Mais vale tarde que nunca
Por norma desconfio das homenagens póstumas. Na grande parte das vezes elas servem para reparar más consciências, porque é em vida, de olhos nos olhos e no seio do caloroso afecto da família leonina que devemos reconhecer o papel dos que se dedicaram à nossa causa. Não sei se será o caso de logo, porque é demasiado grande a lista dos nossos cuja memória tem sido negligenciada institucionalmente - que não no coração de todos nós - e nela constariam por certo outros nomes prioritários.
Lembro-me por exemplo de Vitor Damas, o meu ídolo leonino de sempre. Será que a atribuição do seu nome a uma baliza lhe apagou a dor de ter sido dispensado por carta, ou homenageado à pressa, num estádio semi-vazio, quando já se encontrava doente?
O que é facto é que Malcom Allison abandonou o Sporting e em vida nunca mais a memória dos seus feitos voltou a ser evocada em Alvalade. Mais vale tarde do que nunca. E a melhor forma de o fazer quanto a mim é (i) respeitar de facto o minuto de silêncio, que é a forma mais nobre de tributar respeito por aqueles que partiram. Só quem nunca viveu algo idêntico num estádio com milhares de pessoas é que não percebe o valor contrastante do silêncio. (ii) Ganhar é a melhor forma da equipa honrar a memória de Big Mal.
Concordo com TUDO o que escreves LdA
ResponderEliminarDesde o esqueciemento a que cronicamente votamos os nossos maiores símbolos parecendo um clube e uns adeptos sem memória, até ao pedido de que o minuto de silêncio seja escrupulosamente respeitado pois a moda das palminhas tira todo o impacto à homenagem. Era bom que o speaker em alvalade o passasse a pedir claramente a partir de hoje para ver se se recupera de uma vez por todas esse hábito.
SL
LdA
ResponderEliminarSomos um clube sui generis. Por um lado somos uma massa adepta apaixonada, que mete os seus herois nos pincaros ou no limbo em dois passos mas sem nunca os esquecer. Por outro lado temos um clube que faz por esquecer aqueles que tanto fizeram pelo Leão. Triste fado este....
SL
Miguel Damas