Alerta laranja
Voltando ao inusitado número de lesionados há duas questões que me parecem essenciais: (i) o regresso da dupla Yanick e Saleiro é apenas uma meia boa noticia. Não é crível que a recente recuperação física destes atletas possa significar uma participação de elevado nível ou muito prolongada no jogo. (ii) Apesar das ausências, Paulo Sérgio tem ao seu dispor valores individuais mais do que suficientes para alcançar os três mais que necessários pontos em disputa. Pelo que se tem visto do actual Sporting, marcar primeiro poderá ser determinante. Um penalty à Bruno Mendes dava imenso jeito…
Lista de convocados:
Guarda-redes: Rui Patrício e Tiago;
Defesas: Torsiglieri, Carriço, Evaldo, Cédric, Nuno André Coelho, João Pereira e Abel;
Médios: Maniche, Valdés, Zapater, André Santos, Diogo Salomão e Vukcevic;
Avançados: Saleiro, Yannick e Postiga.
o ignorar das camadas jovens aflige-me, bastante!
ResponderEliminarUltimamente tenho-me perguntado qual será a explicação para o facto de toda a blogoesfera leonina - sem excepção - aparecer amorfa, demonstrando um desinteresse generalizado dos sportinguistas em versar sobre os assuntos do seu Clube.
ResponderEliminarCorrendo o risco de parecer demasiado radical: atribuo o facto a um generalizado desinteresse dos sportinguistas para com o seu Clube, actualmente. Mais do que os assuntos: o Clube em si.
É um dos méritos da gestão sportinguista actual, talvez (certamente).
Não tenhamos cuidado e a coisa acabará de facto muito mal ... tudo isto obedece a fases, passos, e "aflige-me" (usando a expressão do PTM) às vezes perceber que estamos a fazer cruzinha em todos eles, sem que nos apercebamos ...
MM:
ResponderEliminarNão posso concordar mais...
É o problema da descaracterização Leão de Alvalade: o Sporting em apenas 1 ano e meio descaracterizou-se completamente, ainda mais do que aquilo que já vinha fazendo. A princípio diluímos a ambição, a expectativa, habituámo-nos a correr em esforço, saímos do jejum e passados 2 campeonatos ganhos continuámos - nesse campeonato - a manter a expectativa baixa, porque também tínhamos motivos para tal: fomos a uma final europeia, fomos uma mão-cheia de vezes à Liga dos Campeões, ganhámos algumas taças e supertaças, olhávamos para a equipa do Sporting e víamos caras onde nos reconhecíamos porque eram nossos, jogadores nossos, feitos por nós. O treinador - havendo quem gostasse e quem não gostasse - era também de certa forma nosso, porque veio dos Juniores, porque foi nosso jogador durante 4 anos e neles festejámos (com ele) uma dobradinha e uma supertaça, ou seja ... havia coisas que nos faziam sempre mexer e renovar o espírito, mesmo sem ganhar o campeonato. De coisas desportivas falando, só.
ResponderEliminarTerminado esse ciclo, e sem que ninguém adivinhasse passámos 1 ano pelo 6º lugar e terminámo-lo em 4º, fomos ao desemprego buscar um treinador, limpámos a equipa do tal sportinguismo desportivo em que nos revíamos (alguém que bateu palmas à limpeza sente hoje saudades do João Moutinho, Miguel Veloso, Adrien, Pereirinha?), fomos buscar um treinador ao meio da tabela, um director desportivo conotado com o Porto e, estamos novamente semana após semana a subir do 8º ao 6º, a descer ao 7º e a ver o Sporting em lugares da tabela onde não anda nem desanda.
Tudo isto é muito confuso. Da mesma forma que é confuso vender um símbolo ao Porto. São coisas que não se fazem, justamente porque descaracterizam, criam desordem emocional.
O que é desportivamente hoje o Sporting:
Uma equipa de onde saíram os principais elementos da formação do Sporting.
O Paulo Sérgio. Costinha. Nuno Valente (outro conotado com o Porto), e mais? Onde é que há um elemento para quem possamos olhar e com quem nos possamos identificar?
Ninguém, nem um. No relvado, banco ou gabinetes.
Esta é a descaracterização completa, muito mais do que o problema da "ambição" que já vinha de trás. Hoje é bem mais grave, e podemos todos agradecer a quem tomou as brilhantes decisões.
Para mal dos nossos pecados alguém que toma este tipo de decisões tomará outras idênticas, ou piores, amanhã, e depois, e para a semana que vem e todos os dias.