Ceboleiros e Cagaréus
A recente visita do Sporting a Aveiro resultou igual a tantas outras nesta época, muita bola, muito passe, muito esforço, pouca glória. As dúvidas andam sobre se o que falta a esta equipa é um Pinus jardelicus sp. que finalize as oportunidades criadas ou um Quercus guardiolus sp. capaz de transmitir aos seus comandos a confiança e o saber necessário para não se perder em campo perante as adversidades mas a manter-se unida e a trabalhar mais e melhor naquilo que faz bem.
O meu colega editor JVL, afirmou logo nos primeiros jogos deste ano que com Paulo Sérgio não havia cá dúvidas, se o resultado do jogo não está de feição sai a carne toda para o assador. Esta impetuosidade (será fraqueza?), esta necessidade que o nosso treinador tem em mostrar que não tem medo de arriscar tudo, só não nos trouxe já maiores dissabores por um mero acaso.
Há coisas que não entendo, ontem a equipa estava a conseguir criar lances sucessivos de golo, sofre um golo casual, e parece que a equipa leu a mente do seu treinador, confundindo coragem com categoria, pressa com velocidade e ataque louco com consistência ofensiva.
Guardiola, numa palestra dada no relvado à sua equipa antes de um prolongamento de um jogo que estava igualmente empatado, pediu aos seus comandos paciência, continuarem a fazer os movimentos que conheciam, que dominavam, não olhar para o relógio nem se perderem na ansiedade, era aquele tipo de jogo que lhes ia trazer a glória, e se por acaso perdessem perdiam juntos, unidos a fazer aquilo que sabem e não de cabeça perdida a correr atrás da bola. Ontem após os 55/60 minutos do jogo, deixou de existir equipa do Sporting, onze homens corriam sem nexo a procurar encontrar uma sorte que normalmente é construída (como foi na primeira parte).
Voltamos então ao passado, ao campo das divisões, das facções, das alternativas e oposições. Ceboleiros e Cagaréus tinham uma divisão obvia uns trabalhavam a terra outros o mar, ambas as actividades com méritos e dificuldades próprias que permitem discussões e rivalidades sem fim, mas foi juntos que construíram Aveiro, ultrapassamos esse ponto há muito, já nada conseguimos construir, estamos muito mais próximo do desprezo e do insulto gratuito.
Não são as dificuldades que podem destruir, nem o passivo, nem as derrotas, é esta luta de guerrilha fratricida, há grupinhos para todos os gostos, os cegos e aqueles que não vêm, os verdadeiros e os falsos, os da geração e os associativistas, os da formação e os do investimento. Em conversa na semana passada numa caixa de comentários no Sangue Leonino, havia o Miguel Damas e eu… O que me diferencia do Miguel? Nada, rigorosamente nada, ambos queremos o mesmo, um Sporting uno e indivisível capaz de construir equipas desportivas competitivas em todas as modalidades que compete, quando isto acontece, não há Sportinguistas em agressão mutua, há uma imensa massa de apoio a gritar nas bancadas o seu amor pelo clube.
Dizem-me que eu devia ver uma qualquer luz divina e ser contra a direcção, ouço mesmo pessoas que já tiveram essa epifania. Eu não tenho, nem hoje nem amanhã, não vejo que tenhamos tempo ou espaço para esperar pelo próximo salvador que vai ter exactamente os mesmos problemas que o salvador actual. Nenhum presidente será o salvador, nem que seja eleito com 100% dos votos, ou ter uma fortuna pessoal superior ao Abramovich. A nossa maior dificuldade é não podermos falhar, não há no Sporting qualquer margem de erro, seja da parte do presidente, do director desportivo, do treinador, do defesa esquerdo, ou do adepto.
O Leão de Alvalade, pedia uma AGS, concordo, nos momentos maus, nos momentos de descida aos infernos serão sempre os sócios a resolver os problemas. Mas antes eu diria para quem de direito fazer o seu trabalho, e agora falo para Bettencourt. É ele que tem ao mesmo tempo todas as culpas e todas as soluções, é assim, será sempre assim, não há volta a dar.
Neste momento é importante salvaguardar o direito à indignação, pode em alguns casos ser injusta, pode ser abusiva, mas é um direito legitimo por parte de sócios e adeptos perante a incapacidade de estabilizar o clube e os seus resultados, sejam desportivos, sociais ou económicos.
O Sporting é muito maior que a soma das suas partes, tão grande que se um dia acabar, eu e o Miguel, com todas as nossas divergências, vamos lá estar para reerguer a bandeira do Leão rampante e não vamos de certeza estar sozinhos nem preocupados em saber se apoiamos este ou aquele para o futuro.
Neste momento José Eduardo Bettencourt, devia chamar a si a responsabilidade de encontrar soluções para pacificar o clube. Em primeiro lugar ler ou reler as conclusões do recente congresso de Santarém e verificar se o caminho trilhado se aproxima ou distancia das metas definidas. Olhar para as listas de inscritos, para a constituição das mesas de debate e para os principais oradores.
Após essa reflexão, reunir à porta fechada órgãos sociais e um grupo alargado de sócios, um efectivo conselho leonino, purgar no seu interior as criticas de estilo ou de pacotilha, aproveitar as críticas de substância, estruturais, concluir sobre o porquê delas permanecerem ano após ano e o que cada um pode fazer para as resolver.
Há falta de solidariedade no Sporting, não tenho dúvidas que essa afirmação de Bettencourt é verdadeira e que era dirigida mais para o interior do clube do que para o exterior. Se nem sequer for possível realizar uma reunião deste estilo, porque o A não se senta com o B ou porque D só vai se C for convidado, pior se as hostes acalmarem pela mera oferta da cabeça de Bettencourt, Costinha ou Paulo Sérgio, o problema é de fácil resolução, mas guardo para mim que não existe solução. O caminho que vamos trilhar depois de Bettencourt será igual ao anterior, matar o Cristo que lá está, enquanto clamamos por um salvador.
Em várias das medidas alternativas que tenho visto expostas, não encontro benefícios maiores do que aquelas que são implementadas, já agora nem malefícios. A única diferença que encontro é nas pessoas que o propõem, concluo daqui que as divergências não são estruturais mas pessoais, eventualmente de concepção. O Sporting não tem neste momento um caminho alternativo para trilhar, apenas actores diferentes. É pouco, é insuficiente.
Que Bettencourt chame o Sporting e que o Sporting diga o que quer, isto é mau demais para prevalecer, ninguém vence após uma guerra de trincheiras, por muito que cante vitória. O Sporting só crescerá com mais Sporting, cada vez mais Sporting e nunca a dispensar ou excluir este ou aquele grupo. No final aquilo que todos queremos é unânime, “Um Sporting grande, tão grande como os maiores da Europa.”.
P.S.- Se acho que compete a Bettencourt a responsabilidade de actuar neste momento, isso não exclui a responsabilidade de outros em avançar no sentido da pacificação do Sporting. Iriam ganhar muito mais do que se ficarem eternos reféns da sua trincheira.
P.S.2 – Ana, o direito ao contraditório é inalienável, funciona para ti e para o LdA. Sabes que não foi contra isso que falei. Abraço.
LMGM,
ResponderEliminarhá uma semana, no dia da manifestação (que considerei um erro à partida) disse o seguinte: "O Sporting precisa de ideias mais do que de acções. E precisa de pessoas diferentes a propô-las." De há muito a esta parte que digo que o o Sporting mais precisa é de pluralismo de opinião. Porque quando há muitas opiniões, não há apenas duas opções e duas trincheiras frente a frente.
Contudo, é exactamente o contrário que vemos da comunicação do Sporting. Foi aliás o objectivo assumido de fazer um clube mais à FCPorto, presidencialista, que levou a este resultado de total ausência de debate e de admissibilidade de um pluralismo de opiniões. Esta era, aliás, uma das muito poucas ideias que JEB propôs na sua campanha eleitoral: muita "paixão" e nenhuma preocupação pelo lugar da "razão".
Quando o Sporting ficou reduzido às facções do "unanimismo bovino" (para utilizar uma expressão do NMB) ou do "terrorismo" (para utilizar uma do JEB), ficou mais pequeno.
Como pequeno é aquele que não percebe sequer que, se desse voz a todos de maneira igual, poderia decidir da forma que lhe aprouvesse e com redobrada legitimidade.
Para mim, este é o resultado lógico da primeira conferência de imprensa dada por Costinha. Disse-o na minha análise a essa conferência de imprensa quando - com profundo pesar por essa ideia do LMGM que via como boa - percebi que o Sporting iria fazer a revolução dos frustrados. As minhas opiniões eram fundamentadas numa certa ideia, num perfil para o futuro do clube. 6 meses depois o Sporting é uma pálida imagem do que era quando ainda tentava redesenhar o seu rumo. Porque tentou mais uma vez e falhou. E falhando, perdeu mais uma oportunidade.
Bom post LMGM nestes momentos dificeis é bom saber que ainda temos gente com lucidez suficiente para não ir a correr de forma desenfreada (à imagem dos nossos jogadores) para um combate sem vencedor e com apenas um DERROTADO o SCP !!!
ResponderEliminarEstamos no momento muito delicado da nossa história ... os abutres já começam a pairar e os seus caes sebosos (leia-se o pasquim record), cheira-me que esta será a 1ª de várias frentes que surgirão tendo em vista o enfraquecimento do nosso clube.
Já leram o comunicado de baixo nivel desse suposto orgão de CS 1????
A coisa está mal, já sabemos. Há questões que são muito abrangentes e que vão para lá da simples revolta dos adeptos ou dos maus resultados deste época. O que me preocupa é entrar numa sala de aula, fazer um sondagem em jeito de brincadeira e ver que em 26 putos existe um ou dois do nosso clube (já passaram à disciplina está visto), o que me preocupa é isto: já perdemos algumas gerações com os 18 anos sem ganhar, e agora com este enorme acesso à informação e inclusive a todos os meios que os putos têm para a difundir (blogs, facebook, Hi5, etc etc) existe uma maior evangelização por parte dos clubes vencedores e o mesmo acontece me contrário, prejudicando os clubes perdedores... e essa é que é essa, o nosso clube vai enfraquecendo pelas bases, pela massa humana que o faz grande!!! Como mudamos isso? Simples, a ganhar. Infelizmente para todos nós essa é uma realidade muito remota, é como alguém disse, há memória de tão maus resultados manterem um treinador em alvalade? Há, Paulo Bento, Carvalhal, ou seja ainda não percebemos o caminho e vamos nos descredibilizando....
ResponderEliminarPLF, o unico unanimismo que aceito é a defesa dos interesses do Sporting.
ResponderEliminarFaço, e fiz parte de diversas direcções, nesses grupos de decisão a última coisa que queremos é unanimismos, o debate é plural e quantos mais angulos possiveis para analisar melhor.
Mas no final, após ser tomada uma posição, não há vencedores nem vencidos, todos de igual modo têm obrigação de defender a solução encontrada como se fosse sua.
Um pequeno exemplo, no interior de uma AGS tudo deve ser permitido, todas as divergências, acusações, perguntas ou dúvidas. No seu final NADA, rigorosamente nada, deve transpirar para fora do seio do clube.
Deixo duas perguntas.
É isto que acontece no Sporting?
Qual é a mensagem que os Sportinguistas estão a transmitir para o exterior?
O que escrevi não tem nada que ver com unanimismo, mas com respeito pela divergência. Não estou aprocurar culpados. Quero soluções!
Sérgio, para ler gente de que não gosto mais vale ser os que fazem alguma coisa melhor que nós. Eu fui ler Mourinho, de que não gosto mas que sabe o que é preciso para ganhar:
ResponderEliminar"Agora, Portugal tem um treinador e ele deve ser olhado por todos como «o nosso treinador» e «o melhor» até ao dia em que deixar de ser «o nosso treinador». Esta parece-me uma máxima exemplar: o meu é o melhor! Pois bem, se o nosso é Paulo Bento, Paulo Bento é o melhor."
É isto que temos que aprender, "...todos, mas todos, neste país devem fazer do treinador da selecção um homem forte e protegido. E quando digo todos, refiro-me a dirigentes associativos, federativos e de clubes, passando pelos jogadores convocados e pelos não convocados, continuando pelos que trabalham na comunicação social e terminando nos taxistas, políticos, pescadores, policias, metalúrgicos, etc. Todos temos de estar unidos e ganhar. E se perdermos, que seja de pé."
Quando alguém conseguir implementar isto no Sporting é campeão europeu!
LMGM,
ResponderEliminarparece-me que temos a mesma ideia: é preciso encontrar ideias para o futuro mais do que apurar responsabilidades pelo passado.
Esse tem sido, a meu ver, o maior erro daqueles que se têm posicionado como "oposição": justa ou injustamente, procurar ajustar contas relativamente ao passado em vez de se procurarem exclusivamente em encontrar soluções para o futuro.
Não partilho consigo, contudo, a ideia que todas as discussões devam ficar dentro de portas. A minha ideia é precisamente a contrária: quanto mais públicas forem as alternativas, quanto maior for o debate entre as muitas alternativas possíveis, maior será a representatividade de todos os interesses na escolha do caminho do Sporting. Por isso dizer "fui eleito e por isso tenho legitimidade" é uma enorme imbecilidade, porque a democracia não desaparece nos intervalos das eleições.
Eu pergunto: há condições, criadas pela estrutura dirigente, para incentivar o debate?
Vêem o debate como uma coisa negativa no que só posso considerar uma manifestação de um gritante complexo de inferioridade: se fundam as suas opções em boas razões, então exponham as insuficiências dos argumentos dos críticos. Não os silenciem! Isso não tem de acontecer no quadro do Conselho Directivo, mas se o Conselho Directivo tivesse mais amor ao Sporting do que a si próprio, incentivaria fortemente a participação no debate público. É isso que acontece?
O Sporting que (ainda) temos é um Sporting com uma carga emocional negativa que nunca deveria ter tido. Há muito que digo que o Sporting tem de se colocar pela positiva: respeito pelos adeptos, respeito pelos adversários políticos e respeito pelos adversários desportivos. Quando se convive tanto tempo com a insatisfação de uma demarcação pela negativa (seja pela luta interna, seja pela caracterização do clube relativamente a um rival) perde-se o foco e perdem-se as razões da felicidade que o clube nos oferece.
Não somos do Sporting para festejar as derrotas do Benfica, assim como não somos do Sporting para recriminar críticos (de um lado e do outro) na hora das vitórias ou das derrotas do Sporting. Esse é o maior flagelo do Sporting actual. É isso que afasta as pessoas. E é por isso que não é surpreendente ver que as pessoas estão amorfas no estádio: os que resistem são aqueles a quem estes sentimentos passam ao lado.
LMGM,
ResponderEliminarDigo e repito: não precisamos de um Salvador, precisamos de um Líder. E o que é um líder? Alguém que seja inteligente, corajoso, que ‘ruja’ sem medos contra os adversários do SCP. Que não se curve perante nada nem ninguém a não ser perante o seu próprio povo. Que fale com verdade, transparência e que comunique com o e ao coração desse povo, que supostamente deveria ouvir com humildade e nunca com arrogância e sobranceria. Um líder assim unificaria os Sportinguistas...
O que vem acontecendo não é nadinha disto e os nossos dirigentes não só não defendem o clube condignamente como atacam quem, dentro das hostes leoninas, tal o afirma. A verdade é que JEB não fez nada para unir as tropas, antes bem o contrário e assim convenhamos que é difícil, para não dizer IMPOSSÍVEL, que o SCP caminhe agregado. As vozes da discórdia apenas aumentam ou diminuem o volume de contestação consoante os resultados da equipa de futebol, mas não desaparecem, nem desaparecerão com 'lideranças' semelhantes à actual. Não se nota um rumo, uma estratégia, uma ideia do que fazer perante a calamitosa situação. Olhamos para cima e por mais que pensemos (é uma porra, que os sportinguistas pensem...) não vislumbramos nada que nos dê esperança. Deparámo-nos com o vazio.
"Neste momento José Eduardo Bettencourt, devia chamar a si a responsabilidade de encontrar soluções para pacificar o clube."
Primeiro ponto – Devia tê-lo feito desde a primeira hora. Neste momento e decorridos que estão dezasseis/dezassete meses chega-se à conclusão que JEB mais que desperdiçar momentos de pacificação, desprezou-os, desvalorizou-os, não soube perceber que isso seria a sua grande prioridade. Lá está: falta-lhe capacidade de liderança, de inteligência, de estratégia nae condução de um clube como é o SCP nos tempos que correm.
Segundo ponto – nunca, até agora, chamou a si responsabilidades de nada, antes escudando-se nos velhos escolhos já batidos e rebatidos e desculpando-se com tudo e todos: para ele é bom de ver que todo o mal que acontece ao SCP é culpa de terceiros, nomeadamente dos ‘terroristas’, e jamais das suas acções erradas ou omissões absurdas.
Num líder acredito, em pseudo salvadores não! O gde problema do SCP é que JEB não é nem uma coisa, muito menos a outra.
SL!
PLF, "...há condições, criadas pela estrutura dirigente, para incentivar o debate?"
ResponderEliminarÉ exactamente por essa razão que digo que compete ao presidente dar, neste momento, o primeiro passo. É dele a responsabilidade de agir mesmo que seja contra aquilo que sente no seu intimo.
O debate é frutuoso e deve ter todas as caracteristicas que elencou, a oposição pela oposição é só mais do mesmo.
"... se o Conselho Directivo tivesse mais amor ao Sporting do que a si próprio, incentivaria fortemente a participação no debate público. É isso que acontece?"
ResponderEliminarAgora que li os anteriores comentários queria ressaltar esta ideia do PLF, pq julgo que é um ponto fulcral.
Basicamente é isto que eu sinto: no dia em que os sportinguistas se revirem nos seus dirigentes, ou seja, no dia em que estes transmitam que o clube está acima de tudo incluindo o seu próprio ego e/ou 'vaidade' e tiverem a humildade suficiente perante a massa associativa do SCP, só nesse dia, repito, teremos condições para o SCP chegar a 'campeão europeu'.
LMGM,
ResponderEliminaressa foi, desde a 1ª hora, a minha principal crítica ao JEB: como não havia dúvidas que ganharia, tinha a responsabilidade de lançar o debate, porque era mesmo de debate que o Sporting precisava (e ele não tinha a perder). E quando falo de debate, não falo de um frente-a-frente com o candidato da oposição, mas de um clima de respeito pelo adversário e da apresentação de um conjunto de medidas programáticas para a implementação no futuro.
Esse era o maior serviço que JEB poderia ter prestado ao Sporting na candidatura: ter-se apresentado dizendo "não votem em mim, votem nas minhas ideias".
Mas as suas ideias, com algumas anedóticas excepções, nunca foram expostas.
O Sporting está a ter aquilo que votou.
O problema é que as pessoas não tinham consciência que isto aconteceria. E isto é a negação do clube. Não querem admitir que nos sintamos mal com o que se passa, com o trilho que está a ser seguido e isso só leva a um destino: à desistência.
PLF, o Sporting vinha de um enorme debate conjunto, o congresso. Devia ter feito outro 3 meses depois?
ResponderEliminarSe calhar sou o único mas éu sabia qual era o programa de JEB. Desportivamente manter a aposta feita em Paulo Bento e na manutenção de jogadores chave em vez de investir. Aprovar a reestruturação financeira já apresentada pelo presidente anterior. Aumentar o número de sócios. Construir um pavilhão para as maodalidades nas próximidades do estádio.
LMGM,
ResponderEliminarse esse era o projecto do JEB, era muito muito muito curto. Digamos que dá para princípio de uma discussão. Um princípio e um fim, porque parte deu para 4 meses de discussão.
E que me lembre, o JEB não apresentou as suas ideias no Congresso. Estava lá e não o vi dizer grande coisa. E mais... os partidos políticos também fazem congressos e, nesses congressos, com frequência escolhem os líderes para as próximas eleições. Seria admissível a um líder partidário abster-se de apresentar quaisquer iniciativas para o país porque tinham sido discutidas 3 meses antes em Congresso?
Sinceramente, parece-me um tanto kafkiano estarmos a discutir o que se deveria ter discutido na campanha eleitoral. Principalmente porque, apesar de sintomático das pessoas que neste momento lideram o clube, serve de pouco para o futuro.
Bom post.
ResponderEliminarNunca comentei nenhum texto neste blog. Mas os meus parabéns. Sou um não alinhado e continuarei a ser. Às vezes gostaria que abandonássemos os direitos de autor das "medidas" e nos deixássemos de tiques de regime. O que interessa é ter bons decisores nos lugares de decisão.
Bettencourt é pago todos os dias para decidir, ou para não se precipitar em más decisões. Mas convenhamos a todos, Paulo Sérgio foi um erro. Podia ter resultado, podia ter sido o nosso Villas Boas, mas não foi. Está a ser completamente o contrário, um grande problema. A desculpa que os jogadores são fracos não colhe, apenas o Benfica é do nosso campeonato, mas perdemos pontos com mais 4 adversários e nenhum deles nos foi superior em qualidade de jogadores ou jogo, mas foi-o em qualidade táctica. Serei o único a ver isto? Serei o único a apontar o dedo ao vazio de ideias que tem a cabeça de Paulo Sérgio. Penso sinceramente que Carvalhal é mais "rato" que PS e Paulo Bento mais "forte". Detesto fazer futurologia, mas quando mudarmos de técnico veremos o quão andamos distantes de estarmos bem orientados. Este é só o primeiro problema...
Convido todos a lerem o meu último post onde dou algumas sugestões.
verdeaslistas.blogspot.com
Saudações
LMGM:
ResponderEliminarObviamente que não partilhamos a mesma esperança em JEB. Desde a sua eleição ao dias de hoje nunca foi perceptível na sua acção ou comunicação qualquer atitude reveladora de vontade agregadora ou pacificadora, antes o oposto. Basta ver como tem ele reagido às críticas. Como se elas não fossem até mais do que justificadas.
E em relação a JEB convém lembrar que a guerra de trincheiras foi promovida pelo próprio assim como convém não esquecer o essencial: JEB só é contestado porque não acerta uma: Paulo bento forever, Carvalhal na clandestinidade, AVB sim AVB não; Costinha Paulo Sérgio. É que sem dizer isto dá impressão que o homem é uma vitima de algum complot.
JEB tem falhado rotundamente na política desportiva e ainda mais na forma como tem gerido o Sportinguismo Esta será a marca do seu mandato que se prolongará por muito tempo após a sua passagem.
Jeb não se pode queixar de falta de solidariedade ou de oposição. Esse tem sido o principal problema no Sporting: a apatia dos sócios. O que está a acontecer no Sporting no seu mandato seria impossível continuar indefinidamente nos nossos rivais.
Veremos mais adiante o que fará, mas não creio que faça nada de útil. Não creio que ele seja solução para coisa nenhuma e assim sendo a sua presença é uma perda de tempo.
Tenho sérias dúvidas que JEB seja ainda presidente na totalidade de funções. O comportamento de Costinha no Sporting faz dele um presidente executivo para o futebol como ele se assumiu claramente na entrevista ao jornal do clube.
O Sporting não precisa de capatazes. Precisa de competência. O presidente o director desportivo e o treinador não são.
Queria salientar algumas coisas desta excelente discussão.
ResponderEliminarLdA,
Partilho da sua opinião em relação a JEB. Não serve ao Sporting. É preciso um presidente forte, competente e com visão. Um presidente líder.
Um líder é alguém capaz de comandar diferentes pessoas, que têm diferentes opiniões mas que ele, é capaz de pacificar e aglutinar. É alguém que toma um rumo firme e que dá confiança aos seus que é um bom rumo. E é preciso ser competente nas suas funções, inteligente e ter uma visão alargada para o futuro!
PLF,
Concordo a 100% que quem cala as vozes de discórdia só demonstra um grande "complexo de inferioridade". Talvez até de insegurança e falta de inteligência para o debate.
Mas algo me tem parecido claro nesta estratégia de calar as discórdias. Esta estratégia parece querer encobrir qualquer coisa. Encobrir uma gestão que não querem que seja transparente.
LMGM,
JEB até pode assumir as responsabilidades mas isso não apaga os erros nem elimina os protogonistas das mesmas! Por isso o que espero é que o Sporting se livre desta gente incompetente.
É o primeiro presidente renumerado e isso envergonha-me! Pode ser um grande sportinguista, um grande gestor e um grande homem, mas não serve os interesses do Sporting.
SL
LMGM,
ResponderEliminar"O meu colega editor JVL, afirmou logo nos primeiros jogos deste ano que com Paulo Sérgio não havia cá dúvidas, se o resultado do jogo não está de feição sai a carne toda para o assador."
Ponto prévio, para esclarecer quem possa ter dúvidas: quando disse isso, foi a constatação de um facto e não um elogio.
Em relação à guerrilha, e como já foi dito, JEB que deveria tentar pacificar o Clube, foi o primeiro instigador da guerra de trincheiras, com um comportamento perfeitamente deplorável, nos primeiros meses de mandato.
Hoje em conversa com um primo meu mais velho e por isso, pensava eu, mais propenso a apoiar o JEB, disse-me que teria votado no PPC. Foi, para mim, uma surpresa incrível.
Estou cansado sinceramente. Nunca pensei que viria a sentir-me deste modo em relação ao SCP mas é como me sinto. No outro dia disse ao meu irmão que se não visse o jogo, não me importava muito, o que o deixou atónito. Isto seria completamente impensável há uns anos atrás.
Por outro lado, sei que bastará ter à frente do SCP alguém que sinta o Clube, que o defenda em 1º lugar, que lute por ele contra os nossos inimigos, que são externos, para que me volte a sentir como antes.
É-me difícil acreditar num presidente que após a pior época da última década, resolve aumentar o seu salário e aprovar um voto de louvor à actuação da Direcção. Muito difícil mesmo.
1 - Já foi escrito aqui, mas vale a pena repetir: JEB fomentou a guerra de trincheiras, lançou gasolina na fogueira, fez o oposto do que seria necessário para pacificar. Exemplo maior? Quando Paulo Bento sai, JEB coloca-se claramente ao lado do treinador e contra os adeptos. Para não dizer que se coloca ao lado do treinador contra o Sporting.
ResponderEliminar2 - Este é, aliás, um dos principais problemas do Sporting na actualidade: 9 em cada 10 ataques da comunicação oficial do clube são dirigidos aos próprios adeptos. Toda esta conversa dos bufos, da perseguição pelos jornalistas, da sede de poder, do terrorismo, são tiros sucessivos nos pés. Porque em vez de criarem um inimigo externo que unas tropas, pelo contrário, transformam os adeptos em inimigos. Chegámos ao ponto, é bom não esquecer, de ouvir Abel a chamar cães aos espectadores do Estádio José Alvalade.
3 - Esta política de comunicação desastrosa te um efeito: eu, e julgo que muitos como eu, não se revêem em Costinha quando desfaz a reputação de Izmailov em público ou quando vejo o Carriço ler um comunicado imbecil sobre uma notícia alegadamente inventada pelo Record. Só faço uma pergunta: é provável ou improvável que um jornalista invente uma regra envolvendo o Paulinho?
4 - Termino repetindo uma ideia que também já vi nesta caixa de comentários: o Sporting não tem o plantel do Benfica, mas, caramba, não chega para ganhar ao Paços? Ao Olhanense? Ao Beira-Mar? Voltámos a usar os jogadores como desculpa. E sabemos como é que isso acabou da última vez: 4º lugar, plantel praticamente todo fora e 26 milhões de euros no lixo.
Comentário inteiro para o lixo com um toque na tecla do rato... resumindo muitos paragrafos.
ResponderEliminarJVL, foi esse o sentido que tirei das tuas palavras que citei e concordo com elas.
LdA, estou a falar do Sporting e não do JEB, de todas os erros que apontas concordo com uns e discordo de outros.
Pedro, aquilo que o envergonha a mim dá orgulho.
Kova, os adeptos estavam contra Paulo Bento?
2- De acordo é esse o tema do post não é Bettencourt.
3- A reputação de Izmailov foi desfeita por uma travesia da europa por avião, não por Costinha. O Record publicar uma noticia inventada? JAMAIS!!!!
4- Eu disse alguma palavra contra os jogadores?
LMGM
ResponderEliminarExcelente post. Não vou dizer que é o melhor que li aqui em dois anos, porque já se fizeram muitos bons posts neste blog.
Mas este vai se encontro precisamente ao que sinto em relação ao actual estado do nosso Sporting. Nem consigo acrescentar nada, porque li ali tudo o que penso.
SL
nós vamos falando mas nada muda, alguem que tome uma acção. Já sou completamente a favor de manifestações e tudo mais. Estão a matar o nosso SPORTING.
ResponderEliminarTenho 33 anos, sou sportinguista desde sempre, lembro-me de ir ao estadio com o meu pai e vibrar com os jogos... lembro um jogo contra o guimaraes em q o paulinho cascavel falha o golo da victoria ja perto do fim... tambem nessa altura o sporting criava muitas situacoes, mas tinha dificuldade em contretizar...
ResponderEliminarAlias, isso e' algo que no passado mais recente, com a excepcao dos tempos do jardel sempre aconteceu, o facto de o sporting ter problemas de concretizacao, bem como o beneficio de outros em detrimento do sporting explica o facto de apenas termos ganho 3 campeonatos nos ultimos 30 anos.
Agora existe claramente uma diferenca entre nao sermos campeoes e estarmos a 10 pontos na 7 jornada ou a vergonha da ultima epoca!
Claramente um grupo comeca pelo seu lider, e' impossivel um grupo ter bons resultados sem um lider 'a altura, nenhum sportinguista que eu conheco se identifica com o tipo de gestao de JEB, comecando pela sua imagem, pelas suas afirmacoes e acabando nas suas decisoes, trapalhadas uma atras da outra!
Lanco o apelo, devolvam o sporting aos sportinguistas! Chega de Bettencurto$ e' que nem vale a pena discutir o que esta mal nos pormenores da equipa ou do treinador enquanto nao houver um lider 'a altura!!