Entrevista Mário Patrício
Eram já conhecidas algumas limitações atendendo os acordos definidos com a CML pelo que o projecto apenas me desilude/entristece pelo facto de não quererem contemplar a prática de hóquei em patins na nova infraestrutura.
Destaque ainda para as declarações do nosso director para as modalidades dando conta da dificuldade de articular os horários dos jogos com o calendário do futebol, face às constantes alterações deste.
EM FRENTE SPORTING!
É melhor isto do que nada, mas confesso-me um pouco desiludido pelas restrições impostas e pela falta de ambição que todo o projecto demonstra.
ResponderEliminarAliás, continuo sem perceber o poder de negociação envolvido nestas questões. Como é que dois clubes sobranceiros à 2ª circular têm condições/restrições tão diferenciadas? Enfim...
Relativamente ao projecto desportivo, sei que existem restrições financeiras, mas quando as outras modalidades foram extintas não era precisamente o argumento financeiro que ditava leis, com o pressuposto de que iríamos fortalecer o investimento nas modalidades que sobravam e consequentemente ganhar mais títulos? E quantos títulos de relevo ganhamos nós desde então no andebol e no futsal (sobretudo desde que o Benfica entrou na modalidade)? Sim, ganhamos alguns, mas atendendo à nossa história e à política de redução das modalidades seguida não deveríamos ter ganho muito mais? Claro que sim!
É evidente que a estratégia seguida não resultou, ou seja, nem sempre ter mais orçamento resulta e no Sporting teima mesmo em não resultar. Por isso defendo o regresso às origens, ou seja, na impossibilidade de ter mais orçamento, que o mesmo seja repartido por mais modalidades, designadamente reabilitando o basket, o voleibol e o hóquei, recorrendo a patrocínios de modo a partilhar o naming da equipa (ex: Sporting/BES, Sporting/Coca-Cola, sei lá...).
Acho que um clube como o Sporting tem de jogar ao mais alto nível nacional nas 5 principais modalidades de pavilhão, nem que para isso se socorra maioritariamente da formação. Aliás não é (ou foi...) este o nosso princípio base, até no futebol?
E lanço mais algumas questões: Muitas vezes dizemos que somos o clube português mais eclético. Será que ainda o somos? Com que modalidades? Valem todas o mesmo? Dizemos ainda que somos o 2º clube da Europa, depois do Barcelona, com mais títulos nas mais diversas modalidades. Até quando? Não devia ser nossa ambição a aproximação ao Barcelona? Não é isso que distingue um grande clube, a ambição de ser sempre 1º?
Eu sei que vou ser polémico mas sinceramente não acredito que o engrandecimento do Sporting seja conseguido às custas do automobilismo, golf, corfeball e afins. Não é desrespeito por estas modalidades é apenas uma questão de prioridades. Enquanto clube de dimensão nacional o Sporting tem de perceber que há modalidades que estão mais enraizadas do que outras na sociedade e é precisamente nas mais enraizadas que os adeptos esperam ver vitórias. Não perceber isso é diminuir a grandeza do Sporting e transformá-lo gradualmente numa colectividade de bairro.
Berde e Branco,
ResponderEliminarPor partes e naquilo que eu consigo responder:
1) As diferenças não estão apenas no poder de negociação mas também nos projectos apresentados. Os nossos adversários demoliram um estádio, construíram outro estádio e construíram um complexo desportivo mais uma superfície comercial. Nós, demolimos um estádio para construir outro, não sei quantas clínicas, um centro comercial, vendemos os terrenos do antigo estádio para fins imobiliários, etc... Face às políticas adoptadas, é "normal" alguma relutância do ponto de vista político.
2) Quando houve modalidades extintas, não foi com o pretexto de aumentar a competitividade de outras mas sim reduzir, única e exclusivamente os custos.
3) A questão do Naming é um dos melhores recursos para as equipas amadoras, contudo, resta saber se existem muitos interessados e se esses mesmos interessados têm disponibilidade para apresentar um valor significativo para tal.
Também não sou apreciador de corfebol, paintball, horseball, etc., mas a matriz eclética do nosso clube não pode ser negada. E o exemplo dado - Barcelona - prova também que a sua preocupação parece um pouco exagerada, pois também nesse clube as diversas modalidades não são tratadas de igual modo.
Orçamentos no Barcelona:
Futebol 150-200M
Basket 20M
Andebol 7M
Futsal 3,5M
Hóquei 2,5M
Contudo, não deixo de concordar que devemos ter uma verdadeira dedicação desportiva e acreditar que os sucessos nas modalidades - base durante muitos anos no nosso Sportinguismo - só poderá engrandecer o clube.
Será necessária estratégia, astúcia, parceiros, etc... O problema é que Portugal é cada vez mais Futebol e o resto tem sido paisagem e o SCP procura seguir essa tendência...
SL
B&B:
ResponderEliminar"Eu sei que vou ser polémico mas sinceramente não acredito que o engrandecimento do Sporting seja conseguido às custas do automobilismo, golf, corfeball e afins".
Já somos 2 a pensar o mesmo.
Quando se fala nas 5 principais modalidades colectivas em Portugal, julgo referirem-se a Basquetebol, Futsal, Andebol, Voleibol e Hóquei.
ResponderEliminarO Porto está presente em 3 (Campeão em 2 e lutando pelo título noutra).
O Benfica está presente em 5 (Vice-campeão em 1 e luta pelo título em 2).
O Sporting está presente em 2 (Luta pelo título numa).
*Só me refiro a provas nacionais.
Sou Benfiquista e durante muitos anos o que dava alegrias não era o futebol, mas sim as modalidades. As modalidades assumem importância vital nos momentos em que o Futebol está em baixo. Nesses momentos as modalidades mantêm a força e alma dos clubes vivas.
Durante muito tempo quem me dava alegrias era o Carlos Lisboa e o Basquetebol, o Panchito e o Hóquei, o André Lima e o Futsal. Mesmo por vezes não ganhando títulos, o simples facto de estarem na luta era motivo de alegria pois o clube continuava a lutar por títulos.
Veja-se este ano no caso do Sporting que com uma época má no Futebol teve uma enorme alegria em ganhar a Taça Challenge de Andebol. E está na luta pelo título de Futsal que vai ter os pavilhões cheios de adeptos a puxarem pela equipa.
Além disto, as modalidades são também importantes na captação de jovens adeptos para o clube.
Não é fácil o retomar de modalidades extintas, mas apostando na formação e iniciando em divisões inferiores (o Benfica fez isso com o Andebol) o regresso a um bom nível é possível.
Gostava que o Sporting voltasse a ter Hóquei (onde jogou Livramento), Voleibol (onde jogou Miguel Maia) e Basquetebol.
PS - Malcato, um Abraço
Verde e Branco e Leão de Alvalade ... não creio que sintam isso, ou tão pouco que o pensem.
ResponderEliminarVamos usar termos mais cuidados se me permitem:
"Não acredito que o alargamento da estrutura adepta do Clube se consiga às custas do Automobilismo, Corfball, Capoeira e afins."
Esta noção é verdadeira e qualquer pessoa a subscreve.
Mas a matriz ecléctica do Sporting é sem duvida o que confere ao Clube uma grandeza ímpar. Subscrevem?
Se subscrevem não podem afirmar que o Ecletismo não confere engrandecimento, porque o engrandecimento advém da importância e da genuína mais-valia desportiva, e não de popularidade.
Verde e Branco se o Sporting com 18 ou 26, consoante se faça, ou não, a individual desmontagem dos "Desportos de Luta" não é de longe a maior potência ecléctica em Portugal, quem é?
O FC Porto, com as suas 8 modalidades?
"Até quando" o seremos? Até alguém nos ultrapassar. Talvez daqui por ... nunca? A resposta não pode variar muito desta. O avanço é tanto e alarga-se de época desportiva para época desportiva num registo tal que o Sporting pode fechar portas hoje que daqui a 100 anos continuará a ser o Clube mais titulado em Portugal.
Na Europa? O Clube fala em 20 000. A ser verdade fá-lo ocupar o 1º lugar à frente do Barcelona mas ... como o termo usado são "troféus" é de desconfiar, até porque o Sporting de há 1 ano para cá em tudo o que é comunicação, exposição, e até na simples forma de redacção a partir do seu (agora mais rico) sítio oficial anda incompreensivelmente a copiar formas e tiques dos pequeninos animais de Carnide, usando-se dum populismo inútil que não serve para coisa nenhuma. Dê-se portanto um desconto aos 20 000 e fiemo-nos na única contagem oficial que existe, até 2006, ano do Centenário: 14 000 títulos em equipas seniores femininas e masculinas, sem que estejam contemplados Troféus, 2ºs lugares ou escalões de formação.
Estes 14 000: oferecem-nos o 2º lugar no ranking europeu, não estando esse lugar nem pouco mais ou menos ameaçado por qualquer outro emblema do Velho Continente.
Agora, "valem todas o mesmo?", pois com certeza que não: o Atletismo, a Ginástica e Natação terão sempre muito mais importância do que desportos jogados com bola. Não sou entendido em ciência desportiva mas confio que os antigos helénicos e os contemporâneos organismos Olímpicos saibam atribuir-lhes mais ou menos valia na relação de uns com os outros e eu dou crédito à(s) fonte(s) e não me custa guiar-me por ela(s).
São as mais indicadas para o efeito.
Fui há pouco ao sítio do Sporting e o novo layout e os novos conteúdos são de facto bem-vindos. O Sporting já o merecia há muito. Tenho só pena pela tal falta de cuidado na forma como esses conteúdos são apresentados. Coisas deste tipo, começa logo pelo início:
"O novo site, que com muito orgulho hoje apresentamos, corresponde a mais um passo no desenvolvimento do processo etc coiso e tal". Pergunto se quem escreveu essa coisa não podia tê-lo feito num Português mais articulado.
"Fomos, decorria o ano de 1999, o primeiro clube nacional dos '3 grandes' a criar um site oficial na internet actualmente o www.sporting.pt tem milhões de visitantes bla bla bla".
É coisa que se apresente isto?
"Para se entender este facto, basta dizer que dos 203 países existentes no Mundo, na época transacta o site verde-e-branco foi aberto/consultado em 192!"
Mais erros. E este parágrafo que serve uma tentativa pequena de populismo barato feita em forma de exclamação.
Não tem importância certo, não tem. Mas a falta de cuidado nestas coisas pequenas diz muito do cuidado que terão em todas as outras coisas: nenhum, provavelmente, o que não é bom sinal ...
ResponderEliminarJá agora ... subscrevo a ideia (que li também há pouco num outro espaço) de que aquele verde não é o melhor. O verde do Sporting é mais escuro, mais Stromp, mais sóbrio. Contudo ... inserido naquele layout fresco e visualmente rico o verde-alface que lá está até assenta bem.
Passa uma imagem rejuvenescida.
Ao melhor estilo do guerreiro de Paços, o novo Comandante de Paranhos: em frente Paulo Sérgio, preparai e aniquilai. Conduz o nobre leão da forma que bem sabes, potente tigre da escola de Guimarães.
Estou contigo.
E como eu, muitos.
"No Ecletismo reside a nossa grandeza, fomentando-o valorizamos o Desporto Nacional." - Sporting 58, perguntem ao Paulo Sérgio que ele diz-vos.
E não esquecer a modalidade rainha o Atletismo, sei que estamos a falar de desportos colectivos mas esta é a modalidade que absorve a maior parte do orçamento (nada a opor).
ResponderEliminarGandaia, a falar de desporto nos entendemos, a falar de clubes ... erghh, vamos falar de desporto.
A Académica está a fazer um projecto fantástico de revitalização do basquetebol, e comparando com aquilo que seriam os meios que o Sporting poderia mobilizar estamos a falar de um anão.
E aqui encontramos a "vontade politica" de que fala o Mário Patrício. A Académica nunca conseguiu ter um projecto que lhe permitisse competir na extinta Liga profissional, mas não matou a semente.
Quando o Benfica abandonou a Liga profissional e veio fazer companhia aos "pobrezinhos", em competição o nosso micro projecto chegou às meias finais onde fomos eliminados pelo Fisica de Torres Vedras e vocês pelo Guimarães, mas competimos até ao mesmo nivel (meia-final).
No ano passado já com todas as equipas profissionais integradas, de novo a Académica nas meias finais (onde fomos eliminados por vocês), para trás ficou o Porto, por exemplo.
Este ano foi aquele com piores resultados muito motivado pelos acasos do basquetebol (qualidade e lesões dos americanos), a qualidade dos atletas nacionais é boa e isto o Sporting também consegue "fazer" com um orçamento diminuto.
O fundamental é não entrar em loucuras e manter o orçamento controlado, o Porto não fechou o basquetebol porque teve um ano mau, ou porque acabou a Liga profissional, aguentou e aqui está a disputar a final deste ano. Ninguém tem o vosso orçamento, para dar uma ideia da dimensão das diferenças, o valor investido num único atleta estrangeiro de algumas equipas pagava todo o orçamento da Académica.
O problema de que Mário Patrício fala mas que não concretiza, é real, o arrendar de pavilhões come uns bons milhares de euros.
Resumindo, fazer desporto em Portugal não é fácil.
O Mário Patrício refere que o pavilhão terá capacidade entre 2000 e 2500 lugares e já por aí muitas pessoas a dizerem que devia ser 5000, mas esquecem-se que um pavilhão de 5000 tem mais do dobro dos custos que um de 2500.
ResponderEliminarE esquecem-se que os pavilhões só enchem nos jogos entre grandes (e que não estão todos em todas as modalidades) e nos jogos finais.
No resto da época os pavilhões estão às moscas.
Gandaia, por acaso falei desse número num post anterior, mas aquilo que que queria defender nesse texto é igual seja qual for a lotação.
ResponderEliminarSe o projecto são 2000 lugares, perfiro sacrificar 1000 lugares e construir um ringue para o hóquei, ou outro campo para escalões de formação de basquetebol, vólei, etc.. A prioridade, para mim, seria sempre não deixar morrer sementes, para quando existirem condições voltar a florescer.
P.S.- O número de 5000 veio-me à cabeça depois da final da challenge exactamente com esse argumento. Se aquele pavilhão foi naquele dia pequeno se calhar ainda aparecia alguem a pedir um maior, quando a prioridade é outra é dar condições às modalidades para melhorar o seu rendimento.
Gandaia
ResponderEliminarGostei do que escreveste:
Gostava que o Sporting voltasse a ter Hóquei (onde jogou Livramento), Voleibol (onde jogou Miguel Maia) e Basquetebol.
Mas ficava mais correcto assim:
Gostava que o Sporting voltasse a ter Hóquei (onde jogou Livramento), Voleibol (onde jogou Miguel Maia) e Basquetebol (onde jogou Carlos Lisboa).
Por acaso foi no Sporting que Carlos Lisboa foi pelas 3 primeiras vezes campeão nacional
Claro que também sei que as primeiras vezes que António Livramento foi campeão nacional foi no S L Benfica, e julgo saber que as primeiras vezes que Miguel Maia foi campeão nacional foi no Espinho.
Saudações desportivas
8, mas o Antonio Livramento era sportinguista de coracao, e foi no seu Clube de coracao que ganhou o unico titulo que lhe faltava: campeao europeu de Clubes.
ResponderEliminarE um crime de facto o Sporting nao ter Hoquei senior, sendo para mais uma modalidade excitante que apaixona facilmente.
Da entrevista de Mário Patrício tiro alguns tópicos que merecem reflexão:
ResponderEliminarPela cronologia apresentada teremos pavilhão no Verão de 2013. Dez anos depois da construção do estádio teremos o pavilhão. Dez anos não representam a distância entre o futebol e o resto do Clube, na importância que lhe é atribuída pela direcção, pelo que teremos de estar muito satisfeitos pelo timing conseguido.
Penso que os 2000 / 2500 lugares previstos são, por agora, suficientes para mais de 90% (onde é que eu já vi este numero?) dos jogos que se prevêem realizar neste espaço.
Percebe-se que o hóquei continuará a ser uma modalidade isolada, dependente do entusiasmo e perseverança dos Sportinguistas amantes do hóquei, chefiados pelo Eng. Gilberto Borges.
Basquetebol e voleibol? A decisão é da CD do Clube, mas sem mais dinheiro nada feito, porque depois falta para o andebol e futsal.
GB modalidades com novas ideias. Tudo o que seja inovar (e melhorar) tem o meu apoio. Temos de confiar.
MHumberto
ResponderEliminar...e o Carlos Lisboa não é Sportinguista? Claro que se fores perguntar agora não te vai dizer isso, mas sabes como o emprego em Portugal está dificil.
Que falta de ambição.
ResponderEliminarSó quem não conhece a história do Sporting é que pode pensar que um pavilhão para 2000 chega. E usa-se o argumento que a nave até só levava 700 e não estava sempre cheia.
É verdade. Mas podiam falar tb do anterior pavilhão junto ao metro e que levava 6000 pessoas e estava quase sempre cheio. Quase todos os anos ganhavamos os titulos em todas as modalidades. Eu sou desse tempo e posso comprovar isso.
Mais espectadores levam a mais motivação, mais titulos, mais publicidade, mais receita, sempre possibilidade de comprar bons jogadores, etc...
É que em vez de vivermos numa espiral de entusiasmo e motivação vivemos numa espiral de mediocridade.
Enfim...
Só espero que este projecto, seja realmente útil, para o ecletismo sportinguista,pois já tenho saudades de ver hoquei em patins do meu clube com o gande Livramento...
ResponderEliminarSaudações Leoninas
http://sportingnomundo.blogspot.com
Pela Cronologia eu vejo que na pior das hipóteses as obras arrancam em finais de Junho de 2011 e demorariam num máximo 18 meses, portanto até Janeiro de 2013.
ResponderEliminarSe o Pavilhão inclui um estúdio de televisão então podemos assumir que o Canal Sporting irá começar em 2013 e não antes disso?
Estou curioso por ver como se vai parecer a arquitectura do Pavilhão, seria interessante ver uma maqueta.