Época e meia sem ver o padeiro
Entre eles destaco um, sobre o qual já gostaria de ter aqui ter reflectido, que é uma completa anormalidade num clube com as ambições do Sporting: Há época e meia que não marcamos um golo de livre directo! Um número estranho, se tivermos em conta que não faltam no plantel jogadores com características para a execução de bolas paradas. O caso mais evidente de desaproveitamento é Matias Fernandez . O chileno desde muito jovem que construiu um verdadeiro portfolio de livres letais mas, estranhamente, quase nunca os é chamado a executar. Nesta análise convém referir que no leque de bolas paradas que o jogo possibilita às equipas, como cantos e livres indirectos, o Sporting está longe de ser um exemplo de aproveitamento. E o que dizer dos penalty´s falhados que tantas vezes nos deixaram morrer na praia?
Seguramente que terá que haver uma explicação para estes dados e que não fazer mais uma vez do azar o bode expiatório. Uma ferramenta tão importante no desfecho dos resultados como as bolas paradas não pode continuar ausente do catálogo de recursos ao dispor da equipa.
Considerando os quatro jogos da Liga e os dois europeus realizados no estádio leonino, é a qualidade da finalização que torna esta intrigante disparidade um caso digno de estudo. A média de concretizações é, até, superior nos jogos da competição doméstica, com uma (muito) anormal percentagem de remates para fora e aos ferros da baliza, bem como do número de remates bloqueados (cinco por jogo), incluindo neste item a falta de capacidade de transformação de livres directos.
Nos sofridos jogos do campeonato, que têm atraído a Alvalade assistências maiores do que as goleadas europeias, apenas um remate em cada três é enquadrado na baliza, pondo pouco à prova a tranquilidade dos guarda-redes visitantes. Boeck, do Marítimo, foi quem teve mais trabalho (6 defesas), contra quatro de Bracalli (Nacional), cinco de Moretto (Olhanense) e quatro de Paulo Santos (Rio Ave).
Há quem considere que as goleadas ao Levski e ao Gent resultaram do desconhecimento dos treinadores respectivos, mas os sinais que se retiram são de que os golos podem surgir em catadupa a qualquer momento, também na prova nacional. Aliás, bastaria que a contabilidade dos remates aos postes tivesse um registo normal, que nos clubes grandes é de 1 para cada três partidas, para que o número de golos apontados em casa atingisse uma cifra mais consentânea ao caudal ofensivo.
Considerando apenas os jogos em casa, o Sporting é de longe a equipa com mais finalizações, a única com uma média superior a 20 remates por jogo, num total de 92, contra 75 do FC Porto, 60 do Benfica e 57 do Braga – tendo envolvido 18 jogadores, todos os utilizados, em acções de finalização. E se Vukcevic, com 16 remates, não conseguiu fazer um golo, os autores dos escassos três anotados até agora – Matias Fernandez (3 remates), Saleiro (2) e Abel (1) – foram bem mais assertivos.
LIVRES NÃO CHEGAM A PASSAR AS BARREIRAS
Após 46 jogos sem conseguir marcar um golo de livre directo, merece atenção a forma como a equipa leonina enfrenta este handicap e tenta superar a limitação. Quase sem se dar por isso, Nuno André Coelho [na foto] tornou-se a primeira solução, em particular nos jogos em casa, somando quatro tentativas, duas frente ao Marítimo, uma contra o Olhanense e outra na derradeira jornada com o Rio Ave, embora nenhum dos remates tenha acertado sequer na baliza – metade deles nem passou da barreira. Transpondo a análise para o conjunto, incluindo as tentativas de Vukcevic, Matias Fernandez e Evaldo, chega-se à mesma conclusão, com a agravante de nenhum deles igualmente ter passado a barreira. Na Liga Europa, apenas uma tentativa, por Maniche, que também não conseguiu acertar no alvo.
Eu sinceramente continuo a ser da opinião que as equipas da liga Europa, não são tão fraquinhas como as fazem parecer, nem é por falta de conhecimento dos treinadores adversários do nosso clube, mas sim porque vêm cá jogar para ganhar, e não estacionam o autocarro em frente à baliza, à espera de levar um pontinho para casa... Mas cabe-nos a nós, ao PS, à equipa, arranjar soluções para combater esse "táctica".
ResponderEliminarE concordo com o PS, ao dizer que na Liga Europa tambem temos marcado cedo, o que nos ajuda. Mas tambem ajuda a atitude da equipa, que após marcar o 1º e 2º golo não adormece e continua a ir para cima deles.
No campeonato, tem acontecido o contrário, o normal é darmos sempre uma parte ao adversário e temos conseguido jogar um futebol mais razoavel apenas 45 minutos por jogo.
As bolas que têm batido nos postos são um facto, e já são algumas, mas isso não pode ser desculpa, se bate a 1º, se bate a 2º...é ir tentando até entrar, e começar a jogar mais que 45 minutos por jogo.
Apesar disto, sou da opinião que estamos um pouco melhores que em relação ao inicio do campeonato...E no ultimo jogo do campeonato, demos a 1º parte ao adversário, mas depois fomos criando lances de perigo, bolas nos postes, até que uma entrou e deu-nos os 3 pontos.
Acredito que hoje vamos ganhar em Leiria, nem consigo pensar noutro resultado.
SL
Também estivemos muito tempo sem ver o carteiro, e ele tem aparecido ultimamente... quem sabe o padeiro se chega à frente desta feita...
ResponderEliminar0-2 em Leiria hoje e subida ao 3º lugar, isolados.
ResponderEliminarPara a semana jogando em casa e vencendo ganharemos 2 pontos a cada 1 dos 2 da frente. Ficaremos a 8 do Porto e a 1 do Benfica.
Os problemas virão mais à frente: Porto e Braga, mas para já é isto que precisamos de fazer.
Está perfeitamente ao nosso alcance ...
0-2, com 35 minutos iniciais demolidores.
MM:
ResponderEliminarNão estava a ser mau mas o golo do Leiria foi um bolo paio à mistura com muito facilitismo da nossa defesa
So comecei a ver o jogo agora Leao de Alvalade, esta 1-1, vamos ver o que isto da ...
ResponderEliminarGolo, que golo, lindo!
ResponderEliminarGolaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaalaço
ResponderEliminarHehe, uma bandeira do Chile no estadio.
ResponderEliminarInteressante.
Vou fazer-nos cafe Leao de Alvalade. E com ele virao mais golos para a 2' parte.
Acontece. Mas o guarda-redes chegava-lhe se nao estivesse la o Postiga.
ResponderEliminarO Maniche parece em forma.
ResponderEliminarEsta mais magro ve-se claramente.
Nao ha pachorra para tanto apito.
ResponderEliminarTrampa de futebol este.