum não teria oferecido) sabe que quanto mais treino físico se faz, menos capacidade se tem de assimilar outras valências. Por isso, além de não me parecer que o Xavi é um fenómeno por ser um portento físico ou ter "muita atitude", era melhor analisar os dados que são minimamente mensuráveis.
Por exemplo, que tal corrigir, em campo, algo que pode ser muito perigoso para a equipa (e que é fácil de corrigir)? Não?
Caro PLF,
ResponderEliminaratençao que quando escrevi o meu comentário nem tinha lido o seu.
Mas aqui vai: Gosto imenso de ler os seus comentários porque sustenta bem as suas ideias.
Depois de ler o seu primeiro comentário nao posso concordar com o que diz, porque está a pedir o "mundo" a CC. E ele ainda mal teve tempo para respirar.
Por isso repito, vamos dar tempo ao homem.
Abraço
O CC tém uma coisa que eu vi porque vou ao estádio ao contrário de muitos que aqui comentam.O CC pôs o estádio todo a cantar e o ambiente foi de loucura apesar de estarmos só lá 23.000 sócios. Eu falo assim porque fui sempre apoiante do PB até ao fim e hoje reconheço que aquele futebol do PB era de uma tristeza que o ambiente no estádio mais parecia de um funeral.Por isso hoje dá gosto de ir ao estádio ver aquela equipa jogar pois mesmo perdendo dá espetáculo e já há muito tempo que não me sentia tão feliz em alvalade.Também noto trabalho nas bolas paradas mais remates mais velocidade e mais força.E o mais importante é que CC não inventa e não troca jogadores como eu troco de camisa.Já sei quem vai jogar no sabado e com PB nunca sabia qual era a equipa.Amanhã não conta pois é a taça da vergonha e só serve para rodar jogadores.Sabado a equipa vai ser esta .Patricio joão pereira tonel carriço grimi veloso moutinho adrien vulk saleiro e postiga.Com PB andei quatro anos a tentar descobrir a equipa que ele punha a jogar. Perdemos um campeonato porque PB foi inventor.Por isso não digam mal do CC
ResponderEliminarThe LC,
ResponderEliminarnão peço o Mundo ao CC. Só peço duas coisas bem simples: que não procure fazer do MI7 ou do MV24 corredores (basta pô-los a correr ao lado do YD20 e do BP25 para ver as diferenças) e que saiba corrigir em campo os aspectos do jogo que podem ser muito perigosos para a sua própria equipa.
Acha que pedir ao central para acompanhar o Pouga na sua deslocação para a zona 6 é pedir muito? É que ao fim de 5 bolas ganhas de cabeça, alguém tem de alertar para este facto que é fácil de corrigir.
Comece-se pelo fácil, acabe-se no difícil!
É isto que peço. Para não inventar. Para pelo menos ser capaz de diagnosticar os erros do passado. E não me parece que esteja a ser conseguido.
Abraço.
Apesar de tar sem tempo quero dizer só duas coisas,
ResponderEliminar1º Concordo com a crónica. Acho que para alguém que pegou numa equipa que tava em estado vegetativo há cerca de 2/3 anos CC tem-se portado bem melhor do que qualquer esperaria.
2ºPLF,
Neste momento, no actual plantel do Sporting, quais são os alas com capacidade de levar a bola até ao último terço ofensivo, em situações de 1x1 ou 1x2?
PLF,
ResponderEliminarSó por curiosidade, o (teu) treinador está a treinar que divisão e escalão?
Bruno,
ResponderEliminaro YD20 e o BP25 são mais capazes de transportar a bola até ao último terço ofensivo que o MI7 e o SV10.
Mas parece-me haver uma sub-questão na sua pergunta e vou respondê-la como sendo esta a questão "terão aqueles (outros) jogadores capacidade para levar a bola até ao último terço, pela (ausência de) qualidade individual que dispõem?".
Na minha opinião, sim. (esclarecido o ponto de partida)
Mas na minha opinião (também), o facto do MI7, do SV10 e do MV24 não oferecerem a profundidade ofensiva desejável num sistema de jogo (losango ou 4-1-3-2) que os abra muito nas alas, não significa que não possam jogar juntos ao mesmo tempo e conferir essa profundidade.
Por isso insisto tanto na proximidade dos apoios. Se o "extremo" (i.e., o jogador que está colocado na linha) não tem capacidade para chegar à linha final pela velocidade ou pela abordagem ou aproveitamento do espaço vazio, então tem de ser o colectivo a resolver, através do passe. E para que haja sucesso através do passe, é preciso não arriscar muito em cada passe que se faz. Quando os apoios estão distantes, o risco - pela mera distância - do passe é maior. Logo, se formos confrontados com uma situação em que o jogador A não tem (i) velocidade para explorar o espaço vazio e (ii) apoios suficientemente próximos para endossar a bola e progredir colectivamente, teremos os seguintes resultados: ou (a) arrisca o 1x1 e o espaço, contra o que são as suas características como jogador, com a percentagem de risco inerente, (b) arrisca o passe apesar da distância dos apoios, com a percentagem de risco inerente ou (c) espera pela aproximação dos apoios, congelando o movimento ofensivo, o que reduz o risco mas que reduz também a capacidade de criar um desequilíbrio no adversário pela movimentação.
Tenho para mim que quem suspira por jogadores como o Nani (e eu também o faço) sobrevaloriza o papel do individual num desporto que é colectivo. As situações de 1x1 são muito pontuais num jogo de futebol. E as melhores características do Nani nem são o 1x1, mas a rapidez das suas decisões e a agressividade (ao modo do JP21) que dá nos movimentos em direcção à baliza. As situações de 1x2 são à partida indesejáveis. Só sobredotados devem ser incentivados a ir para o 1x2 (como o CR9), porque conseguem reduzir o risco para percentagens aceitáveis. O Figo raramente ia para o 1x2, qualquer fosse o adversário.
PLF,
ResponderEliminarA minha pergunta não tinha nenhuma sub-questão implícita mas ainda bem que respondeste, pois concordo com a análise que fazes. Discordo é dos intervenientes que utilizas.
Porque se ainda vejo no Pereirinha alguma capacidade para jogar à bola, já no Djálo não vejo capacidade nem para ser jogador de petanca. Porque , como tu dizes e bem, o futebol não é atletismo. Não reconheço ao Djálo capacidade nem para ir no 1x0 quanto mais no 1x1, aliás não reconheco ao Djálo, tirando velocidade, um único factor positivo no seu jogo. Fraca capacidade individual, péssima capacidade na tomada de decisões, recepção de bola do mais fraco que já vi e remate mediano.
Continuo sem perceber o porquê da sua presença no plantel, mas isso já é outra questão.
Bruno,
ResponderEliminarnão vale a pena falar sobre o YD20, como não valia há tempos a pena falar sobre o Hugo Viana, nem há umas semanas sobre o AS6, etc.
Não escolhi intervenientes. Disse apenas que, se a ideia é explorar o espaço entre os jogadores que é obtido afastando os apoios (porque isso afasta os adversários também que, ou jogam juntos na zona da bola, ou também se espalham pelo relvado), então tem de se escolher os intervenientes que tenham capacidade (ou pelo menos apetência, se assim quiser) para explorar esse espaço.
MI7, SV10 e MV24 não têm. Querer fazer deles jogadores rápidos a correr quando o que são (pelo menos o MV24 e o MI7) é serem rápidos a executar é pedir-lhes uma coisa que é fisicamente impossível que eles possam oferecer.
Portanto, quando se pede algo que é impossível, vai-se por um mau caminho. Por esta razão não achei boa a exibição contra o Leixões, porque não apresentou nenhum progresso neste particular que é muito importante. Os erros, conforme os vejo, mantiveram-se.
O meu 11 para o Sporting dependeria do adversário. Portanto é difícil dizer que o utilizaria um 11 em particular.
Já agora, aproveito por deixar a referência ao final da excelente entrevista do Leonel Pontes à AdT, em que fala - em particular - do AM55.
http://www.academia-de-talentos.com/entrevista/entrevista-com-leonel-pontes-parte-3
Algoncalves,
o meu treinador treina os Escolas B do Sporting.
PLF,
ResponderEliminarE ele estando inserido na estrutura leonina não lhe é facil chegar a conversa com CC e conversar com ele sobre essas ideias e outras? Acho que ficariam todos a ganhar com isso?
PLF:
ResponderEliminarTal como dizia ontem na BN, os meninos da Academia que suportam neste momento a equipa –Moutinho, Veloso, e até Patricio e Carriço - já estão num patamar que os põe fora da classificação de meninos, pois têm qualidade, experiência e curriculum que os equipara ao que de melhor o Sporting pode encontrar no mercado. Este deve abastecer a equipa nas posições em que o plantel é deficitário. Por exemplo, João Pereira se for valorizado poderá ser vendido daqui a 2 épocas, cedendo o espaço a Cedric Soares ou João Gonçalves (e aqui estou a confiar em si, uma vez que não acompanho , com sabe, a formação). Esse período permitirá a ambos rodar e ganhar “calo”, isto se forem incluidos em bons projectos.
Concordo que o percurso de CC aanalisando os meios e os resultados, está longe de ser brilhante, mas, podendo ser melhor, está longe de não merecer menção honrosa. Digo-lhe mais, seria muito dificil fazer melhor, face a todas as vicissitudes que já teve que enfrentar. O momento psicológico era tenebroso e aí já se começam a ver alguns resultados. A qualidade dos jogadores e as boas opções poderão fazer o resto.
CC acima de tudo tem revelado sensatez ao tentar mudar o possível, com um plantel que não foi escolhido por ele e para um modelo em que não se revê. Ao não ser dogmático, preferindo uma solução de compromisso entre o seu 4x3x3 preferido e o possivel 4x1x3x2 parece-me que revela inteligência. Li o jogo o Leixões de forma diferente, uma vez que achei que, embora perante um adversário limitado, o spoting esteve genericamente bem do ponto de vista defensivo, não permitindo grandes veleidades. É bom lembrar que dias antes esta mesma equipa havia criado grandes dificuldades ao fcp no dragão, mesmo que esta jogasse sem alguns titulares.
PLF:
ResponderEliminarConcordo com a análise relativamente a Izmailov e Veloso. Duvido porém que o Sporting, por razões amplamente debatidas aqui e na BN, que fosse avisado implementar de imediato o 4x3x3, mesmo considerando que Pereirinha e Djaló fizessem o lugar de forma excepcional. Uma vez que não poderiam jogar sempre, o problema ir-se-ia colocar quando fosse necessário substitui-los. Por isso me parece que é avisada a postura de CC e´o jogo de sábado deixa antever que as melhorias são possíveis.
Além do mais saliento a postura correcta de CC perante os sócios, com um discurso sereno e de valorização da sua importância, por oposição ao divisionismo anterior entre os bons e maus sportinguistas.
Concordo plenamente com o post e com a crónica de Joel Neto. Acho que CC nalguns aspectos terá ido depressa demais (por exemplo, a questão da preparação fisica). Não sei é se esse depressa demais significa mal. E volto á questão da preparação fisica. O estado em que a equipa estava no fim da era PB deve ser classificado como miseravel. O excesso de carga sobre os jogadores teve reflexo nos primeiros jogos de CC, mas parece-me que se começam a colher frutos agora. Parece-me...
ResponderEliminarHá alguns aspectos com que não concordo relativamente á equipa tipo de CC (por exemplo a colocação de Veloso) mas na generalidade parece-me que esta equipa tipo tira muito melhor partido das caracteristicas do plantel que as aberrações de PB!
E a atitude de CC é muito mais á Sporting. Lá porque antes também passamos por travessias do deserto, não quer dizer que tenhamos de nos assumir como coitadinhos e clube de 2ª. Nesse aspecto, não perdoo a PB. Quiz fazer do Sporting um clube medíocre para realçar as suas "enormes" capacidades individuais. Por isso mesmo, desejo que nunca, mas mesmo nunca mais, volte a entrar pela porta dos visitados em Alvalade. Independentemente dos meritos que lhe reconheço como treinador, mesmo que ainda cometa erros de quem iniciou a carreira á poucio tempo e está em período de aprendizagem...
Concordo com o PLF, apesar de achar o discurso um pouco exagerado, acho que tem razão no que diz.
ResponderEliminarNo entanto deixo uma opinião. Apesar de concordar em relação ao que dizes sobre o MV nas alas, e esta é uma das ideias e carvalhal que mais me custa "comer", acho que o Djalo não é mesmo um opção para o plantel.
Não percebo como é que ao fim de tantos anos no Sporting, ainda não foi emprestado 1 ou 2 anos para ver no que é que dá. Jogando com regularidade podia ser que viesse mais motivado, melhorado e com os adeptos de confiança reforçada.
Talvez assim, ou jogasse pelo sporting ou fosse vendido, esta situação é que não interessa a ninguém.
Leão de Alvalade,
ResponderEliminaré sem dúvida de elogiar que o tipo de futebol praticado pelo Sporting se aproxime mais do que é exigível pela cultura do clube (embora esta seja posta em causa por substituições aos 47').
Mas estou em desacordo consigo num aspecto: se é avisado não procurar tudo alterar de uma penada, também o é começar-se pelo mais fácil e - progressivamente - chegar ao que é mais difícil alterar. E atendendo à cultura táctica que cada um dos jogadores do Sporting tem, é mais fácil alterar para um 4-3-3 (caso esse seja o modelo desejado, o que não é necessariamente verdade) do que fazer - qualquer seja o modelo táctico - os jogadores deixar de procurar sofregamente a baliza.
Passar de um modelo exclusivamente assente em transições rápidas para um modelo que procura a posse e o desequilíbrio colectivo é mais difícil do que mudar o número de jogadores no meio-campo ou no ataque. Uma filosofia é mais difícil de mudar do que uma colocação em campo.
Pelo menos é este o pressuposto de que parto.
Dito isto, sem querer passar por cima dos méritos do CC, digo que as escolhas que faz, para o modelo de jogo que está implementado, não oferecem a profundidade desejada. A solução ou passa por mudar as escolhas, ou passa por mudar a colocação dos jogadores em campo. E o facto de não haver uma alternativa directa para extremo ao YD20 ou BP25 não significa que (i) SV10 e MI7 não possam efectuar muito bem as posições e (ii) que o Sporting seja obrigado a jogar sempre num 4-3-3.
O que importa é a ocupação racional dos espaços. Essa pode ser atingida em qualquer dos modelos de jogo. É preciso também que a equipa tenha equilíbrio, quer na largura, quer na profundidade. Uma equipa com YD20 e BP25 no 11 ao mesmo tempo teria mais profundidade e menos posse de bola. A entrada de MI7 poderia compensar alguma velocidade excessiva. A Entrada de MF14 no centro, em vez de um dos avançados, para congelar a bola, também poderia oferecer a tal ligação entre sectores.
O que não me parece lógico é pedir-se ao MV24 para fazer uma ala. Todos vimos, desde Setúbal (e eu insisti nessa nota depois do Benfica), que ele não tem essa capacidade. O que ele lá está a fazer, não sei.
E portanto digo: as melhorias já se sentem, são possíveis mais, mas tem de se repensar o problema fundamental do futebol do Sporting. E esse é o mesmo de há muito tempo a esta parte.
Algoncalves,
isso se me derem os votos suficientes para ser presidente do Sporting resolve-se rapidamente.
Concordo muito pouco com o artigo do Joel Neto.
ResponderEliminarPrimeiro, Carvalhal não tem um contrato de 6 meses, tem um contrato de seis meses mais um ano de opção, logo tem a sua situação garantida excepto se existirem resultados/jogos extraordinariamente maus.
Segundo, falta ao Joel Neto criticar quem pensa que discursos inflamados na bancada, fóruns e blogs, chegam para pagar contas, porque sentadinho à espera que o clube ganhe, que tenha o discurso que se quer, para ir apoiar, para participar, é meramente garantir um bom lugar para ver o definhar do clube.
Não me parece que menosprezar as competições quando as ganhamos seja bom caminho para o nosso sucesso conjunto. Mas se realmente incomoda muita gente a participação do Sporting e a eventual vitória em "taçitas", porque não se juntam e propõem que o clube só dispute o campeonato nacional e outra qualquer competição onde esteja garantido que não se é humilhado?
Quem me dera ter passado 17 anos a ganhar “umas tacitas”...
Terceiro, podia dizer o que o levou a crer que Carvalhal teve alguma influência no actual investimento e se vai criticar as vendas que serão necessárias para cobrir este investimento, já agora se o mérito deste investimento é do treinador de quem vai ser o demérito das vendas?
Quarto, quando faz de papagaio do Carvalhal dizendo que a equipa não pode assentar nos meninos da Academia devia dizer onde é que ela se deve assentar e como pensa que isso será viável, ou seja, quanto custa.
Ser o único clube que procura seguir à sua dimensão económica um modelo similar ao Barcelona é que não, isso é um erro de cabo de esquadra e minorar a história do Sporting.
Concluo que as aparências de fausto continuam com grandes e incondicionais adeptos, olhe Hala Madrid...
LMGM,
ResponderEliminarCompletamente de acordo consigo.
Aliás, o Joel Neto é mais um “intelectual” da praça habituado a, pago para isso, opinar sobre tudo e sobre nada. As crónicas dele, invariavelmente a dizer mal da estrutura do SCP, são divertidas e apelativas. É para isso que lhe pagam. Certo é, que são, quase sempre, pouco ou nada fundamentadas. O encanto do futebol é esse mesmo, todos podem e devem opinar. O sucesso do futebol assenta na incerteza do resultado e na paixão exteriorizada pelo grito na bancada e pela possibilidade de opinar sem fundamentar.
LMGM:
ResponderEliminarAo contrario do Norte Leonino, gosto mais de debater ideias do que pessoas.
1- Se existe opção é meu entendimento que ela deveria ser exercida, embora perceba que haja quem não pense assim, pelos mais diversos motivos.
2- A paixão irracional que emana das bancadas é também o suporte do clube. Sem adeptos não há clube, por mais acertadas que sejam as decisões dos gestores. Equilibrio é pois o que é necessário. Não se pode governar o clube ao sabor dos "gritos de bancada" assim como não se pode governar contra. As taças são um velho tema entre nós. Não se trata de desvalorizar o que já de si tem um valor relativo. O problema não está em ganhar as taças, o problema é achar que não se pode fazer mais e melhor. Quem na Europa, a não ser nós, se lembrará que lá estivemos 3 anos consecutivos, se pouco mais fizemos que participar?
3 e 4- (copy-paste do que ontem escrevi no BN do PLF a propósito) "não posso deixar de concordar com o CC relativamente à politica de aquisições. Mas esta opção deve ser devidamente enquadrada. Obviamente ela já não poderá ser aplicada a jogadores como Moutinho, Veloso, e quase em igual medida a Patricio e Carriço. Qualquer um deles, chamados a desempenhar pesadas responsabilidades numa fase precoce da sua carreira, têm já valor, curriculum e experiência que os compara ao melhor que há para as suas posições,em qualquer mercado, nacional ou não.
O mesmo não se aplica aos que se aprestam ou já iniciaram a sua etapa sénior. Se eles puderem ser poupados, podendo crescer sem excessivas responsabilidades, não lucraremos todos?
Não é no fundo o que faz o Barcelona, salvo as devidas distâncias, mesclando experiência com qualidade com a qualidade irreverente? Não podia Pereirinha crescer numa equipa B ou equiparada,como Pedro Rodrigues, jogando com mais frequência?"
Já agora, que treinador serviria para o Sporting? Já disse que não sou (ainda) fã do Carvalhal, mas vejo muito tiro e poucas soluções.
ResponderEliminarhttp://sportingeterno.blogspot.com/
LdA,
ResponderEliminar1 - A entrada de Carvalhal, ou do André, ou de outro qualquer treinador sem provas dadas, tanto faz para o caso, é sempre um risco para um grande, não será em dois meses que se afere se a aposta é para continuar ou não acho muito bem que se tenha garantido o ano de opção como acho que é permaturo activá-la, como ainda penso que está a fazer um bom trabalho para que a opção seja real.
2 - Obviamente que sem adeptos não há clube e vice-versa, o boom de adesão e receitas que todos pensavam iria acontecer quando fossemos campeões não se verificou, mais não se vai verificar, os três grandes têm receitas muito similares em termos de quotização, bilheteira, marketing e merchandising. Em seis amigos que se reuniram recentemente no café todos somos Sportinguistas, um é sócio com gamebox, outro tem gamebox e não é sócio, outro é sócio da Académica, todos temos criticas e reclamações só um participa, só dois contribuem, é pouco para tanta reclamação.
3 e 4 - Acho que é isso que o Sporting está a tentar fazer, não se faz é de um dia para o outro.
P.S.- Sporting eterno, até ao fim da época o melhor treinador que existe é o que lá está.
PLF:
ResponderEliminarEstou de acordo no essencial da resposta. Não estou inteiramente satisfeito com as opções de Carvalhal, como tenho aqui pontualmente deixado, em especial nas crónicas dos jogos. Mas estou genericamente satisfeito com os resultados alcançados. Aliás, com sinceridade, devo dizer que tem superado as minhas expectativas, tendo em conta as circunstâncias.
Espero que ele saiba potenciar a riqueza do plantel ao seu dispor, que lhe permite, num mesmo jogo, diversas opções tácticas, capazes de produzir bom futebol e surpreender o adversário. Não devemos perder de vista o tempo real de trabalho que tem à frente da equipa, uma vez que entre jogos, não terá tido mais do que 2 semanas de treino consecutivas.
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Belo debate aqui acontece. Parabéns!
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Fora do assunto:
ResponderEliminar1º- Satisfação por, finalmente, a Assembleia Municipal ter confirmado a aceitação do Protocolo CML - Sporting que prevê a construção do Pavilhão.
2º - Passei algumas vezes pelo Moçambique – Benin e acredito que Mexer pode vir a ser útil. Não há dúvida que é um jogador para o Sporting: fez um magnífico corte limpo e apanhou cartão amarelo.
Já agora: ele estava a ser comentado como sendo jogador do Sporting, mas penso que há dias li qualquer coisa que a contratação ainda não estava assegurada. Algum dos sempre bem informados me pode esclarecer?